Primeiro filme de Doris Day em Hollywood e ela cantando "It's Magic", prova a magia que o cinema possui. Filme bem leve e divertido e mesmo com uma história bobinha, faz a gente relaxar e se envolver com os personagens. Eu aprecio muito esses filmes bobos. Foi ótimo revê-lo.
A química de Rock Hudson e Doris Day é tão honesta e sincera, além de um dos pontos altos desse filme que para mim envelheceu super bem, mesmo tendo alguns valores ultrapassados. Esse foi o primeiro filme com Doris Day que vi e me lembro que fiquei encantado e super empolgado em ver mais filmes estrelados por ela. A cada revisão mostra-se um filme feliz e muito divertido. Esse filme salvou minha vida diversas vezes. Tenho um carinho imenso por ele, por Doris e por Rock.
Estava me preparando para uma história de amor piegas, mas me surpreendeu positivamente, além de ser um filme bem-feito e em um preto e branco belíssimo.
Já conhecia e era apaixonado pela trilha sonora. Vi o filme e tenho mais um favorito dos anos 80 no coração. O filme é os anos 80 em seu estado mais bruto: figurino, músicas, estética e eu simplesmente adorei. Um filme leve e despretensioso.
Sabia de sua importância para o cinema nacional, porém o vi sem saber da sinopse. Tive que pausar o filme para poder ler a sinopse e entendê-lo, pois a narrativa deste filme é bastante incomum. Achei um bom filme e com planos maravilhosos, eu fiquei apaixonado por determinadas tomadas que se por exemplo, fizéssemos uma captura poderíamos emoldurá-las como se fossem fotos distintas. Não vou bancar o inteligente que pega o filme logo de cara, mas tive problemas com a narrativa e isso fará com que eu o reveja uma outra vez, agora mais familiarizado com o ritmo e com a estética.
Cada revisão, prova-se mais ainda que a vitória de Judy Holliday no Oscar não foi nem um pouco injusta. Sua atuação é sublime e sem exageros e ela conduz a personagem com muita segurança, já que a interpretou no palco. Sua atuação natural me arranca (ainda) boas gargalhadas. Foi ótimo revê-lo mais uma vez. A personagem tinha tudo para ser caricata, mas graças ao talento e genuinidade de Judy, a personagem é uma das mais humanas que vi no cinema. E amanhã tem vídeo no meu canal do Youtube sobre o filme e seus bastidores.
Almodóvar nunca me decepciona (apenas não gostei de "Kika") e assisto a todos os seus novos projetos de peito aberto e gosto muito do que vejo. Aqui, ele poderia ter feito um baita novelão clichê, mas não, ele conseguiu fazer um filme sensível e sempre destacando as mulheres que são a força principal de sua filmografia. Embora o filme tome um rumo diferente do meio pro final, ele continua tocante. A personagem de Penélope Cruz é profunda e rasa em alguns aspectos, um pouco confusa, mas que ser humano não é assim né?
Continua sendo um curta inovador e cativante, uma verdadeira obra-prima, tão fundamental para o início e para trilhar o caminho do cinema que conhecemos hoje. Imagino que na época deve ter causado muito furor, gostaria de saber como as pessoas reagiram a ele. Obra-Prima pra mim é algo que sobrevive ao tempo, infelizmente as pessoas banalizaram esse termo, usando-o para definir coisas momentâneas, mas uma verdadeira obra-prima resiste a diversos fatores e continua entretendo e encantando.
Filme leve e despretensioso do jeitinho que eu amo. Marlene e Gary mais uma vez reunidos e com uma cumplicidade maravilhosa em cena. Gary Cooper era um dos atores mais naturais que já estiveram em Hollywood e essa naturalidade é vista com mais intensidade nas comédias que ele estrelou. Uma coisa que me chamou a atenção foi o figurino espetacular usado por Marlene durante todo o filme, impecável e reforçava mais ainda o mito fashion que ela foi.
É o meu filme sentimental por diversos motivos. Foi meu primeiro contato com filmes clássicos e lembro que eu já me sentia fascinado por coisas antigas, mas não entendia o motivo. Me remete também a nostalgia e a infância, quando passava sempre no Natal na televisão. Tem uma temática problemática, mas muitos filmes clássicos são problemáticos, temos que enxergar os problemas e discuti-los, mas não apelar para o cancelamento. A cena do juramento de Scarlett continua sendo pra mim a melhor cena que o cinema já pôde proporcionar, uma cena forte e impactante. Continua sendo um filme maior que tudo, até mesmo maior que a vida.
Mesmo sendo um documentário produzido no susto, me surpreendi com a qualidade. Dividido em três partes, ele aborda toda a obra televisiva de Gilberto Braga e sem pressa alguma. Cada parte conta com 40 minutos que passam voando. Vi tudo de uma vez. Claro que tem seus tropeços, em casos que algumas obras sofrem um destaque maior que outras, principalmente os grandes sucessos em detrimento dos fracassos, (eu sou muito curioso, queria que falassem mais sobre as novelas menos badaladas dele) mas mesmo assim é uma boa oportunidade de homenagear, conhecer e prestigiar o legado desse grande novelista que fará muita falta.
Como bom noveleiro que sou, digo que esse especial me decepcionou bastante. Primeiro que o grande foco foram as novelas de 2000 pra cá. Segundo que as novelas clássicas ficaram resumidas a pequenos trechos perdidos entre tanta baboseira. Foi imperdoável não ter pelo menos um resumo de como as novelas nasceram e se popularizaram, além é claro de menções às novelas que revolucionaram a linguagem do gênero. Ver os veteranos como Betty Faria, Lima Duarte, Francisco Cuoco, Fernanda Montenegro, Nívea Maria (acho que a convidada mais injustiçada, pouco falou e quando falava era interrompida por outras atrizes), foi um dos poucos pontos positivos. Na minha opinião faltaram três coisas: informação, organização e paixão para produzir esse especial. A ocasião merecia algo mais forte, completo e especial. Infelizmente esse especial em nada acrescentou para a ocasião.
Scooby-Doo era o meu desenho favorito na infância e é ótimo ver que tanto tempo depois ele continua um desenho bem legal e agradável de se ver. Um desenho que dá pra apresentar para as novas gerações tranquilamente.
Scooby-Doo era o meu desenho favorito na infância e é ótimo ver que tanto tempo depois ele continua um desenho bem legal e agradável de se ver. Um desenho que dá pra apresentar para as novas gerações tranquilamente.
Vi a sinopse e achei interessante vê-lo. Ter Olympia Dukakis no elenco só reforçou a vontade de conferir. É um filme mediano, feito para a TV e bastante obscuro, mas mesmo assim Olympia entrega uma atuação de qualidade.
Filme onde Lois Weber questiona o famoso "final feliz" proporcionado com o casamento. Afinal quem é mais feliz? Os solteiros ou os casados? O que querem os Homens? Infelizmente não podemos saber pois o final do filme é considerado perdido, o que impossibilita um julgamento mais justo sobre a obra.
Em minha opinião, continua sendo o meu filme favorito de Lois Weber. Continua sendo um filme triste e angustiante sobre uma garota que é obrigada a sustentar sua família e não possui dinheiro para comprar um novo par de sapatos. Seu único par de sapato se desfaz aos poucos a cada dia e sem eles ela não pode trabalhar e garantir o sustento de sua família. Num ato de desespero, ela decide se prostituir para comprar um novo par de sapatos. Esse acontecimento vai mudar a sua vida. Nessa nova revisão, pude ver a importância do par de sapatos na história e em como ele literalmente é o vilão da história, pois por causa dele a garota é obrigada a se prostituir. Um dos trabalhos mais complexos e maravilhosos de Lois Weber. Meu favorito pra vida toda.
Eu acho todos os filmes de Lois Weber complexos e esse aqui não foge a regra. É um filme que aborda diversos assuntos: desde problemas familiares até alcoolismo. O único ponto ruim de Lois Weber é que em algumas de suas obras ela tornava-se muito didática e aqui posso pontuar isso, mas o erro pelo menos aqui não ocorre por culpa da diretora, mas sim da obra que ela adaptou chamada "Jewel". O didatismo ocorre quando é sugerido que todos os problemas podem ser resolvidos com a Bíblia ou com a "harmonia" instantânea entre as pessoas, como mágica todo mundo decide se dar bem e todos os problemas se resolvem, mas estamos falando de um filme mudo com quase 100 anos e visões como essa podem e devem ser relevadas. Não achei um grande filme de Lois Weber, mas ela era tão competente que até o seu trabalho menos charmoso torna-se fascinante.
A primeira vez que vi "Grey Gardens" foi em um domingo através da Tv Cultura. Lembro que foi nos meus vinte e poucos anos e fiquei muito impactado ao ver aquelas duas mulheres em situação totalmente decadente e desumana. Anos depois revi o documentário. Já mais maduro, pude ver nuances do relacionamento das duas, porém fiquei com a imagem de uma Big Eddie totalmente ranzinza e sarcástica e uma Little Eddie totalmente excêntrica e engraçada. Nesse documentário feito em 2006 com cenas não utilizadas em "Grey Gardens", minha visão mudou totalmente, mas percebi que essa era a intenção desse novo documentário: humanizar (mais) as duas figuras, porém acredito que o destaque fique com Little Eddie. Acho que aqui, esse documentário mostra um lado mais triste e reflexivo dela. Mostra também a frustração dela em abrir mão de sua vida para ficar com a mãe em uma mansão decadente e viver um relacionamento tóxico para ambas. Big Eddie não tem de longe o destaque de Little Eddie, porém ela também é mais humanizada, sendo menos sarcástica e irônica. Esse documentário e "Grey Gardens" são uma lição de como uma edição pode mudar as perspectivas sobre as pessoas em um documentário. Se "Grey Gardens" tivesse esse tipo de edição, talvez teríamos uma opinião diferente das Beales, porém teríamos perdido um grande clássico. Acabou que um documentário complementa o outro.
Esse é um dos documentários que eu mais amo. Mostra a representação dos gays desde os filmes mudos até metade da década de 90. Muitas vezes nós gays éramos mostrados nos filmes como motivo de chacota, como vilões e até mesmo como pervertidos. O documentário debate tudo isso e mostra como em passos de tartaruga o cinema ensaiou uma aceitação maior de gays, lésbicas e trans, nos filmes. Do ano da realização desse filme até os dias atuais, muita coisa mudou, existe uma aceitação maior, mas o preconceito ainda é latente, por tanto esse documentário em partes continua atual, mas também é uma forma de conhecer o cinema lá atrás e discutir o que era errado e o que mudou. A participação do Tony Curtis eu acho tremendamente desnecessária.
Quando vi pela primeira vez "E A Mulher Criou Hollywood", minha vida mudou completamente. É como se eu não vivesse até o momento em que eu assisti aquele documentário ou então é como se eu não soubesse o que era o cinema de verdade. Para mim foi marcante conhecer a história de tantas mulheres que foram importantes para o início do cinema e que haviam sido apagadas no decorrer do tempo. Dentre essas mulheres estava Alice Guy. Foi então que comecei a prestigiar mais os filmes dirigidos por mulheres e a pesquisar mais sobre elas. Tive experiências fantásticas e inesquecíveis graças a essas mulheres. Esse documentário é essencial para quem ama o cinema, principalmente o início do cinema. Mostra a importância de Alice e de outras mulheres na produção de filmes e na implementação de uma nova linguagem cinematográfica. É desenhado todo o seu trajeto e esforço durante toda sua carreira que foi abruptamente encerrada. Alice viu em vida, sua obra ser apagada e em muitos casos seus filmes serem atribuídos a homens. Ela foi muito corajosa em não permitir o discreto silenciamento de sua obra e de seu legado. Ela lutou até o final dos seus dias para ser reconhecida como a primeira mulher a dirigir filmes. Sua obra passou por um longo período de obscuridade, mas hoje em dia podemos conferir, conhecer e nos emocionar com seus filmes e lhe pagar o tributo que ela tanto merece e que em vida tanto lutou para ter. Esse é um dos documentários mais fascinantes e tristes que eu já vi. Alice Guy foi uma mulher inspiradora e apaixonante.
Sempre é um prazer ver qualquer filme com Constance Bennett que pra mim é uma das atrizes mais injustiçadas de Hollywood. Fico triste e perplexo com o seu esquecimento, sendo que ela era uma das atrizes mais populares da década de 30. Ela possuía um brilho, uma elegância e um talento imenso e aqui nesse filme podemos ver isso, pois é uma excelente atriz em um filme com um roteiro bastante problemático e até mesmo non sense. Nesse filme ela faz uma mulher que é apaixonada por um cara, mas eles não podem se casar por causa de diferenças sociais: ela além de pobre, é considerada uma mulher com reputação duvidosa e vinda de uma família de alcoólatras. Após uma série de desencontros ela acaba casando-se com um amigo da família que sempre foi apaixonado por ela. Seu irmão possui uma admiração quase doentia por esse homem e senti nisso uma forte dose de homoerotismo nas entrelinhas. Na noite de núpcias ela descobre um segredo do seu marido e ocorre uma tragédia. Após essa tragédia, ela decide carregar uma cruz que não é sua e sua reputação se finda de vez e junto com isso a relação com seu irmão, que a culpa pela tragédia que ocorreu. Após essa tragédia, a linha homoerótica fica muito mais densa, sugerindo que o irmão dela era apaixonado por esse amigo, impossível não perceber isso, ainda mais quando o filme se aproxima do fim. É muito bom ver Herbert Marshall desempenhando um papel que não seja o de marido traído, mas seu personagem aqui não possui força alguma, mesmo sendo o "mocinho romântico". Constance Bennett tem um desempenho dentro do possível, em vista do fubá que é o roteiro, mas em algumas horas ela acaba indo junto com tudo. Enfim, não é um filme de todo ruim, mas ele peca e tropeça pelo roteiro e pela história totalmente sem noção alguma.
Queria muito falar sobre esse filme, mas tudo o que eu quero falar envolve spoilers. rsrsrs Foi um filme que eu comecei não dando nada por ele, mas aos poucos foi me cativando, principalmente quando passei a enxergar o contexto da história. Eu achei um filme muito interessante, por trazer um protagonista que ao mesmo tempo é carismático, torna-se também arrogante e prepotente querendo impor seus valores religiosos, ignorando e desrespeitando as crenças alheias. Mesmo que ali no final tenha ocorrido tudo aquilo, eu ainda acho que foi uma forma de trazer uma "justiça" à fé pagã sobre o Cristianismo que vitimou diversas pessoas por terem a fé diferente do que era imposto. Aquele final é tão irônico e maravilhoso.
Romance em Alto Mar
4.0 5Primeiro filme de Doris Day em Hollywood e ela cantando "It's Magic", prova a magia que o cinema possui. Filme bem leve e divertido e mesmo com uma história bobinha, faz a gente relaxar e se envolver com os personagens. Eu aprecio muito esses filmes bobos. Foi ótimo revê-lo.
Confidências à Meia-Noite
3.9 116 Assista AgoraA química de Rock Hudson e Doris Day é tão honesta e sincera, além de um dos pontos altos desse filme que para mim envelheceu super bem, mesmo tendo alguns valores ultrapassados. Esse foi o primeiro filme com Doris Day que vi e me lembro que fiquei encantado e super empolgado em ver mais filmes estrelados por ela. A cada revisão mostra-se um filme feliz e muito divertido. Esse filme salvou minha vida diversas vezes. Tenho um carinho imenso por ele, por Doris e por Rock.
Hiroshima, Meu Amor
4.2 315 Assista AgoraEstava me preparando para uma história de amor piegas, mas me surpreendeu positivamente, além de ser um filme bem-feito e em um preto e branco belíssimo.
Dançando na TV
3.1 18Já conhecia e era apaixonado pela trilha sonora. Vi o filme e tenho mais um favorito dos anos 80 no coração. O filme é os anos 80 em seu estado mais bruto: figurino, músicas, estética e eu simplesmente adorei. Um filme leve e despretensioso.
Limite
4.0 168 Assista AgoraSabia de sua importância para o cinema nacional, porém o vi sem saber da sinopse. Tive que pausar o filme para poder ler a sinopse e entendê-lo, pois a narrativa deste filme é bastante incomum. Achei um bom filme e com planos maravilhosos, eu fiquei apaixonado por determinadas tomadas que se por exemplo, fizéssemos uma captura poderíamos emoldurá-las como se fossem fotos distintas.
Não vou bancar o inteligente que pega o filme logo de cara, mas tive problemas com a narrativa e isso fará com que eu o reveja uma outra vez, agora mais familiarizado com o ritmo e com a estética.
Nascida Ontem
3.7 39 Assista AgoraCada revisão, prova-se mais ainda que a vitória de Judy Holliday no Oscar não foi nem um pouco injusta. Sua atuação é sublime e sem exageros e ela conduz a personagem com muita segurança, já que a interpretou no palco. Sua atuação natural me arranca (ainda) boas gargalhadas. Foi ótimo revê-lo mais uma vez. A personagem tinha tudo para ser caricata, mas graças ao talento e genuinidade
de Judy, a personagem é uma das mais humanas que vi no cinema.
E amanhã tem vídeo no meu canal do Youtube sobre o filme e seus bastidores.
Mães Paralelas
3.7 411Almodóvar nunca me decepciona (apenas não gostei de "Kika") e assisto a todos os seus novos projetos de peito aberto e gosto muito do que vejo. Aqui, ele poderia ter feito um baita novelão clichê, mas não, ele conseguiu fazer um filme sensível e sempre destacando as mulheres que são a força principal de sua filmografia. Embora o filme tome um rumo diferente do meio pro final, ele continua tocante. A personagem de Penélope Cruz é profunda e rasa em alguns aspectos, um pouco confusa, mas que ser humano não é assim né?
Viagem à Lua
4.4 857 Assista AgoraContinua sendo um curta inovador e cativante, uma verdadeira obra-prima, tão fundamental para o início e para trilhar o caminho do cinema que conhecemos hoje. Imagino que na época deve ter causado muito furor, gostaria de saber como as pessoas reagiram a ele. Obra-Prima pra mim é algo que sobrevive ao tempo, infelizmente as pessoas banalizaram esse termo, usando-o para definir coisas momentâneas, mas uma verdadeira obra-prima resiste a diversos fatores e continua entretendo e encantando.
Desejo
4.0 4Filme leve e despretensioso do jeitinho que eu amo. Marlene e Gary mais uma vez reunidos e com uma cumplicidade maravilhosa em cena. Gary Cooper era um dos atores mais naturais que já estiveram em Hollywood e essa naturalidade é vista com mais intensidade nas comédias que ele estrelou. Uma coisa que me chamou a atenção foi o figurino espetacular usado por Marlene durante todo o filme, impecável e reforçava mais ainda o mito fashion que ela foi.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraÉ o meu filme sentimental por diversos motivos. Foi meu primeiro contato com filmes clássicos e lembro que eu já me sentia fascinado por coisas antigas, mas não entendia o motivo. Me remete também a nostalgia e a infância, quando passava sempre no Natal na televisão. Tem uma temática problemática, mas muitos filmes clássicos são problemáticos, temos que enxergar os problemas e discuti-los, mas não apelar para o cancelamento.
A cena do juramento de Scarlett continua sendo pra mim a
melhor cena que o cinema já pôde proporcionar, uma cena forte e impactante. Continua sendo um filme maior que tudo, até mesmo maior que a vida.
Gilberto Braga: Meu Nome é Novela
4.0 6Mesmo sendo um documentário produzido no susto, me surpreendi com a qualidade. Dividido em três partes, ele aborda toda a obra televisiva de Gilberto Braga e sem pressa alguma. Cada parte conta com 40 minutos que passam voando. Vi tudo de uma vez. Claro que tem seus tropeços, em casos que algumas obras sofrem um destaque maior que outras, principalmente os grandes sucessos em detrimento dos fracassos, (eu sou muito curioso, queria que falassem mais sobre as novelas menos badaladas dele) mas mesmo assim é uma boa oportunidade de homenagear, conhecer e prestigiar o legado desse grande novelista que fará muita falta.
70 Anos Esta Noite
3.5 7Como bom noveleiro que sou, digo que esse especial me decepcionou bastante. Primeiro que o grande foco foram as novelas de 2000 pra cá. Segundo que as novelas clássicas ficaram resumidas a pequenos trechos perdidos entre tanta baboseira. Foi imperdoável não ter pelo menos um resumo de como as novelas nasceram e se popularizaram, além é claro de menções às novelas que revolucionaram a linguagem do gênero. Ver os veteranos como Betty Faria, Lima Duarte, Francisco Cuoco, Fernanda Montenegro, Nívea Maria (acho que a convidada mais injustiçada, pouco falou e quando falava era interrompida por outras atrizes), foi um dos poucos pontos positivos. Na minha opinião faltaram três coisas: informação, organização e paixão para produzir esse especial. A ocasião merecia algo mais forte, completo e especial. Infelizmente esse especial em nada acrescentou para a ocasião.
Scooby Doo, Cadê Você! (1ª Temporada)
4.1 85 Assista AgoraScooby-Doo era o meu desenho favorito na infância e é ótimo ver que tanto tempo depois ele continua um desenho bem legal e agradável de se ver. Um desenho que dá pra apresentar para as novas gerações tranquilamente.
Scooby-Doo, Cadê Você! (2ª Temporada)
4.2 7 Assista AgoraScooby-Doo era o meu desenho favorito na infância e é ótimo ver que tanto tempo depois ele continua um desenho bem legal e agradável de se ver. Um desenho que dá pra apresentar para as novas gerações tranquilamente.
Mamãe Quer Que Eu Case
2.7 6 Assista AgoraVi a sinopse e achei interessante vê-lo. Ter Olympia Dukakis no elenco só reforçou a vontade de conferir. É um filme mediano, feito para a TV e bastante obscuro, mas mesmo assim Olympia entrega uma atuação de qualidade.
O que Querem os Homens
3.8 2Filme onde Lois Weber questiona o famoso "final feliz" proporcionado com o casamento. Afinal quem é mais feliz? Os solteiros ou os casados? O que querem os Homens? Infelizmente não podemos saber pois o final do filme é considerado perdido, o que impossibilita um julgamento mais justo sobre a obra.
Sapatos
3.9 3Em minha opinião, continua sendo o meu filme favorito de Lois Weber. Continua sendo um filme triste e angustiante sobre uma garota que é obrigada a sustentar sua família e não possui dinheiro para comprar um novo par de sapatos. Seu único par de sapato se desfaz aos poucos a cada dia e sem eles ela não pode trabalhar e garantir o sustento de sua família. Num ato de desespero, ela decide se prostituir para comprar um novo par de sapatos. Esse acontecimento vai mudar a sua vida. Nessa nova revisão, pude ver a importância do par de sapatos na história e em como ele literalmente é o vilão da história, pois por causa dele a garota é obrigada a se prostituir. Um dos trabalhos mais complexos e maravilhosos de Lois Weber. Meu favorito pra vida toda.
Um Capítulo em sua Vida
4.0 1Eu acho todos os filmes de Lois Weber complexos e esse aqui não foge a regra. É um filme que aborda diversos assuntos: desde problemas familiares até alcoolismo. O único ponto ruim de Lois Weber é que em algumas de suas obras ela tornava-se muito didática e aqui posso pontuar isso, mas o erro pelo menos aqui não ocorre por culpa da diretora, mas sim da obra que ela adaptou chamada "Jewel". O didatismo ocorre quando é sugerido que todos os problemas podem ser resolvidos com a Bíblia ou com a "harmonia" instantânea entre as pessoas, como mágica todo mundo decide se dar bem e todos os problemas se resolvem, mas estamos falando de um filme mudo com quase 100 anos e visões como essa podem e devem ser relevadas. Não achei um grande filme de Lois Weber, mas ela era tão competente que até o seu trabalho menos charmoso torna-se fascinante.
The Beales of Grey Gardens
4.5 5A primeira vez que vi "Grey Gardens" foi em um domingo através da Tv Cultura. Lembro que foi nos meus vinte e poucos anos e fiquei muito impactado ao ver aquelas duas mulheres em situação totalmente decadente e desumana. Anos depois revi o documentário. Já mais maduro, pude ver nuances do relacionamento das duas, porém fiquei com a imagem de uma Big Eddie totalmente ranzinza e sarcástica e uma Little Eddie totalmente excêntrica e engraçada. Nesse documentário feito em 2006 com cenas não utilizadas em "Grey Gardens", minha visão mudou totalmente, mas percebi que essa era a intenção desse novo documentário: humanizar (mais) as duas figuras, porém acredito que o destaque fique com Little Eddie. Acho que aqui, esse documentário mostra um lado mais triste e reflexivo dela. Mostra também a frustração dela em abrir mão de sua vida para ficar com a mãe em uma mansão decadente e viver um relacionamento tóxico para ambas. Big Eddie não tem de longe o destaque de Little Eddie, porém ela também é mais humanizada, sendo menos sarcástica e irônica. Esse documentário e "Grey Gardens" são uma lição de como uma edição pode mudar as perspectivas sobre as pessoas em um documentário. Se "Grey Gardens" tivesse esse tipo de edição, talvez teríamos uma opinião diferente das Beales, porém teríamos perdido um grande clássico. Acabou que um documentário complementa o outro.
O Outro Lado de Hollywood
4.3 77Esse é um dos documentários que eu mais amo. Mostra a representação dos gays desde os filmes mudos até metade da década de 90. Muitas vezes nós gays éramos mostrados nos filmes como motivo de chacota, como vilões e até mesmo como pervertidos. O documentário debate tudo isso e mostra como em passos de tartaruga o cinema ensaiou uma aceitação maior de gays, lésbicas e trans, nos filmes. Do ano da realização desse filme até os dias atuais, muita coisa mudou, existe uma aceitação maior, mas o preconceito ainda é latente, por tanto esse documentário em partes continua atual, mas também é uma forma de conhecer o cinema lá atrás e discutir o que era errado e o que mudou. A participação do Tony Curtis eu acho tremendamente desnecessária.
Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do …
4.3 15Quando vi pela primeira vez "E A Mulher Criou Hollywood", minha vida mudou completamente. É como se eu não vivesse até o momento em que eu assisti aquele documentário ou então é como se eu não soubesse o que era o cinema de verdade. Para mim foi marcante conhecer a história de tantas mulheres que foram importantes para o início do cinema e que haviam sido apagadas no decorrer do tempo. Dentre essas mulheres estava Alice Guy. Foi então que comecei a prestigiar mais os filmes dirigidos por mulheres e a pesquisar mais sobre elas. Tive experiências fantásticas e inesquecíveis graças a essas mulheres. Esse documentário é essencial para quem ama o cinema, principalmente o início do cinema. Mostra a importância de Alice e de outras mulheres na produção de filmes e na implementação de uma nova linguagem cinematográfica. É desenhado todo o seu trajeto e esforço durante toda sua carreira que foi abruptamente encerrada. Alice viu em vida, sua obra ser apagada e em muitos casos seus filmes serem atribuídos a homens. Ela foi muito corajosa em não permitir o discreto silenciamento de sua obra e de seu legado. Ela lutou até o final dos seus dias para ser reconhecida como a primeira mulher a dirigir filmes. Sua obra passou por um longo período de obscuridade, mas hoje em dia podemos conferir, conhecer e nos emocionar com seus filmes e lhe pagar o tributo que ela tanto merece e que em vida tanto lutou para ter. Esse é um dos documentários mais fascinantes e tristes que eu já vi. Alice Guy foi uma mulher inspiradora e apaixonante.
Procura-se Rapaz Virgem
2.8 143 Assista AgoraTenho vagas lembranças dele na Sessão da Tarde, mas revendo é um filme divertidíssimo. E a trilha sonora? Anos 80 em seu estado mais bruto.
Repudiada
3.5 1Sempre é um prazer ver qualquer filme com Constance Bennett que pra mim é uma das atrizes mais injustiçadas de Hollywood.
Fico triste e perplexo com o seu esquecimento, sendo que ela era uma das atrizes mais populares da década de 30. Ela possuía um brilho, uma elegância e um talento imenso e aqui nesse filme podemos ver isso, pois é uma excelente atriz em um filme com um roteiro bastante problemático e até mesmo non sense. Nesse filme ela faz uma mulher que é apaixonada por um cara, mas eles não podem se casar por causa de diferenças sociais: ela além de pobre, é considerada uma mulher com reputação duvidosa e vinda de uma família de alcoólatras. Após uma série de desencontros ela acaba casando-se com um amigo da família que sempre foi apaixonado por ela. Seu irmão possui uma admiração quase doentia por esse homem e senti nisso uma forte dose de homoerotismo nas entrelinhas. Na noite de núpcias ela descobre um segredo do seu marido e ocorre uma tragédia. Após essa tragédia, ela decide carregar uma cruz que não é sua e sua reputação se finda de vez e junto com isso a relação com seu irmão, que a culpa pela tragédia que ocorreu. Após essa tragédia, a linha homoerótica fica muito mais densa, sugerindo que o irmão dela era apaixonado por esse amigo, impossível não perceber isso, ainda mais quando o filme se aproxima do fim. É muito bom ver Herbert Marshall desempenhando um papel que não seja o de marido traído, mas seu personagem aqui não possui força alguma, mesmo sendo o "mocinho romântico". Constance Bennett tem um desempenho dentro do possível, em vista do fubá que é o roteiro, mas em algumas horas ela acaba indo junto com tudo. Enfim, não é um filme de todo ruim, mas ele peca e tropeça pelo roteiro e pela história totalmente sem noção alguma.
O Homem de Palha
4.0 483 Assista AgoraQueria muito falar sobre esse filme, mas tudo o que eu quero falar envolve spoilers. rsrsrs
Foi um filme que eu comecei não dando nada por ele, mas aos poucos foi me cativando, principalmente quando passei a enxergar o contexto da história. Eu achei um filme muito interessante, por trazer um protagonista que ao mesmo tempo é carismático, torna-se também arrogante e prepotente querendo impor seus valores religiosos, ignorando e desrespeitando as crenças alheias. Mesmo que ali no final tenha ocorrido tudo aquilo, eu ainda acho que foi uma forma de trazer uma "justiça" à fé pagã sobre o Cristianismo que vitimou diversas pessoas por terem a fé diferente do que era imposto. Aquele final é tão irônico e maravilhoso.