Um elenco repleto de nomes gigantes do cinema e TV nacional numa história sobre a resistência armada à ditadura militar no Brasil, os conflitos internos de casa envolvido, as perdas de identidade e liberdade e o impacto de suas ações em suas vidas e em suas percepções. Pedro Cardoso é uma presença poderosíssima em cena, e gostei de como os militares não são simplesmente monstros, mas pessoas normais que se dividem entre estar fazendo um trabalho para o qual foram designados e gostar de cometer aquele tipo de atrocidade. Acho um acerto não apelar à demonstração constante do sofrimento causado peça tortura ou a violência militar, e sim no cotidiano dentro de um dos grupos revolucionários. Grande obra.
Nem fede nem cheira. Perde em relação ao original pela insistência nas cenas musicais, quando quase nenhuma música é digna de nota, com exceção dos momentos em que temos o dueto de Amy Adams e Maya Rudolph e em que Idina Menzel mostra seu talento. As referências aos filmes de princesa da Disney estão mais presentes e claros do que nunca aqui, mas alguns personagens ficam totalmente perdidos nesse filme, como os de Patrick Dempsey e James Marsden (que ainda assim, sempre que aparece, diverte). A Morgan crescida não foi desenvolvida o suficiente para que a frustração dela funcione no filme, da mesma forma que várias outras relações entre os personagens. Amy Adams se sai bem entre a pureza de Giselle e a maldade da madrasta, gerando momentos divertidos, mas no geral é um filme que realmente não faz diferença alguma.
Estreia incrível de Patel na direção. Brinca com referências do gênero e estilos de filmar, usa de neon, de salas iluminadas em cores diferentes, reflexos, e tem de tudo aqui que o cinema de ação pede: perseguição de carro, luta em banheiro, invasão com porradaria, quebra pau com um monte de gente, confronto um a um, luta em ringue, é um verdadeiro prato cheio. Estão chamando de John Wick indiano, com vários motivos pra isso, mas aqui o enredo tem cara própria e uma originalidade muito bem-vinda, usando da cultura hindu e da realidade da sociedade indiana pra trazer uma história de vingança que aborda a forma como a Índia e sua política funcionam, colocando marginalizados tentando atingir os intocáveis. O filme abusa de clichês, ao mesmo tempo em que brinca com eles. A trilha sonora só tem pedradas, e Dev Patel mostra que pode descer a porrada como qualquer grande ator de ação. Tem uma barriga ou outra que me impede de dar uma nota maior, assim como uma lacuna em relação ao teor político da trama e certas conveniências de roteiro típicas do gênero, mas aplausos ao nosso britânico indiano, pois ele realmente aprendeu muito bem a como realizar um filme.
Só tenho uma palavra pra descrever: espetáculo. O que Cecil B. DeMille faz aqui é mais um daqueles exemplares de uma Hollywood infelizmente morta e enterrada, em que rios de dinheiro resultavam em filmes grandiosos. A transformação de Charlton Heston no decorrer do filme é fascinante, assim como a atuação fria e vingativa de Yul Brynner. A primeira metade é mais lenta, mas a segunda parte e especialmente o ato final são de encher os olhos. Quase 4 horas de uma história que não cansa em momento nenhum, deslumbra em cenários e direção de arte, entrega figurinos perfeitos e efeitos extremamente funcionais para a época. A trilha de Elmer Bernstein também é um espetáculo à parte. Gostaria muito de ter a sensação de ver esse filme à época na estreia. Destaco ainda o quanto o contexto da Guerra Fria fica claro com a intervenção do DeMille antes do início da projeção, possibilitando relacionar o Egito com a União Soviética e a luta do povo judeu por sua terra como um aceno de apoio norte-americano ao estabelecimento do Estado de Israel, o que deixa a obra ainda mais interessante.
É realmente um filme irmão de Morbius: mesma (falta de) qualidade e atmosfera datada de filme de herói do início dos anos 2000. Duas horas pra não dizer nada é sacanagem, e a conexão com Peter Parker é tão porca que parece brincadeira. Os atores não estão querendo estar ali visivelmente, mas tem umas ceninhas divertidinhas e Sydney Sweeney sendo linda como sempre dá um alívio. Dakota Johnson parecia querer morrer a cada cena. Que a Sony descanse e pare de uma vez com essas porcarias.
O nonsense aqui é tanto que ultrapassa os níveis do aceitável em vários momentos, deixando às vezes de ser engraçado para se tornar cansativo. A bagunça que Sharknado sempre foi entrega seu auge aqui e a saga dos tornados repletos de tubarões (e mais o que encontrasse pela frente) chega ao seu fim de forma "digna" - ou melhor, coerente com o que vinha sendo apresentado. Dito isso, espero que nunca mais façam algo relacionado.
Um terror que traz ares e influências de O Exorcista, Poltergeist e Cidade dos Sonhos, que usa de uma reprodução de estilo de época (era como estar assistindo ao próprio programa) para fazer o espectador se sentir mais dentro da história. O desenvolvimento da trama acerta em ir no próprio ritmo para introduzir os elementos de terror, e quando as coisas começam a acontecer, o filme te deixa esperando por mais, e as coisas vão escalando, escalando, escalando... David Dastmalchian e Ingrid Torelli dominam o filme e fazem ele ser o que é. Tem tudo pra se tornar um clássico no futuro.
Supera somente o primeiro, pois acaba sendo bem cansativo, menos divertido que os anteriores. A coisa toda de perseguir o Sharknado, a pedra, o filho, deixou a coisa meio chata, e a representação do Brasil hispânico nunca falha em decepcionar.
Uma das pérolas escondidas do cinema nacional. Desolador, cortante. Os depoimentos são dolorosos, mas carregam um tom de força e esperança titânico. Os monólogos de Irene Ravache são simplesmente estupendos, que atuação e que texto. Lúcia Murat sabe perfeitamente como conduzir sua atriz e suas depoentes, entregando cenas de impacto certeiro somente com uma teatralização do poderoso roteiro. Quase impossível segurar o choro em muitos momentos.
Não é bem um prequel, mas um reboot da franquia. Se for ver esse aqui esperando conectar com o original, vai achar uma cacetada de furos, mudando preceitos básicos que demandam mudar todo o filme, então vamos esperar pela frente uma nova franquia de A Profecia. Funcionaria melhor como filme isolado, mas a marca da saga cria naturalmente uma expectativa que não foi atingida. O ritmo é cansativo na primeira metade e o roteiro irrita um pouco com o tanto de pistas falsas e respostas não dadas, mas investe em boas cenas com gore, a direção de Arkasha Stevenson é admirável, a trilha sonora tem vários momentos de destaque e há belos acenos não só ao clássico de 1976, como também a outros do gênero, como Suspiria e Possessão. Nell Tiger Free faz uma atuação tenebrosa de boa, principalmente nas cenas mais físicas, e o final é frustrante por servir só pra deixar aquele gancho para uma sequência.
Um dos mais fracos da franquia dos mutantes. Efeitos tenebrosos, roteiro bagunçado, elementos introduzidos e modificados sem respeitar os outros filmes e ainda apresentação totalmente diferente de alguns mutantes. Algumas sequências de ação boas fazem valer o filme, mas no geral foi um filme desnecessário.
O que o outro tinha de tenso, assustador, atmosférico e opressivo, esse passa longe. De um clássico com aura própria, fizeram o remake mais genérico possível. Tirando o Thewlis e pontualmente a Farrow, o elenco é totalmente dispensável, especialmente o menino que não tem nada de assustador, mas parece só uma versão de Denis, o Pimentinha. As mortes ficaram Premonição demais e a olhada pra câmera no fim do filme foi pra coroar quão insosso foi o resultado final. Pelo menos, duas cenas de morte ficaram visualmente legais.
Tem até alguns momentos que o diretor parece saber o que está fazendo, mas provavelmente foi um surto meu. Nada melhor do que um filme com dinossauros em efeitos especiais toscos e nada adaptados à cena que se leva a sério demais sendo uma sucessão de tosqueiras de roteiro, de direção, de atuação, de tudo que se imaginar que pode ter num filme. Mas o que piora é que já vi coisa pior.
Ruim de até fazer raiva. Se há um foco em modernizar os visuais, com uma direção de arte mais cuidadosa (mas, ainda assim, nada memorável) e um investimento gigante em maquiagens, o roteiro é uma bobagem só e o filme parece mais uma sátira ou comédia pastelão que uma ficção científica. Parece uma grande piada de mau gosto, pois não consegue empolgar em momento algum e sequer consegue dar qualquer ar de lembrança do clássico dos anos 60. O resultado final é vergonhoso.
Como uma mistura de Kairó e A Cura, Kurosawa traz sua forma característica de fazer horror fantasmagórico e thriller investigativo de uma vez só. Ver novamente o Kōji Yakusho como um detetive explosivo e preso num emaranhado investigativo que o faz se confrontar consigo mesmo é estranhamente nostálgico e satisfatório. A construção da trama é um pouco confusa, mas potente, e traz em si os temas mais comuns dos filmes de terror (só vi esses até o momento) do diretor: desolação, solidão, isolamento urbano e deterioração, tanto espacial quanto emocional. A Tóquio vazia e destruída é quase que um personagem de sua trama, e o elemento sobrenatural brilha, com algumas cenas que acenam ao gótico e outras que representam o que de melhor o diretor sabe fazer ao construir tensão e horror sem apelos, com lentidão e uma incerteza do que irá acontecer a seguir que deixa o espectador roendo as unhas.
Um filme, acima de tudo, corajoso e emblemático. Pioneiro na denúncia ao nazifascismo, satiriza figuras históricas sem qualquer pudor, ridicularizando-os para destruir suas auras de superioridade, num ato político poderoso por meio da comédia. Há umas oscilações de ritmo bem perceptíveis devido à nova experiência de linguagem para Chaplin, mas ele sabe usar isso a seu favor especialmente no discurso final (talvez um pouco prolixo, mas algo totalmente compreensível e aprovável). A cena da dança com o globo terrestre também não pode deixar de ser citada e sempre relembrada, uma analogia forte.
Mais de dez anos depois, continua sendo um dos melhores da saga dos mutantes nos cinemas, e também um dos melhores exemplares de adaptação dos quadrinhos da Marvel. As mudanças não afetam muito o resultado final e situar o filme no período da Crise dos Mísseis deixa tudo muito mais interessante. A entrada de McAvoy e Fassbender como Xavier e Magneto é um acerto ímpar, e Kevin Bacon como Sebastian Shaw resulta num vilão detestável e destacável.
Um bom início para os mutantes nos cinemas. Tem várias mudanças na trama e a importância dos personagens é muito modificada, assim como a extensão de seus poderes, mas a história trazida é interessante e os personagens cativam.
Assistir esse depois da versão sombria de Svankmajer tem outro efeito. Apesar de muito bem realizado, acaba se tornando bem cansativo, mesmo curtinho, e a Alice da Disney acaba sendo um pouco menos interessante que a dos livros. Muito mágico, mas fez falta o teor sombrio que a obra original carrega.
Divertido, mas um tanto cansativo. As melhores partes são as interações entre Pip, Nathaniel e o príncipe, e a Giselle cantando para chamar os "animais fofinhos" da cidade grande para ajudar na limpeza da casa, além de usar tapetes e cortinas para fazer vestidos. O filme tem várias referências aos clássicos da Disney e os satiriza tanto quanto reproduz. Esperava um pouco mais de sátira do que comédia romântica, e esse ponto tornou meio maçante de assistir.
Revendo depois de anos, continua muito divertido e bem construído. A ideia da morte como uma entidade com vontade própria é muito legal e bem aproveitada. Os personagens não são grandes coisas, mas também não fazem feio, e as mortes são bem realizadas, algumas até criativas. Datado em alguns pontos, mas ainda funcional.
Um filme que traz traços diferentes dos vistos em Cinderela e Branca de Neve, e que se destaca pelo peso dos personagens secundários, como as fadas e o príncipe, e da antagonista, que é facilmente uma das, senão a melhor, dos filmes de princesa da Disney. O que enfraquece um pouco é o fato da Aurora parecer ser a coadjuvante de sua própria história, tendo pouco destaque e uma importância um tanto limitada na história.
Divertido, mas meio solto às vezes. Do meio pro fim fica entre corrido e desconexo, não sei bem o que faltou, mas pareceu menos orgânico que a primeira metade. Alguns momentos de comédia são forçados de forma boba, outros funcionam perfeitamente. Jennifer Lawrence super confortável no papel e se divertindo bastante. Feldman também não fez feio. É um filme clichê que inverte os clichês, mas não sai muito do feijão com arroz do gênero para filmes nessa pegada.
Uma animação formidável, principalmente nas cenas da Rainha Má e da fuga de Branca de Neve pelo bosque, tudo muito bem feito. Se não fossem a Rainha Má e os anões, não ia dar pra suportar muito a princesa ingênua. O príncipe simplesmente aparece, manda o xaveco, some e reaparece de novo tascando um beijo na morta e depois levando ela pra casa dele na maior naturalidade. Bom demais isso kkkk.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 339 Assista AgoraUm elenco repleto de nomes gigantes do cinema e TV nacional numa história sobre a resistência armada à ditadura militar no Brasil, os conflitos internos de casa envolvido, as perdas de identidade e liberdade e o impacto de suas ações em suas vidas e em suas percepções. Pedro Cardoso é uma presença poderosíssima em cena, e gostei de como os militares não são simplesmente monstros, mas pessoas normais que se dividem entre estar fazendo um trabalho para o qual foram designados e gostar de cometer aquele tipo de atrocidade. Acho um acerto não apelar à demonstração constante do sofrimento causado peça tortura ou a violência militar, e sim no cotidiano dentro de um dos grupos revolucionários. Grande obra.
Desencantada
2.8 176 Assista AgoraNem fede nem cheira. Perde em relação ao original pela insistência nas cenas musicais, quando quase nenhuma música é digna de nota, com exceção dos momentos em que temos o dueto de Amy Adams e Maya Rudolph e em que Idina Menzel mostra seu talento. As referências aos filmes de princesa da Disney estão mais presentes e claros do que nunca aqui, mas alguns personagens ficam totalmente perdidos nesse filme, como os de Patrick Dempsey e James Marsden (que ainda assim, sempre que aparece, diverte). A Morgan crescida não foi desenvolvida o suficiente para que a frustração dela funcione no filme, da mesma forma que várias outras relações entre os personagens. Amy Adams se sai bem entre a pureza de Giselle e a maldade da madrasta, gerando momentos divertidos, mas no geral é um filme que realmente não faz diferença alguma.
Fúria Primitiva
3.6 32Estreia incrível de Patel na direção. Brinca com referências do gênero e estilos de filmar, usa de neon, de salas iluminadas em cores diferentes, reflexos, e tem de tudo aqui que o cinema de ação pede: perseguição de carro, luta em banheiro, invasão com porradaria, quebra pau com um monte de gente, confronto um a um, luta em ringue, é um verdadeiro prato cheio. Estão chamando de John Wick indiano, com vários motivos pra isso, mas aqui o enredo tem cara própria e uma originalidade muito bem-vinda, usando da cultura hindu e da realidade da sociedade indiana pra trazer uma história de vingança que aborda a forma como a Índia e sua política funcionam, colocando marginalizados tentando atingir os intocáveis. O filme abusa de clichês, ao mesmo tempo em que brinca com eles. A trilha sonora só tem pedradas, e Dev Patel mostra que pode descer a porrada como qualquer grande ator de ação. Tem uma barriga ou outra que me impede de dar uma nota maior, assim como uma lacuna em relação ao teor político da trama e certas conveniências de roteiro típicas do gênero, mas aplausos ao nosso britânico indiano, pois ele realmente aprendeu muito bem a como realizar um filme.
Os Dez Mandamentos
4.1 263 Assista AgoraSó tenho uma palavra pra descrever: espetáculo. O que Cecil B. DeMille faz aqui é mais um daqueles exemplares de uma Hollywood infelizmente morta e enterrada, em que rios de dinheiro resultavam em filmes grandiosos. A transformação de Charlton Heston no decorrer do filme é fascinante, assim como a atuação fria e vingativa de Yul Brynner. A primeira metade é mais lenta, mas a segunda parte e especialmente o ato final são de encher os olhos. Quase 4 horas de uma história que não cansa em momento nenhum, deslumbra em cenários e direção de arte, entrega figurinos perfeitos e efeitos extremamente funcionais para a época. A trilha de Elmer Bernstein também é um espetáculo à parte. Gostaria muito de ter a sensação de ver esse filme à época na estreia. Destaco ainda o quanto o contexto da Guerra Fria fica claro com a intervenção do DeMille antes do início da projeção, possibilitando relacionar o Egito com a União Soviética e a luta do povo judeu por sua terra como um aceno de apoio norte-americano ao estabelecimento do Estado de Israel, o que deixa a obra ainda mais interessante.
Madame Teia
2.1 230 Assista AgoraÉ realmente um filme irmão de Morbius: mesma (falta de) qualidade e atmosfera datada de filme de herói do início dos anos 2000. Duas horas pra não dizer nada é sacanagem, e a conexão com Peter Parker é tão porca que parece brincadeira. Os atores não estão querendo estar ali visivelmente, mas tem umas ceninhas divertidinhas e Sydney Sweeney sendo linda como sempre dá um alívio. Dakota Johnson parecia querer morrer a cada cena. Que a Sony descanse e pare de uma vez com essas porcarias.
O Último Sharknado: Já Estava na Hora
2.5 43 Assista AgoraO nonsense aqui é tanto que ultrapassa os níveis do aceitável em vários momentos, deixando às vezes de ser engraçado para se tornar cansativo. A bagunça que Sharknado sempre foi entrega seu auge aqui e a saga dos tornados repletos de tubarões (e mais o que encontrasse pela frente) chega ao seu fim de forma "digna" - ou melhor, coerente com o que vinha sendo apresentado. Dito isso, espero que nunca mais façam algo relacionado.
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 207Um terror que traz ares e influências de O Exorcista, Poltergeist e Cidade dos Sonhos, que usa de uma reprodução de estilo de época (era como estar assistindo ao próprio programa) para fazer o espectador se sentir mais dentro da história. O desenvolvimento da trama acerta em ir no próprio ritmo para introduzir os elementos de terror, e quando as coisas começam a acontecer, o filme te deixa esperando por mais, e as coisas vão escalando, escalando, escalando... David Dastmalchian e Ingrid Torelli dominam o filme e fazem ele ser o que é. Tem tudo pra se tornar um clássico no futuro.
Sharknado 5: Voracidade Global
2.6 65 Assista AgoraSupera somente o primeiro, pois acaba sendo bem cansativo, menos divertido que os anteriores. A coisa toda de perseguir o Sharknado, a pedra, o filho, deixou a coisa meio chata, e a representação do Brasil hispânico nunca falha em decepcionar.
Que Bom Te Ver Viva
4.3 55 Assista AgoraUma das pérolas escondidas do cinema nacional. Desolador, cortante. Os depoimentos são dolorosos, mas carregam um tom de força e esperança titânico. Os monólogos de Irene Ravache são simplesmente estupendos, que atuação e que texto. Lúcia Murat sabe perfeitamente como conduzir sua atriz e suas depoentes, entregando cenas de impacto certeiro somente com uma teatralização do poderoso roteiro. Quase impossível segurar o choro em muitos momentos.
A Primeira Profecia
3.6 80Não é bem um prequel, mas um reboot da franquia. Se for ver esse aqui esperando conectar com o original, vai achar uma cacetada de furos, mudando preceitos básicos que demandam mudar todo o filme, então vamos esperar pela frente uma nova franquia de A Profecia. Funcionaria melhor como filme isolado, mas a marca da saga cria naturalmente uma expectativa que não foi atingida. O ritmo é cansativo na primeira metade e o roteiro irrita um pouco com o tanto de pistas falsas e respostas não dadas, mas investe em boas cenas com gore, a direção de Arkasha Stevenson é admirável, a trilha sonora tem vários momentos de destaque e há belos acenos não só ao clássico de 1976, como também a outros do gênero, como Suspiria e Possessão. Nell Tiger Free faz uma atuação tenebrosa de boa, principalmente nas cenas mais físicas, e o final é frustrante por servir só pra deixar aquele gancho para uma sequência.
X-Men Origens: Wolverine
3.2 2,2K Assista AgoraUm dos mais fracos da franquia dos mutantes. Efeitos tenebrosos, roteiro bagunçado, elementos introduzidos e modificados sem respeitar os outros filmes e ainda apresentação totalmente diferente de alguns mutantes. Algumas sequências de ação boas fazem valer o filme, mas no geral foi um filme desnecessário.
A Profecia
3.0 443 Assista AgoraO que o outro tinha de tenso, assustador, atmosférico e opressivo, esse passa longe. De um clássico com aura própria, fizeram o remake mais genérico possível. Tirando o Thewlis e pontualmente a Farrow, o elenco é totalmente dispensável, especialmente o menino que não tem nada de assustador, mas parece só uma versão de Denis, o Pimentinha. As mortes ficaram Premonição demais e a olhada pra câmera no fim do filme foi pra coroar quão insosso foi o resultado final. Pelo menos, duas cenas de morte ficaram visualmente legais.
Dinosaur Hotel
1.0 11 Assista AgoraTem até alguns momentos que o diretor parece saber o que está fazendo, mas provavelmente foi um surto meu. Nada melhor do que um filme com dinossauros em efeitos especiais toscos e nada adaptados à cena que se leva a sério demais sendo uma sucessão de tosqueiras de roteiro, de direção, de atuação, de tudo que se imaginar que pode ter num filme. Mas o que piora é que já vi coisa pior.
Planeta dos Macacos
3.0 622 Assista AgoraRuim de até fazer raiva. Se há um foco em modernizar os visuais, com uma direção de arte mais cuidadosa (mas, ainda assim, nada memorável) e um investimento gigante em maquiagens, o roteiro é uma bobagem só e o filme parece mais uma sátira ou comédia pastelão que uma ficção científica. Parece uma grande piada de mau gosto, pois não consegue empolgar em momento algum e sequer consegue dar qualquer ar de lembrança do clássico dos anos 60. O resultado final é vergonhoso.
Crimes Obscuros
3.3 20Como uma mistura de Kairó e A Cura, Kurosawa traz sua forma característica de fazer horror fantasmagórico e thriller investigativo de uma vez só. Ver novamente o Kōji Yakusho como um detetive explosivo e preso num emaranhado investigativo que o faz se confrontar consigo mesmo é estranhamente nostálgico e satisfatório. A construção da trama é um pouco confusa, mas potente, e traz em si os temas mais comuns dos filmes de terror (só vi esses até o momento) do diretor: desolação, solidão, isolamento urbano e deterioração, tanto espacial quanto emocional. A Tóquio vazia e destruída é quase que um personagem de sua trama, e o elemento sobrenatural brilha, com algumas cenas que acenam ao gótico e outras que representam o que de melhor o diretor sabe fazer ao construir tensão e horror sem apelos, com lentidão e uma incerteza do que irá acontecer a seguir que deixa o espectador roendo as unhas.
O Grande Ditador
4.6 804 Assista AgoraUm filme, acima de tudo, corajoso e emblemático. Pioneiro na denúncia ao nazifascismo, satiriza figuras históricas sem qualquer pudor, ridicularizando-os para destruir suas auras de superioridade, num ato político poderoso por meio da comédia. Há umas oscilações de ritmo bem perceptíveis devido à nova experiência de linguagem para Chaplin, mas ele sabe usar isso a seu favor especialmente no discurso final (talvez um pouco prolixo, mas algo totalmente compreensível e aprovável). A cena da dança com o globo terrestre também não pode deixar de ser citada e sempre relembrada, uma analogia forte.
X-Men: Primeira Classe
3.9 3,4K Assista AgoraMais de dez anos depois, continua sendo um dos melhores da saga dos mutantes nos cinemas, e também um dos melhores exemplares de adaptação dos quadrinhos da Marvel. As mudanças não afetam muito o resultado final e situar o filme no período da Crise dos Mísseis deixa tudo muito mais interessante. A entrada de McAvoy e Fassbender como Xavier e Magneto é um acerto ímpar, e Kevin Bacon como Sebastian Shaw resulta num vilão detestável e destacável.
X-Men: O Filme
3.5 902 Assista AgoraUm bom início para os mutantes nos cinemas. Tem várias mudanças na trama e a importância dos personagens é muito modificada, assim como a extensão de seus poderes, mas a história trazida é interessante e os personagens cativam.
Alice no País das Maravilhas
4.0 767 Assista AgoraAssistir esse depois da versão sombria de Svankmajer tem outro efeito. Apesar de muito bem realizado, acaba se tornando bem cansativo, mesmo curtinho, e a Alice da Disney acaba sendo um pouco menos interessante que a dos livros. Muito mágico, mas fez falta o teor sombrio que a obra original carrega.
Encantada
3.4 1,2K Assista AgoraDivertido, mas um tanto cansativo. As melhores partes são as interações entre Pip, Nathaniel e o príncipe, e a Giselle cantando para chamar os "animais fofinhos" da cidade grande para ajudar na limpeza da casa, além de usar tapetes e cortinas para fazer vestidos. O filme tem várias referências aos clássicos da Disney e os satiriza tanto quanto reproduz. Esperava um pouco mais de sátira do que comédia romântica, e esse ponto tornou meio maçante de assistir.
Premonição
3.3 1,2K Assista AgoraRevendo depois de anos, continua muito divertido e bem construído. A ideia da morte como uma entidade com vontade própria é muito legal e bem aproveitada. Os personagens não são grandes coisas, mas também não fazem feio, e as mortes são bem realizadas, algumas até criativas. Datado em alguns pontos, mas ainda funcional.
A Bela Adormecida
3.6 452 Assista AgoraUm filme que traz traços diferentes dos vistos em Cinderela e Branca de Neve, e que se destaca pelo peso dos personagens secundários, como as fadas e o príncipe, e da antagonista, que é facilmente uma das, senão a melhor, dos filmes de princesa da Disney. O que enfraquece um pouco é o fato da Aurora parecer ser a coadjuvante de sua própria história, tendo pouco destaque e uma importância um tanto limitada na história.
Que Horas Eu Te Pego?
3.3 485Divertido, mas meio solto às vezes. Do meio pro fim fica entre corrido e desconexo, não sei bem o que faltou, mas pareceu menos orgânico que a primeira metade. Alguns momentos de comédia são forçados de forma boba, outros funcionam perfeitamente. Jennifer Lawrence super confortável no papel e se divertindo bastante. Feldman também não fez feio. É um filme clichê que inverte os clichês, mas não sai muito do feijão com arroz do gênero para filmes nessa pegada.
Branca de Neve e os Sete Anões
3.8 711 Assista AgoraUma animação formidável, principalmente nas cenas da Rainha Má e da fuga de Branca de Neve pelo bosque, tudo muito bem feito. Se não fossem a Rainha Má e os anões, não ia dar pra suportar muito a princesa ingênua. O príncipe simplesmente aparece, manda o xaveco, some e reaparece de novo tascando um beijo na morta e depois levando ela pra casa dele na maior naturalidade. Bom demais isso kkkk.