"Um interessante ponto de partida para análise do filme da chilena Marialy Rivas, baseado na vida da jovem Daniela, de 17 anos, autora do blog "Joven Y Alocada", e vencedor do prêmio de "Melhor Roteiro de Filme Estrangeiro" no Festival de Sundance 2012, é o preconceituoso complemento nacional ao título norte-americano, atribuindo à jovem um distúrbio psiquiátrico. Afinal, se todas as pessoas que sentissem atração sexual por mais alguém que não seu parceiro, ou que levasse isso às vias de fato, tivesse de ser tachado de ninfomaníaco, teríamos de rever o boletim médico de metade da população mundial, quiçá os nossos próprios. Daniela vive em Santiago, no Chile com sua família evangélica extremamente repressora. Com fortes desejos sexuais latentes e uma rebeldia reprimida, a jovem cria o blog "Joven Y Alocada", dividindo com outros adolescentes suas descobertas, curiosidades e incríveis experiências sexuais, que acaba tornando-se um dos sites mais famosos do Chile. "
"Os grandes avanços na conquista dos direitos civis dos homossexuais observados em muitos países ocidentais encontram em contrapartida casos isolados de forte repressão a tal orientação sexual em outros, que terminam eventualmente ganhando as páginas dos noticiários mundiais graças à velocidade da informação no século XXI. Em especial temos o lamentável caso da Uganda, onde a homossexualidade é considerada crime com previsão de pena de morte, por enforcamento para soropositivos, e prisão para aqueles que não denunciarem casos conhecidos em até 24 horas (incluindo pais denunciarem os filhos e médicos, seus pacientes). A tensão que leis absurdas como estas geraram no cenário internacional chegaram a beirar uma imensa crise diplomática, com intromissão da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, quando David Kato, primeiro homossexual assumido do país e líder da ONG "Minorias Sexuais Da Uganda" foi assassinado a marteladas dentro de sua casa, após ser denunciado por um jornal local chamado Rolling Stone, e iniciar um processo judicial contra repórteres e autoridades locais. "
"A "Mostra John Carpenter - O Medo É Só O Começo" segue como uma das mais divertidas e animadas do Festival do Rio 2012. A cobertura Lumi7 foi conferir a última sessão do cult "Halloween", lançado em 1979 e que gerou uma importante franquia no gênero horror. O filme é importante não apenas por dar início ao culto ao personagem Michael Myers (o décimo filme da marca estreou em 2009), ou por lançar Jamie Lee Curtis nas telonas, mas também por ser uma das maiores e melhores obras que representam a assinatura temática, visual e sonora de Carpenter (toda a trilha, inclusive a deliciosa musica tema, é assinada pelo diretor). Provas da genialidade de sua inventividade técnica, como a bela fotografia sépia, enquadramentos originais, utilizando os próprios elementos cênicos para travellings arrojados, pouco comuns no gênero, ou o espetacular plano sequência inicial, quase uma aula do uso da steadycam. "
"Enfim consegui uma folga, lutando contra a correria da maratona cinéfila e o cansaço que já me consome, para minha primeira "Midnight Terror" deste Festival, e fui conferir "Aí Vem O Diabo", coprodução mexicana e argentina, escrita e dirigida por Adrián García Bogliano ("Penumbra") e exibida no último Festival de Toronto, no início de Setembro. O longa conta a história de Félix e Sol, um casal que faz uma viagem em família junto a seus filhos, um casal de crianças. Numa parada na cidade de Tijuana os meninos resolvem explorar uma caverna nas montanhas locais, mesmo contra a vontade da mãe, e terminam desaparecendo. Diante do desespero dos pais, as autoridades locais iniciam uma caça ao casal, terminando por encontra-los no dia seguinte e devolvendo-os ao convívio familiar. Todavia as crianças além de portarem estranhas escoriações corporais, também demonstram sérias alterações comportamentais, aterrorizando a babá Sara. Dispostos a desvendar o que de fato acontecera com os filhos, Félix e Sol retornam à Tijuana, ali descobrindo fatos atemorizantes ligados ao sobrenatural. "
Leia o comentário completo na cobertura do Festival do Rio, no Lumi7:
"O que leva Steven Soderbergh, diretor de "Traffic" e "Erin Brockovich", a topar assinar um projeto rocambolesco como este? Penso cá com meus botões: Se eu, que enfeito meu escritório apenas com uma réplica barata do Oscar comprado no Madame Tussauds consigo pagar minhas contas com dignidade, imagina... Enfim, deixemos de lado as elucubrações! Baseado na antiga carreira de Channing Tatum, que foi stripper antes de tornar-se ator e resolveu investir os atuais lucros excedentes produzindo este elogio à vaidade humana, "Magic Mike" conta a história do personagem título, um experiente dançarino de um "clube das mulheres" de Tampa, Flórida, também vivido por Tatum. Tudo vai bem até o dia em que Mike conhece Adam (Alex Pettyfer), um jovem de 19 anos que fascinado pelos ganhos monetários e sexuais da vida de um stripper, resolve unir-se ao grupo de dançarinos. Dallas (Matthew McConaughey), o proprietário do club noturno, incumbe Mike de ensinar o novato a dançar, e ao mesmo tempo apresentá-lo ao mundo da noite e das festas. Porém Mike não contava com a irresponsabilidade de Adam na administração da nova carreira, bem como de se apaixonar por Brooke (Cody Horn), a irmã do garoto, que não aceita o estilo de vida dos rapazes."
Leia o comentário completo na cobertura do Festival do Rio, no Lumi7:
"O Gosto do Dinheiro", novo filme do talentoso diretor e roteirista sul-coreano Sang-soo Im, do excelente e perturbador "A Empregada" (2010), chegou ao Festival em sessão lotada. No longa, o jovem e dedicado Young-jak trabalha para a riquíssima e poderosa família Baek, de industriais sul-coreanos. Com moral absolutamente condenável e uma série de negócios escusos, os patrões amiúde envolvem Young-jak em seus serviços sujos e assuntos privados. Tendo de conviver com o ganancioso e adúltero Senhor Baek e sua obcecada e cruel esposa, além da filha que parece nutrir por ele uma estranha paixão, Young-jak mergulha lentamente na espiral de sexo, poder, violência e dinheiro que o envolve. Quando a senhora Baek descobre a infidelidade do marido, o casal inicia um perigoso jogo de vingança mútua e exposição da imensa degradação familiar, envolvendo o jovem numa cascata de denúncias, falcatruas e assassinatos em meio a qual deverá sobreviver. "
Leia o comentário completo na cobertura do Festival do Rio, no Lumi7:
"A estreia dos Midnight Movies foi o grande destaque do primeiro dia do Festival 2012: o genial documentário de Spike Lee para comemorar os 25 anos do antológico álbum BAD, de Michael Jackson, morto em Junho de 2009. O registro das gravações das canções e dos videoclipes, que MJ preferia chamar de curta metragens, entrevistas com profissionais diretamente envolvidos com o artista e muitas imagens de arquivos, algumas filmadas pelo próprio MJ e jamais vistas pelo público encantaram a audiência, que de pé o aplaudiu por longos minutos. "
"Spike Lee é sem dúvida um dos diretores estadunidenses de importância fundamental para a evolução da sétima arte no país. Considerado um ícone do cinema afro-americano, foi com sua obra capaz ao mesmo tempo de criar um universo particular, com personagens e narrativas situadas no distrito do Brooklyn, Nova Iorque, e desconstruir com o mesmo o maniqueísmo com que o racismo era amiúde tratado na filmografia de seu país. Por ter de certa forma expandido o alcance de sua abordagem cinematográfica ao longo da carreira, sofreu duras críticas, e desse forma seu "Verão em Red Hook" pode sim, ser interpretado como uma revisita do artista a seu foco temático original. "
"Com um roteiro extremamente maduro para um filme pretensamente adolescente, e com uma direção absolutamente firme, jamais manipulando emocionalmente a audiência ou apiedando-se de seu protagonista, o filme constituiu-se uma grata surpresa para os que esperavam um drama açucarado ou com soluções narrativas simples e engessadas. A performance do jovem ator Thomas Brodie-Sangster é arrebatadora e Andy Serkis ("Senhor dos Anéis", "As Aventuras de Tintim") , excelente como seu terapêuta, nos recorda que existe um magnífico ator por trás dos cachorrinhos, macaquinhos e afins. Destaque para a belíssima fotografia, variando nos tons do amarelo, laranja e azul, para a encantadora trilha sonora e o capricho nas inserções das animações, que contracenam com o elenco de carne e osso sem deixar a desejar."
"Tráfico de drogas ganhou um punhado de novos verbetes em meu pequeno dicionário particular no dia em que reconheci o playboy mais lindo do condomínio na primeira página do noticiário policial. Longe de ser um fenômeno isolado terceiro-mundista, o imaginário popular global há algum tempo já não associa a figura do traficante apenas ao desfavorecido residente da periferia ou ao mafioso engravatado cuspindo balas de sua tommy gun, que um dia foram sinônimos destes contraventores. O cinema, um dos maiores espelhos de nosso devir social, não poderia deixar de acompanhar tais transformações, sendo um ponto interessante a forma como Oliver Stone, cineasta que já nos brindou com deliciosos personagens delinquentes à margem da sociedade em seus filmes anteriores, constrói seus protagonistas, traficantes endinheirados e bem nascidos de Laguna Beach, Califórnia, nesta sua mais recente obra, o longa "Selvagens". "
"Todas as atenções estavam voltadas para Ben Affleck e seu "Argo" no segundo dia da mostra "Panorama do Cinema Mundial". Sempre em boa forma como ator, o mancebo parece realmente ter futuro também como diretor. Com uma ótima história nas mãos, criou um filme político classudo e envolvente e conquistou a plateia do Festival. Em Novembro de 1979, militares iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã em retaliação ao asilo dado pelo governo norte americano ao Xá Reza Pahlavi. Dos americanos presentes na embaixada na ocasião, seis conseguiram fugir e refugiaram-se na casa do embaixador do Canadá. Para tentar embarca-los num avião trazendo-os de volta à sua pátria e evitar sua captura, Tony Mendez (Ben Affleck) um agente da CIA especialista em exfiltração bola um plano ousado: forjar a produção de um filme de ficção científica nos moldes de "Guerra nas Estrelas" e fingindo buscar locações exóticas para as filmagens, fazer os iranianos confundirem os refugiados com membros da produção. "
Certamente uma pequena obra prima de nossa cinematografia, o melodrama de Arnaldo Jabor mesmo sendo provavelmente a mais autoral das adaptações de textos teatrais de Nelson Rodrigues para as telonas, paradoxalmente talvez seja o primeiro que abraçou a temática do anjo pornográfico com fidelidade canina. É uma crítica divertida e mordaz à subcultura familiar brasileira, prenhe do realismo desbragado rodriguiano e popular como tanto gostava o dramaturgo.
Trata-se da adaptação do livro homônimo, de Seth Grahame-Smith, que também assina o roteiro do longa e é considerado o criador deste gênero literário, o mash-up novel, que mistura clássicos da literatura com histórias contemporâneas (seu livro mais popular é "Orgulho e Preconceito e Zumbis"). Se mesclar Lincoln e vampiros pode parecer um deliciosa viagem pop na teoria, na prática o que vemos nas telas é um dos filmes pipocas mais decepcionantes e absurdos do ano, capaz de aborrecer as mais democráticas plateias e indignar os fãs das sexy e atemporais criaturas da noite.
Pai, perdoai-vos! (sempre!) Casting caprichadíssimo (Vinícius Nascimento... Um achado!!!), planos abertos com fotografia digna, melhor trilha sonora nacional do ano! Frases de caminhão introduzindo os capítulos... Breno Silveira, seu lindo!!!
Trata-se da brilhante estreia em longas de um diretor que seria um dos maiores expoentes do movimento cinematográfico, já então esbanjando ousadia e apuro técnico na busca de um realismo "engajado" autoral, executado com absoluta coragem e precisão. Em última instância, é uma lírica declaração de amor ao Rio de Janeiro, não à cidade ensolarada, da zona sul, dos cartões postais, mas um Rio zona norte, classe média, um Rio nublado, com pancadas ocasionais. À revelia do desgosto de Nelson Rodrigues, manteve-se como a mais genial adaptação de um texto teatral seu; até o momento em que Arnaldo Jabor, oito anos mais tarde e então sob influência marcante do Tropicalismo, dirigisse "Toda Nudez Será Castigada"
O filme Boca de Ouro representa a primeira adaptação de uma peça teatral de Nelson Rodrigues na cinematografia nacional. O projeto, de 1963, foi idealizado por Jece Valadão, popular ator surgido nos anos 50, e que após o enorme sucesso do filme "Os Cafajestes" (1962, de Ruy Guerra), que protagonizara com Daniel Filho, buscava encontrar uma oportunidade onde pudessem voltar a contracenar, aproveitando a consolidação da fama de ambos na busca de polposas bilheterias. Jece Valadão era então casado com Dulce Rodrigues, irmã de Nelson Rodrigues e teve a idéia de adaptar uma das tragédias cariocas do cunhado (que o considerava o ator perfeito para suas peças). Escolheu aquela que contava a história do mítico bicheiro de Madureira, que ostentava uma dentadura de ouro e preparava um caixão do mesmo metal; os dois principais signos de seu poder, real ou pretenso.
“No Brasil, ou se é canalha na véspera ou no dia seguinte”, “Toda família tem um dia em que começa a apodrecer”, “No Brasil todo mundo é Peixoto!”, “O mineiro só é solidário no câncer!” Frases inesquecíveis!
É o caso deste “Um Divã Para Dois”, filme boboca de David Frankel, diretor de “Marley e Eu” e do divertidíssimo “O Diabo Veste Prada”, estrelado por Tommy Lee Jones (no papel oferecido originalmente a Jeff Bridges que, malandro que só, pulou fora!) e por Meryl Streep, que não se envolve em um projeto realmente ótimo desde “Dúvida” (2008). Não se anime caso não tenho assistido ao trailer, pois as boas piadas ocasionais não são, nem de longe, sustentadas por uma premissa original, ou um roteiro convincente. O filme conta a história de Kay e Arnold, casados há 31 anos e vivendo uma entediante relação, onde raramente conversam, dormem em camas separadas, presenteiam-se com novos canais de assinatura de TV à cabo e nunca fazem amor, chegando ao cúmulo de dormirem em quartos e camas separadas.
A primeira cena do documentário “Vou Rifar Meu Coração” já representa, em si, um belíssimo símbolo de toda a premissa e conteúdo narrativo do longa, imergindo e conquistando a audiência de imediato. A câmera captura a paisagem do semi-árido, enquanto segue num travelling em alguma estradinha perdida no interior do nordeste brasileiro, enquanto ouvimos “Eu também sou sentimental” com Nelson Ned no vocal. A diretora Ana Rieper propõe exatamente uma viagem exploratória ao coração e imaginário romântico afetivo de nosso povo, em especial nos nordestinos de classes menos abastadas, uma vez que utiliza como dínamo diegético e principal objeto de estudo a análise do cancioneiro romântico popular, ou a “música brega”, como é mais conhecida (“Vou rifar meu coração” é uma famosa canção de Lindomar Castilho), e segundo os depoimentos contidos no próprio longa, é nessa fatia populacional que o gênero encontra seu principal público.
Katheryn Elizabeth Hudson ou Katy Perry, como é mundialmente conhecida, é inegavelmente um dos maiores fenômenos do cenário pop global. Após, aos 26 anos, vender quase seis milhões de cópias de seu segundo álbum “Teenage Dream”, mundialmente, e de emplacar cinco singles do mesmo na primeira posição da Billboard, igualando o feito antes conseguido apenas por Michael Jackson, a californiana não deixava dúvidas quanto a sua incrível rentabilidade econômica no mercado musical, para o qual representa hoje um produto com gigantesco poder de venda. Dito isto, não foi exatamente surpreendente o anúncio do documentário “Katy Perry: Part of Me 3-D”, acompanhando as apresentações e os bastidores da turnê “California Dreams”, a maior da carreira da cantora, iniciada em 2011, como forma de arrastar seus milhões de fãs para as salas de cinema, de olhos nos números potencialmente astronômicos das bilheterias, de forma semelhante ao que o diretor Jon Chu fizera com outro astro do pop no filme "Justin Bieber: Never Say Never"
Geração Beat é como ficou conhecido um movimento literário nos Estados Unidos, em meados da década de 1950, de jovens escritores e poetas insatisfeitos com a extrema formalidade do então vigente molde literário norte americano do pós-guerra representado pela figura máxima de Ernest Hemingway. Com estilo de vida nômade ou habitando pequenas comunidades fundadas pelos próprios artistas, onde celebravam o sexo livre, o jazz e o bebop, o álcool e as drogas...
Trazendo na bagagem seu louvável currículo internacional, tendo sido selecionado para a Gionarte Degli Autori, umas das principais sessões do Festival de Veneza, voltado ao cinema indie, e para o Festival de Toronto, recebendo ainda menção especial em San Sebastian, o impressionante primeiro longa de ficção da jovem cineasta Júlia Murat (filha de Lúcia Murat) é uma co-produção Brasil e França (recebeu apoio do Funds Sud) que chega às nossas telas neste final de semana, meses após sua estreias em países como os Estados Unidos, Holanda e Polônia. Foi o único filme brasileiro vendido para os mercados canadense e norte-americano, no mesmo festival de Toronto onde fora exibido. Seu belo desempenho internacional interessou países como Bélgica e Luxemburgo, além da própria França, claro, onde deve dar as caras nas salas de cinema ainda em Julho. Acumulando 27 prêmios nos mais de 40 festivais por onde passou, é o filme brasileiro com maior número de premiações internacionais dos últimos 10 anos e grande orgulho para nossa cinematografia.
Ferrugem e Osso
3.9 821 Assista AgoraSerá que vai rolar na repescagem? :-( #IHopeSo
Jovem Aloucada
3.2 337 Assista Agora"Um interessante ponto de partida para análise do filme da chilena Marialy Rivas, baseado na vida da jovem Daniela, de 17 anos, autora do blog "Joven Y Alocada", e vencedor do prêmio de "Melhor Roteiro de Filme Estrangeiro" no Festival de Sundance 2012, é o preconceituoso complemento nacional ao título norte-americano, atribuindo à jovem um distúrbio psiquiátrico. Afinal, se todas as pessoas que sentissem atração sexual por mais alguém que não seu parceiro, ou que levasse isso às vias de fato, tivesse de ser tachado de ninfomaníaco, teríamos de rever o boletim médico de metade da população mundial, quiçá os nossos próprios. Daniela vive em Santiago, no Chile com sua família evangélica extremamente repressora. Com fortes desejos sexuais latentes e uma rebeldia reprimida, a jovem cria o blog "Joven Y Alocada", dividindo com outros adolescentes suas descobertas, curiosidades e incríveis experiências sexuais, que acaba tornando-se um dos sites mais famosos do Chile. "
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Meu Nome é Kuchu
4.2 4"Os grandes avanços na conquista dos direitos civis dos homossexuais observados em muitos países ocidentais encontram em contrapartida casos isolados de forte repressão a tal orientação sexual em outros, que terminam eventualmente ganhando as páginas dos noticiários mundiais graças à velocidade da informação no século XXI. Em especial temos o lamentável caso da Uganda, onde a homossexualidade é considerada crime com previsão de pena de morte, por enforcamento para soropositivos, e prisão para aqueles que não denunciarem casos conhecidos em até 24 horas (incluindo pais denunciarem os filhos e médicos, seus pacientes). A tensão que leis absurdas como estas geraram no cenário internacional chegaram a beirar uma imensa crise diplomática, com intromissão da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, quando David Kato, primeiro homossexual assumido do país e líder da ONG "Minorias Sexuais Da Uganda" foi assassinado a marteladas dentro de sua casa, após ser denunciado por um jornal local chamado Rolling Stone, e iniciar um processo judicial contra repórteres e autoridades locais. "
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Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista Agora"A "Mostra John Carpenter - O Medo É Só O Começo" segue como uma das mais divertidas e animadas do Festival do Rio 2012. A cobertura Lumi7 foi conferir a última sessão do cult "Halloween", lançado em 1979 e que gerou uma importante franquia no gênero horror. O filme é importante não apenas por dar início ao culto ao personagem Michael Myers (o décimo filme da marca estreou em 2009), ou por lançar Jamie Lee Curtis nas telonas, mas também por ser uma das maiores e melhores obras que representam a assinatura temática, visual e sonora de Carpenter (toda a trilha, inclusive a deliciosa musica tema, é assinada pelo diretor). Provas da genialidade de sua inventividade técnica, como a bela fotografia sépia, enquadramentos originais, utilizando os próprios elementos cênicos para travellings arrojados, pouco comuns no gênero, ou o espetacular plano sequência inicial, quase uma aula do uso da steadycam. "
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A Chegada do Diabo
2.4 59"Enfim consegui uma folga, lutando contra a correria da maratona cinéfila e o cansaço que já me consome, para minha primeira "Midnight Terror" deste Festival, e fui conferir "Aí Vem O Diabo", coprodução mexicana e argentina, escrita e dirigida por Adrián García Bogliano ("Penumbra") e exibida no último Festival de Toronto, no início de Setembro. O longa conta a história de Félix e Sol, um casal que faz uma viagem em família junto a seus filhos, um casal de crianças. Numa parada na cidade de Tijuana os meninos resolvem explorar uma caverna nas montanhas locais, mesmo contra a vontade da mãe, e terminam desaparecendo. Diante do desespero dos pais, as autoridades locais iniciam uma caça ao casal, terminando por encontra-los no dia seguinte e devolvendo-os ao convívio familiar. Todavia as crianças além de portarem estranhas escoriações corporais, também demonstram sérias alterações comportamentais, aterrorizando a babá Sara. Dispostos a desvendar o que de fato acontecera com os filhos, Félix e Sol retornam à Tijuana, ali descobrindo fatos atemorizantes ligados ao sobrenatural. "
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Magic Mike
3.0 1,3K Assista Agora"O que leva Steven Soderbergh, diretor de "Traffic" e "Erin Brockovich", a topar assinar um projeto rocambolesco como este? Penso cá com meus botões: Se eu, que enfeito meu escritório apenas com uma réplica barata do Oscar comprado no Madame Tussauds consigo pagar minhas contas com dignidade, imagina... Enfim, deixemos de lado as elucubrações! Baseado na antiga carreira de Channing Tatum, que foi stripper antes de tornar-se ator e resolveu investir os atuais lucros excedentes produzindo este elogio à vaidade humana, "Magic Mike" conta a história do personagem título, um experiente dançarino de um "clube das mulheres" de Tampa, Flórida, também vivido por Tatum. Tudo vai bem até o dia em que Mike conhece Adam (Alex Pettyfer), um jovem de 19 anos que fascinado pelos ganhos monetários e sexuais da vida de um stripper, resolve unir-se ao grupo de dançarinos. Dallas (Matthew McConaughey), o proprietário do club noturno, incumbe Mike de ensinar o novato a dançar, e ao mesmo tempo apresentá-lo ao mundo da noite e das festas. Porém Mike não contava com a irresponsabilidade de Adam na administração da nova carreira, bem como de se apaixonar por Brooke (Cody Horn), a irmã do garoto, que não aceita o estilo de vida dos rapazes."
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O Gosto do Dinheiro
3.1 8"O Gosto do Dinheiro", novo filme do talentoso diretor e roteirista sul-coreano Sang-soo Im, do excelente e perturbador "A Empregada" (2010), chegou ao Festival em sessão lotada. No longa, o jovem e dedicado Young-jak trabalha para a riquíssima e poderosa família Baek, de industriais sul-coreanos. Com moral absolutamente condenável e uma série de negócios escusos, os patrões amiúde envolvem Young-jak em seus serviços sujos e assuntos privados. Tendo de conviver com o ganancioso e adúltero Senhor Baek e sua obcecada e cruel esposa, além da filha que parece nutrir por ele uma estranha paixão, Young-jak mergulha lentamente na espiral de sexo, poder, violência e dinheiro que o envolve. Quando a senhora Baek descobre a infidelidade do marido, o casal inicia um perigoso jogo de vingança mútua e exposição da imensa degradação familiar, envolvendo o jovem numa cascata de denúncias, falcatruas e assassinatos em meio a qual deverá sobreviver. "
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Bad 25
4.4 26"A estreia dos Midnight Movies foi o grande destaque do primeiro dia do Festival 2012: o genial documentário de Spike Lee para comemorar os 25 anos do antológico álbum BAD, de Michael Jackson, morto em Junho de 2009. O registro das gravações das canções e dos videoclipes, que MJ preferia chamar de curta metragens, entrevistas com profissionais diretamente envolvidos com o artista e muitas imagens de arquivos, algumas filmadas pelo próprio MJ e jamais vistas pelo público encantaram a audiência, que de pé o aplaudiu por longos minutos. "
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Verão em Red Hook
3.5 14"Spike Lee é sem dúvida um dos diretores estadunidenses de importância fundamental para a evolução da sétima arte no país. Considerado um ícone do cinema afro-americano, foi com sua obra capaz ao mesmo tempo de criar um universo particular, com personagens e narrativas situadas no distrito do Brooklyn, Nova Iorque, e desconstruir com o mesmo o maniqueísmo com que o racismo era amiúde tratado na filmografia de seu país. Por ter de certa forma expandido o alcance de sua abordagem cinematográfica ao longo da carreira, sofreu duras críticas, e desse forma seu "Verão em Red Hook" pode sim, ser interpretado como uma revisita do artista a seu foco temático original. "
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A Morte do Super-Herói
3.9 72"Com um roteiro extremamente maduro para um filme pretensamente adolescente, e com uma direção absolutamente firme, jamais manipulando emocionalmente a audiência ou apiedando-se de seu protagonista, o filme constituiu-se uma grata surpresa para os que esperavam um drama açucarado ou com soluções narrativas simples e engessadas. A performance do jovem ator Thomas Brodie-Sangster é arrebatadora e Andy Serkis ("Senhor dos Anéis", "As Aventuras de Tintim") , excelente como seu terapêuta, nos recorda que existe um magnífico ator por trás dos cachorrinhos, macaquinhos e afins. Destaque para a belíssima fotografia, variando nos tons do amarelo, laranja e azul, para a encantadora trilha sonora e o capricho nas inserções das animações, que contracenam com o elenco de carne e osso sem deixar a desejar."
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Selvagens
3.4 743 Assista Agora"Tráfico de drogas ganhou um punhado de novos verbetes em meu pequeno dicionário particular no dia em que reconheci o playboy mais lindo do condomínio na primeira página do noticiário policial. Longe de ser um fenômeno isolado terceiro-mundista, o imaginário popular global há algum tempo já não associa a figura do traficante apenas ao desfavorecido residente da periferia ou ao mafioso engravatado cuspindo balas de sua tommy gun, que um dia foram sinônimos destes contraventores. O cinema, um dos maiores espelhos de nosso devir social, não poderia deixar de acompanhar tais transformações, sendo um ponto interessante a forma como Oliver Stone, cineasta que já nos brindou com deliciosos personagens delinquentes à margem da sociedade em seus filmes anteriores, constrói seus protagonistas, traficantes endinheirados e bem nascidos de Laguna Beach, Califórnia, nesta sua mais recente obra, o longa "Selvagens". "
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Argo
3.9 2,5K"Todas as atenções estavam voltadas para Ben Affleck e seu "Argo" no segundo dia da mostra "Panorama do Cinema Mundial". Sempre em boa forma como ator, o mancebo parece realmente ter futuro também como diretor. Com uma ótima história nas mãos, criou um filme político classudo e envolvente e conquistou a plateia do Festival. Em Novembro de 1979, militares iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã em retaliação ao asilo dado pelo governo norte americano ao Xá Reza Pahlavi. Dos americanos presentes na embaixada na ocasião, seis conseguiram fugir e refugiaram-se na casa do embaixador do Canadá. Para tentar embarca-los num avião trazendo-os de volta à sua pátria e evitar sua captura, Tony Mendez (Ben Affleck) um agente da CIA especialista em exfiltração bola um plano ousado: forjar a produção de um filme de ficção científica nos moldes de "Guerra nas Estrelas" e fingindo buscar locações exóticas para as filmagens, fazer os iranianos confundirem os refugiados com membros da produção. "
Leia o texto completo no Lumi7:
Toda Nudez Será Castigada
3.6 117Certamente uma pequena obra prima de nossa cinematografia, o melodrama de Arnaldo Jabor mesmo sendo provavelmente a mais autoral das adaptações de textos teatrais de Nelson Rodrigues para as telonas, paradoxalmente talvez seja o primeiro que abraçou a temática do anjo pornográfico com fidelidade canina. É uma crítica divertida e mordaz à subcultura familiar brasileira, prenhe do realismo desbragado rodriguiano e popular como tanto gostava o dramaturgo.
Crítica Completa Em:
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros
3.0 2,2K Assista AgoraTrata-se da adaptação do livro homônimo, de Seth Grahame-Smith, que também assina o roteiro do longa e é considerado o criador deste gênero literário, o mash-up novel, que mistura clássicos da literatura com histórias contemporâneas (seu livro mais popular é "Orgulho e Preconceito e Zumbis"). Se mesclar Lincoln e vampiros pode parecer um deliciosa viagem pop na teoria, na prática o que vemos nas telas é um dos filmes pipocas mais decepcionantes e absurdos do ano, capaz de aborrecer as mais democráticas plateias e indignar os fãs das sexy e atemporais criaturas da noite.
Crítica Completa Em:
À Beira do Caminho
3.8 310Pai, perdoai-vos! (sempre!) Casting caprichadíssimo (Vinícius Nascimento... Um achado!!!), planos abertos com fotografia digna, melhor trilha sonora nacional do ano! Frases de caminhão introduzindo os capítulos... Breno Silveira, seu lindo!!!
A Falecida
4.1 106Trata-se da brilhante estreia em longas de um diretor que seria um dos maiores expoentes do movimento cinematográfico, já então esbanjando ousadia e apuro técnico na busca de um realismo "engajado" autoral, executado com absoluta coragem e precisão. Em última instância, é uma lírica declaração de amor ao Rio de Janeiro, não à cidade ensolarada, da zona sul, dos cartões postais, mas um Rio zona norte, classe média, um Rio nublado, com pancadas ocasionais. À revelia do desgosto de Nelson Rodrigues, manteve-se como a mais genial adaptação de um texto teatral seu; até o momento em que Arnaldo Jabor, oito anos mais tarde e então sob influência marcante do Tropicalismo, dirigisse "Toda Nudez Será Castigada"
Crítica Completa Em:
Boca de Ouro
3.7 33O filme Boca de Ouro representa a primeira adaptação de uma peça teatral de Nelson Rodrigues na cinematografia nacional. O projeto, de 1963, foi idealizado por Jece Valadão, popular ator surgido nos anos 50, e que após o enorme sucesso do filme "Os Cafajestes" (1962, de Ruy Guerra), que protagonizara com Daniel Filho, buscava encontrar uma oportunidade onde pudessem voltar a contracenar, aproveitando a consolidação da fama de ambos na busca de polposas bilheterias. Jece Valadão era então casado com Dulce Rodrigues, irmã de Nelson Rodrigues e teve a idéia de adaptar uma das tragédias cariocas do cunhado (que o considerava o ator perfeito para suas peças). Escolheu aquela que contava a história do mítico bicheiro de Madureira, que ostentava uma dentadura de ouro e preparava um caixão do mesmo metal; os dois principais signos de seu poder, real ou pretenso.
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Bonitinha, Mas Ordinária
3.1 115“No Brasil, ou se é canalha na véspera ou no dia seguinte”, “Toda família tem um dia em que começa a apodrecer”, “No Brasil todo mundo é Peixoto!”, “O mineiro só é solidário no câncer!” Frases inesquecíveis!
Um Divã Para Dois
3.5 755 Assista AgoraÉ o caso deste “Um Divã Para Dois”, filme boboca de David Frankel, diretor de “Marley e Eu” e do divertidíssimo “O Diabo Veste Prada”, estrelado por Tommy Lee Jones (no papel oferecido originalmente a Jeff Bridges que, malandro que só, pulou fora!) e por Meryl Streep, que não se envolve em um projeto realmente ótimo desde “Dúvida” (2008). Não se anime caso não tenho assistido ao trailer, pois as boas piadas ocasionais não são, nem de longe, sustentadas por uma premissa original, ou um roteiro convincente. O filme conta a história de Kay e Arnold, casados há 31 anos e vivendo uma entediante relação, onde raramente conversam, dormem em camas separadas, presenteiam-se com novos canais de assinatura de TV à cabo e nunca fazem amor, chegando ao cúmulo de dormirem em quartos e camas separadas.
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Vou Rifar Meu Coração
4.1 214A primeira cena do documentário “Vou Rifar Meu Coração” já representa, em si, um belíssimo símbolo de toda a premissa e conteúdo narrativo do longa, imergindo e conquistando a audiência de imediato. A câmera captura a paisagem do semi-árido, enquanto segue num travelling em alguma estradinha perdida no interior do nordeste brasileiro, enquanto ouvimos “Eu também sou sentimental” com Nelson Ned no vocal. A diretora Ana Rieper propõe exatamente uma viagem exploratória ao coração e imaginário romântico afetivo de nosso povo, em especial nos nordestinos de classes menos abastadas, uma vez que utiliza como dínamo diegético e principal objeto de estudo a análise do cancioneiro romântico popular, ou a “música brega”, como é mais conhecida (“Vou rifar meu coração” é uma famosa canção de Lindomar Castilho), e segundo os depoimentos contidos no próprio longa, é nessa fatia populacional que o gênero encontra seu principal público.
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Katy Perry - Part of Me
3.8 568 Assista AgoraKatheryn Elizabeth Hudson ou Katy Perry, como é mundialmente conhecida, é inegavelmente um dos maiores fenômenos do cenário pop global. Após, aos 26 anos, vender quase seis milhões de cópias de seu segundo álbum “Teenage Dream”, mundialmente, e de emplacar cinco singles do mesmo na primeira posição da Billboard, igualando o feito antes conseguido apenas por Michael Jackson, a californiana não deixava dúvidas quanto a sua incrível rentabilidade econômica no mercado musical, para o qual representa hoje um produto com gigantesco poder de venda. Dito isto, não foi exatamente surpreendente o anúncio do documentário “Katy Perry: Part of Me 3-D”, acompanhando as apresentações e os bastidores da turnê “California Dreams”, a maior da carreira da cantora, iniciada em 2011, como forma de arrastar seus milhões de fãs para as salas de cinema, de olhos nos números potencialmente astronômicos das bilheterias, de forma semelhante ao que o diretor Jon Chu fizera com outro astro do pop no filme "Justin Bieber: Never Say Never"
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Vou Rifar Meu Coração
4.1 214Flawless Victory!!!
Na Estrada
3.3 1,9KGeração Beat é como ficou conhecido um movimento literário nos Estados Unidos, em meados da década de 1950, de jovens escritores e poetas insatisfeitos com a extrema formalidade do então vigente molde literário norte americano do pós-guerra representado pela figura máxima de Ernest Hemingway. Com estilo de vida nômade ou habitando pequenas comunidades fundadas pelos próprios artistas, onde celebravam o sexo livre, o jazz e o bebop, o álcool e as drogas...
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Histórias Que Só Existem Quando Lembradas
4.1 283 Assista AgoraTrazendo na bagagem seu louvável currículo internacional, tendo sido selecionado para a Gionarte Degli Autori, umas das principais sessões do Festival de Veneza, voltado ao cinema indie, e para o Festival de Toronto, recebendo ainda menção especial em San Sebastian, o impressionante primeiro longa de ficção da jovem cineasta Júlia Murat (filha de Lúcia Murat) é uma co-produção Brasil e França (recebeu apoio do Funds Sud) que chega às nossas telas neste final de semana, meses após sua estreias em países como os Estados Unidos, Holanda e Polônia. Foi o único filme brasileiro vendido para os mercados canadense e norte-americano, no mesmo festival de Toronto onde fora exibido. Seu belo desempenho internacional interessou países como Bélgica e Luxemburgo, além da própria França, claro, onde deve dar as caras nas salas de cinema ainda em Julho. Acumulando 27 prêmios nos mais de 40 festivais por onde passou, é o filme brasileiro com maior número de premiações internacionais dos últimos 10 anos e grande orgulho para nossa cinematografia.
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