Não diz muito a que veio, com um roteiro que não aprofunda grandes questões e trata personagens secundários com incômoda superficialidade. Trilha sonora esquecível. Salvam-se uma grande sequência (a do número musical no clube noturno) e a última cena, imediatamente antes dos créditos; e é isso!
Tropeços e acertos à parte, conferir "Hahaha" é quase uma obrigação a todo cinéfilo que se preze, seja como simples exercício analítico de uma importante obra de um dos maiores diretores da Coréia do Sul na atualidade - A comédia romântica faturou o prêmio principal na mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes 2010, e certamente foi lembrando pelas distribuidoras brasileiras por conta do sucesso crítico internacional do último longa de Hong Sang-soo, "Em Outro País" (2012), que figurou em diversas listas recentes de melhores do ano, seja apenas pela agradável experiência de conferir um singular e original exemplar da cinematografia sul-coreana, que figura-se como uma das mais criativas, distintivas e importantes neste começo de século, quiçá a mais!
Para compor sua delirante fábula pós-moderna, Carax não apenas materializa seu alter ego Mounsier Oscar no ato da comunicação de suas múltiplas identidades ao mundo e à mídia, sob a forma de representação, como também, para ilustrar a dificuldade de conciliação desta diversidade no cotidiano, cria uma série de filmes dentro do filme, passeando com elegância e habilidade por diversos gêneros do cinema clássico
Exibido na mostra "Nollywood - O Caso do Cinema Nigeriano", foi um grande sucesso nacional e internacional de público e representa um marco do início de um novo sistema de produção e distribuição de filmes na indústria cinematográfica da Nigéria, durante muitos anos reunindo diretores que filmavam suas histórias em VHS e os vendiam nas ruas, em bancas e feiras. "Tango With Me", ao contrário, foi filmado em 35mm, utilizou um diretor de fotografia norte-americano e foi processado num laboratório em Dubai, o que justifica o grande avanço do que vemos na tela, comparativamente aos demais filmes Nollywoodianos. Todavia, é sim, necessário considerar o curtíssimo histórico da cinematografia nigeriana (o primeiro filme de Nollywood tem apenas 20 anos, mesma idade que Jurassic Park, por exemplo) para entender (sem se incomodar) a abordagem ainda excessivamente televisiva de sua fotografia, salvo raras exceções onde vemos enquadramentos que exploram objetos cênicos de forma mais original e interessante; cinematográfica, em sentido estrito. As marcantes diferenças sócio culturais do país africano também hão de ser consideradas, para uma total absorção do desenvolvimento narrativo do romance entre Lola e Uzo, sob risco de total estranhamento da audiência com relação aos personagens extremamente moralistas retratados como parte de uma sociedade absolutamente conservadora, machista e patriarcal , e com fortíssima influência da religião, no caso deste filme o cristianismo (pois uma parte da população nigeriana é muçulmana). É fascinante e pitoresco como muito dos arcos dramáticos propostos pelo roteiro são resolvidos simplesmente com atos de contrição religiosos ou preces fervorosas das personagens, algo inimaginável numa produção moderna com distribuição internacional. Chega-se ao extremo de incluir louvores na trilha sonora, totalmente compreensível dentro do contexto. Um dos maiores deleites do que vos escreve foi apreciar figurinos e indumentárias típicas da Nigéria, realmente encantadores. Os que libertarem-se de engessamentos e preconceitos poderão emocionar-se com uma história de amor sincera, simples e bela, assim como entender um pouco a cultura de um país absolutamente desconhecido por grande parte dos brasileiros.
"Laurence Anyways" é um filme de transição, sendo ele próprio, filme, um processo de amadurecimento de seu realizador - sua puberdade cinematográfica. E como toda puberdade, é confuso, indeciso, aborrecido. Utilizando pela primeira vez uma premissa que foge de diabruras adolescentes e seus delicados relacionamentos sociais, Dolan decidiu tomar um tempo maior para a realização do projeto, cujo roteiro foi baseado em uma entrevista verídica feita pelo canadense com uma transexual, e pela primeira vez, limitar-se ao cargo de diretor
A simpática diretora norte americana Alison Klayman veio ao Festival do Rio na première latina e brasileira de seu mais recente documentário, vencedor do Prêmio do Júri em Sundance 2012 e exibido no último Festival de Berlim, e que aqui faz parte da "Mostra Intinerários Únicos", para filmes com capacidade de romper barreiras do pensamento humano. O filme registra o trabalho do genial artista plástico e corajoso dissidente político da China, Ai Weiwei. Um criador, que acredita verdadeiramente que seu trabalho pode mudar um país, o mundo; e que imerge na arte com sua própria vida, este é Ai Weiwei. Alison registra seu processo de trabalho que construiu uma obra questionando valores culturais e políticos na China em defesa da liberdade de expressão.
Quem via se apaixonava; e contava para o amigo, que corria na Central dos Ingressos porque não tinha como perder essa; e assistia e se rasgava de amores no Twitter, enlouquecendo outro amigo que buscava espaço na sua grade de filmes para essa pequena obra prima, e assim o filme húngaro do diretor György Pálfi tornava-se uma pequena sensação do Festival do Rio. A premissa é simples - Um homem conhece uma mulher que se apresenta cantando em uma casa de espetáculos. Juntos tem uma romântica noite de amor, a primeira da vida da moçoila, e se apaixonam; mas para ficar juntos terão de lidar com o violento ex namorado dela. A grande sacada é que para contar esta história o diretor utilizou-se de colagem de filmes de todas as épocas, incluindo seus diálogos, que magicamente combinados passam a fazer sentido, e em conjunto constroem a narrativa do romance do casal que foi definido pela sinopse nos entregue como o homem máximo e a mulher máxima.
Remakes, melhor não tê-los. Desta vez o clássico do horror gore "Maniac", de William Lustig, ganha ares pop e psicanalíticos nas mãos do diretor Franck Khalfoun, que exibiu-o no Festival de Cannes 2012, fora da competição, na "Séance de Minuit", equivalente às nossas "Midnight Sessions" onde fomos conferir a projeção. Conta a história do jovem Frank Zito, que vive em uma antiga loja de manequins em Los Angeles, restaurando-os. Porém esconde um perturbador segredo, ele também é um perigoso psicopata que persegue e assassina mulheres, escalpelando-as para colocar os cabelos em suas manequins. Até o dia em que conhece a fotógrafa Anna, que convida Frank para ajuda-la na produção de uma de suas performances, e cria com ele uma íntima relação, não desconfiando dos incontroláveis impulsos sanguinários do criminoso, perturbado pelas eternas lembranças de sua mãe.
O Escaravelho do Diabo
2.6 335Adaptação tosca muito longe de fazer jus à obra literária
Grease: Ao Vivo
4.0 75 Assista AgoraA perfeição técnica fazendo uma mais que merecida ode ao clássico. Lindo! Vanessa Hudgens incrível como Rizzo!
Club Sándwich
3.3 27Grata surpresa! Excelente filme; me divertiu do começo ao fim. Que Viva México!
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraNão indicaram Jacob Tremblay porque ia ficar feio. A cara da academia!
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraLindo!
Miss Violence
3.9 1,0K Assista Agora"A Vida Como Ela É" em grego! Ótimo!
O Babadook
3.5 2,0K"Thank you Jennifer Kent. Thank you for reminding me that there is still life in the horror genre"
Mapas para as Estrelas
3.3 478 Assista AgoraQuanto mais eu penso em "Mapa Para AS Estrelas" mais gosto do filme. Estas obras de digestão lenta são perturbadoras e fascinantes!!!
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraLeandra Leal incrível!
O Chicote e o Corpo
3.6 63 Assista AgoraO filme foi lançado sob o título "O Chicote e o Corpo" na coleção "Obras-Primas do Terror", da Versátil Home Vídeo. Excelente!
A Jaula de Ouro
4.2 84Ótimo! Belos trabalhos de montagem, fotografia e som
Ouro Carmim
4.0 10Ótimo filme!!!
Romeus
3.6 69Não diz muito a que veio, com um roteiro que não aprofunda grandes questões e trata personagens secundários com incômoda superficialidade. Trilha sonora esquecível. Salvam-se uma grande sequência (a do número musical no clube noturno) e a última cena, imediatamente antes dos créditos; e é isso!
Fora do Jogo
4.1 26Filmaço!
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista Agoraótimo!
Ha Ha Ha
3.3 73Tropeços e acertos à parte, conferir "Hahaha" é quase uma obrigação a todo cinéfilo que se preze, seja como simples exercício analítico de uma importante obra de um dos maiores diretores da Coréia do Sul na atualidade - A comédia romântica faturou o prêmio principal na mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes 2010, e certamente foi lembrando pelas distribuidoras brasileiras por conta do sucesso crítico internacional do último longa de Hong Sang-soo, "Em Outro País" (2012), que figurou em diversas listas recentes de melhores do ano, seja apenas pela agradável experiência de conferir um singular e original exemplar da cinematografia sul-coreana, que figura-se como uma das mais criativas, distintivas e importantes neste começo de século, quiçá a mais!
Crítica Completa Em:
Holy Motors
3.9 652 Assista AgoraPara compor sua delirante fábula pós-moderna, Carax não apenas materializa seu alter ego Mounsier Oscar no ato da comunicação de suas múltiplas identidades ao mundo e à mídia, sob a forma de representação, como também, para ilustrar a dificuldade de conciliação desta diversidade no cotidiano, cria uma série de filmes dentro do filme, passeando com elegância e habilidade por diversos gêneros do cinema clássico
CRÍTICA COMPLETA EM:
Tango With Me
2.6 1Exibido na mostra "Nollywood - O Caso do Cinema Nigeriano", foi um grande sucesso nacional e internacional de público e representa um marco do início de um novo sistema de produção e distribuição de filmes na indústria cinematográfica da Nigéria, durante muitos anos reunindo diretores que filmavam suas histórias em VHS e os vendiam nas ruas, em bancas e feiras. "Tango With Me", ao contrário, foi filmado em 35mm, utilizou um diretor de fotografia norte-americano e foi processado num laboratório em Dubai, o que justifica o grande avanço do que vemos na tela, comparativamente aos demais filmes Nollywoodianos. Todavia, é sim, necessário considerar o curtíssimo histórico da cinematografia nigeriana (o primeiro filme de Nollywood tem apenas 20 anos, mesma idade que Jurassic Park, por exemplo) para entender (sem se incomodar) a abordagem ainda excessivamente televisiva de sua fotografia, salvo raras exceções onde vemos enquadramentos que exploram objetos cênicos de forma mais original e interessante; cinematográfica, em sentido estrito. As marcantes diferenças sócio culturais do país africano também hão de ser consideradas, para uma total absorção do desenvolvimento narrativo do romance entre Lola e Uzo, sob risco de total estranhamento da audiência com relação aos personagens extremamente moralistas retratados como parte de uma sociedade absolutamente conservadora, machista e patriarcal , e com fortíssima influência da religião, no caso deste filme o cristianismo (pois uma parte da população nigeriana é muçulmana). É fascinante e pitoresco como muito dos arcos dramáticos propostos pelo roteiro são resolvidos simplesmente com atos de contrição religiosos ou preces fervorosas das personagens, algo inimaginável numa produção moderna com distribuição internacional. Chega-se ao extremo de incluir louvores na trilha sonora, totalmente compreensível dentro do contexto. Um dos maiores deleites do que vos escreve foi apreciar figurinos e indumentárias típicas da Nigéria, realmente encantadores. Os que libertarem-se de engessamentos e preconceitos poderão emocionar-se com uma história de amor sincera, simples e bela, assim como entender um pouco a cultura de um país absolutamente desconhecido por grande parte dos brasileiros.
Laurence Anyways
4.1 551 Assista Agora"Laurence Anyways" é um filme de transição, sendo ele próprio, filme, um processo de amadurecimento de seu realizador - sua puberdade cinematográfica. E como toda puberdade, é confuso, indeciso, aborrecido. Utilizando pela primeira vez uma premissa que foge de diabruras adolescentes e seus delicados relacionamentos sociais, Dolan decidiu tomar um tempo maior para a realização do projeto, cujo roteiro foi baseado em uma entrevista verídica feita pelo canadense com uma transexual, e pela primeira vez, limitar-se ao cargo de diretor
CRÍTICA COMPLETA EM:
Oslo, 31 de Agosto
3.9 194What a soundtrack! What a movie! Un'fucking-believable!
Melancólico, desolador, como a existência humana.
Ai Weiwei: Sem Perdão
4.1 9A simpática diretora norte americana Alison Klayman veio ao Festival do Rio na première latina e brasileira de seu mais recente documentário, vencedor do Prêmio do Júri em Sundance 2012 e exibido no último Festival de Berlim, e que aqui faz parte da "Mostra Intinerários Únicos", para filmes com capacidade de romper barreiras do pensamento humano. O filme registra o trabalho do genial artista plástico e corajoso dissidente político da China, Ai Weiwei. Um criador, que acredita verdadeiramente que seu trabalho pode mudar um país, o mundo; e que imerge na arte com sua própria vida, este é Ai Weiwei. Alison registra seu processo de trabalho que construiu uma obra questionando valores culturais e políticos na China em defesa da liberdade de expressão.
Crítica Completa Em:
Senhoras e Senhores: Corte Final
4.3 43Quem via se apaixonava; e contava para o amigo, que corria na Central dos Ingressos porque não tinha como perder essa; e assistia e se rasgava de amores no Twitter, enlouquecendo outro amigo que buscava espaço na sua grade de filmes para essa pequena obra prima, e assim o filme húngaro do diretor György Pálfi tornava-se uma pequena sensação do Festival do Rio. A premissa é simples - Um homem conhece uma mulher que se apresenta cantando em uma casa de espetáculos. Juntos tem uma romântica noite de amor, a primeira da vida da moçoila, e se apaixonam; mas para ficar juntos terão de lidar com o violento ex namorado dela. A grande sacada é que para contar esta história o diretor utilizou-se de colagem de filmes de todas as épocas, incluindo seus diálogos, que magicamente combinados passam a fazer sentido, e em conjunto constroem a narrativa do romance do casal que foi definido pela sinopse nos entregue como o homem máximo e a mulher máxima.
Crítica Completa Em:
Maníaco
3.0 579 Assista AgoraRemakes, melhor não tê-los. Desta vez o clássico do horror gore "Maniac", de William Lustig, ganha ares pop e psicanalíticos nas mãos do diretor Franck Khalfoun, que exibiu-o no Festival de Cannes 2012, fora da competição, na "Séance de Minuit", equivalente às nossas "Midnight Sessions" onde fomos conferir a projeção. Conta a história do jovem Frank Zito, que vive em uma antiga loja de manequins em Los Angeles, restaurando-os. Porém esconde um perturbador segredo, ele também é um perigoso psicopata que persegue e assassina mulheres, escalpelando-as para colocar os cabelos em suas manequins. Até o dia em que conhece a fotógrafa Anna, que convida Frank para ajuda-la na produção de uma de suas performances, e cria com ele uma íntima relação, não desconfiando dos incontroláveis impulsos sanguinários do criminoso, perturbado pelas eternas lembranças de sua mãe.
Crítica Completa Em:
A Terra da Esperança
3.8 11lindo!