Não caiu bem essa ideia de "demônio da temporada". A série tenta criar um clima de suspense (que é até bem conduzido e funcional), mas a culminância é um tanto quanto clichê - vão sendo colocadas deixas em vários personagens e a possessão recai sobre alguém inesperado. O plot da Grace foi a coisa mais legal da temporada, e a escolha dos novos atores centrais dessa temporada foi ótima, principalmente de John Cho e Brianna Hildebrand. Entretanto, o demônio deu menos trabalho que o esperado no final, a evolução dos padres ficou estranhada e confusa, o plot da infiltração no Vaticano foi mal trabalhado (mas pelo menos no último episódio vemos mais alguma coisinha) e, na minha opinião, perdeu no quesito terror em relação à primeira temporada - o grande mérito foi a conexão com o filme, e nessa segunda a história se expande para tentar se encontrar, quem sabe, no futuro. Não sei se vem mais por aí porque foi uma temporada bem irregular, mas espero que se vier uma próxima temporada, que consigam se firmar numa proposta e que não prolonguem muito.
Bem slasher suave mesmo - tirando que tem um gore de responsa que faz continuar assistindo -, cheia de clichês, furos de roteiro, atuações ruins, motivações bobas, plots mal desenvolvidos, mas dá pra passar o tempo e se divertir.
Acabei gostando muito mais do que esperava. A série não me pegou até o sétimo episódio, mas aí me acostumei com a ideia da animação e seu humor escrachado, sexual e totalmente incorreto. A música sobre a vida no episódio 9 é muito boa (e deprimente), assim como todos os diálogos sobre tabus da adolescência, algo pouco abordado de forma tão direta nas animações, como as mudanças sexuais da puberdade, a masturbação, a menstruação, os primeiros beijos e relacionamentos, os problemas familiares, o machismo, dentre várias outras coisas. Os Monstros dos Hormônios são uma jogada genial e que conferem o tom de bizarrice à série, além de garantir a maior parte das cenas escatológicas e de humor negro mais pesado - muito funcional, inclusive. A animação é muito bem desenhada, os personagens são incríveis e muito diferentes uns dos outros, a trilha sonora é super divertida e o humor é excelente, sem falar das quebras de quarta parede e as piadas com a Netflix e com a abordagem politicamente incorreta da animação. Netflix acertando mais uma vez com suas animações originais.
Está entre as melhores séries da parceria Marvel/Netflix, e sua força está principalmente nas discussões que propõe, pondo em voga uma série de discursos moralistas e supostamente democráticos da sociedade americana, como a questão do porte de arma, a relação entre soldado, governo e sociedade, as diferenças e semelhanças entre justiceiros e terroristas, a falsa honestidade e incorruptibilidade maquiada pelas agências de segurança nacional, além de debates muito pessoais, como o vazio, o desejo de vingança, o lado selvagem do ser humano e por aí vai. Nota dez para a forma como o lado humano não só do Frank Castle, mas dos personagens em geral, foi mostrado, transformando uma série de ação em algo bem profundo. Entretanto, sendo uma série justamente do Justiceiro, a sensação que fica é que pouco foi explorada a violência, assim como as cenas de combate - apesar de não ser o foco da série, o personagem pede por isso. Os atores estão muito bem em seus papéis, em especial o Ben Barnes (que vai voltar na próxima temporada como um Retalho super foda, tenho certeza) e o Jon Bernthal, que traz toda a carga emocional de alguém quebrado, perdido e guiado somente pela sede de vingança - apesar disso, não é bem o Justiceiro que se esperava ver após a segunda temporada de Demolidor; quase dá pra afirmar, inclusive, que aquele Justiceiro, apesar de anterior ao da série solo, era mais o Punisher do que o que vemos sendo desenvolvido. Também devo admitir que me incomodava um pouco o fato do Bernthal gritar tanto durante os combates; apesar de ler pouco do personagem, o Justiceiro parece o tipo de assassino totalmente frio, sendo violento, mas silencioso. Mesmo com seus defeitos no quesito adaptação e problemas de ritmo, o que tornou a série um pouco cansativa - meio difícil de maratonar -, a série solo do Justiceiro é mais uma obra excelente do Netflix, que enriquece ainda mais seu catálogo com essa mescla de investigação policial, drama e ação violenta. Pode não ser o mesmo dos quadrinhos, mas esse Frank Castle promete muito no futuro do Universo Marvel/Netflix.
Deliciosamente deprimente e com um humor negro afiado e impecável, Bojack é um dos personagens de animações adultas mais bem escritos que já vi, e a série conseguiu assumir a primeira posição dentre as minhas favoritas. Todos os personagens são incríveis e engraçados de formas diferentes, além da série misturar situações bizarras e realistas com maestria, num enredo que muitas vezes se assemelha à vida real e faz com que o espectador se sinta representado em certos momentos. Isso sim é o pote de ouro da Netflix.
Maior, mais sombria, mais tensa e tão boa quanto a excelente primeira temporada, a segunda temporada de Stranger Things traz uma trama ainda maior, que resolve várias questões, deixa um grande gancho para uma sequência, desenvolve bem seus personagens e adiciona outros igualmente interessantes. O que foi bom na temporada anterior foi melhorado nessa, principalmente as atuações de todo o elenco e o amadurecimento dos atores jovens/mirins. Há um episódio filler meio desnecessário na trama como um todo, mas ao menos foi um episódio bastante divertido. Se mantiver o nível na próxima temporada, Stranger Things poderá se tornar um grande ícone da cultura pop.
Ótima comédia da Netflix, usando de um leve humor negro e nada apelativo, numa série muito engraçada, cheira de reviravoltas e com várias críticas dentro dos estereótipos dos personagens, além de trazer um certo discurso sobre moral e o ser bom ou ser mau. Todos os atores são ótimos, mas os personagens de Janet - e Bad Janet - e Jianyu/Jason são os melhores. E que final de temporada, hein?
Documentário essencial para quem gosta de hip hop, música ou se interessa pela cultura negra americana das décadas de 70 e 80. Extremamente informativo, conduzido por um músico do gênero e contando com a participação de empresários, profissionais da indústria musical, artistas e músicos que criaram, popularizaram e reinventaram o gênero, Hip-Hop Evolution é de qualidade e riqueza ímpar, dando um excelente panorama da evolução musical, cultural, fonográfica e social proporcionada pelo gênero que saiu do gueto para conquistar o mundo.
A segunda temporada supera, mas essa terceira não perdeu a qualidade. Teve coisas que foram ainda mais doidas, como o episódio 1, o episódio da Cidadela (o melhor da série até agora), Pickle Rick, as referências a filmes como Mad Max, O Lobo de Wall Street e Dia de Pagamento, o ep 8... O último episódio deixou um pouco a desejar por causa das expectativas criadas pelos outros, mas a forma como os relacionamentos e o desenvolvimento dos personagens cresceram foi demais. E tomara que não demore tanto pra voltar, porque já terminou deixando vontade de ver mais e mais.
Era pra ser só uma sátira engraçada de séries investigativas, mas a Netflix se encarregou de guardar um soco no estômago pro final. Eu já estava adorando pela sátira perfeita e pelo humor natural dos próprios personagens né das situações, mas de repente começam a entrar assuntos seríssimos, como a falha administração estudantil, o sistema de punições injusto e tendencioso, o julgamento prévio, o galho sistema de justiça em diferentes âmbitos, mas o episódio final é super forte, pois fala não só sobre adolescência e ensino médio, mas a forma como a vida dos outros pode ser afetada por opiniões alheias, por ter seus segredos revelados e pelos julgamentos precipitados. Mostra que o velho ditado da mentira, que contada mil vezes se torna verdade, é algo muito próximo de nossas realidades e provocado por todos nós. Fui pego de surpresa e é mais do que só uma ótima série de comédia, mas uma obra bem importante para os jovens.
Se é igual aos quadrinhos? Não mesmo. Mas é uma puta duma adaptação daquelas, bem Garth Ennis e bem Preacher. Vibrei muito com o Santo dos Assassinos, Herr Starr (saiu melhor que a encomenda), o Graal e o "Messias" Humperdoo. Mas só tô na instiga de ver a adaptação da família L'Angelle, que até agora tá indo bem, e TEM que aparecer o Jesus de Sade. As cenas de luta foram bem fodas e a história ficou maior e muito mais doida agora. Essa season finale só me deixou super ansioso pra próxima temporada e eu quero muito mais dessa loucura toda! Diferente do que eu esperava, mas agradando muito.
A primeira temporada foi incrível e a segunda conseguiu ser ainda melhor, com mais mistérios, grandes plots twits, personagens excelentes e episódios ainda mais engraçados. A conclusão da série deixou uma tristeza, mas acabou exatamente como deveria acabar (apesar da vontade de que tivesse muuuuuito mais). Não bastasse ser uma das melhores animações da década, ainda soube parar na hora certa.
Narcos hoje é uma das séries da linha de frente da Netflix, sem mais. O nível é altíssimo, com um roteiro que é MUITO a cara de Padilha e diretores incríveis, sem contar com as escolhas de atores, sempre bons. Mesmo sem Wagner Moura, foi entregue a melhor temporada da série até agora, porque o agente Pena é um personagem extremamente complexo e os quatro chefões de Cali são personagens impressionantes, principalmente Pacho e Miguel. Sem falar que a tensão na série foi intensa e o clima de caçada e corrida contra o tempo foi bem passado e só ajudou a aumentar o desejo por ver o desfecho. E agora, México! Que venham mais temporadas tão incríveis quanto estas primeiras de Narcos.
Se por um lado o número menor de episódios permite que visualmente a série se torne impecável, podendo usar todos os recursos visuais com maestria, em contrapartida perderam a mão no roteiro, mastigando tudo pro espectador e deixando uns belos furos e fan services. O que mais incomodou foi: fan service exagerado com o relacionamento empurrado às pressas de Jon e Daenerys (pow, cinco eps?), além de vários personagens se livrando da morte em cima da hora, três últimos episódios da temporada fraco, especialmente a season finale que foi quase totalmente previsível e trouxe de melhor só a cena dos Starks com Mindinho, Bran com o poder de saber tudo e sendo surpreendido com informações do Sam, a lógica do tempo e distância foi jogada pra escanteio de vez, especialmente no ep 6 e tudo foi muito leve no geral, menos violento e muito explicadinho. Porém, tivemos os ótimos episódios 1, 3 e 4, com um amadurecimento incrível das garotas Stark e uma saída de cena maravilhosa da senhora Tyrell, além da batalha do episódio quatro. Esperava bem mais, mas sei que isso é para compensar na última temporada, porque aí não vão pegar leve. Temporada aquém das anteriores, mas que já preparou bem o terreno pra series finale.
Pouco a pouco as séries de heróis da Marvel Netflix foram perdendo o brilho inicial, e até agora nenhuma superou as duas temporadas de Demolidor e a primeira de Jessica Jones. Os Defensores tem seu brilho e diverte bastante, além de contar com vários acertos, mas passa a sensação de perda de fôlego e desperdício de oportunidades de fazer algo memorável. Eu conto como pontos positivos: relação bem construída entre os quatro heróis e feita de forma convincente e bem trabalhada, em especial entre Jessica e Matt; o número reduzido de episódios evita muitos momentos desnecessários; as cenas de luta do Punho de Ferro melhoraram muito e as do Demolidor mantém nível altíssimo, e as cenas onde os quatro lutam juntos foram bem produzidas apesar de alguns erros; Elektra, Alexandra, Sowande e Makitubo foram os melhores personagens, porém mal aproveitados; a direção foi ótima e as mudanças de iluminação e cores também. Porém, além do desperdício de alguns bons personagens e atores, muita coisa fica não respondida, muita chance de se expandir o universo das séries Netflix foi desperdiçada, a relação entre Luke e Danny foi mal feita, Punho de Ferro não evoluiu basicamente nada, Luke Cage foi mal utilizado e apesar de poucos episódios, deram atenção a coisas pouco interessantes em vários momentos. A série perdeu a chance de fazer história, mas no geral foi bastante boa. Os ganchos deixados para as próximas temporadas de Jessica Jones e, em especial, Demolidor foram ótimos. Mas se essa reunião se repetir, que a série aumente o nível e traga, quem sabe, grandes personagens da Marvel também, como Motoqueiro Fantasma, Justiceiro e Blade.
Foi um bolo de coisa, tanto de tramas quanto de novos personagens, mas o saldo foi bom. Alguns dos fillers foram mais interessantes que a trama principal e realmente muita coisa remeteu às primeiras temporadas, com casos sombrios. Toda a parte dos Homens de Letras britânicos findou em algo meio nada a ver, e em alguns momentos descamba totalmente pra uma coisa a la filme de ação, mas ainda rolaram coisas boas. Já a volta da Mary foi desnecessária, personagem que não se encaixou e não cativou, mas o episódio final, apesar de meio louco também, foi cheio de reviravoltas. E a cena final foi especialmente curiosa, que dá um gostinho de quero mais pra próxima temporada. Agora é ver o que vem por aí.
Com as críticas favoráveis e notas altas em sites de críticas especializadas e do público, pensei que a série fosse muito boa, mas não tanto assim. Tudo é muito bom, desde o roteiro às atuações que são ótimas até por parte das crianças. A temática é complexa por tratar do cotidiano de uma família, onde entram questões emocionais e sociais das mais variadas. com personagens carismáticos e profundos, além de histórias impossíveis de não se apaixonar. Cativante, apaixonante e divertida, além de muito emotiva e profunda, This Is Us consegue impressionar em todos os aspectos, sendo muito mais do que se espera.
Uma animação que sabe unir mistério, simbologia, misticismo, humor pastelão, relacionamentos familiares, adolescência e uma pá de assuntos para todas as idades sem apelar para a violência gráfica ou humor negro é uma raridade, e mais difícil ainda ser tão boa, instigante e empolgante quanto Gravity Falls é. A primeira temporada é incrível, e só deixa uma vontade maior de ver a sequência. Um dos melhores desenhos da década.
Ainda melhor do que a primeira temporada, investindo muito no drama familiar e deixando a série ainda mais pesada psicologicamente, sem perder o humor, que está ainda mais afiado. Além disso, os episódios estão mais loucos e complexos, ficando difícil escolher o melhor ep. Animação ótima e viciante.
Não li a obra-base do Gaiman, mas fiquei fascinado pela série. Um grande acerto é a série ser produzido pela Starz. Os caras sabem construir muito algo violento, escatológico, sanguinário, sexualizado, confuso e complexo de forma muito bem sucedida. Os efeitos, mesmo limitados, são bem utilizados, e as atuações dos deuses em sua maioria são ótimas, com algumas performances mais fracas, principalmente do protagonista. Meu personagem favorito com certeza é o Mad Sweeney, O enredo traz muita coisa acontecendo e a série dá espaço para maturar, e mesmo que a trama central ande pouco, é totalmente aceitável por ser uma temporada de apresentação de um novo universo e um verdadeiro panteão de personagens. Os inícios dos episódios são impecáveis, mostrando as histórias dos deuses e suas mitologias, e considero na maior parte das vezes a melhor coisa - fiquei em êxtase com a mitologia egípcia pós-morte e o Jesus mexicano. A série não tem medo de mostrar ou abordar nada, com várias mitologias e culturas distintas se inter-relacionando de forma muitíssimo competente (mérito do monumental Gaiman), muita violência e sexo (que nem é tanto assim), efeitos arriscados mas que dão certo e ainda teve uma cena de sexo gay que muita gente achou que não ocorreria e aconteceu. A season finale foi uma pancada e deixou em aberto muita coisa pela frente, sendo muito bem sucedida em manter o interesse vivo para continuar acompanhando.
Muito superior à primeira temporada e vai encontrando sua particularidade dentro do universo de animações adultas. A história sequencial, e não episódica, é algo diferente é que deu muito certo nessa temporada, pois não só o humor está bem mais afiado, como os personagens foram muito bem desenvolvidos e a história foi cheia de reviravoltas. Grande acerto da Netflix, que deveria investir muito mais no marketing dessa ótima série.
Série incrivelmente boa, mesclando ficção e documentário num formato que dá certo. A simplicidade da produção é visível, mas a forma como entrevistas e dramatizações são concatenadas dá um ritmo muito preciso à série, além de contar com a narração ótima do Sean Bean, que sempre faz pontuações muito pertinentes. Espero que haja uma sequência, concluindo com a queda do Império Romano.
Temporada ótima, conseguindo se firmar e superando a primeira. A aparição de novos personagens, como a Mãe e Uriel, é acertada, e os outros personagens são muito bem desenvolvidos, principalmente Lucifer (Tom Ellis mostrando que é senhor do personagem), Amenadiel e Linda - principalmente a relação dela com a "família celestial". Mesmo continuando com a estrutura de caso semanal, os episódios trazem sempre novas informações, desenvolvem o plot principal, que é o destaque, além de deixar vários ganchos, como Chloe, Amenadiel e a última cena da season finale. A série tem ainda muito a mostrar e investe bem no humor e no sobrenatural. Que a terceira temporada traga as respostas das perguntas deixadas por essa.
O Exorcista (2ª Temporada)
3.9 124 Assista AgoraNão caiu bem essa ideia de "demônio da temporada". A série tenta criar um clima de suspense (que é até bem conduzido e funcional), mas a culminância é um tanto quanto clichê - vão sendo colocadas deixas em vários personagens e a possessão recai sobre alguém inesperado. O plot da Grace foi a coisa mais legal da temporada, e a escolha dos novos atores centrais dessa temporada foi ótima, principalmente de John Cho e Brianna Hildebrand. Entretanto, o demônio deu menos trabalho que o esperado no final, a evolução dos padres ficou estranhada e confusa, o plot da infiltração no Vaticano foi mal trabalhado (mas pelo menos no último episódio vemos mais alguma coisinha) e, na minha opinião, perdeu no quesito terror em relação à primeira temporada - o grande mérito foi a conexão com o filme, e nessa segunda a história se expande para tentar se encontrar, quem sabe, no futuro. Não sei se vem mais por aí porque foi uma temporada bem irregular, mas espero que se vier uma próxima temporada, que consigam se firmar numa proposta e que não prolonguem muito.
Slasher: The Executioner (1ª Temporada)
3.1 234 Assista AgoraBem slasher suave mesmo - tirando que tem um gore de responsa que faz continuar assistindo -, cheia de clichês, furos de roteiro, atuações ruins, motivações bobas, plots mal desenvolvidos, mas dá pra passar o tempo e se divertir.
Big Mouth (1ª Temporada)
4.0 234 Assista AgoraAcabei gostando muito mais do que esperava. A série não me pegou até o sétimo episódio, mas aí me acostumei com a ideia da animação e seu humor escrachado, sexual e totalmente incorreto. A música sobre a vida no episódio 9 é muito boa (e deprimente), assim como todos os diálogos sobre tabus da adolescência, algo pouco abordado de forma tão direta nas animações, como as mudanças sexuais da puberdade, a masturbação, a menstruação, os primeiros beijos e relacionamentos, os problemas familiares, o machismo, dentre várias outras coisas. Os Monstros dos Hormônios são uma jogada genial e que conferem o tom de bizarrice à série, além de garantir a maior parte das cenas escatológicas e de humor negro mais pesado - muito funcional, inclusive. A animação é muito bem desenhada, os personagens são incríveis e muito diferentes uns dos outros, a trilha sonora é super divertida e o humor é excelente, sem falar das quebras de quarta parede e as piadas com a Netflix e com a abordagem politicamente incorreta da animação. Netflix acertando mais uma vez com suas animações originais.
O Justiceiro (1ª Temporada)
4.2 569Está entre as melhores séries da parceria Marvel/Netflix, e sua força está principalmente nas discussões que propõe, pondo em voga uma série de discursos moralistas e supostamente democráticos da sociedade americana, como a questão do porte de arma, a relação entre soldado, governo e sociedade, as diferenças e semelhanças entre justiceiros e terroristas, a falsa honestidade e incorruptibilidade maquiada pelas agências de segurança nacional, além de debates muito pessoais, como o vazio, o desejo de vingança, o lado selvagem do ser humano e por aí vai. Nota dez para a forma como o lado humano não só do Frank Castle, mas dos personagens em geral, foi mostrado, transformando uma série de ação em algo bem profundo. Entretanto, sendo uma série justamente do Justiceiro, a sensação que fica é que pouco foi explorada a violência, assim como as cenas de combate - apesar de não ser o foco da série, o personagem pede por isso. Os atores estão muito bem em seus papéis, em especial o Ben Barnes (que vai voltar na próxima temporada como um Retalho super foda, tenho certeza) e o Jon Bernthal, que traz toda a carga emocional de alguém quebrado, perdido e guiado somente pela sede de vingança - apesar disso, não é bem o Justiceiro que se esperava ver após a segunda temporada de Demolidor; quase dá pra afirmar, inclusive, que aquele Justiceiro, apesar de anterior ao da série solo, era mais o Punisher do que o que vemos sendo desenvolvido. Também devo admitir que me incomodava um pouco o fato do Bernthal gritar tanto durante os combates; apesar de ler pouco do personagem, o Justiceiro parece o tipo de assassino totalmente frio, sendo violento, mas silencioso. Mesmo com seus defeitos no quesito adaptação e problemas de ritmo, o que tornou a série um pouco cansativa - meio difícil de maratonar -, a série solo do Justiceiro é mais uma obra excelente do Netflix, que enriquece ainda mais seu catálogo com essa mescla de investigação policial, drama e ação violenta. Pode não ser o mesmo dos quadrinhos, mas esse Frank Castle promete muito no futuro do Universo Marvel/Netflix.
BoJack Horseman (1ª Temporada)
4.3 287 Assista AgoraDeliciosamente deprimente e com um humor negro afiado e impecável, Bojack é um dos personagens de animações adultas mais bem escritos que já vi, e a série conseguiu assumir a primeira posição dentre as minhas favoritas. Todos os personagens são incríveis e engraçados de formas diferentes, além da série misturar situações bizarras e realistas com maestria, num enredo que muitas vezes se assemelha à vida real e faz com que o espectador se sinta representado em certos momentos. Isso sim é o pote de ouro da Netflix.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KMaior, mais sombria, mais tensa e tão boa quanto a excelente primeira temporada, a segunda temporada de Stranger Things traz uma trama ainda maior, que resolve várias questões, deixa um grande gancho para uma sequência, desenvolve bem seus personagens e adiciona outros igualmente interessantes. O que foi bom na temporada anterior foi melhorado nessa, principalmente as atuações de todo o elenco e o amadurecimento dos atores jovens/mirins. Há um episódio filler meio desnecessário na trama como um todo, mas ao menos foi um episódio bastante divertido. Se mantiver o nível na próxima temporada, Stranger Things poderá se tornar um grande ícone da cultura pop.
The Good Place (1ª Temporada)
4.2 519 Assista AgoraÓtima comédia da Netflix, usando de um leve humor negro e nada apelativo, numa série muito engraçada, cheira de reviravoltas e com várias críticas dentro dos estereótipos dos personagens, além de trazer um certo discurso sobre moral e o ser bom ou ser mau. Todos os atores são ótimos, mas os personagens de Janet - e Bad Janet - e Jianyu/Jason são os melhores. E que final de temporada, hein?
Hip-Hop Evolution (1ª Temporada)
4.5 38 Assista AgoraDocumentário essencial para quem gosta de hip hop, música ou se interessa pela cultura negra americana das décadas de 70 e 80. Extremamente informativo, conduzido por um músico do gênero e contando com a participação de empresários, profissionais da indústria musical, artistas e músicos que criaram, popularizaram e reinventaram o gênero, Hip-Hop Evolution é de qualidade e riqueza ímpar, dando um excelente panorama da evolução musical, cultural, fonográfica e social proporcionada pelo gênero que saiu do gueto para conquistar o mundo.
Rick and Morty (3ª Temporada)
4.5 262 Assista AgoraA segunda temporada supera, mas essa terceira não perdeu a qualidade. Teve coisas que foram ainda mais doidas, como o episódio 1, o episódio da Cidadela (o melhor da série até agora), Pickle Rick, as referências a filmes como Mad Max, O Lobo de Wall Street e Dia de Pagamento, o ep 8... O último episódio deixou um pouco a desejar por causa das expectativas criadas pelos outros, mas a forma como os relacionamentos e o desenvolvimento dos personagens cresceram foi demais. E tomara que não demore tanto pra voltar, porque já terminou deixando vontade de ver mais e mais.
Vândalo Americano (1ª Temporada)
4.1 97 Assista AgoraEra pra ser só uma sátira engraçada de séries investigativas, mas a Netflix se encarregou de guardar um soco no estômago pro final. Eu já estava adorando pela sátira perfeita e pelo humor natural dos próprios personagens né das situações, mas de repente começam a entrar assuntos seríssimos, como a falha administração estudantil, o sistema de punições injusto e tendencioso, o julgamento prévio, o galho sistema de justiça em diferentes âmbitos, mas o episódio final é super forte, pois fala não só sobre adolescência e ensino médio, mas a forma como a vida dos outros pode ser afetada por opiniões alheias, por ter seus segredos revelados e pelos julgamentos precipitados. Mostra que o velho ditado da mentira, que contada mil vezes se torna verdade, é algo muito próximo de nossas realidades e provocado por todos nós. Fui pego de surpresa e é mais do que só uma ótima série de comédia, mas uma obra bem importante para os jovens.
Preacher (2ª Temporada)
4.0 99 Assista AgoraSe é igual aos quadrinhos? Não mesmo. Mas é uma puta duma adaptação daquelas, bem Garth Ennis e bem Preacher. Vibrei muito com o Santo dos Assassinos, Herr Starr (saiu melhor que a encomenda), o Graal e o "Messias" Humperdoo. Mas só tô na instiga de ver a adaptação da família L'Angelle, que até agora tá indo bem, e TEM que aparecer o Jesus de Sade. As cenas de luta foram bem fodas e a história ficou maior e muito mais doida agora. Essa season finale só me deixou super ansioso pra próxima temporada e eu quero muito mais dessa loucura toda! Diferente do que eu esperava, mas agradando muito.
Gravity Falls (2ª Temporada)
4.7 117A primeira temporada foi incrível e a segunda conseguiu ser ainda melhor, com mais mistérios, grandes plots twits, personagens excelentes e episódios ainda mais engraçados. A conclusão da série deixou uma tristeza, mas acabou exatamente como deveria acabar (apesar da vontade de que tivesse muuuuuito mais). Não bastasse ser uma das melhores animações da década, ainda soube parar na hora certa.
Narcos (3ª Temporada)
4.4 297 Assista AgoraNarcos hoje é uma das séries da linha de frente da Netflix, sem mais. O nível é altíssimo, com um roteiro que é MUITO a cara de Padilha e diretores incríveis, sem contar com as escolhas de atores, sempre bons. Mesmo sem Wagner Moura, foi entregue a melhor temporada da série até agora, porque o agente Pena é um personagem extremamente complexo e os quatro chefões de Cali são personagens impressionantes, principalmente Pacho e Miguel. Sem falar que a tensão na série foi intensa e o clima de caçada e corrida contra o tempo foi bem passado e só ajudou a aumentar o desejo por ver o desfecho. E agora, México! Que venham mais temporadas tão incríveis quanto estas primeiras de Narcos.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraSe por um lado o número menor de episódios permite que visualmente a série se torne impecável, podendo usar todos os recursos visuais com maestria, em contrapartida perderam a mão no roteiro, mastigando tudo pro espectador e deixando uns belos furos e fan services. O que mais incomodou foi: fan service exagerado com o relacionamento empurrado às pressas de Jon e Daenerys (pow, cinco eps?), além de vários personagens se livrando da morte em cima da hora, três últimos episódios da temporada fraco, especialmente a season finale que foi quase totalmente previsível e trouxe de melhor só a cena dos Starks com Mindinho, Bran com o poder de saber tudo e sendo surpreendido com informações do Sam, a lógica do tempo e distância foi jogada pra escanteio de vez, especialmente no ep 6 e tudo foi muito leve no geral, menos violento e muito explicadinho. Porém, tivemos os ótimos episódios 1, 3 e 4, com um amadurecimento incrível das garotas Stark e uma saída de cena maravilhosa da senhora Tyrell, além da batalha do episódio quatro. Esperava bem mais, mas sei que isso é para compensar na última temporada, porque aí não vão pegar leve. Temporada aquém das anteriores, mas que já preparou bem o terreno pra series finale.
Os Defensores
3.5 501Pouco a pouco as séries de heróis da Marvel Netflix foram perdendo o brilho inicial, e até agora nenhuma superou as duas temporadas de Demolidor e a primeira de Jessica Jones. Os Defensores tem seu brilho e diverte bastante, além de contar com vários acertos, mas passa a sensação de perda de fôlego e desperdício de oportunidades de fazer algo memorável. Eu conto como pontos positivos: relação bem construída entre os quatro heróis e feita de forma convincente e bem trabalhada, em especial entre Jessica e Matt; o número reduzido de episódios evita muitos momentos desnecessários; as cenas de luta do Punho de Ferro melhoraram muito e as do Demolidor mantém nível altíssimo, e as cenas onde os quatro lutam juntos foram bem produzidas apesar de alguns erros; Elektra, Alexandra, Sowande e Makitubo foram os melhores personagens, porém mal aproveitados; a direção foi ótima e as mudanças de iluminação e cores também. Porém, além do desperdício de alguns bons personagens e atores, muita coisa fica não respondida, muita chance de se expandir o universo das séries Netflix foi desperdiçada, a relação entre Luke e Danny foi mal feita, Punho de Ferro não evoluiu basicamente nada, Luke Cage foi mal utilizado e apesar de poucos episódios, deram atenção a coisas pouco interessantes em vários momentos. A série perdeu a chance de fazer história, mas no geral foi bastante boa. Os ganchos deixados para as próximas temporadas de Jessica Jones e, em especial, Demolidor foram ótimos. Mas se essa reunião se repetir, que a série aumente o nível e traga, quem sabe, grandes personagens da Marvel também, como Motoqueiro Fantasma, Justiceiro e Blade.
Sobrenatural (12ª Temporada)
4.0 199 Assista AgoraFoi um bolo de coisa, tanto de tramas quanto de novos personagens, mas o saldo foi bom. Alguns dos fillers foram mais interessantes que a trama principal e realmente muita coisa remeteu às primeiras temporadas, com casos sombrios. Toda a parte dos Homens de Letras britânicos findou em algo meio nada a ver, e em alguns momentos descamba totalmente pra uma coisa a la filme de ação, mas ainda rolaram coisas boas. Já a volta da Mary foi desnecessária, personagem que não se encaixou e não cativou, mas o episódio final, apesar de meio louco também, foi cheio de reviravoltas. E a cena final foi especialmente curiosa, que dá um gostinho de quero mais pra próxima temporada. Agora é ver o que vem por aí.
This Is Us (1ª Temporada)
4.7 779 Assista AgoraCom as críticas favoráveis e notas altas em sites de críticas especializadas e do público, pensei que a série fosse muito boa, mas não tanto assim. Tudo é muito bom, desde o roteiro às atuações que são ótimas até por parte das crianças. A temática é complexa por tratar do cotidiano de uma família, onde entram questões emocionais e sociais das mais variadas. com personagens carismáticos e profundos, além de histórias impossíveis de não se apaixonar. Cativante, apaixonante e divertida, além de muito emotiva e profunda, This Is Us consegue impressionar em todos os aspectos, sendo muito mais do que se espera.
Gravity Falls (1ª Temporada)
4.6 110 Assista AgoraUma animação que sabe unir mistério, simbologia, misticismo, humor pastelão, relacionamentos familiares, adolescência e uma pá de assuntos para todas as idades sem apelar para a violência gráfica ou humor negro é uma raridade, e mais difícil ainda ser tão boa, instigante e empolgante quanto Gravity Falls é. A primeira temporada é incrível, e só deixa uma vontade maior de ver a sequência. Um dos melhores desenhos da década.
Rick and Morty (2ª Temporada)
4.6 245 Assista AgoraAinda melhor do que a primeira temporada, investindo muito no drama familiar e deixando a série ainda mais pesada psicologicamente, sem perder o humor, que está ainda mais afiado. Além disso, os episódios estão mais loucos e complexos, ficando difícil escolher o melhor ep. Animação ótima e viciante.
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414 Assista AgoraHumor negro + ficção científica + violência gratuita e uma pitada de gore não podiam dar mais certo numa animação, não é mesmo?
Deuses Americanos (1ª Temporada)
4.1 515 Assista AgoraNão li a obra-base do Gaiman, mas fiquei fascinado pela série. Um grande acerto é a série ser produzido pela Starz. Os caras sabem construir muito algo violento, escatológico, sanguinário, sexualizado, confuso e complexo de forma muito bem sucedida. Os efeitos, mesmo limitados, são bem utilizados, e as atuações dos deuses em sua maioria são ótimas, com algumas performances mais fracas, principalmente do protagonista. Meu personagem favorito com certeza é o Mad Sweeney, O enredo traz muita coisa acontecendo e a série dá espaço para maturar, e mesmo que a trama central ande pouco, é totalmente aceitável por ser uma temporada de apresentação de um novo universo e um verdadeiro panteão de personagens. Os inícios dos episódios são impecáveis, mostrando as histórias dos deuses e suas mitologias, e considero na maior parte das vezes a melhor coisa - fiquei em êxtase com a mitologia egípcia pós-morte e o Jesus mexicano. A série não tem medo de mostrar ou abordar nada, com várias mitologias e culturas distintas se inter-relacionando de forma muitíssimo competente (mérito do monumental Gaiman), muita violência e sexo (que nem é tanto assim), efeitos arriscados mas que dão certo e ainda teve uma cena de sexo gay que muita gente achou que não ocorreria e aconteceu. A season finale foi uma pancada e deixou em aberto muita coisa pela frente, sendo muito bem sucedida em manter o interesse vivo para continuar acompanhando.
F Is For Family (2ª Temporada)
4.1 56 Assista AgoraMuito superior à primeira temporada e vai encontrando sua particularidade dentro do universo de animações adultas. A história sequencial, e não episódica, é algo diferente é que deu muito certo nessa temporada, pois não só o humor está bem mais afiado, como os personagens foram muito bem desenvolvidos e a história foi cheia de reviravoltas. Grande acerto da Netflix, que deveria investir muito mais no marketing dessa ótima série.
Império Romano: Império de Sangue (1ª Temporada)
3.7 48 Assista AgoraSérie incrivelmente boa, mesclando ficção e documentário num formato que dá certo. A simplicidade da produção é visível, mas a forma como entrevistas e dramatizações são concatenadas dá um ritmo muito preciso à série, além de contar com a narração ótima do Sean Bean, que sempre faz pontuações muito pertinentes. Espero que haja uma sequência, concluindo com a queda do Império Romano.
Lucifer (2ª Temporada)
4.1 169Temporada ótima, conseguindo se firmar e superando a primeira. A aparição de novos personagens, como a Mãe e Uriel, é acertada, e os outros personagens são muito bem desenvolvidos, principalmente Lucifer (Tom Ellis mostrando que é senhor do personagem), Amenadiel e Linda - principalmente a relação dela com a "família celestial". Mesmo continuando com a estrutura de caso semanal, os episódios trazem sempre novas informações, desenvolvem o plot principal, que é o destaque, além de deixar vários ganchos, como Chloe, Amenadiel e a última cena da season finale. A série tem ainda muito a mostrar e investe bem no humor e no sobrenatural. Que a terceira temporada traga as respostas das perguntas deixadas por essa.