Ricky Gervais leva suas piadas ao extremo nesse especial que é de humor, mas também sobre humor e os limites (ou não) dele. Ele consegue trazer tiradas super pesadas sem ser algo gratuitamente ofensivo a certos grupos, o que só mostra o quanto ele é excelente no que faz. As passagens metalinguísticas são o que torna a experiência mais intrigante e dão muito a pensar. Nem todas as piadas são engraçadas, mas nenhuma delas é por algo que soe uma ofensa (incrível como ele é "ofensivo" sem ser), mas por haver alguns timing cômicos, que Gervais encontra geralmente muito bem, que não se encaixam. Um dos melhores comediantes da atualidade com facilidade.
Diferente do humor dos Wayans, é um terrir que usa o humor escrachado com bastante economia e investe num humor mais baseado nos estereótipos negros, que traz os melhores momentos. A trama em si não é tão atrativa, mas os personagens e suas interações é o que sustenta o interesse no filme até o fim. A cena pra definir quem era o mais negro foi uma das melhores do filme.
Mesmo não sendo tão longo, é cansativo porque é igual a tantos outros filmes de herói e sempre recorre ao caminho mais óbvio. Quando o filme parece que vai ter alguma seriedade ou um drama mais forte, rola uma piadinha ou se parte pra ação, e isso acabou incomodando porque nenhum personagem ao não ser o Orm tem qualquer nuance ou muda sua postura de forma convincente, porque o roteiro não quer deixar ninguém evoluir de forma perceptível. A cena final chega a ser vergonhosa com o Jason Momoa sendo Jason Momoa durante uma coletiva. Apesar disso, ainda entretém com as cenas de ação, mas o resultado final é meia boca.
Já tinha visto o piloto e parte do segundo episódio há anos, mas eles não me conquistaram de cara. Resolvi dar uma chance agora e é uma série de comédia muito divertida, que consegue trazer a veia cômica do filme original sem se escorar nisso. Os episódios com os lobisomens, com o Barão passeando pela cidade e com o Conselho Vampírico foram os melhores, e o último em especial por contar com tantas participações especiais.
Incrível como em três minutos, e sem nem ter um plot estabelecido, o filme conseguiu me prender. Scorsese simplesmente brincou de dirigir e se divertiu fazendo uma comédia de erros, muito bem encabeçada pelo azarado Griffin Dine e com um ótimo elenco de apoio. A história se passar no SoHo, bairro que se tornou concentração de artistas e figuras marginais da sociedade americana, permite o encontro com vários tipos únicos desse lugar durante a projeção, que se desdobra em desencontros e carrega várias críticas ao momento social e político de Nova York e dos Estados Unidos, com o neoliberalismo destrutivo de Reagan em voga e a criminalidade tomando conta das ruas. No fim das contas, é o anti-sonho do trabalhador comum, que mesmo no seu tempo livre, ao tentar viver, sofre as consequências disso para depois retornar à mesma rotina monótona de todos os dias. E só para não deixar passar, que felicidade a cena em que toca Pay to Cum e ainda conta com o Scorsese fazendo uma ponta.
Realização técnica impressionante para fazer o homem invisível, e gostei de ser um vilão meio que "sem objetivo", só alguém que ficou maluco devido às consequências da experiência e virou um ser violento e com ganas de poder. A mescla com a comédia pelas reações das pessoas e da própria polícia não atrapalha em nada o filme, deixando na verdade ele mais divertido e prendendo a atenção até o fim. Ótima direção de James Whale.
O plot é tão promissor quanto o filme é mal feito. Se temos um argumento que parte de uma premissa bizarra com promessa de enredo tenso, a realização é pobre, com atuações terríveis, direção ruim e roteiro mal feito, dependendo da burrice tremenda da personagem principal. Nem sei o que pensei do final, só sei que ele não tem qualquer peso dado o que o filme apresentou antes.
Tão bom, ou, na verdade, até um pouco superior que o primeiro. A qualidade da filmagem melhora, a produção também e o time de atores envolvidos é igualmente bom. A trama começa de forma frenética e pesada, se desenvolve infelizmente dependendo de atitudes extremamente burras dos personagens, mas depois consegue se sustentar muito bem, com tensão, violência e desespero bem realizados. Dá continuidade às críticas que o primeiro filme fez às forças armadas, só que agora de forma muito mais incisiva.
Filme insano, que investe numa trasheira de primeira. Não se leva a sério, mas consegue ser mais impactante e sólido que muitos filmes do gênero feitos para serem sérios. Os zumbis imortais e inteligentes trazem um elemento diferente ao cinema do gênero e garante cenas tão engraçadas quanto tenebrosas. Além disso, tem umas questões morais pesadas e umas críticas pesadíssimas à forma como o Estado lida com problemas sérios, tudo sem perder o bom humor e a diversão. Os efeitos práticos são simplesmente maravilhosos e a trilha sonora é uma deleite à parte.
A troca de direção é muito sentida, especialmente pela oscilação de atmosfera, que às vezes parece muito infantilizada, e pelas cenas de ação, que não empolgam mais. Apesar disso, finalmente Ripchip tem o destaque que merece e a adição de Will Poulter como Eustáquio é um acerto e tanto. Mesmo sendo o mais fraco da trilogia, o final é melhor e mais bonito dos três, acertando em cheio no teor emocional da conclusão de ciclo e início de uma nova jornada.
Diferente de quando vi na época em que foi lançado, em que me desagradou pelas mudanças em relação à história original, rever agora foi uma experiência melhor, pois esse segundo filme traz mais batalhas e uma participação maior de Pedro na trama. Ainda vejo com problemas a forçada em colocar novamente a Feiticeira Branca e o pouco desenvolvimento de Caspian, que não tem tempo de tela suficiente para que torçamos ou nos apeguemos a ele, mas, enquanto o primeiro é um filme de fantasia completo, o segundo é praticamente um filme de guerra, bem produzido e divertido, que mesmo tendo uma duração relativamente longa, não se torna nada cansativo.
Se eu começasse a ver os filmes de Sofia Coppola por aqui, provavelmente desistiria de ver outros da diretora. O filme em si não é ruim, mas o nome engana. Deveria se chamar Priscilla Presley, pois a personagem só existe enquanto na vida de Elvis, o que acaba sendo bem contraditório pelo filme tratar de Priscilla (supostamente). E sendo o filme sobre ela, tem umas poucas cenas específicas mostrando só o Elvis que fogem do foco nela, e apesar de ser escolha artística da diretora para ilustrar o apagamento da personagem, depõe contra o próprio filme. Além disso, o filme não só aumenta os eventos pra pintar Elvis ainda pior do que já era, como vitimiza excessivamente a Priscilla e a transforma quase numa mulher sem nenhuma voz, sendo que ela teve vários momentos dentro do casamento em que mostrou força ou oposição (como o caso com o instrutor de karatê que fica muito implícito no filme). No fim, você sai sem conhecer nada da Priscilla, a não ser que ela sofreu na mão de Elvis. E resumir a fase pós-casamento e maternidade à meia hora final ou menos foi um desperdício. Grande trilha sonora, bom trabalho de maquiagem e figurinos e a cena final é ótima, mas faltou substância ao filme, que não parece ter um objetivo muito claro a não ser construir um novo imaginário de Priscilla Presley que, ironicamente, a apaga ainda mais.
Incrível como o filme vai construindo uma tensão promissora e estabelecendo pontos curiosos para no fim tudo ser deixado de lado por uma pretensão de fazer tudo ser "misterioso" demais. Se o primeiro ato traz interesse, o segundo fica andando em círculos constantemente para segurar "revelações" até o terceiro ato, e isso faz com que os personagens se contradigam e se tornem somente estereótipos sem nuances: a esposa desconfiada e carrancuda, o marido positivo, o pai herói pelos outros, a filha ranzinza, o filho babaca e a filha mais nova curiosa e pouco ouvida. Seriam bons padrões se fossem além disso, mas o filme não sabe fazer seus personagens minimamente interessantes ou cativantes, nem a trama consegue ser impactante, pois a partir do momento que temos algumas conclusões sendo tiradas, chega a ser meio ridículo o drama que o filme tenta fazer sobre isso. Sam Esmail tenta fazer uma direção impressionante, mas se tornam extremamente cansativas e sem objetivo as tentativas de emplacar cenas visualmente diferentes que não dialogam em nada com a narrativa, estando ali totalmente deslocadas e sem peso algum. No final, de tantas possibilidades, talvez a menos criativa e mais "paga pau" do Estado americano foi a usada, o que foi simplesmente broxante. No fim, é um filme sem alma, sem graça, cansativo e que soa uma grande perda de tempo.
Vai além da espetacularização do sofrimento que o típico filme-tragédia faz, ou de uma tentativa de estabelecer heróis do mundo real em meio a situações extremas. É um filme que respeita a história, as pessoas envolvidas e os acontecimentos, sabendo ser impactante nos momentos de tensão, mas principalmente sensível ao conseguir tornar cada sobrevivente um personagem com voz, desejos, princípios, medos e esperanças. O final foi o que mais me soou um diferencial, pois ressalta a dificuldade do retorno ao mundo depois de sobreviver numa situação tão atípica que quebra com suas crenças mais básicas. Bela surpresa.
Um filme muito divertido, que traz um elenco afiado na comédia e com algumas atuações teatrais que funcionam muito bem, com uma atmosfera carnavalesca soteropolitana muito justa, mostrando o pior e o melhor que Salvador tem - ou ao menos a região do Pelourinho. Me impressiona como no final o filme consegue te destroçar completamente sem soar deslocado, acertando em cheio na carga dramática. Uma das grandes obras de Salvador sobre Salvador.
Por um lado, temos Fennell mostrando o quanto pode ser uma ótima diretora técnica e esteticamente, pois várias escolhas estéticas dela são maravilhosas, tendo um auxílio gigantesco da fotografia e direção de arte, que estão no ponto. Keoghan mais uma vez mostra o quanto é um ator de qualidade, e Elordi, apesar de não atuar tanto quanto seu parceiro de cena, está extremamente atraente e manda bem quando precisa ser acionado. Porém, é um filme que não tem roteiro, só um argumento central, porque nada é bem desenvolvido, os personagens são vazios, os backgrounds são jogados e as ações são idiotas, infantis, burras ou inverossímeis. Precisa não de muita, mas toda suspensão de descrença do mundo para acreditar que o filme acabaria como acabou. O que piora são as metáforas visuais óbvias que a Fennell deve ter achado geniais, mas só foram meio bobas mesmo, sem falar no encaixe desesperado de cenas tentando chocar ou "passar dos limites", quando só soam deslocadas e sedentas por causar algum choque no espectador, já que o enredo em si não pode fazer isso sozinho. O final todo mastigadinho, explicando tintim por tintim tudo que ocorreu porque trata o espectador como um idiota, é a cereja do bolo. Fennell tem que desistir de roteiro e procurar ficar só na direção, que é onde ela manda bem.
Não só é um filme que não tem pena nenhuma no gore e na violência, abusando da sanguinolência e violência, como tem um forte subtextos político sobre o momento pandêmico, a negligência estatal com o cuidado quanto ao vírus, a politização da doença e a expansão de ódio como expressão política devido à extrema polarização. Além disso, o filme se chamar A Tristeza é bem significativo, pois a explicação dada pelo virologista sobre a infecção deixa tudo muito mais doloroso e traz novas cargas à história. Final pessimista daqueles também. Uma surpresa e tanto vinda de Taiwan.
Mesmo sem conhecer nada da família Duggar, os temas abordados pela série me mantiveram preso e são muito pertinentes, principalmente com a expansão do fundamentalismo e da extrema direita na política mundial, tornando-se um verdadeiro risco à democracia. Só acho que faltou um pouco mais sobre como a vida realmente era dentro da família que é o foco do documentário, mas tudo que foi trabalhado nos quatro episódios foi muito informativo e, por vezes, bem chocante.
Um filme esteticamente belo, com ótimas escolhas de montagem e direção, investindo numa construção da imaginação jovem e em cores mais vivas para mostrar esses momentos, além de ter um mundo opressivo cheio de cores que vão se perdendo à medida que tudo se torna mais sufocante. O roteiro acerta muito em centar a narrativa na visão de terceiros sobre os casos que o filme segue, deixando no ar motivações e nuances internas das personagens centrais, mas incomoda bastante o fato de que somente Lux é desenvolvida dentre as cinco irmãs, enquanto Cecília ainda consegue ter.um delineamento geral, mas as outras três são quase figurantes durante toda a projeção. Ainda assim, é um drama que trata de um tema pesado e levanta interessantes pontos em torno da adolescência, repressão parental, fundamentalismo e suicídio.
Uma temporada impressionante. Os cinco primeiros episódios são bons, mas não num nível que surpreenda como alguns episódios da temporada anterior fizeram, mas os cinco últimos episódios são um outro patamar da qualidade que The Bear pode atingir com maestria. Fishes é um dos episódios dramáticos mais bem escritos que já vi, com o elenco na melhor forma e uma tensão constante e incômoda que perdura até a última cena, num episódio que desde o início você sente o pavio queimando para a explosão de uma bomba. Forks traz um dos episódios mais libertadores que já vi em tempos e que eu nem ao menos sabia que precisava. A season finale é mais uma aula de plano-sequência, que consegue ser ainda mais impressionante com as mudanças de trilha sonora e atmosfera quando saía do ambiente do salão e ia para a cozinha. Todo o elenco está perfeito, mas as participações de Bob Odenkirk e especialmente Jon Bernthal e Jamie Lee Curtis elevaram a temporada a um nível além. Até a trilha sonora está ainda melhor. Tudo aqui cresceu, e cresceu muito. Temporada incrível.
O filme até caminha bem com o novo jogo e o plot do terrorismo encabeçado pelo Nanahara, mas a partir do momento em que os participantes do jogo se encontram com os terroristas, o filme vai só ladeira abaixo, se tornando extremamente maçante, atropelado, melodramático em excesso, a ponto de ficar quase insuportável de lidar. As boas cenas de ação e a produção melhor que o primeiro filme não salvam o descarrilamento na segunda metade, em que a trama se perde toda e um monte de flashbacks são mal encaixados. Parecia que seria um bom filme, mas no final tudo desandou.
Esse e Madrugada dos Mortos foram dois filmes importantíssimos na renovação do gênero de zumbis. Esse traz inúmeras referências que se tornariam padrões do gênero, influenciando obras futuras. É um filme frenético em seu início, trazendo não zumbis em si, mas uma infecção que se propaga como no caso dos zumbis, e temos alguns momentos violentos bem legais. A câmera está péssima, mas Boyle consegue criar bons momentos. O filme se perde com a entrada dos militares, principalmente no final quando Jim se transforma num fuzileiro naval de filme de ação do nada, mas é um verdadeiro marco do terror. A cena alternativa é um final bem melhor que o do filme mesmo.
Em termos de ação, a câmera tremida nas lutas incomoda mais que no primeiro, mas temos cenas maiores e de proporções mais destrutivas, o que é um acerto. A produção mantém o excelente padrão visto no antecessor e o roteiro pareceu dar umas certas forçadas que não aconteceram no primeiro, principalmente em relação a Milady e Constance, mas temos uma trama mais intrincada, cheia de revelações, que fecha pontos iniciados no primeiro filme para que a última parte da trilogia seja a conclusão da aventura dos três - que na verdade agora são quatro - mosqueteiros.
Ricky Gervais: Armageddon
3.5 15Ricky Gervais leva suas piadas ao extremo nesse especial que é de humor, mas também sobre humor e os limites (ou não) dele. Ele consegue trazer tiradas super pesadas sem ser algo gratuitamente ofensivo a certos grupos, o que só mostra o quanto ele é excelente no que faz. As passagens metalinguísticas são o que torna a experiência mais intrigante e dão muito a pensar. Nem todas as piadas são engraçadas, mas nenhuma delas é por algo que soe uma ofensa (incrível como ele é "ofensivo" sem ser), mas por haver alguns timing cômicos, que Gervais encontra geralmente muito bem, que não se encaixam. Um dos melhores comediantes da atualidade com facilidade.
Jogo Mortal
3.2 112 Assista AgoraDiferente do humor dos Wayans, é um terrir que usa o humor escrachado com bastante economia e investe num humor mais baseado nos estereótipos negros, que traz os melhores momentos. A trama em si não é tão atrativa, mas os personagens e suas interações é o que sustenta o interesse no filme até o fim. A cena pra definir quem era o mais negro foi uma das melhores do filme.
Aquaman 2: O Reino Perdido
2.9 296 Assista AgoraMesmo não sendo tão longo, é cansativo porque é igual a tantos outros filmes de herói e sempre recorre ao caminho mais óbvio. Quando o filme parece que vai ter alguma seriedade ou um drama mais forte, rola uma piadinha ou se parte pra ação, e isso acabou incomodando porque nenhum personagem ao não ser o Orm tem qualquer nuance ou muda sua postura de forma convincente, porque o roteiro não quer deixar ninguém evoluir de forma perceptível. A cena final chega a ser vergonhosa com o Jason Momoa sendo Jason Momoa durante uma coletiva. Apesar disso, ainda entretém com as cenas de ação, mas o resultado final é meia boca.
O Que Fazemos nas Sombras (1ª Temporada)
4.3 94Já tinha visto o piloto e parte do segundo episódio há anos, mas eles não me conquistaram de cara. Resolvi dar uma chance agora e é uma série de comédia muito divertida, que consegue trazer a veia cômica do filme original sem se escorar nisso. Os episódios com os lobisomens, com o Barão passeando pela cidade e com o Conselho Vampírico foram os melhores, e o último em especial por contar com tantas participações especiais.
Depois de Horas
4.0 457 Assista AgoraIncrível como em três minutos, e sem nem ter um plot estabelecido, o filme conseguiu me prender. Scorsese simplesmente brincou de dirigir e se divertiu fazendo uma comédia de erros, muito bem encabeçada pelo azarado Griffin Dine e com um ótimo elenco de apoio. A história se passar no SoHo, bairro que se tornou concentração de artistas e figuras marginais da sociedade americana, permite o encontro com vários tipos únicos desse lugar durante a projeção, que se desdobra em desencontros e carrega várias críticas ao momento social e político de Nova York e dos Estados Unidos, com o neoliberalismo destrutivo de Reagan em voga e a criminalidade tomando conta das ruas. No fim das contas, é o anti-sonho do trabalhador comum, que mesmo no seu tempo livre, ao tentar viver, sofre as consequências disso para depois retornar à mesma rotina monótona de todos os dias. E só para não deixar passar, que felicidade a cena em que toca Pay to Cum e ainda conta com o Scorsese fazendo uma ponta.
O Homem Invisível
3.9 156 Assista AgoraRealização técnica impressionante para fazer o homem invisível, e gostei de ser um vilão meio que "sem objetivo", só alguém que ficou maluco devido às consequências da experiência e virou um ser violento e com ganas de poder. A mescla com a comédia pelas reações das pessoas e da própria polícia não atrapalha em nada o filme, deixando na verdade ele mais divertido e prendendo a atenção até o fim. Ótima direção de James Whale.
Bom Garoto
2.5 166 Assista AgoraO plot é tão promissor quanto o filme é mal feito. Se temos um argumento que parte de uma premissa bizarra com promessa de enredo tenso, a realização é pobre, com atuações terríveis, direção ruim e roteiro mal feito, dependendo da burrice tremenda da personagem principal. Nem sei o que pensei do final, só sei que ele não tem qualquer peso dado o que o filme apresentou antes.
Extermínio 2
3.5 628 Assista AgoraTão bom, ou, na verdade, até um pouco superior que o primeiro. A qualidade da filmagem melhora, a produção também e o time de atores envolvidos é igualmente bom. A trama começa de forma frenética e pesada, se desenvolve infelizmente dependendo de atitudes extremamente burras dos personagens, mas depois consegue se sustentar muito bem, com tensão, violência e desespero bem realizados. Dá continuidade às críticas que o primeiro filme fez às forças armadas, só que agora de forma muito mais incisiva.
A Volta dos Mortos Vivos
3.6 536 Assista AgoraFilme insano, que investe numa trasheira de primeira. Não se leva a sério, mas consegue ser mais impactante e sólido que muitos filmes do gênero feitos para serem sérios. Os zumbis imortais e inteligentes trazem um elemento diferente ao cinema do gênero e garante cenas tão engraçadas quanto tenebrosas. Além disso, tem umas questões morais pesadas e umas críticas pesadíssimas à forma como o Estado lida com problemas sérios, tudo sem perder o bom humor e a diversão. Os efeitos práticos são simplesmente maravilhosos e a trilha sonora é uma deleite à parte.
As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada
3.5 1,4K Assista AgoraA troca de direção é muito sentida, especialmente pela oscilação de atmosfera, que às vezes parece muito infantilizada, e pelas cenas de ação, que não empolgam mais. Apesar disso, finalmente Ripchip tem o destaque que merece e a adição de Will Poulter como Eustáquio é um acerto e tanto. Mesmo sendo o mais fraco da trilogia, o final é melhor e mais bonito dos três, acertando em cheio no teor emocional da conclusão de ciclo e início de uma nova jornada.
As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian
3.5 791 Assista AgoraDiferente de quando vi na época em que foi lançado, em que me desagradou pelas mudanças em relação à história original, rever agora foi uma experiência melhor, pois esse segundo filme traz mais batalhas e uma participação maior de Pedro na trama. Ainda vejo com problemas a forçada em colocar novamente a Feiticeira Branca e o pouco desenvolvimento de Caspian, que não tem tempo de tela suficiente para que torçamos ou nos apeguemos a ele, mas, enquanto o primeiro é um filme de fantasia completo, o segundo é praticamente um filme de guerra, bem produzido e divertido, que mesmo tendo uma duração relativamente longa, não se torna nada cansativo.
Priscilla
3.4 166 Assista AgoraSe eu começasse a ver os filmes de Sofia Coppola por aqui, provavelmente desistiria de ver outros da diretora. O filme em si não é ruim, mas o nome engana. Deveria se chamar Priscilla Presley, pois a personagem só existe enquanto na vida de Elvis, o que acaba sendo bem contraditório pelo filme tratar de Priscilla (supostamente). E sendo o filme sobre ela, tem umas poucas cenas específicas mostrando só o Elvis que fogem do foco nela, e apesar de ser escolha artística da diretora para ilustrar o apagamento da personagem, depõe contra o próprio filme. Além disso, o filme não só aumenta os eventos pra pintar Elvis ainda pior do que já era, como vitimiza excessivamente a Priscilla e a transforma quase numa mulher sem nenhuma voz, sendo que ela teve vários momentos dentro do casamento em que mostrou força ou oposição (como o caso com o instrutor de karatê que fica muito implícito no filme). No fim, você sai sem conhecer nada da Priscilla, a não ser que ela sofreu na mão de Elvis. E resumir a fase pós-casamento e maternidade à meia hora final ou menos foi um desperdício. Grande trilha sonora, bom trabalho de maquiagem e figurinos e a cena final é ótima, mas faltou substância ao filme, que não parece ter um objetivo muito claro a não ser construir um novo imaginário de Priscilla Presley que, ironicamente, a apaga ainda mais.
O Mundo Depois de Nós
3.2 892 Assista AgoraIncrível como o filme vai construindo uma tensão promissora e estabelecendo pontos curiosos para no fim tudo ser deixado de lado por uma pretensão de fazer tudo ser "misterioso" demais. Se o primeiro ato traz interesse, o segundo fica andando em círculos constantemente para segurar "revelações" até o terceiro ato, e isso faz com que os personagens se contradigam e se tornem somente estereótipos sem nuances: a esposa desconfiada e carrancuda, o marido positivo, o pai herói pelos outros, a filha ranzinza, o filho babaca e a filha mais nova curiosa e pouco ouvida. Seriam bons padrões se fossem além disso, mas o filme não sabe fazer seus personagens minimamente interessantes ou cativantes, nem a trama consegue ser impactante, pois a partir do momento que temos algumas conclusões sendo tiradas, chega a ser meio ridículo o drama que o filme tenta fazer sobre isso. Sam Esmail tenta fazer uma direção impressionante, mas se tornam extremamente cansativas e sem objetivo as tentativas de emplacar cenas visualmente diferentes que não dialogam em nada com a narrativa, estando ali totalmente deslocadas e sem peso algum. No final, de tantas possibilidades, talvez a menos criativa e mais "paga pau" do Estado americano foi a usada, o que foi simplesmente broxante. No fim, é um filme sem alma, sem graça, cansativo e que soa uma grande perda de tempo.
A Sociedade da Neve
4.2 720 Assista AgoraVai além da espetacularização do sofrimento que o típico filme-tragédia faz, ou de uma tentativa de estabelecer heróis do mundo real em meio a situações extremas. É um filme que respeita a história, as pessoas envolvidas e os acontecimentos, sabendo ser impactante nos momentos de tensão, mas principalmente sensível ao conseguir tornar cada sobrevivente um personagem com voz, desejos, princípios, medos e esperanças. O final foi o que mais me soou um diferencial, pois ressalta a dificuldade do retorno ao mundo depois de sobreviver numa situação tão atípica que quebra com suas crenças mais básicas. Bela surpresa.
Ó Paí, Ó
3.2 476Um filme muito divertido, que traz um elenco afiado na comédia e com algumas atuações teatrais que funcionam muito bem, com uma atmosfera carnavalesca soteropolitana muito justa, mostrando o pior e o melhor que Salvador tem - ou ao menos a região do Pelourinho. Me impressiona como no final o filme consegue te destroçar completamente sem soar deslocado, acertando em cheio na carga dramática. Uma das grandes obras de Salvador sobre Salvador.
Saltburn
3.5 857Por um lado, temos Fennell mostrando o quanto pode ser uma ótima diretora técnica e esteticamente, pois várias escolhas estéticas dela são maravilhosas, tendo um auxílio gigantesco da fotografia e direção de arte, que estão no ponto. Keoghan mais uma vez mostra o quanto é um ator de qualidade, e Elordi, apesar de não atuar tanto quanto seu parceiro de cena, está extremamente atraente e manda bem quando precisa ser acionado. Porém, é um filme que não tem roteiro, só um argumento central, porque nada é bem desenvolvido, os personagens são vazios, os backgrounds são jogados e as ações são idiotas, infantis, burras ou inverossímeis. Precisa não de muita, mas toda suspensão de descrença do mundo para acreditar que o filme acabaria como acabou. O que piora são as metáforas visuais óbvias que a Fennell deve ter achado geniais, mas só foram meio bobas mesmo, sem falar no encaixe desesperado de cenas tentando chocar ou "passar dos limites", quando só soam deslocadas e sedentas por causar algum choque no espectador, já que o enredo em si não pode fazer isso sozinho. O final todo mastigadinho, explicando tintim por tintim tudo que ocorreu porque trata o espectador como um idiota, é a cereja do bolo. Fennell tem que desistir de roteiro e procurar ficar só na direção, que é onde ela manda bem.
A Tristeza
3.4 230Não só é um filme que não tem pena nenhuma no gore e na violência, abusando da sanguinolência e violência, como tem um forte subtextos político sobre o momento pandêmico, a negligência estatal com o cuidado quanto ao vírus, a politização da doença e a expansão de ódio como expressão política devido à extrema polarização. Além disso, o filme se chamar A Tristeza é bem significativo, pois a explicação dada pelo virologista sobre a infecção deixa tudo muito mais doloroso e traz novas cargas à história. Final pessimista daqueles também. Uma surpresa e tanto vinda de Taiwan.
Felicidade aparente: os segredos da família Duggar
3.5 2Mesmo sem conhecer nada da família Duggar, os temas abordados pela série me mantiveram preso e são muito pertinentes, principalmente com a expansão do fundamentalismo e da extrema direita na política mundial, tornando-se um verdadeiro risco à democracia. Só acho que faltou um pouco mais sobre como a vida realmente era dentro da família que é o foco do documentário, mas tudo que foi trabalhado nos quatro episódios foi muito informativo e, por vezes, bem chocante.
Bao
4.2 197 Assista AgoraAdorável e certeiro em retratar o drama da maternidade quanto ao crescimento e amadurecimento dos filhos.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraUm filme esteticamente belo, com ótimas escolhas de montagem e direção, investindo numa construção da imaginação jovem e em cores mais vivas para mostrar esses momentos, além de ter um mundo opressivo cheio de cores que vão se perdendo à medida que tudo se torna mais sufocante. O roteiro acerta muito em centar a narrativa na visão de terceiros sobre os casos que o filme segue, deixando no ar motivações e nuances internas das personagens centrais, mas incomoda bastante o fato de que somente Lux é desenvolvida dentre as cinco irmãs, enquanto Cecília ainda consegue ter.um delineamento geral, mas as outras três são quase figurantes durante toda a projeção. Ainda assim, é um drama que trata de um tema pesado e levanta interessantes pontos em torno da adolescência, repressão parental, fundamentalismo e suicídio.
O Urso (2ª Temporada)
4.5 236Uma temporada impressionante. Os cinco primeiros episódios são bons, mas não num nível que surpreenda como alguns episódios da temporada anterior fizeram, mas os cinco últimos episódios são um outro patamar da qualidade que The Bear pode atingir com maestria. Fishes é um dos episódios dramáticos mais bem escritos que já vi, com o elenco na melhor forma e uma tensão constante e incômoda que perdura até a última cena, num episódio que desde o início você sente o pavio queimando para a explosão de uma bomba. Forks traz um dos episódios mais libertadores que já vi em tempos e que eu nem ao menos sabia que precisava. A season finale é mais uma aula de plano-sequência, que consegue ser ainda mais impressionante com as mudanças de trilha sonora e atmosfera quando saía do ambiente do salão e ia para a cozinha. Todo o elenco está perfeito, mas as participações de Bob Odenkirk e especialmente Jon Bernthal e Jamie Lee Curtis elevaram a temporada a um nível além. Até a trilha sonora está ainda melhor. Tudo aqui cresceu, e cresceu muito. Temporada incrível.
Batalha Real II
2.6 39O filme até caminha bem com o novo jogo e o plot do terrorismo encabeçado pelo Nanahara, mas a partir do momento em que os participantes do jogo se encontram com os terroristas, o filme vai só ladeira abaixo, se tornando extremamente maçante, atropelado, melodramático em excesso, a ponto de ficar quase insuportável de lidar. As boas cenas de ação e a produção melhor que o primeiro filme não salvam o descarrilamento na segunda metade, em que a trama se perde toda e um monte de flashbacks são mal encaixados. Parecia que seria um bom filme, mas no final tudo desandou.
Extermínio
3.7 947Esse e Madrugada dos Mortos foram dois filmes importantíssimos na renovação do gênero de zumbis. Esse traz inúmeras referências que se tornariam padrões do gênero, influenciando obras futuras. É um filme frenético em seu início, trazendo não zumbis em si, mas uma infecção que se propaga como no caso dos zumbis, e temos alguns momentos violentos bem legais. A câmera está péssima, mas Boyle consegue criar bons momentos. O filme se perde com a entrada dos militares, principalmente no final quando Jim se transforma num fuzileiro naval de filme de ação do nada, mas é um verdadeiro marco do terror. A cena alternativa é um final bem melhor que o do filme mesmo.
Os Três Mosqueteiros: Milady
3.3 21 Assista AgoraEm termos de ação, a câmera tremida nas lutas incomoda mais que no primeiro, mas temos cenas maiores e de proporções mais destrutivas, o que é um acerto. A produção mantém o excelente padrão visto no antecessor e o roteiro pareceu dar umas certas forçadas que não aconteceram no primeiro, principalmente em relação a Milady e Constance, mas temos uma trama mais intrincada, cheia de revelações, que fecha pontos iniciados no primeiro filme para que a última parte da trilogia seja a conclusão da aventura dos três - que na verdade agora são quatro - mosqueteiros.