Bom, para estrear o espaço de críticas de cinema do jornal A Semana, nada melhor que um grande filme, que tem tudo para se destacar nos cinemas do mundo inteiro. Sim, estamos falando de “Baby Driver - Em Ritmo de Fuga”, longa dirigido pelo já conhecido diretor Edgard Wright, responsável por filmes como “Todo Mundo Quase Morto” e “Scott Pilgrim”.
O filme conta a história de Baby, interpretado por Ansel Egort, um adolescente que tem problemas de audição - devido a um drama do seu passado - e que acabou virando um piloto de fuga de grandes assaltos. E isso nem era pra ganhar dinheiro, mas sim para pagar uma dívida grande que ele tinha com o líder da organização criminosa, interpretado por Kevin Spacey (House of Cards). Porém, isso tudo muda quando ele conhece a garçonete Debora, vivida por Lily James, e acaba se apaixonando.
Até aí temos mais uma história de romance (muito bem feita), mas sem nada que justifique todo o hype criado em volta do filme. Entretanto, graças ao carisma e potencial do elenco, que também conta com nomes como Jon Hamm (Mad Men) e Jon Bernthal (Demolidor), e a excelente direção de Edgard Wright, que trabalha muito bem as cenas de ação e constrói de forma meticulosa a união das imagens vistas com a trilha sonora, temos um filme que merece ser assistido - e nos cinemas.
Isso porque Baby é um apaixonado por música e são essas canções que dão o ritmo, tanto para as ações do protagonista como também para todo o filme. O casamento do que acontece em cena com as ações faz com que cenas como a batida de uma lata encaixe perfeitamente no momento da bateria em determinada música. Essa construção criada por Wright faz com que o telespectador se transfira para dentro do filme e acredite no que está acontecendo.
A força do filme é tanta que a possibilidade de assistir de novo já está na cabeça desde que vos escreve. Isso porque Baby Driver - Em Ritmo de Fuga nos mostra como Velozes & Furiosos poderia ter sido (relembrando as origens dos roubos) e também faz uma homenagem às músicas, guardadas as devidas proporções, igual La La Land - Cantando Estações faz com o jazz. Para quem não sabe o longa estreia no dia 27 de julho, porém, desde a última semana, já estão sendo realizadas algumas pré-estreias pelo Brasil.
No último final de semana estive na ComicCON RS, que aconteceu em Canoas. Na oportunidade, conversei com pessoas e assisti painéis que abordavam o filme desta semana: “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”. A produção é uma ficção científica baseada em um arco de HQs publicadas em 1975, na Bélgica.
O longa francês, dirigido por Luc Besson, chama a atenção por ter um elenco com poucos nomes conhecidos pelo grande público, apesar de ter um dos maiores orçamentos da França. Mas, se faltou grande investimento no elenco sobrou – no bom sentido – nos efeitos especiais, no desenvolvimento e na maquiagem das mais diversas raças alienígenas.
Apesar de poucos nomes conhecidos, o elenco tem qualidades. Talvez os destaques sejam os dois protagonistas: Dane DeHaan e Cara Delevingne. Principalmente a última, que interpreta a Sargento Laureline. Talvez seja porque não se vê ela como atriz, principalmente depois de “Esquadrão Suicida”, mas houve melhorias no trabalho da modelo e é nítida a força que ela consegue dar para sua personagem.
No filme, acompanhamos Valerian e Laureline, que são uma espécie de cadetes espaciais, que trabalham para o governo e, incumbidos de uma missão, acabam descobrindo uma conspiração dos seus superiores. Não quero aqui me aprofundar muito na trama por dois motivos: ela é apresentada logo no início e, depois de um tempo, acaba se tornando previsível.
Isso, com certeza, acaba prejudicando o desenvolvimento do filme. Sem falar que, apesar de atuarem bem, falta a química para as cenas românticas. Talvez eles funcionassem melhor como amigos que se alfinetam e criticam do que como casal. Além disso, por ter uma trama previsível, acaba ficando cansativo acompanhar mais de duas horas de filme.
Porém, por mais que esses pontos tenham me incomodado, não posso dizer que não me diverti com o filme e acho que esse é o objetivo da produção. Ela não se leva a sério e busca o entretenimento. Sem falar que existem claras referências e lembranças de filmes como Star Wars e Star Trek. O “problema” é que, com a concorrência destas franquias já consolidadas, pode ter faltado qualidade para que “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” também pudesse crescer. O que é uma pena.
O filme desta semana já está no imaginário dos críticos de cinema desde maio deste ano, quando foi apresentado no 70º Festival de Cannes. Ou também por ser um remake de longa com o mesmo nome lançado em 1971 e que tinha nomes como Clint Eastwood e Don Siegel. Pode haver alguém que também o conheça pelo livro escrito por Thomas Cullinan, que é o material original para a história contada.
“O Estranho que Nós Amamos” se passa durante a guerra civil americana e mostra como Martha Farnsworth, interpretada por Nicole Kidman, administra uma casa com meninas que estão sendo resguardadas da guerra. Isso muda quando uma das meninas acaba encontrando o cabo John McBurney, aqui interpretado por Colin Farrell. A partir disso, toda a trama é desenvolvida e podemos acompanhar como a presença do cabo e suas atitudes afetam cada uma das mulheres.
Dirigindo este filme temos a renomada Sofia Coppola, conhecida por ter ganhado o Oscar em 2003 com o longa “Encontros e Desencontros”. E, tecnicamente, a produção mostra o dedo da diretora. Temos um filme escuro, sem trilha sonora e “brincando” com o som dos pássaros. Além disso, a fotografia é bela e as tomadas escolhidas para a troca de cenas, apesar de parecerem repetitivas, não cansam e ajudam e ditar o ritmo do filme.
Além disso, cabe destacar aqui as atuações seguras e fortes de Elle Fanning e Kirsten Dunst. As duas têm uma relação e uma química forte com Farrell, ao mesmo tempo em que conseguem sustentar seus dramas sozinhas também. Na realidade, todo o filme é seguro e levanta diversos debates interessantes. O longa, por muitas vezes, me lembrou “A Casa das Sete Mulheres”, guardadas todas as devidas proporções.
Talvez falte algo para ele se tornar um grande filme, mas, com certeza, está entre os destaques de 2017. Seguro e tecnicamente perfeito, “O Estranho que Nós Amamos” é uma boa pedida para quem quer ir ao cinema. Vale lembrar aqui que o filme estreia na próxima semana, a partir do dia 10 de agosto, nos cinemas de todo o Brasil.
Estreia nesta quinta-feira, 27/07, mais uma produção com proporções gigantescas do renomado diretor Christopher Nolan, conhecido pela franquia do Batman de Christian Bale e pelo seu trabalho em A Origem. Agora o longa que o diretor estava trabalhando se chama Dunkirk.
Na trama somos transportados para a Operação Dínamo, que aconteceu na Segunda Guerra Mundial. Esse momento histórico, também conhecido como a Evacuação de Dunquerque, apresenta o resgate de mais de 330 mil homens dos exércitos britânicos. E é esse o pano de fundo para as três histórias que Nolan conta no decorrer do filme.
São três histórias diferentes que, em algum momento, vão se interligar. Algo parecido com o que foi feito no filme Crash. Entretanto, apesar de ser um filme tecnicamente perfeito, com lindas fotografias, atuações seguras e cenas de ação muito bem executadas (algo que era criticado no trabalho de Nolan com o Batman), falta algo.
Creio que faltou construir uma relação entre o público e o elenco. Não que não sejam bons atores, apesar de haverem alguns desconhecidos do grande público, porém faltou ser construído algo que fizesse com que existisse uma preocupação com os personagens. Eu, pelo menos, não consegui me envolver com os protagonistas.
Entretanto, mesmo sem essa relação sendo desenvolvida – talvez pela complexidade das três tramas – Nolan consegue apresentar um dos seus melhores filmes da sua carreira e um dos melhores de 2017. Se você puder, assista em IMAX, pois ele foi filmado para essa tecnologia. Sem falar que, esteticamente, o longa é belo e os planos abertos são lindos.
Chega aos cinemas hoje a adaptação do mangá Ghost in the Shell. E que adaptação amigos. Apesar de pouco conhecer sobre o mangá e o anime, na minha pesquisa vi que eles conseguiram manter a essência do que foi construído e trazer conceitos e explicações novas para certos temas abordados no longa.
Talvez essas adaptações e a presença de uma estrela no filme (Scarlett Johansson) tenham sido as sacadas do diretor Rupert Sanders para alcançar um novo público para a franquia, mas sem desapontar os antigos. Podemos até comparar com o que o foi feito em Power Rangers: uma adaptação bem feita, que resgata conceitos clássicos e constrói novos. Com certeza A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell é uma grata surpresa neste início de 2017.
Estreia nesta quinta-feira o novo longa de Matt Damon. A Grande Muralha tem como objetivo contar uma das lendas que motivaram a construção da muralha da China, uma das maiores obras já realizadas pelo homem. E, para ser sincero, conhecendo a lenda retratada no filme, é típica das histórias chinesas com a moral no final.
Não quero me prender muito na trama, que foi bem desenvolvida e explicada. Com certeza a experiência será melhor indo aos cinemas do que lendo a minha explicação. O que posso dizer aqui é que o filme é o primeiro blockbuster do ano e que, em breve, vai passar na Tela Quente. Com um lindo trabalho de fotografia e com atuações concisas e seguras, A Grande Muralha surpreende positivamente quem não tinha expectativa nenhuma sobre o longa.
É óbvio que existem alguns erros e cenas mais forçadas. Sem falar que os soldados chineses parecem os ancestrais dos Power Rangers, mas, no geral, o longa consegue ser um filme pipoca, divertido e que deve agradar ao público que vai no cinema em busca de um entretenimento simples e que não exija muito do seu telespectador.
Logan é o último filme da franquia do Wolverine e também fecha o ciclo de Hugh Jackman como o protagonista. E que modo de encerrar esta história. O longa, dirigido por James Mangold, é, sem sombra de dúvidas o melhor filme da franquia. Bem construído, com atuações seguras e ótimas fan services, Logan com certeza conquista um espaço querido no coração dos fãs dos X-Men e, porque não, de todos os apaixonados por HQs.
É óbvio que o filme tem seus erros, afinal, quem não tem. Porém, todos eles podem ser superados e compreendidos. O que fica ao final de Logan é um filme seguro, competente e que entra para hall dos melhores filmes de super-heróis já produzidos. Muita ação, sangue e uma atuação segura de praticamente todo o elenco fazem com que Logan encerre com chave de ouro, tanto os filmes do Wolverine como também a participação de Hugh Jackman na franquia.
Estreia hoje nos cinemas do Brasil o filme Power Rangers. O longa, que retoma o universo das séries de TV, surge com o objetivo de trazer de volta aquele universo, mas de uma forma mais adulta e não tão fake como antigamente. E não há dúvidas do que vamos afirmar: o filme consegue trazer a franquia de volta a vida.
Muito disso é mérito do diretor Dean Israelite, que consegue construir um longa coeso e que, pela primeira vez, faz com que o público consiga realmente se preocupar com os personagens. A construção de cada um dos Rangers dura praticamente metade do filme e é nesse tempo que o público conhece os dramas e passados de cada um dos cinco. Isso faz com que os telespectadores se envolvam e se identifiquem com os personagens. Com certeza foi um diferencial do longa.
Talvez o único problema do filme seja as cenas de luta. Elas são fracas e, pelo que dá pra notar, Dean Israelite sabe disso. Tanto que as cenas são curtas e os planos sempre bem escolhidos para que não apareça tanto as dificuldades de se produzir cenas assim. Pelo menos o diretor teve consciência de que este era o ponto fraco do filme enquanto gravava.
Power Rangers é um bom filme, construído para uma nova geração de fãs, mas que consegue relembrar as temporadas antigas. Cheios de referências aos originais, com direito a luta na pedreira e tudo mais, Power Rangers chega aos cinemas como um bom filme pipoca para o público saudosista e também para os novos fãs de uma possível e provável franquia.
Uma das grandes estreias desta semana é o longa-metragem Fragmentado. A obra, dirigida por M. Night Shyamalan e protagonizada por James McAvoy, conta a história de um homem que conta com 23 personalidades distintas dentro do seu corpo. Durante todo o filme é possível conhecer, pelo menos, umas seis destas faces do protagonista. Sem dúvidas é aqui que entra o primeiro ponto positivo de Fragmentado: James McAvoy.
O ator, conhecido por ter participado da segunda trilogia dos X-Men, entrega aqui uma das maiores e mais difíceis atuações de sua carreira. Consistente, McAvoy consegue construir diferentes personalidades e transforma-las em únicas e independentes, algo difícil de se fazer em um único filme. Mas é óbvio que isso não é trabalho apenas dele, afinal temos nas três meninas que fazem parte da história, grandes alavancas para que as facetas de Kevin, personagem interpretado por McAvoy, possam aparecer e se destacar.
Das três meninas, a que ganha destaque é a personagem interpretada por Anya Taylor-Joy. A jovem consegue segurar toda a carga dramática que o papel necessitava e entrega uma atuação concisa. Talvez a atriz tenha sida a grande surpresa deste filme. E é óbvio que não podemos esquecer do homem que está por trás de tudo isso: M. Night Shyamalan.
Em Fragmentado, o diretor consegue entregar um grande filme, com ângulos de filmagem ousados; e uma história, que tinha tudo para ser confusa, foi muito bem resolvida. Isso é mérito de Shyamalan que conseguiu, além de tudo isso, apresentar diversos easter-eggs durante o longa. Com certeza Fragmentado é uma grata surpresa neste início de 2017 e também para os fãs do diretor.
Internet - O Filme com certeza vai encontrar o seu público. Isso é fato. O longa aposta totalmente no seu elenco repleto de youtubers voltados para o público teen para lotar as salas de cinema. Não sei se vai lotar tanto quanto a expectativa de Rafinha Bastos, que bancou o projeto e assina o roteiro do longa, mas, com certeza, vai fazer uma boa bilheteria. Infelizmente, só a bilheteria será o ponto forte do filme.
Não quero dizer aqui que o longa é de todo ruim, pois ele desenvolve satisfatoriamente suas tramas, mas é tudo raso demais. Além de que eles não mantiveram os nomes originais dos youtubers, mas mantiveram a personalidade de cada um dos seus canais. Com piadas sobre alguns youtubers que, por algum motivo, não participaram do longa (Felipe Neto e Kéfera), Internet - O Filme se sustenta apenas pelos estereótipos de seus respectivos protagonistas.
Estreia nesta quinta-feira o novo longa de Matt Damon. A Grande Muralha tem como objetivo contar uma das lendas que motivaram a construção da muralha da China, uma das maiores obras já realizadas pelo homem. E, para ser sincero, conhecendo a lenda retratada no filme, é típica das histórias chinesas com a moral no final.
Não quero me prender muito na trama, que foi bem desenvolvida e explicada. Com certeza a experiência será melhor indo aos cinemas do que lendo a minha explicação. O que posso dizer aqui é que o filme é o primeiro blockbuster do ano e que, em breve, vai passar na Tela Quente. Com um lindo trabalho de fotografia e com atuações concisas e seguras, A Grande Muralha surpreende positivamente quem não tinha expectativa nenhuma sobre o longa.
É óbvio que existem alguns erros e cenas mais forçadas. Sem falar que os soldados chineses parecem os ancestrais dos Power Rangers, mas, no geral, o longa consegue ser um filme pipoca, divertido e que deve agradar ao público que vai no cinema em busca de um entretenimento simples e que não exija muito do seu telespectador.
O longa LEGO Batman: O Filme faz parte de uma série de produções, tanto para as telonas como também para as séries de TV e games que resolveram adaptar histórias e personagens populares para este universo do LEGO. E esse tipo de produções funcionam e tem o seu espaço e público no mercado de entretenimento, com força aqui no Brasil também.
Cheio de referências ao universo do Batman nos cinemas e nas HQs, além de outros mitos da cultura pop, LEGO Batman: O Filme constrói um filme coeso e competente quando se pensa em suas limitações e aspirações. Talvez eu não seja o público-alvo deste filme, mas senti falta de algo a mais, Creio que eles poderiam ter investido mais na dinâmica do LEGO, algo que pouco foi utilizado em todo o filme.
Cinquenta Tons Mais Escuros é a adaptação do segundo livro da saga Cinquenta Tons de Cinza (ainda falta um livro ser adaptado). No longa continuamos acompanhando a vida de Anastasia e o seu romance com Christian Grey, com todos os dramas e as loucuras sexuais da vida dos dois.
O filme é muito mais fraco que o primeiro. Os pontos que mais incomodam são as atuações de ambos, o excesso de cenas sexuais e a falta de continuidade deste filme para o primeiro. O perfil dos personagens mudou muito de um longa para o outro. Esses pontos incomodam muito quem quer ver uma sequencia do primeiro longa e vê algo desconexo, como se houvessem passado anos de um para o outro. Falta carisma, verossimilhança e atuação. As tramas abordadas são construídas de forma rasa e falta muito para que o longa se transforme em algo coeso.
O longa, dirigido por David Frankel, com certeza terá seu público dividido. Muitos adorarão o filme, enquanto outros irão detestar a produção. Isto porque, o que Frankel entrega no trailer é muito melhor do que é visto em Beleza Oculta. Enquanto no trailer se acredita que o personagem interpretado por Will Smith recebe as três "entidades" em sua vida, no filme descobrimos que não é bem assim e que tudo não passa de uma tentativa de recuperar e empresa de Howard de uma possível falência.
Essa iniciativa trás o filme de volta para a realidade e representa um ponto positivo na verossimilhança do longa. Porém, para quem viu o trailer e esperava algo mais lúdico e poético, a decepção surge como um balde água fria. Porém, quem resistir a isso, verá boas atuações de praticamente todo o elenco que, em sua maioria, são reconhecidos com indicações e prêmios do Oscar, como é o caso de Helen Mirren em uma história simples e envolvente. O próprio Will Smith merece ser elogiado pela carga dramática que entrega na construção do drama de seu personagem. O envolvimento do ator é tão grande, que o público acaba se preocupando com o que irá acontecer com ele.
Óbvio que o filme tem seus defeitos, constrói cenas clichês e parece ter sido desenvolvido apenas para tentar ser indicado ao Oscar. A busca incessante de Will Smith pelo prêmio é perceptível neste filme. Entretanto, a preocupação em fazer um filme de premiação superou a preocupação em fazer um grande filme - e potencial para isso existia - e está aí o grande pecado de Beleza Oculta. Um longa que não soube aproveitar o seu potencial.
Os Penetras 2 - Quem Dá Mais? é uma sequência direta dos acontecimentos do primeiro longa da franquia. Enquanto, no primeiro, existe, pelo menos a novidade e uma boa atuação de Marcelo Adnet, no segundo filme, vemos a mesma fórmula ser replicada - fórmula essa que já não deu certo no primeiro - e temos somente Eduardo Sterblitch tentando levar o humor do filme sozinho nas costas.
Com um roteiro mal desenvolvido, cheio de furos e clichês, Os Penetras 2 - Quem Dá Mais?, decepciona o público que vai aos cinemas. Com atuações caricatas de Mariana Ximenes, Stepan Nercessian e Danton Mello, o longa acaba se perdendo e entregando algo sem graça e bobo. E, infelizmente, a produção deve receber uma continuação, visto que, no final, existe um gancho para a sequencia da franquia.
O longa, dirigido por Kenneth Lonergan, que estreia nesta quinta-feira, conta a história de Lee Chandler, interpretado pelo irmão de Ben Affleck, Casey Affleck. Na produção, ele retorna a sua cidade natal para cuidar do seu sobrinho, logo após o falecimento do pai do jovem. Entretanto, essa história, que tinha tudo para ser algo natural, acaba crescendo quando o passado de Lee é descoberto pelo público.
Tecnicamente, Manchester À Beira-Mar é muito bom. O elenco está afinado, a paleta de cores e direção de Lonergan estão dignas de ser elogiadas e a trama é envolvente, até pelo seu ritmo, mais cadenciado e com a mistura de cenas entre o passado e presente. Entretanto, pelo menos para mim, falta algo. Não sei se é a falta de um final mais tradicional ou o que, mas o filme não conseguiu meu cativar tanto, por mais que seja praticamente perfeito tecnicamente.
Contudo, por mais que eu não tenha me apaixonado pelo filme, Manchester À Beira-Mar é um longa competente e belo (talvez eu não seja o seu público) e que, provavelmente, será reconhecido pela academia nas premiações deste ano. Pelo menos é isso que eu espero, afinal, com uma direção competente, Lonergan merece, pelo menos, uma indicação em sua categoria.
Nessa semana estreia este que deve ser um dos grandes filmes de 2017 no Brasil. La La Land - Cantando Estações já chega como um dos favoritos ao Oscar deste ano e ele tem motivos de sobra para isso. O longa, dirigido pelo jovem e competente Damien Chazelle, conhecido por Whiplash - Em Busca da Perfeição, entrega aqui a sua grande contribuição para a história do cinema.
Isso mesmo. Uma contribuição para a história do cinema. Isto porque, provavelmente, La La Land - Cantando Estações deve - ou, pelo menos, tem potencial para isso - se tornar um clássico do cinema estadunidense. A obra alcança todos os públicos e Chazelle consegue mostrar isso de forma simples e bela, com planos abertos e longos, dando liberdade para que os protagonistas conquistem o público que está nos cinemas.
Muito disso também acontece graças a Ryan Gosling e Emma Stone, que conseguem entregar atuações dignas de, pelo menos, indicação ao Oscar. Os dois cativam o público e conseguem interpretar muito bem, ainda mais tendo que cantar, o que deve ser uma dificuldade a mais para os dois. Porém, mesmo assim, a dupla dá conta do recado e, principalmente, Gosling, tem boas chances nas premiações deste ano.
Uma parte que pode preocupar muito os telespectadores é o musical. Mas podem ficar tranquilos. O filme não é todo cantado e as canções não estão ali para encher espaço. Existe um sentido para elas e tudo acontece de forma muito orgânica. Com certeza, mais um acerto da elogiada direção de Chazelle. Com isso, La La Land - Cantando Estações surge como um dos grandes favoritos para as premiações e também para adentrar na história do cinema mundial.
O longa Assassin's Creed, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, é mais uma tentativa de adaptação de uma franquia de games para o cinema. E, desta vez, os fãs da franquia da Ubisoft podem, pelo menos, se sentir satisfeitos em ver o game sendo adaptado. O diretor, Justin Kurzel, desenvolveu muito bem o longa e soube aproveitar muito bem toda a mitologia dos games e entrega um material digno.
Muito disso também se dá pelo elenco, recheado de grandes nomes. Talvez o grande destaque seja Fassbender. O ator, que dá vida ao protagonista, se entregou ao personagem e entrega cenas de ação convincentes e uma interpretação forte - principalmente nas cenas que se passam no presente. Entretanto, muito do sucesso de Fassbender se dá graças a todo o elenco , que mostra uma afinação perfeita.
O longa tem algumas falhas, principalmente com a falta de planos diferentes nas cenas de Aguilar, e também constrói alguns conceitos diferentes do que foi visto nos games. Mas nada que interfira na experiência de vivenciar uma franquia famosa nos games sendo projetada nos cinemas.
Após tentativas fracassadas, como com Warcraft, os gamers ganham, pela primeira vez, um material interessante. Tomara que Assassin's Creed possa ser o primeiro de muitas adaptações. Afinal, não faltam jogos com tramas incríveis para serem transmitidas para as telonas.
Minha Mãe é uma Peça 2 estreia nos cinemas nesta quinta-feira (22) e vem como uma sequencia do longa de mesmo nome, que chegou as telonas em 2013 e que, com Paulo Gustavo como protagonista, conseguiu ser a maior bilheteria do cinema brasileiro daquele ano. Agora, três anos depois, o ator volta a dar vida a Dona Hermínia, mãe do Juliano e da Marcelina, e assim tenta, mais uma vez conquistar o público brasileiro com o seu trabalho.
O "problema" disso tudo é que, o roteiro do filme é mal desenvolvido e visa somente dar destaque ao Paulo Gustavo para que, com o seu carisma, ele consiga prender o público mais uma vez. Existem subtramas mal trabalhadas e os furos do roteiro são visíveis, isso porque falta um foco, um objetivo para a trama. Não existe um arco consistente para ser apresentado desta vez e isso pode prejudicar a receptividade do público que quer uma história melhor desenvolvida.
Entretanto, as piadas funcionam porque existe sim a identificação com o público e a verossimilhança acontece. Pontos como esses que eu destaco como primordiais, valorizam o trabalho de todo o elenco e do roteiro do longa. Porém, mesmo com essa identificação e com o talento de Paulo Gustavo, é necessário um roteiro melhor trabalhado em um terceiro filme, para que a franquia possa seguir crescendo e ganhando destaque no cenário nacional.
Tamo Junto foi o que O Último Virgem não conseguiu ser neste ano. O longa, dirigido por Matheus Souza, que também é um dos protagonistas do filme, consegue fazer o link de identificação com o seu público-alvo. Os jovens, assim como eu, se reconhecem nos personagens da trama, rolando a identificação tão importante para que os telespectadores se preocupem com os personagens.
Sobre Matheus Souza: o personagem começou ruim e eu pensei que a atuação do mesmo era horrorosa. Porém, no decorrer do filme, cresce a sua história ao ponto de tu compreender e até se identificar com as histórias do protagonista. Na realidade, todo o elenco é acertado e consegue construir bem os estereótipos presentes da turma de amigos de todas as escolas. Talvez Matheus seja o grande destaque, mas não ofusca o talento e as tramas em paralelo com a dele.
Tamo Junto é uma grata surpresa no cinema nacional, quando se falam de comédias que focam em um público jovem. Óbvio que o filme tem erros e clichês presentes em longas do gênero, mas os acertos conseguem conquistar um público carente de comédias que não sejam de um humor pastelão e que tenham uma boa trama para ser trabalhada.
O filme, dirigido por Will Speck e Josh Gordon, é o primeiro longa politicamente incorreto que chega aos cinemas neste ano com a premissa de se trabalhar com as festas natalinas. É possível dizer até que o filme é um Se Beber, Não Case!, só que com a temática do fim de ano ao invés de um casamento. O problema do filme não é esse, mas sim que é uma comédia que não consegue arrancar nenhum riso da platéia.
Apesar de um elenco bom, com nomes como Jason Bateman e Jennifer Aniston, A Última Ressaca do Ano, traz bons atores e tenta construir cenas engraçadas. Porém, infelizmente, fica apenas na tentativa mesmo. O longa não acerta o tom e é uma comédia com piadas sem graça ou mal desenvolvidas. Apesar de ter alguns momentos divertidos, em sua maioria o longa é arrastado e com piadas sem graça alguma.
A Última Ressaca do Ano chega aos cinemas nesta quinta-feira para abrir a temporada de filmes de fim de ano. Entretanto, não é com chave de ouro que esse período será aberto nos cinemas. Com piadas sem graça, o longa não consegue alcançar o seu objetivo e acaba se perdendo em diversos momentos. O que é uma pena.
O longa, dirigido por Jayme Monjardim, adapta o livro de mesmo nome do escritor Augusto Cury. E, como o autor é conhecido pelos livros de autoajuda, é notável que o filme também funciona como algo parecido. Entretanto, infelizmente, essa iniciativa não deu certo. Pelo menos não para quem busca um filme que te mostra isso aos poucos.
Desde o início somos jogados para frases de efeito e diálogos mal escritos. Não existe uma riqueza no roteiro e o filme não tenta te ajudar de forma sútil, mas sim joga na cara do telespectador suas mensagens de autoajuda. Tudo soa falso e artificial, dos cenários, que vendem a beleza e o progresso de uma cidade sem alma, às palavras de sabedoria e estímulo. O elenco até tenta entregar as cargas dramáticas necessárias para o desenvolvimento da história, mas o roteiro acaba focando tanto nestas frases de efeito que acaba não dando certo.
Infelizmente, O Vendedor de Sonhos, que tinha aspirações de se tornar um dos grandes filmes do cinema nacional em 2016, acaba decepcionando exatamente por ter tentado esta grandiosidade. Quem sabe, para os leitores do livro, o longa faça mais sentido e esse pode ser o público que dará uma boa bilheteria ao filme. Entretanto, falta bastante para que o mesmo tenha o destaque que outros filmes brasileiros tiveram em 2016.
Se na crítica de ontem (O Filho Eterno), eu elogiei o cinema nacional, com O Último Virgem fica claro o porque os longas-metragens brasileiros não conseguem alcançar postos mais altos. O filme tenta ser um American Pie daqui, mas peca em construir conceitos que façam com que o público se identifique com a produção. Por mais que exista um público para este besteirol, falta muito para o mesmo construir está identificação com os brasileiros.
O filme foca muito em ser um besteirol nos moldes da franquia citada acima, porém acaba sendo uma cópia mal feita dos filmes norte-americanos. Entretanto, faltam culhões para os diretores Rilson Baco e Felipe Freitas, que não tiveram coragem para ousar em um filme que, para surpreender, precisava desta ousadia. Afinal, um filme besteirol que não tem coragem de mostrar cenas de nudez e deixa tudo subintendido, não condiz com o público que os mesmos querem alcançar.
Com certeza um dos piores filmes de 2016 e, no cinema nacional, consegue sim ser uma das piores produções dos últimos tempos. Com piadas ofensivas e fora de tempo, personagens caricatos e com uma falta de carisma no elenco. Infelizmente falta muita coisa para O Último Virgem conquistar o público que gosta de assistir e acompanha os longas de besteirol dos Estados Unidos.
O Filho Eterno é baseado em uma obra homônima de Cristóvão Tezza, e nos apresenta um casal do final dos anos 1970 até os 1990, que acabam tendo um filho com Síndrome de Down. Enquanto a mãe, Cláudia, interpretada por Débora Falabella nutre pela criança nada menos que amor, o pai, Roberto interpretado por Marcos Veras, não o reconhece como seu filho.
A escolha do elenco foi surpreendente e certeira. Marcos Veras, conhecido por fazer comédia, surpreende no papel dramático e entrega uma atuação sólida e convincente, que horas faz odiar, horas faz sentir pena do personagem ou até tentar compreender o drama pelo qual ele está passando. Já Débora Falabella acaba perdendo espaço, graças ao talento de Veras e de Pedro Vinicius, que interpreta o filho do casal. Além disso, a relação e a sintonia entre o elenco fica clara em praticamente todas as cenas, trazendo o espectador para dentro desta realidade cruel porém, muitas vezes, verídica.
Outro ponto que merece ser destacado do filme é a direção de Paulo Machline, que consegue nos apresentar uma trajetória longa, de doze anos, sem se tornar cansativa. Além disso, os fatos mais marcantes do filme acontecem sempre nas copas do mundo, fazendo uma relação com o futebol que se encaixa muito bem. Entretanto, com o desenrolar da trama e quando a ficha cai sobre essa relação da seleção brasileira com o filme, um pouco da surpresa sobre o final acaba sendo perdida.
Porém, mesmo com esse pequeno ponto, O Filho Eterno é mais um belo filme produzido pelo cinema brasileiro em 2016. Ouso dizer aqui que este é um ótimo ano para as produções nacionais e que o preconceito com os nossos filmes estão com os dias contados. Pelo menos se analisarmos os nossos longas-metragens que escolhem tender para um lado mais dramático e com menos comédias de cunho duvidoso.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraBom, para estrear o espaço de críticas de cinema do jornal A Semana, nada melhor que um grande filme, que tem tudo para se destacar nos cinemas do mundo inteiro. Sim, estamos falando de “Baby Driver - Em Ritmo de Fuga”, longa dirigido pelo já conhecido diretor Edgard Wright, responsável por filmes como “Todo Mundo Quase Morto” e “Scott Pilgrim”.
O filme conta a história de Baby, interpretado por Ansel Egort, um adolescente que tem problemas de audição - devido a um drama do seu passado - e que acabou virando um piloto de fuga de grandes assaltos. E isso nem era pra ganhar dinheiro, mas sim para pagar uma dívida grande que ele tinha com o líder da organização criminosa, interpretado por Kevin Spacey (House of Cards). Porém, isso tudo muda quando ele conhece a garçonete Debora, vivida por Lily James, e acaba se apaixonando.
Até aí temos mais uma história de romance (muito bem feita), mas sem nada que justifique todo o hype criado em volta do filme. Entretanto, graças ao carisma e potencial do elenco, que também conta com nomes como Jon Hamm (Mad Men) e Jon Bernthal (Demolidor), e a excelente direção de Edgard Wright, que trabalha muito bem as cenas de ação e constrói de forma meticulosa a união das imagens vistas com a trilha sonora, temos um filme que merece ser assistido - e nos cinemas.
Isso porque Baby é um apaixonado por música e são essas canções que dão o ritmo, tanto para as ações do protagonista como também para todo o filme. O casamento do que acontece em cena com as ações faz com que cenas como a batida de uma lata encaixe perfeitamente no momento da bateria em determinada música. Essa construção criada por Wright faz com que o telespectador se transfira para dentro do filme e acredite no que está acontecendo.
A força do filme é tanta que a possibilidade de assistir de novo já está na cabeça desde que vos escreve. Isso porque Baby Driver - Em Ritmo de Fuga nos mostra como Velozes & Furiosos poderia ter sido (relembrando as origens dos roubos) e também faz uma homenagem às músicas, guardadas as devidas proporções, igual La La Land - Cantando Estações faz com o jazz. Para quem não sabe o longa estreia no dia 27 de julho, porém, desde a última semana, já estão sendo realizadas algumas pré-estreias pelo Brasil.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
3.1 580 Assista AgoraNo último final de semana estive na ComicCON RS, que aconteceu em Canoas. Na oportunidade, conversei com pessoas e assisti painéis que abordavam o filme desta semana: “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”. A produção é uma ficção científica baseada em um arco de HQs publicadas em 1975, na Bélgica.
O longa francês, dirigido por Luc Besson, chama a atenção por ter um elenco com poucos nomes conhecidos pelo grande público, apesar de ter um dos maiores orçamentos da França. Mas, se faltou grande investimento no elenco sobrou – no bom sentido – nos efeitos especiais, no desenvolvimento e na maquiagem das mais diversas raças alienígenas.
Apesar de poucos nomes conhecidos, o elenco tem qualidades. Talvez os destaques sejam os dois protagonistas: Dane DeHaan e Cara Delevingne. Principalmente a última, que interpreta a Sargento Laureline. Talvez seja porque não se vê ela como atriz, principalmente depois de “Esquadrão Suicida”, mas houve melhorias no trabalho da modelo e é nítida a força que ela consegue dar para sua personagem.
No filme, acompanhamos Valerian e Laureline, que são uma espécie de cadetes espaciais, que trabalham para o governo e, incumbidos de uma missão, acabam descobrindo uma conspiração dos seus superiores. Não quero aqui me aprofundar muito na trama por dois motivos: ela é apresentada logo no início e, depois de um tempo, acaba se tornando previsível.
Isso, com certeza, acaba prejudicando o desenvolvimento do filme. Sem falar que, apesar de atuarem bem, falta a química para as cenas românticas. Talvez eles funcionassem melhor como amigos que se alfinetam e criticam do que como casal. Além disso, por ter uma trama previsível, acaba ficando cansativo acompanhar mais de duas horas de filme.
Porém, por mais que esses pontos tenham me incomodado, não posso dizer que não me diverti com o filme e acho que esse é o objetivo da produção. Ela não se leva a sério e busca o entretenimento. Sem falar que existem claras referências e lembranças de filmes como Star Wars e Star Trek. O “problema” é que, com a concorrência destas franquias já consolidadas, pode ter faltado qualidade para que “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” também pudesse crescer. O que é uma pena.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraO filme desta semana já está no imaginário dos críticos de cinema desde maio deste ano, quando foi apresentado no 70º Festival de Cannes. Ou também por ser um remake de longa com o mesmo nome lançado em 1971 e que tinha nomes como Clint Eastwood e Don Siegel. Pode haver alguém que também o conheça pelo livro escrito por Thomas Cullinan, que é o material original para a história contada.
“O Estranho que Nós Amamos” se passa durante a guerra civil americana e mostra como Martha Farnsworth, interpretada por Nicole Kidman, administra uma casa com meninas que estão sendo resguardadas da guerra. Isso muda quando uma das meninas acaba encontrando o cabo John McBurney, aqui interpretado por Colin Farrell. A partir disso, toda a trama é desenvolvida e podemos acompanhar como a presença do cabo e suas atitudes afetam cada uma das mulheres.
Dirigindo este filme temos a renomada Sofia Coppola, conhecida por ter ganhado o Oscar em 2003 com o longa “Encontros e Desencontros”. E, tecnicamente, a produção mostra o dedo da diretora. Temos um filme escuro, sem trilha sonora e “brincando” com o som dos pássaros. Além disso, a fotografia é bela e as tomadas escolhidas para a troca de cenas, apesar de parecerem repetitivas, não cansam e ajudam e ditar o ritmo do filme.
Além disso, cabe destacar aqui as atuações seguras e fortes de Elle Fanning e Kirsten Dunst. As duas têm uma relação e uma química forte com Farrell, ao mesmo tempo em que conseguem sustentar seus dramas sozinhas também. Na realidade, todo o filme é seguro e levanta diversos debates interessantes. O longa, por muitas vezes, me lembrou “A Casa das Sete Mulheres”, guardadas todas as devidas proporções.
Talvez falte algo para ele se tornar um grande filme, mas, com certeza, está entre os destaques de 2017. Seguro e tecnicamente perfeito, “O Estranho que Nós Amamos” é uma boa pedida para quem quer ir ao cinema. Vale lembrar aqui que o filme estreia na próxima semana, a partir do dia 10 de agosto, nos cinemas de todo o Brasil.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraEstreia nesta quinta-feira, 27/07, mais uma produção com proporções gigantescas do renomado diretor Christopher Nolan, conhecido pela franquia do Batman de Christian Bale e pelo seu trabalho em A Origem. Agora o longa que o diretor estava trabalhando se chama Dunkirk.
Na trama somos transportados para a Operação Dínamo, que aconteceu na Segunda Guerra Mundial. Esse momento histórico, também conhecido como a Evacuação de Dunquerque, apresenta o resgate de mais de 330 mil homens dos exércitos britânicos. E é esse o pano de fundo para as três histórias que Nolan conta no decorrer do filme.
São três histórias diferentes que, em algum momento, vão se interligar. Algo parecido com o que foi feito no filme Crash. Entretanto, apesar de ser um filme tecnicamente perfeito, com lindas fotografias, atuações seguras e cenas de ação muito bem executadas (algo que era criticado no trabalho de Nolan com o Batman), falta algo.
Creio que faltou construir uma relação entre o público e o elenco. Não que não sejam bons atores, apesar de haverem alguns desconhecidos do grande público, porém faltou ser construído algo que fizesse com que existisse uma preocupação com os personagens. Eu, pelo menos, não consegui me envolver com os protagonistas.
Entretanto, mesmo sem essa relação sendo desenvolvida – talvez pela complexidade das três tramas – Nolan consegue apresentar um dos seus melhores filmes da sua carreira e um dos melhores de 2017. Se você puder, assista em IMAX, pois ele foi filmado para essa tecnologia. Sem falar que, esteticamente, o longa é belo e os planos abertos são lindos.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraChega aos cinemas hoje a adaptação do mangá Ghost in the Shell. E que adaptação amigos. Apesar de pouco conhecer sobre o mangá e o anime, na minha pesquisa vi que eles conseguiram manter a essência do que foi construído e trazer conceitos e explicações novas para certos temas abordados no longa.
Talvez essas adaptações e a presença de uma estrela no filme (Scarlett Johansson) tenham sido as sacadas do diretor Rupert Sanders para alcançar um novo público para a franquia, mas sem desapontar os antigos. Podemos até comparar com o que o foi feito em Power Rangers: uma adaptação bem feita, que resgata conceitos clássicos e constrói novos. Com certeza A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell é uma grata surpresa neste início de 2017.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraEstreia nesta quinta-feira o novo longa de Matt Damon. A Grande Muralha tem como objetivo contar uma das lendas que motivaram a construção da muralha da China, uma das maiores obras já realizadas pelo homem. E, para ser sincero, conhecendo a lenda retratada no filme, é típica das histórias chinesas com a moral no final.
Não quero me prender muito na trama, que foi bem desenvolvida e explicada. Com certeza a experiência será melhor indo aos cinemas do que lendo a minha explicação. O que posso dizer aqui é que o filme é o primeiro blockbuster do ano e que, em breve, vai passar na Tela Quente. Com um lindo trabalho de fotografia e com atuações concisas e seguras, A Grande Muralha surpreende positivamente quem não tinha expectativa nenhuma sobre o longa.
É óbvio que existem alguns erros e cenas mais forçadas. Sem falar que os soldados chineses parecem os ancestrais dos Power Rangers, mas, no geral, o longa consegue ser um filme pipoca, divertido e que deve agradar ao público que vai no cinema em busca de um entretenimento simples e que não exija muito do seu telespectador.
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraLogan é o último filme da franquia do Wolverine e também fecha o ciclo de Hugh Jackman como o protagonista. E que modo de encerrar esta história. O longa, dirigido por James Mangold, é, sem sombra de dúvidas o melhor filme da franquia. Bem construído, com atuações seguras e ótimas fan services, Logan com certeza conquista um espaço querido no coração dos fãs dos X-Men e, porque não, de todos os apaixonados por HQs.
É óbvio que o filme tem seus erros, afinal, quem não tem. Porém, todos eles podem ser superados e compreendidos. O que fica ao final de Logan é um filme seguro, competente e que entra para hall dos melhores filmes de super-heróis já produzidos. Muita ação, sangue e uma atuação segura de praticamente todo o elenco fazem com que Logan encerre com chave de ouro, tanto os filmes do Wolverine como também a participação de Hugh Jackman na franquia.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraEstreia hoje nos cinemas do Brasil o filme Power Rangers. O longa, que retoma o universo das séries de TV, surge com o objetivo de trazer de volta aquele universo, mas de uma forma mais adulta e não tão fake como antigamente. E não há dúvidas do que vamos afirmar: o filme consegue trazer a franquia de volta a vida.
Muito disso é mérito do diretor Dean Israelite, que consegue construir um longa coeso e que, pela primeira vez, faz com que o público consiga realmente se preocupar com os personagens. A construção de cada um dos Rangers dura praticamente metade do filme e é nesse tempo que o público conhece os dramas e passados de cada um dos cinco. Isso faz com que os telespectadores se envolvam e se identifiquem com os personagens. Com certeza foi um diferencial do longa.
Talvez o único problema do filme seja as cenas de luta. Elas são fracas e, pelo que dá pra notar, Dean Israelite sabe disso. Tanto que as cenas são curtas e os planos sempre bem escolhidos para que não apareça tanto as dificuldades de se produzir cenas assim. Pelo menos o diretor teve consciência de que este era o ponto fraco do filme enquanto gravava.
Power Rangers é um bom filme, construído para uma nova geração de fãs, mas que consegue relembrar as temporadas antigas. Cheios de referências aos originais, com direito a luta na pedreira e tudo mais, Power Rangers chega aos cinemas como um bom filme pipoca para o público saudosista e também para os novos fãs de uma possível e provável franquia.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraUma das grandes estreias desta semana é o longa-metragem Fragmentado. A obra, dirigida por M. Night Shyamalan e protagonizada por James McAvoy, conta a história de um homem que conta com 23 personalidades distintas dentro do seu corpo. Durante todo o filme é possível conhecer, pelo menos, umas seis destas faces do protagonista. Sem dúvidas é aqui que entra o primeiro ponto positivo de Fragmentado: James McAvoy.
O ator, conhecido por ter participado da segunda trilogia dos X-Men, entrega aqui uma das maiores e mais difíceis atuações de sua carreira. Consistente, McAvoy consegue construir diferentes personalidades e transforma-las em únicas e independentes, algo difícil de se fazer em um único filme. Mas é óbvio que isso não é trabalho apenas dele, afinal temos nas três meninas que fazem parte da história, grandes alavancas para que as facetas de Kevin, personagem interpretado por McAvoy, possam aparecer e se destacar.
Das três meninas, a que ganha destaque é a personagem interpretada por Anya Taylor-Joy. A jovem consegue segurar toda a carga dramática que o papel necessitava e entrega uma atuação concisa. Talvez a atriz tenha sida a grande surpresa deste filme. E é óbvio que não podemos esquecer do homem que está por trás de tudo isso: M. Night Shyamalan.
Em Fragmentado, o diretor consegue entregar um grande filme, com ângulos de filmagem ousados; e uma história, que tinha tudo para ser confusa, foi muito bem resolvida. Isso é mérito de Shyamalan que conseguiu, além de tudo isso, apresentar diversos easter-eggs durante o longa. Com certeza Fragmentado é uma grata surpresa neste início de 2017 e também para os fãs do diretor.
Internet: O Filme
1.5 317Internet - O Filme com certeza vai encontrar o seu público. Isso é fato. O longa aposta totalmente no seu elenco repleto de youtubers voltados para o público teen para lotar as salas de cinema. Não sei se vai lotar tanto quanto a expectativa de Rafinha Bastos, que bancou o projeto e assina o roteiro do longa, mas, com certeza, vai fazer uma boa bilheteria. Infelizmente, só a bilheteria será o ponto forte do filme.
Não quero dizer aqui que o longa é de todo ruim, pois ele desenvolve satisfatoriamente suas tramas, mas é tudo raso demais. Além de que eles não mantiveram os nomes originais dos youtubers, mas mantiveram a personalidade de cada um dos seus canais. Com piadas sobre alguns youtubers que, por algum motivo, não participaram do longa (Felipe Neto e Kéfera), Internet - O Filme se sustenta apenas pelos estereótipos de seus respectivos protagonistas.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraEstreia nesta quinta-feira o novo longa de Matt Damon. A Grande Muralha tem como objetivo contar uma das lendas que motivaram a construção da muralha da China, uma das maiores obras já realizadas pelo homem. E, para ser sincero, conhecendo a lenda retratada no filme, é típica das histórias chinesas com a moral no final.
Não quero me prender muito na trama, que foi bem desenvolvida e explicada. Com certeza a experiência será melhor indo aos cinemas do que lendo a minha explicação. O que posso dizer aqui é que o filme é o primeiro blockbuster do ano e que, em breve, vai passar na Tela Quente. Com um lindo trabalho de fotografia e com atuações concisas e seguras, A Grande Muralha surpreende positivamente quem não tinha expectativa nenhuma sobre o longa.
É óbvio que existem alguns erros e cenas mais forçadas. Sem falar que os soldados chineses parecem os ancestrais dos Power Rangers, mas, no geral, o longa consegue ser um filme pipoca, divertido e que deve agradar ao público que vai no cinema em busca de um entretenimento simples e que não exija muito do seu telespectador.
LEGO Batman: O Filme
3.9 383 Assista AgoraO longa LEGO Batman: O Filme faz parte de uma série de produções, tanto para as telonas como também para as séries de TV e games que resolveram adaptar histórias e personagens populares para este universo do LEGO. E esse tipo de produções funcionam e tem o seu espaço e público no mercado de entretenimento, com força aqui no Brasil também.
Cheio de referências ao universo do Batman nos cinemas e nas HQs, além de outros mitos da cultura pop, LEGO Batman: O Filme constrói um filme coeso e competente quando se pensa em suas limitações e aspirações. Talvez eu não seja o público-alvo deste filme, mas senti falta de algo a mais, Creio que eles poderiam ter investido mais na dinâmica do LEGO, algo que pouco foi utilizado em todo o filme.
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 762 Assista AgoraCinquenta Tons Mais Escuros é a adaptação do segundo livro da saga Cinquenta Tons de Cinza (ainda falta um livro ser adaptado). No longa continuamos acompanhando a vida de Anastasia e o seu romance com Christian Grey, com todos os dramas e as loucuras sexuais da vida dos dois.
O filme é muito mais fraco que o primeiro. Os pontos que mais incomodam são as atuações de ambos, o excesso de cenas sexuais e a falta de continuidade deste filme para o primeiro. O perfil dos personagens mudou muito de um longa para o outro. Esses pontos incomodam muito quem quer ver uma sequencia do primeiro longa e vê algo desconexo, como se houvessem passado anos de um para o outro. Falta carisma, verossimilhança e atuação. As tramas abordadas são construídas de forma rasa e falta muito para que o longa se transforme em algo coeso.
Beleza Oculta
3.7 888 Assista AgoraO longa, dirigido por David Frankel, com certeza terá seu público dividido. Muitos adorarão o filme, enquanto outros irão detestar a produção. Isto porque, o que Frankel entrega no trailer é muito melhor do que é visto em Beleza Oculta. Enquanto no trailer se acredita que o personagem interpretado por Will Smith recebe as três "entidades" em sua vida, no filme descobrimos que não é bem assim e que tudo não passa de uma tentativa de recuperar e empresa de Howard de uma possível falência.
Essa iniciativa trás o filme de volta para a realidade e representa um ponto positivo na verossimilhança do longa. Porém, para quem viu o trailer e esperava algo mais lúdico e poético, a decepção surge como um balde água fria. Porém, quem resistir a isso, verá boas atuações de praticamente todo o elenco que, em sua maioria, são reconhecidos com indicações e prêmios do Oscar, como é o caso de Helen Mirren em uma história simples e envolvente. O próprio Will Smith merece ser elogiado pela carga dramática que entrega na construção do drama de seu personagem. O envolvimento do ator é tão grande, que o público acaba se preocupando com o que irá acontecer com ele.
Óbvio que o filme tem seus defeitos, constrói cenas clichês e parece ter sido desenvolvido apenas para tentar ser indicado ao Oscar. A busca incessante de Will Smith pelo prêmio é perceptível neste filme. Entretanto, a preocupação em fazer um filme de premiação superou a preocupação em fazer um grande filme - e potencial para isso existia - e está aí o grande pecado de Beleza Oculta. Um longa que não soube aproveitar o seu potencial.
Os Penetras 2: Quem Dá Mais?
2.1 49Os Penetras 2 - Quem Dá Mais? é uma sequência direta dos acontecimentos do primeiro longa da franquia. Enquanto, no primeiro, existe, pelo menos a novidade e uma boa atuação de Marcelo Adnet, no segundo filme, vemos a mesma fórmula ser replicada - fórmula essa que já não deu certo no primeiro - e temos somente Eduardo Sterblitch tentando levar o humor do filme sozinho nas costas.
Com um roteiro mal desenvolvido, cheio de furos e clichês, Os Penetras 2 - Quem Dá Mais?, decepciona o público que vai aos cinemas. Com atuações caricatas de Mariana Ximenes, Stepan Nercessian e Danton Mello, o longa acaba se perdendo e entregando algo sem graça e bobo. E, infelizmente, a produção deve receber uma continuação, visto que, no final, existe um gancho para a sequencia da franquia.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraO longa, dirigido por Kenneth Lonergan, que estreia nesta quinta-feira, conta a história de Lee Chandler, interpretado pelo irmão de Ben Affleck, Casey Affleck. Na produção, ele retorna a sua cidade natal para cuidar do seu sobrinho, logo após o falecimento do pai do jovem. Entretanto, essa história, que tinha tudo para ser algo natural, acaba crescendo quando o passado de Lee é descoberto pelo público.
Tecnicamente, Manchester À Beira-Mar é muito bom. O elenco está afinado, a paleta de cores e direção de Lonergan estão dignas de ser elogiadas e a trama é envolvente, até pelo seu ritmo, mais cadenciado e com a mistura de cenas entre o passado e presente. Entretanto, pelo menos para mim, falta algo. Não sei se é a falta de um final mais tradicional ou o que, mas o filme não conseguiu meu cativar tanto, por mais que seja praticamente perfeito tecnicamente.
Contudo, por mais que eu não tenha me apaixonado pelo filme, Manchester À Beira-Mar é um longa competente e belo (talvez eu não seja o seu público) e que, provavelmente, será reconhecido pela academia nas premiações deste ano. Pelo menos é isso que eu espero, afinal, com uma direção competente, Lonergan merece, pelo menos, uma indicação em sua categoria.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraNessa semana estreia este que deve ser um dos grandes filmes de 2017 no Brasil. La La Land - Cantando Estações já chega como um dos favoritos ao Oscar deste ano e ele tem motivos de sobra para isso. O longa, dirigido pelo jovem e competente Damien Chazelle, conhecido por Whiplash - Em Busca da Perfeição, entrega aqui a sua grande contribuição para a história do cinema.
Isso mesmo. Uma contribuição para a história do cinema. Isto porque, provavelmente, La La Land - Cantando Estações deve - ou, pelo menos, tem potencial para isso - se tornar um clássico do cinema estadunidense. A obra alcança todos os públicos e Chazelle consegue mostrar isso de forma simples e bela, com planos abertos e longos, dando liberdade para que os protagonistas conquistem o público que está nos cinemas.
Muito disso também acontece graças a Ryan Gosling e Emma Stone, que conseguem entregar atuações dignas de, pelo menos, indicação ao Oscar. Os dois cativam o público e conseguem interpretar muito bem, ainda mais tendo que cantar, o que deve ser uma dificuldade a mais para os dois. Porém, mesmo assim, a dupla dá conta do recado e, principalmente, Gosling, tem boas chances nas premiações deste ano.
Uma parte que pode preocupar muito os telespectadores é o musical. Mas podem ficar tranquilos. O filme não é todo cantado e as canções não estão ali para encher espaço. Existe um sentido para elas e tudo acontece de forma muito orgânica. Com certeza, mais um acerto da elogiada direção de Chazelle. Com isso, La La Land - Cantando Estações surge como um dos grandes favoritos para as premiações e também para adentrar na história do cinema mundial.
Assassin's Creed
2.9 948 Assista AgoraO longa Assassin's Creed, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, é mais uma tentativa de adaptação de uma franquia de games para o cinema. E, desta vez, os fãs da franquia da Ubisoft podem, pelo menos, se sentir satisfeitos em ver o game sendo adaptado. O diretor, Justin Kurzel, desenvolveu muito bem o longa e soube aproveitar muito bem toda a mitologia dos games e entrega um material digno.
Muito disso também se dá pelo elenco, recheado de grandes nomes. Talvez o grande destaque seja Fassbender. O ator, que dá vida ao protagonista, se entregou ao personagem e entrega cenas de ação convincentes e uma interpretação forte - principalmente nas cenas que se passam no presente. Entretanto, muito do sucesso de Fassbender se dá graças a todo o elenco , que mostra uma afinação perfeita.
O longa tem algumas falhas, principalmente com a falta de planos diferentes nas cenas de Aguilar, e também constrói alguns conceitos diferentes do que foi visto nos games. Mas nada que interfira na experiência de vivenciar uma franquia famosa nos games sendo projetada nos cinemas.
Após tentativas fracassadas, como com Warcraft, os gamers ganham, pela primeira vez, um material interessante. Tomara que Assassin's Creed possa ser o primeiro de muitas adaptações. Afinal, não faltam jogos com tramas incríveis para serem transmitidas para as telonas.
Minha Mãe é Uma Peça 2
3.5 807Minha Mãe é uma Peça 2 estreia nos cinemas nesta quinta-feira (22) e vem como uma sequencia do longa de mesmo nome, que chegou as telonas em 2013 e que, com Paulo Gustavo como protagonista, conseguiu ser a maior bilheteria do cinema brasileiro daquele ano. Agora, três anos depois, o ator volta a dar vida a Dona Hermínia, mãe do Juliano e da Marcelina, e assim tenta, mais uma vez conquistar o público brasileiro com o seu trabalho.
O "problema" disso tudo é que, o roteiro do filme é mal desenvolvido e visa somente dar destaque ao Paulo Gustavo para que, com o seu carisma, ele consiga prender o público mais uma vez. Existem subtramas mal trabalhadas e os furos do roteiro são visíveis, isso porque falta um foco, um objetivo para a trama. Não existe um arco consistente para ser apresentado desta vez e isso pode prejudicar a receptividade do público que quer uma história melhor desenvolvida.
Entretanto, as piadas funcionam porque existe sim a identificação com o público e a verossimilhança acontece. Pontos como esses que eu destaco como primordiais, valorizam o trabalho de todo o elenco e do roteiro do longa. Porém, mesmo com essa identificação e com o talento de Paulo Gustavo, é necessário um roteiro melhor trabalhado em um terceiro filme, para que a franquia possa seguir crescendo e ganhando destaque no cenário nacional.
Tamo Junto
2.7 75Tamo Junto foi o que O Último Virgem não conseguiu ser neste ano. O longa, dirigido por Matheus Souza, que também é um dos protagonistas do filme, consegue fazer o link de identificação com o seu público-alvo. Os jovens, assim como eu, se reconhecem nos personagens da trama, rolando a identificação tão importante para que os telespectadores se preocupem com os personagens.
Sobre Matheus Souza: o personagem começou ruim e eu pensei que a atuação do mesmo era horrorosa. Porém, no decorrer do filme, cresce a sua história ao ponto de tu compreender e até se identificar com as histórias do protagonista. Na realidade, todo o elenco é acertado e consegue construir bem os estereótipos presentes da turma de amigos de todas as escolas. Talvez Matheus seja o grande destaque, mas não ofusca o talento e as tramas em paralelo com a dele.
Tamo Junto é uma grata surpresa no cinema nacional, quando se falam de comédias que focam em um público jovem. Óbvio que o filme tem erros e clichês presentes em longas do gênero, mas os acertos conseguem conquistar um público carente de comédias que não sejam de um humor pastelão e que tenham uma boa trama para ser trabalhada.
A Última Ressaca do Ano
2.8 216 Assista AgoraO filme, dirigido por Will Speck e Josh Gordon, é o primeiro longa politicamente incorreto que chega aos cinemas neste ano com a premissa de se trabalhar com as festas natalinas. É possível dizer até que o filme é um Se Beber, Não Case!, só que com a temática do fim de ano ao invés de um casamento. O problema do filme não é esse, mas sim que é uma comédia que não consegue arrancar nenhum riso da platéia.
Apesar de um elenco bom, com nomes como Jason Bateman e Jennifer Aniston, A Última Ressaca do Ano, traz bons atores e tenta construir cenas engraçadas. Porém, infelizmente, fica apenas na tentativa mesmo. O longa não acerta o tom e é uma comédia com piadas sem graça ou mal desenvolvidas. Apesar de ter alguns momentos divertidos, em sua maioria o longa é arrastado e com piadas sem graça alguma.
A Última Ressaca do Ano chega aos cinemas nesta quinta-feira para abrir a temporada de filmes de fim de ano. Entretanto, não é com chave de ouro que esse período será aberto nos cinemas. Com piadas sem graça, o longa não consegue alcançar o seu objetivo e acaba se perdendo em diversos momentos. O que é uma pena.
O Vendedor de Sonhos
3.0 242 Assista AgoraO longa, dirigido por Jayme Monjardim, adapta o livro de mesmo nome do escritor Augusto Cury. E, como o autor é conhecido pelos livros de autoajuda, é notável que o filme também funciona como algo parecido. Entretanto, infelizmente, essa iniciativa não deu certo. Pelo menos não para quem busca um filme que te mostra isso aos poucos.
Desde o início somos jogados para frases de efeito e diálogos mal escritos. Não existe uma riqueza no roteiro e o filme não tenta te ajudar de forma sútil, mas sim joga na cara do telespectador suas mensagens de autoajuda. Tudo soa falso e artificial, dos cenários, que vendem a beleza e o progresso de uma cidade sem alma, às palavras de sabedoria e estímulo. O elenco até tenta entregar as cargas dramáticas necessárias para o desenvolvimento da história, mas o roteiro acaba focando tanto nestas frases de efeito que acaba não dando certo.
Infelizmente, O Vendedor de Sonhos, que tinha aspirações de se tornar um dos grandes filmes do cinema nacional em 2016, acaba decepcionando exatamente por ter tentado esta grandiosidade. Quem sabe, para os leitores do livro, o longa faça mais sentido e esse pode ser o público que dará uma boa bilheteria ao filme. Entretanto, falta bastante para que o mesmo tenha o destaque que outros filmes brasileiros tiveram em 2016.
O Último Virgem
1.8 79Se na crítica de ontem (O Filho Eterno), eu elogiei o cinema nacional, com O Último Virgem fica claro o porque os longas-metragens brasileiros não conseguem alcançar postos mais altos. O filme tenta ser um American Pie daqui, mas peca em construir conceitos que façam com que o público se identifique com a produção. Por mais que exista um público para este besteirol, falta muito para o mesmo construir está identificação com os brasileiros.
O filme foca muito em ser um besteirol nos moldes da franquia citada acima, porém acaba sendo uma cópia mal feita dos filmes norte-americanos. Entretanto, faltam culhões para os diretores Rilson Baco e Felipe Freitas, que não tiveram coragem para ousar em um filme que, para surpreender, precisava desta ousadia. Afinal, um filme besteirol que não tem coragem de mostrar cenas de nudez e deixa tudo subintendido, não condiz com o público que os mesmos querem alcançar.
Com certeza um dos piores filmes de 2016 e, no cinema nacional, consegue sim ser uma das piores produções dos últimos tempos. Com piadas ofensivas e fora de tempo, personagens caricatos e com uma falta de carisma no elenco. Infelizmente falta muita coisa para O Último Virgem conquistar o público que gosta de assistir e acompanha os longas de besteirol dos Estados Unidos.
O Filho Eterno
3.3 87 Assista AgoraO Filho Eterno é baseado em uma obra homônima de Cristóvão Tezza, e nos apresenta um casal do final dos anos 1970 até os 1990, que acabam tendo um filho com Síndrome de Down. Enquanto a mãe, Cláudia, interpretada por Débora Falabella nutre pela criança nada menos que amor, o pai, Roberto interpretado por Marcos Veras, não o reconhece como seu filho.
A escolha do elenco foi surpreendente e certeira. Marcos Veras, conhecido por fazer comédia, surpreende no papel dramático e entrega uma atuação sólida e convincente, que horas faz odiar, horas faz sentir pena do personagem ou até tentar compreender o drama pelo qual ele está passando. Já Débora Falabella acaba perdendo espaço, graças ao talento de Veras e de Pedro Vinicius, que interpreta o filho do casal. Além disso, a relação e a sintonia entre o elenco fica clara em praticamente todas as cenas, trazendo o espectador para dentro desta realidade cruel porém, muitas vezes, verídica.
Outro ponto que merece ser destacado do filme é a direção de Paulo Machline, que consegue nos apresentar uma trajetória longa, de doze anos, sem se tornar cansativa. Além disso, os fatos mais marcantes do filme acontecem sempre nas copas do mundo, fazendo uma relação com o futebol que se encaixa muito bem. Entretanto, com o desenrolar da trama e quando a ficha cai sobre essa relação da seleção brasileira com o filme, um pouco da surpresa sobre o final acaba sendo perdida.
Porém, mesmo com esse pequeno ponto, O Filho Eterno é mais um belo filme produzido pelo cinema brasileiro em 2016. Ouso dizer aqui que este é um ótimo ano para as produções nacionais e que o preconceito com os nossos filmes estão com os dias contados. Pelo menos se analisarmos os nossos longas-metragens que escolhem tender para um lado mais dramático e com menos comédias de cunho duvidoso.