Visivelmente amador, de produção bastante simples, realiza bem o que quer com os poucos recursos. As atuações são bastante fracas, o que acaba reduzindo o impacto da comédia e do texto, mas o roteiro funciona quando contrapõe as expectativas da fé e os pecados escondidos de cada um. É interessante pela forma como os personagens se sentem cobrados pelas falas de Jesus e revelam seus erros e crimes por uma promessa de Paraíso que não existe naquela situação, além de mostrar que mesmo com todos achando se tratar do próprio Jesus, alguns ainda queriam tirar proveito da situação, como a mulher do prefeito. Funcional até certo ponto e regular, destacando-se pelo argumento geral.
Muito sensível e bonito, conseguindo transmitir muito bem o que quer em sua curta duração. É sobre descobertas e amor adolescente, mas é duplamente inclusivo, indo de encontro às diferenças e aos preconceitos de forma doce e natural. As atuações de apoio são fracas - algo risível, já são somente figurantes -, mas o trio principal está muito bem. Guilherme Lobo está incrível como Leonardo, assim como Fabio Audi passa muito bem uma leveza e inocência no olhar muito bonita e Tess Amorim demonstra aquela energia e emoção juvenil. Em pouco tempo, Daniel Ribeiro entregou uma grande obra do cinema nacional.
Um belo curta, que traz uma mensagem positiva sobre empatia e nos faz pensar sobre o que nos impede de viver, de estar bem e de ser melhor com o próximo. O roteiro se desenvolve bem, apesar de a condução dos acontecimentos ser um tanto que formulaica, mas o cerne da história é enriquecedor, pois confronta dois tipos sociais marginalizados e esquecidos: um que busca camuflar sua condição e outro que a aceita e depende do auxílio alheio. Faz pensar o fato de que Artie estava com aquela placa de atravessar a rua talvez há muito tempo e ninguém lhe deu atenção. E, no fim, mesmo o erro pode se transformar num acerto. A vida é dura, mas ainda pode nos dispensar alguns sorrisos. Não tem muita cara de curta de Oscar, mas fico feliz que tenha sido indicado, pois 2021 é um ano que precisa de bons exemplos.
Um curta anti-meritocrático, que remete bastante às castas de Huxley em Admirável Mundo Novo, denunciando como o sistema se molda para que os fatores de privilégio se mantenham através da educação, da vida em sociedade e da ação dos agentes institucionais. É um curta que humaniza os excluídos, usando do amor entre os pares como uma forma de ser algo além do que a vida sempre lhe determinou. É bonito, mas um tanto clichê demais falar da criação de algo sublime através do amor, sendo que acaba soando como se aqueles que não encontram o amor em vida - ou não buscam isso - não têm seu grande momento, não fazem sua grande contribuição ao mundo (além do fato de que aquele final com a ovação de não-zeros me irritou mais do que me deixou feliz). Mas é uma produção fantástica que se destaca pela qualidade da direção e animação, com um stop motion e uma fotografia incríveis, além de uma trilha sonora fabulosa e sombria que remete que trazia todo um clima dos filmes de Tim Burton e Guillermo Del Toro. Grande curta.
Se o cara, com APENAS 11 anos, consegue emular o estilo, os cortes e os enquadramentos de um gigante do western spaghetti com tanta segurança, imagina com mais idade, mais bagagem e mais investimento. Esses 45 segundos são uma demonstração pura de paixão pelo cinema e uma prova viva da inclinação que esse garoto têm para essa arte. Sem nenhuma ironia, essa brincadeira resultou numa obra de arte e tanto. Luiz tem pela frente um futuro brilhante.
Extremamente charmoso devido à animação belíssima e ao jazz maravilhoso da trilha sonora. Bem curtinho e tem uma mensagem anti-masculinidade tóxica e pró-autoconfiança positiva, mas não chega a ser desenvolvido de forma que fique marcada no público (somente os aspectos sonoros e visuais) ou de um modo plenamente acessível a quem assiste. Ainda assim, qualidade altíssima e charme puro. Destaque para a cena em que a lâmpada e os rabos dos animais escapam da razão de tela e dão um efeito 3D muito legal.
Um curta lindo e emocionante, que trata de forma muito poética o Alzheimer e a dor e esperança dos que amam a pessoa que sofre disso. Um belo passeio por memórias de uma vida unidos, acompanhados de uma arte única e bela, além de uma trilha sonora tocante. Adorei.
Exímia qualidade técnica, como é de se esperar dos estúdios Disney, com uma excelente música de condução, personagens carismáticos e um ritmo bastante ágil que faz os 6 minutos passarem num piscar de olhos. A história é simples e com uma mensagem bem clichê sobre união e luta pelos sonhos - além do ponto sobre a especulação imobiliária -, mas a construção bem humorada disso é o grande diferencial que torna o curta muito cativante. Indicação merecida ao Oscar.
Sobre o destino de tantas Marias do passado, do presente e do futuro, que veem suas vidas determinadas pela posição social, pelas escolhas familiares, pela visão machista e pela condição de mulher. Mais do que falar sobre o conflito entre educação para um futuro melhor e trabalho diário para um cotidiano digno, fala sobre os papéis que uma mulher é obrigada a assumir enquanto tal e os sonhos e desejos dos quais ela deve abrir mão para satisfazer expectativas alheias - algo que acaba sendo reproduzido de geração em geração. Ainda que ambientado num aparente sertão nordestino, que se vale da luta pela sobrevivência como instrumento de manutenção do cerceamento da liberdade feminina, é uma realidade presente em todo o país, até em grandes cidades e com outros moldes. Apesar de triste, o curta é um grande alerta. Quanto aos aspectos técnicos, a trilha sonora e a direção em plano-sequência foram excelentes, só a animação que tem um aspecto pouco atraente - ainda que represente bem os ambientes, apesar da baixa qualidade - e a movimentação é de pouca fluidez. Ainda assim, uma pequena obra de grande valia.
Já assisti um sem número de vezes e reassistirei ainda muitas mais. Emulando o estilo de desenhos clássicos como Papa-Léguas e Tom & Jerry, o curta de Fernando Miller - um carioca de pais paulistanos - é bastante maduro e consciente na forma de fazer humor com a realidade do nordestino do sertão. Os elementos da vivência são respeitados, e a força do homem sertanejo é o cerne da história, que fala sobre geografia, instinto de sobrevivência, fé, esperança e, implicitamente, em abandono estatal. É um curta tão delicioso quanto rico, tendo intersecções com, além de Morte e Vida Serverina do grande João Cabral de Melo Neto, grandes escritores e obras sobre o Nordeste: O Auto da Compadecida de Suassuna, Os Sertões de Euclides da Cunha, Vidas Secas de Graciliano Ramos, Súplica Cearense de Luiz Gonzaga, as obras dos cordelistas, entre muitos outros. Para coroar tudo, a animação apresenta uma qualidade e uma fluidez incríveis e o trabalho sonoro é excelente, com uma música que representa muito bem a região e ótimo uso dos elementos melódicos para representar a interação dos personagens. Na luta contra a morte, o sertanejo sempre se agarrará à fé, pois o mal não tem vez quando Nossa Senhora de Aparecida intercede por quem acredita nela. Maravilhoso.
Excelente animação e o conto foi bem adaptado. Só acho uma visão muito autocentrada do ser humano sobre o sentido da existência, de forma que se vê como um futuro deus. Não concordo, mas tem sua beleza e seu peso.
Não tenho o que dizer contra essa fiel reprodução ao westerns clássicos (Sergio Leone ficaria muito orgulhoso). A direção de Monteiro é maravilhosa, assim como a fotografia, a direção de arte e a trilha sonora. O enredo é bem simples, mas o faroeste não é basicamente isso, homens marginais que se matam por dinheiro? O impasse mexicano, a entrada do forasteiro e a cena com a pedra de ouro sob a luz são particularmente marcantes. Se eu fizesse um longa de faroeste no Brasil, já saberia qual equipe eu contrataria.
Entrega muito bem a mensagem de forma simples e os dois personagens apresentam um carisma bonitinho e só. Visualmente muito bonito, só a trilha é "bora amigo, chore aí na moral".
Criativo, com muita personalidade visual, trabalhando muito bem com o mundo real e o "entremundos" (vou colocar dessa forma), utilizando elementos da arquitetura chinesa e da vida dos personagens para montar um cenário que é importantíssimo para a história. A animação é linda e o tema musical é utilizado muito bem e com as nuances totalmente acertadas, sendo algo que realmente faz parte da construção da narrativa. E que mensagem linda e tocante. Amei.
Dennison Ramalho apresenta um estilo muito próprio, uma estética fascinante e um trabalho fenomenal com a abordagem do terror. Frenético, imagético, impactante e bem marcante. Impressiona.
Um trabalho documental fascinante que usa de uma linguagem imagética criativa e belíssima. Os cinco depoimentos abarcam as várias vivências femininos, as diferentes opressões do corpo pelo mundo externo e as particularidades da biologia. Fala sobre se aceitar, sobre amadurecer junto à carne e sobre viver em meio a uma sociedade que te vê como submissa, inferior, descartável. Que obra magnífica de Camila Kater. Espero que fique dentre os finalistas ao Oscar 2021. E se conseguir, que vença com méritos.
É bonito, com uma história universal e tocante, mas faltou algo a mais. A arte está excelente, mas a representação visual não traz a personalidade do local onde o curta foi feito, e no caso de ser por brasileiros, eu mesmo, assistindo sem saber a origem do curta, nunca imaginaria que fosse do Brasil. Mas acho fantástica a parte em que a lágrima cai e muda o estilo da animação.
Fascinante, me fez chorar e trouxe a questão da representatividade de uma forma tão leve e natural, dando protagonismo negro sem ser apelativo ou forçado. Maravilhoso
Muito bom para se aprofundar nos sentidos e contextos do filme e para entender a visão do diretor, da produção e dos atores na construção da obra, dos figurinos, dos cenários e dos personagens. Podia até ser mais longo.
Muito bonito e sensível. Tem centralidade da arte, da terceira idade e de uma família negra, o que deixa tudo mais bonito. Faltou mais personalidade visual, mas a trilha sonora foi muito agradável.
Simples, lindo, poético e profundamente triste. Uma verdadeira máquina de extrair lágrimas, que trabalha com uma sutileza constante para subitamente arrebatar, chocar e emocionar o espectador. Vai concorrer e merece levar o Oscar de Mulher Curta de Animação. Quanta sensibilidade.
O Dia em que Jesus Falou Português
3.5 10Visivelmente amador, de produção bastante simples, realiza bem o que quer com os poucos recursos. As atuações são bastante fracas, o que acaba reduzindo o impacto da comédia e do texto, mas o roteiro funciona quando contrapõe as expectativas da fé e os pecados escondidos de cada um. É interessante pela forma como os personagens se sentem cobrados pelas falas de Jesus e revelam seus erros e crimes por uma promessa de Paraíso que não existe naquela situação, além de mostrar que mesmo com todos achando se tratar do próprio Jesus, alguns ainda queriam tirar proveito da situação, como a mulher do prefeito. Funcional até certo ponto e regular, destacando-se pelo argumento geral.
Eu Não Quero Voltar Sozinho
4.4 1,9K Assista AgoraMuito sensível e bonito, conseguindo transmitir muito bem o que quer em sua curta duração. É sobre descobertas e amor adolescente, mas é duplamente inclusivo, indo de encontro às diferenças e aos preconceitos de forma doce e natural. As atuações de apoio são fracas - algo risível, já são somente figurantes -, mas o trio principal está muito bem. Guilherme Lobo está incrível como Leonardo, assim como Fabio Audi passa muito bem uma leveza e inocência no olhar muito bonita e Tess Amorim demonstra aquela energia e emoção juvenil. Em pouco tempo, Daniel Ribeiro entregou uma grande obra do cinema nacional.
Feeling Through
3.8 55 Assista AgoraUm belo curta, que traz uma mensagem positiva sobre empatia e nos faz pensar sobre o que nos impede de viver, de estar bem e de ser melhor com o próximo. O roteiro se desenvolve bem, apesar de a condução dos acontecimentos ser um tanto que formulaica, mas o cerne da história é enriquecedor, pois confronta dois tipos sociais marginalizados e esquecidos: um que busca camuflar sua condição e outro que a aceita e depende do auxílio alheio. Faz pensar o fato de que Artie estava com aquela placa de atravessar a rua talvez há muito tempo e ninguém lhe deu atenção. E, no fim, mesmo o erro pode se transformar num acerto. A vida é dura, mas ainda pode nos dispensar alguns sorrisos. Não tem muita cara de curta de Oscar, mas fico feliz que tenha sido indicado, pois 2021 é um ano que precisa de bons exemplos.
Zero
4.3 137Um curta anti-meritocrático, que remete bastante às castas de Huxley em Admirável Mundo Novo, denunciando como o sistema se molda para que os fatores de privilégio se mantenham através da educação, da vida em sociedade e da ação dos agentes institucionais. É um curta que humaniza os excluídos, usando do amor entre os pares como uma forma de ser algo além do que a vida sempre lhe determinou. É bonito, mas um tanto clichê demais falar da criação de algo sublime através do amor, sendo que acaba soando como se aqueles que não encontram o amor em vida - ou não buscam isso - não têm seu grande momento, não fazem sua grande contribuição ao mundo (além do fato de que aquele final com a ovação de não-zeros me irritou mais do que me deixou feliz). Mas é uma produção fantástica que se destaca pela qualidade da direção e animação, com um stop motion e uma fotografia incríveis, além de uma trilha sonora fabulosa e sombria que remete que trazia todo um clima dos filmes de Tim Burton e Guillermo Del Toro. Grande curta.
Dois moleques em conflito
4.5 2Se o cara, com APENAS 11 anos, consegue emular o estilo, os cortes e os enquadramentos de um gigante do western spaghetti com tanta segurança, imagina com mais idade, mais bagagem e mais investimento. Esses 45 segundos são uma demonstração pura de paixão pelo cinema e uma prova viva da inclinação que esse garoto têm para essa arte. Sem nenhuma ironia, essa brincadeira resultou numa obra de arte e tanto. Luiz tem pela frente um futuro brilhante.
Shine
3.8 3Extremamente charmoso devido à animação belíssima e ao jazz maravilhoso da trilha sonora. Bem curtinho e tem uma mensagem anti-masculinidade tóxica e pró-autoconfiança positiva, mas não chega a ser desenvolvido de forma que fique marcada no público (somente os aspectos sonoros e visuais) ou de um modo plenamente acessível a quem assiste. Ainda assim, qualidade altíssima e charme puro. Destaque para a cena em que a lâmpada e os rabos dos animais escapam da razão de tela e dão um efeito 3D muito legal.
Achados e Perdidos
4.0 15Um curta lindo e emocionante, que trata de forma muito poética o Alzheimer e a dor e esperança dos que amam a pessoa que sofre disso. Um belo passeio por memórias de uma vida unidos, acompanhados de uma arte única e bela, além de uma trilha sonora tocante. Adorei.
Toca
4.0 93 Assista AgoraExímia qualidade técnica, como é de se esperar dos estúdios Disney, com uma excelente música de condução, personagens carismáticos e um ritmo bastante ágil que faz os 6 minutos passarem num piscar de olhos. A história é simples e com uma mensagem bem clichê sobre união e luta pelos sonhos - além do ponto sobre a especulação imobiliária -, mas a construção bem humorada disso é o grande diferencial que torna o curta muito cativante. Indicação merecida ao Oscar.
Vida Maria
4.3 133Sobre o destino de tantas Marias do passado, do presente e do futuro, que veem suas vidas determinadas pela posição social, pelas escolhas familiares, pela visão machista e pela condição de mulher. Mais do que falar sobre o conflito entre educação para um futuro melhor e trabalho diário para um cotidiano digno, fala sobre os papéis que uma mulher é obrigada a assumir enquanto tal e os sonhos e desejos dos quais ela deve abrir mão para satisfazer expectativas alheias - algo que acaba sendo reproduzido de geração em geração. Ainda que ambientado num aparente sertão nordestino, que se vale da luta pela sobrevivência como instrumento de manutenção do cerceamento da liberdade feminina, é uma realidade presente em todo o país, até em grandes cidades e com outros moldes. Apesar de triste, o curta é um grande alerta. Quanto aos aspectos técnicos, a trilha sonora e a direção em plano-sequência foram excelentes, só a animação que tem um aspecto pouco atraente - ainda que represente bem os ambientes, apesar da baixa qualidade - e a movimentação é de pouca fluidez. Ainda assim, uma pequena obra de grande valia.
Calango Lengo: Morte e Vida Sem Ver Água
4.3 36Já assisti um sem número de vezes e reassistirei ainda muitas mais. Emulando o estilo de desenhos clássicos como Papa-Léguas e Tom & Jerry, o curta de Fernando Miller - um carioca de pais paulistanos - é bastante maduro e consciente na forma de fazer humor com a realidade do nordestino do sertão. Os elementos da vivência são respeitados, e a força do homem sertanejo é o cerne da história, que fala sobre geografia, instinto de sobrevivência, fé, esperança e, implicitamente, em abandono estatal. É um curta tão delicioso quanto rico, tendo intersecções com, além de Morte e Vida Serverina do grande João Cabral de Melo Neto, grandes escritores e obras sobre o Nordeste: O Auto da Compadecida de Suassuna, Os Sertões de Euclides da Cunha, Vidas Secas de Graciliano Ramos, Súplica Cearense de Luiz Gonzaga, as obras dos cordelistas, entre muitos outros. Para coroar tudo, a animação apresenta uma qualidade e uma fluidez incríveis e o trabalho sonoro é excelente, com uma música que representa muito bem a região e ótimo uso dos elementos melódicos para representar a interação dos personagens. Na luta contra a morte, o sertanejo sempre se agarrará à fé, pois o mal não tem vez quando Nossa Senhora de Aparecida intercede por quem acredita nela. Maravilhoso.
O Ovo
4.2 2Excelente animação e o conto foi bem adaptado. Só acho uma visão muito autocentrada do ser humano sobre o sentido da existência, de forma que se vê como um futuro deus. Não concordo, mas tem sua beleza e seu peso.
Meu Nome é Dinheiro
3.5 4Não tenho o que dizer contra essa fiel reprodução ao westerns clássicos (Sergio Leone ficaria muito orgulhoso). A direção de Monteiro é maravilhosa, assim como a fotografia, a direção de arte e a trilha sonora. O enredo é bem simples, mas o faroeste não é basicamente isso, homens marginais que se matam por dinheiro? O impasse mexicano, a entrada do forasteiro e a cena com a pedra de ouro sob a luz são particularmente marcantes. Se eu fizesse um longa de faroeste no Brasil, já saberia qual equipe eu contrataria.
The Wishgranter
4.0 9Fofinho, coloridinho, bonitinho, tudo muito inho e bem clichezinho. Cumpre o objetivo, mas faltou mais alma.
Dear Alice
3.6 7Entrega muito bem a mensagem de forma simples e os dois personagens apresentam um carisma bonitinho e só. Visualmente muito bonito, só a trilha é "bora amigo, chore aí na moral".
Windup
3.9 9Criativo, com muita personalidade visual, trabalhando muito bem com o mundo real e o "entremundos" (vou colocar dessa forma), utilizando elementos da arquitetura chinesa e da vida dos personagens para montar um cenário que é importantíssimo para a história. A animação é linda e o tema musical é utilizado muito bem e com as nuances totalmente acertadas, sendo algo que realmente faz parte da construção da narrativa. E que mensagem linda e tocante. Amei.
Coin Operated
3.1 11Fofinho, bonito, poético, mas só.
Nocturnu
3.3 7Dennison Ramalho apresenta um estilo muito próprio, uma estética fascinante e um trabalho fenomenal com a abordagem do terror. Frenético, imagético, impactante e bem marcante. Impressiona.
Carne
4.4 10Um trabalho documental fascinante que usa de uma linguagem imagética criativa e belíssima. Os cinco depoimentos abarcam as várias vivências femininos, as diferentes opressões do corpo pelo mundo externo e as particularidades da biologia. Fala sobre se aceitar, sobre amadurecer junto à carne e sobre viver em meio a uma sociedade que te vê como submissa, inferior, descartável. Que obra magnífica de Camila Kater. Espero que fique dentre os finalistas ao Oscar 2021. E se conseguir, que vença com méritos.
Umbrella
3.7 46É bonito, com uma história universal e tocante, mas faltou algo a mais. A arte está excelente, mas a representação visual não traz a personalidade do local onde o curta foi feito, e no caso de ser por brasileiros, eu mesmo, assistindo sem saber a origem do curta, nunca imaginaria que fosse do Brasil. Mas acho fantástica a parte em que a lágrima cai e muda o estilo da animação.
Hair Love
4.5 127Fascinante, me fez chorar e trouxe a questão da representatividade de uma forma tão leve e natural, dando protagonismo negro sem ser apelativo ou forçado. Maravilhoso
Dawn of the Deaf
4.2 7Precisa urgente virar um longa-metragem! Fantástico!
A Voz Suprema do Blues: Bastidores
3.8 13Muito bom para se aprofundar nos sentidos e contextos do filme e para entender a visão do diretor, da produção e dos atores na construção da obra, dos figurinos, dos cenários e dos personagens. Podia até ser mais longo.
Canvas
3.5 71 Assista AgoraMuito bonito e sensível. Tem centralidade da arte, da terceira idade e de uma família negra, o que deixa tudo mais bonito. Faltou mais personalidade visual, mas a trilha sonora foi muito agradável.
Se Algo Acontecer... Te Amo
4.2 356Simples, lindo, poético e profundamente triste. Uma verdadeira máquina de extrair lágrimas, que trabalha com uma sutileza constante para subitamente arrebatar, chocar e emocionar o espectador. Vai concorrer e merece levar o Oscar de Mulher Curta de Animação. Quanta sensibilidade.