Um filme belíssimo, com grande elenco e grandes potenciais temáticos, como o envelhecimento, a inescapibilidade da memória e do passado, o peso e o status da arte, a marca das relações familiares, entre outras coisas, mas tudo fica no raso para que o curta seja somente um desfile de moda não convencional da Valentino. Soa no fim como um desperdício do elenco e do Sakamoto na trilha sonora.
Já tem características do cinema que Sofia mostraria nos anos seguintes, assim como alguns vícios. Um que ela manteve foi o das elipses narrativas, que deixam buracos na história, fazendo com que o espectador não consiga se conectar plenamente com o que está sendo contado. Outro vício, que depois seria melhorado, foi o do uso de trilha sonora, pois mesmo bem selecionada, aqui há o pecado do excesso, parecendo mais um ininterrupto clipe musical que um curta cinematográfico. O mais destacável é a direção, que já mostra criatividade e qualidade, mas o elenco adolescente é extremamente fraco até para o nível de um simples curta, o que deixa tudo muito amador e ressalta os outros problemas.
Uma bela miscelânea de imagens, com um uso de fotografia de época que dá um charme e uma fotografia que ressalta as cores reais com uma vivacidade bucólica quase poética, mas parece ficar somente nisso. Falta substância, falta algo a que se apegar para dar um sentido maior à sequência de imagens. É somente contemplação, aparentemente por contemplação, o que não é um erro em si, mas faz com que a experiência seja vaga.
Divertido, funcionando como uma boa resposta à lógica dos filmes do boxeador americano em que ele apanha feito mala velha e no final sai como vencedor. Aqui o Rocky magrelo não tem chance contra o sobrancelhudo Igor, que bate em quem vê pela frente.
Um conto breve e certeiro sobre a normalização do punitivismo, da perseguição e da violência. Atmosférico, tecnicamente perfeito e deixa aquele gosto de quero mais. Um pequeno exemplo do tipo de temática que Glazer desenvolveria em Zona de Interesse.
A estética sempre impecável da saga Aranhaverso num curta que representa a ansiedade de carregar o peso das responsabilidades de ser um herói e adolescente ao mesmo tempo - o que já é difícil ser ter poderes. O final com o pedido de diálogo com o pai mostra que não devemos enfrentar essas sensações e angústias sozinhos.
Em meia hora, Varda apresentou todo o espírito e o pensamento dos Panteras Negras. A sensibilidade da diretora soube não só mostrar quem eram os revolucionários e o que eles defendiam, mas também como o perigo estava à espreita. É fascinante ver quantas atitudes e posturas atuais vêm justamente desse grupo. É o retrato de um momento, mas de uma forma que esse momento reúne tudo que se necessita entender.
Um junção e tanto de Tilda Swinton, Almodóvar e Cocteau. Em 30 minutos, temos a atenção voltada somente à atriz, que é completamente magnética, e um conto sobre obsessão, desejo e espera que carrega a assinatura do cineasta. Os verdes e vermelhos, sempre presentes, aqui parecem ainda mais belos.
Não é ruim, mas parece que pegaram um longa e picotaram pra virar curta. Não tem desenvolvimento, não tem calor, não tem conclusão. Quando vai se tornar realmente um filme do Almodóvar, acaba. Hawke e Pascal atuam bem, mas a história não se permite ser marcante. Uma pena. Mas a fotografia tá maravilhosa e os figurinos luxo puro.
Tenho plena certeza que Lanthimos é a reencarnação de Sócrates: grego e questionador de nossa realidade. Nada é estabelecido nas obras dele, e isso é sempre o que mais me fascina. Acordos sociais são apagados e seus mundos são o real sem filtros sublimantes. No fundo, a própria ideia de identidade é só mais um construto social, e o eu e o outro têm o mesmo valor: nenhum.
Uma base do cinema de Miyazaki em cinco minutos, bucólico, aconchegante e com uma protagonista com peculiaridades. Dá um bom exemplo de tudo que estaria por vir.
Tem uma premissa interessante, mas se desenvolve sem despertar muito interesse. Talvez as fracas atuações pesem negativamente nesse sentido. Não cativou muito.
Uma prévia do que seria visto, aprofundado e desenvolvido em O Som ao Redor. Um retrato bem fiel do cotidiano de classe média, com direito a uma surpresinha no fim. Acabou sendo também uma propaganda e tanto da Omo.
Inventivo e viajado demais, trazendo um universo desenvolvido de um modo muito diferente do que já vi no cinema de ficção científica. O final do curta é uma pancada ainda maior. Que design esplendoroso.
Um dos melhores vídeos de making of da Netflix, porque consegue mostrar o quanto o filme foi especial e importante para os envolvidos, com depoimentos dos sobreviventes e mostrando algumas cenas que surpreendem a forma como foram feitas, principalmente a da avalanche. Bayona é um diretor muito diferenciado.
A Fábrica
4.1 64 Assista AgoraBoa construção, boa ambientação, uma tensão constante e um final de entristecer. Curta especial de Aly Muritiba.
The Staggering Girl
2.9 22 Assista AgoraUm filme belíssimo, com grande elenco e grandes potenciais temáticos, como o envelhecimento, a inescapibilidade da memória e do passado, o peso e o status da arte, a marca das relações familiares, entre outras coisas, mas tudo fica no raso para que o curta seja somente um desfile de moda não convencional da Valentino. Soa no fim como um desperdício do elenco e do Sakamoto na trilha sonora.
Lick The Star
3.2 40 Assista AgoraJá tem características do cinema que Sofia mostraria nos anos seguintes, assim como alguns vícios. Um que ela manteve foi o das elipses narrativas, que deixam buracos na história, fazendo com que o espectador não consiga se conectar plenamente com o que está sendo contado. Outro vício, que depois seria melhorado, foi o do uso de trilha sonora, pois mesmo bem selecionada, aqui há o pecado do excesso, parecendo mais um ininterrupto clipe musical que um curta cinematográfico. O mais destacável é a direção, que já mostra criatividade e qualidade, mas o elenco adolescente é extremamente fraco até para o nível de um simples curta, o que deixa tudo muito amador e ressalta os outros problemas.
A Idade da Pedra
3.0 4Uma bela miscelânea de imagens, com um uso de fotografia de época que dá um charme e uma fotografia que ressalta as cores reais com uma vivacidade bucólica quase poética, mas parece ficar somente nisso. Falta substância, falta algo a que se apegar para dar um sentido maior à sequência de imagens. É somente contemplação, aparentemente por contemplação, o que não é um erro em si, mas faz com que a experiência seja vaga.
Autobiographical Scene Number 6882
2.5 4 Assista AgoraTem potencial, tem tensão, tem conflito, mas não parece chegar onde poderia. A cena final do personagem caindo é bem desnecessária.
App da Morte
1.9 8Surpreendente estar num streaming, porque não faz sentido. Atuações péssimas, comédia involuntária e caracterizações mais engraçadas que assustadoras.
Namoro Virtual
2.7 4Atuações tristes, parece teatro de escola. Só isso já atrapalha qualquer tentativa de construção de tensão.
Rocky VI
3.3 5 Assista AgoraDivertido, funcionando como uma boa resposta à lógica dos filmes do boxeador americano em que ele apanha feito mala velha e no final sai como vencedor. Aqui o Rocky magrelo não tem chance contra o sobrancelhudo Igor, que bate em quem vê pela frente.
The Fall
3.5 28Um conto breve e certeiro sobre a normalização do punitivismo, da perseguição e da violência. Atmosférico, tecnicamente perfeito e deixa aquele gosto de quero mais. Um pequeno exemplo do tipo de temática que Glazer desenvolveria em Zona de Interesse.
The Spider Within
3.7 3A estética sempre impecável da saga Aranhaverso num curta que representa a ansiedade de carregar o peso das responsabilidades de ser um herói e adolescente ao mesmo tempo - o que já é difícil ser ter poderes. O final com o pedido de diálogo com o pai mostra que não devemos enfrentar essas sensações e angústias sozinhos.
Os Panteras Negras
4.3 37 Assista AgoraEm meia hora, Varda apresentou todo o espírito e o pensamento dos Panteras Negras. A sensibilidade da diretora soube não só mostrar quem eram os revolucionários e o que eles defendiam, mas também como o perigo estava à espreita. É fascinante ver quantas atitudes e posturas atuais vêm justamente desse grupo. É o retrato de um momento, mas de uma forma que esse momento reúne tudo que se necessita entender.
A Voz Humana
3.9 71 Assista AgoraUm junção e tanto de Tilda Swinton, Almodóvar e Cocteau. Em 30 minutos, temos a atenção voltada somente à atriz, que é completamente magnética, e um conto sobre obsessão, desejo e espera que carrega a assinatura do cineasta. Os verdes e vermelhos, sempre presentes, aqui parecem ainda mais belos.
Estranha Forma de Vida
3.4 133 Assista AgoraNão é ruim, mas parece que pegaram um longa e picotaram pra virar curta. Não tem desenvolvimento, não tem calor, não tem conclusão. Quando vai se tornar realmente um filme do Almodóvar, acaba. Hawke e Pascal atuam bem, mas a história não se permite ser marcante. Uma pena. Mas a fotografia tá maravilhosa e os figurinos luxo puro.
Gravata
3.5 5Em menos de dois minutos o cara mostra sua forma de fazer cinema por completo. Impacto, dúvida e poesia.
Nimic
3.5 60Tenho plena certeza que Lanthimos é a reencarnação de Sócrates: grego e questionador de nossa realidade. Nada é estabelecido nas obras dele, e isso é sempre o que mais me fascina. Acordos sociais são apagados e seus mundos são o real sem filtros sublimantes. No fundo, a própria ideia de identidade é só mais um construto social, e o eu e o outro têm o mesmo valor: nenhum.
Copycat
3.0 2 Assista AgoraEm 8 minutos, você tem a história de um filme que você fica louco para assistir e de um plágio que impressiona. A concisão aqui foi o grande acerto.
Get Ready
3.3 3 Assista AgoraUm minuto de potencialidades cinematográficas que vai da calma ao frenesi.
O Sol de Yuki
3.1 15 Assista AgoraUma base do cinema de Miyazaki em cinco minutos, bucólico, aconchegante e com uma protagonista com peculiaridades. Dá um bom exemplo de tudo que estaria por vir.
Noite de Sexta Manhã de Sábado
3.2 12Tem uma premissa interessante, mas se desenvolve sem despertar muito interesse. Talvez as fracas atuações pesem negativamente nesse sentido. Não cativou muito.
Eletrodoméstica
3.8 67 Assista AgoraUma prévia do que seria visto, aprofundado e desenvolvido em O Som ao Redor. Um retrato bem fiel do cotidiano de classe média, com direito a uma surpresinha no fim. Acabou sendo também uma propaganda e tanto da Omo.
Escaravelhos
3.9 3Inventivo e viajado demais, trazendo um universo desenvolvido de um modo muito diferente do que já vi no cinema de ficção científica. O final do curta é uma pancada ainda maior. Que design esplendoroso.
A Sociedade da Neve: Quem fomos na montanha?
4.0 7Um dos melhores vídeos de making of da Netflix, porque consegue mostrar o quanto o filme foi especial e importante para os envolvidos, com depoimentos dos sobreviventes e mostrando algumas cenas que surpreendem a forma como foram feitas, principalmente a da avalanche. Bayona é um diretor muito diferenciado.
Bao
4.2 197 Assista AgoraAdorável e certeiro em retratar o drama da maternidade quanto ao crescimento e amadurecimento dos filhos.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets - Making …
4.0 4Bom especial para ver o sempre maravilhoso processo de produção de um filme stop-motion, ainda mais de um estúdio tão mestre nisso como a Aardman.