Filme caricato e surreal que conta com um argumento inusitado e criativo, além de atuação fantástica do protagonista Sasson Gabai, numa divertida crítica à estupidez da guerra. Assista em Cine Rialto, Seção Comédia, Página 19
Mais do que animação, Chico e Rita é rico enquanto filme. Enquanto construção de uma história de amor tão bela com idas e vindas, com desgaste emocional como a maioria das tramas de amor. Mas que traz ainda camadas mais ricas de reconstituição histórica e crítica social. Seja pelas dificuldades do povo cubano, antes explorados por americanos, depois cercados pela ditadura socialista. Seja pelo preconceito racial, onde Rita nem mesmo poderia se hospedar em hotéis onde cantava. Seja pela questão das drogas e todas as consequências demonstradas no filme. Não por acaso, Chico e Rita encantou o mundo, ganhou dois prêmios e uma indicação ao Oscar. É um filme digno, envolvente e até mesmo emocionante. Rico em todas as suas camadas e que nos fazem embarcar naquele mundo de sonhos. Mesmo que sonhos difíceis que se tornam quase pesadelos. ----------------------- Ainda não viu? Pois veja em meu blog na área ANIMAÇÃO, página 4.
Bonito filme australiano, sobre um menino aborígene que vive numa região pobre com o avô… Mostra as raízes de povos antigos (os atores principais são aborígenes), o progresso chegando, etc. Bela fotografia
Fosse apenas um bom filme, e não ótimo como é, faz-se estranho não ter levado a estatueta (Oscar) daquele ano e, por esses dois fatos, já o deixaria na historia da cinegrafia mundial. Mas esse filme sofreu auguras e poucos sabem (ou se recordam) que a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, por John Hinckley Jr, que assumiu seu fascínio sobre Taxi Driver na influência da tentativa de morte do presidente, teve consequências na cerimônia de 1980, em que Touro Indomável concorria. Scorsese foi escoltado por agentes do FBI e retirado da cerimônia por medo da reação populacional antes que o vencedor de melhor filme fosse anunciado. A tentativa de assassinato do presidente influenciou para que Touro Indomável não levasse o Oscar de melhor filme naquele ano. E não para por aí os sofreres: ● Durante as filmagens, Robert De Niro acidentalmente quebrou uma costela de Joe Pesci, em uma cena em que ambos lutavam, como sparring, e a cena foi mantida no filme. Também há de se saber que: ● No roteiro original havia uma cena que mostrava Jake LaMotta se masturbando na prisão. Esta cena não chegou a ser rodada, sendo cortada ainda na elaboração da versão definitiva do roteiro. ● É o quarto de oito filmes em que o diretor Martin Scorsese e o ator Robert De Niro trabalharam juntos. Os demais foram Caminhos Perigosos (1973), Taxi Driver - Motorista de Táxi (1976), New York, New York (1977), O Rei da Comédia (1983), Os Bons Companheiros (1990), Cabo do Medo (1991) e Cassino (1995). Taí colocado e se você ainda não viu, aproveite e espie meu blog na seção DRAMA página 6.
Há um pequeno equívoco nas informações sobre o filme, nada que comprometa porém, a bem da verdade, o filme teve sua estréia mundial em 19 de maio de 2013 durante o Festival de Cannes. A data informada é o lançamento comercial ocorrido na Noruega. Caso você ainda não tenha assistido acesse meu blog na área SUSPENSE página 6.
É considerado uma obra tão inovadora como Um Cão Andaluz, tratando-se do filme mais radical de sua carreira. Depois dele, Buñuel passou a se utilizar de histórias surrealistas mescladas à narrativa usual. --------------------------- Assista em CINE RIALTO, área DRAMA, página 7
Inspirado pelas teorias de Karl Marx, Sigmund Freud e Jean-Luc Godard, Bertolucci realizou um fascinante filme-manifesto que capta os principais dilemas da geração de 1968. Por isso, Partner é fundamental para a compreensão de Os Sonhadores (2003), filme do diretor sobre a mesma época. -------------------- Assista em meu blog, seção DRAMA, página 37
Poxa gente! Nem pensava em dizer algo sobre esse tido como o melhor filme de 2013 por muitos críticos mas (lá vem ele que esse 'mas', podem estar pensando)... Olhem aqui, os filmes de ficção científica sobre a conquista do espaço são grandes sucessos do cinema mundial desde que “2001 — Uma odisseia no espaço”, de Stanley Kubrich, revolucionou a indústria cinematográfica, há 45 anos. O “Gravidade”, de Alfonso Cuarón, mostrou que o gênero continua em alta. Em seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos, o filme estrelado por Sandra Bullock e George Clooney bateu o recorde de “Atividade paranormal 3”, registrando bilheteria de US$ 55,6 milhões. Aclamado pela crítica e por cineastas de peso como o diretor James Cameron, que chegou a dizer que o longa de Cuarón era “o melhor filme espacial já feito”, “Gravidade” tem gerado críticas e elogios de astronautas e cientistas mundo afora. Como em "Filhos da Esperança", acho que o diretor Alfonso Cuarón buscou com "Gravidade" exemplificar a capacidade humana de persistir e prosperar. Mas, acima de tudo, o filme é a desculpa perfeita para que o mexicano coloque em prática sua ousada ideia de como se fazer cinema. É algo arrebatador, hipnotizante e principalmente atraente de se ver. Creio que muitos (como eu) esperavam uma história de cunho psicológico, possivelmente subliminar ou talvez menos linear. No entanto seu roteiro, que fez em parceria com o filho Jonás Cuarón, é brutalmente racional. Não existe complexidade na temática. Além de algumas analogias de nascimento (posição fetal, o cordão, o parto), o que vemos no geral é um simbolismo bastante simples. Uma representação do medo da morte, da solidão relacionada ao sentimento ou fato, e consequentemente o instinto natural de sobrevivência que aflora em situações extremas. Cuarón nos fala que em alguns momentos você precisa se agarrar as coisas, e em outros precisa se deixar levar. Mas esta simplicidade não torna o longa menos inteligente ou relevante. Nem mesmo o sentimento de total improbabilidade presente naquilo que acontece na tela parece quebrar o encanto orquestrado por Cuarón, e o motivo disso, como já foi dito inicialmente, se deve a destreza dele como diretor. E nem os 'erros' que recheiam o filme de inverdades 'astronáuticas': ● O processo de acoplamento e desacoplamento de naves demora horas, mas no filme se passa em minutos; ● O equívoco que mais gerou polêmica foi o fato de o telescópio espacial Hubble, a Estação Espacial Internacional (ISS) e estação chinesa ficarem na mesma órbita e os personagens saltarem de uma para outra sem problemas; ● A cena mais sexy do filme, que mostra Bullock de roupa íntima no espaço, evidencia outro grande equívoco do filme (Dentro do macacão usam uma fralda, pois tem que ficar de 6h a 8h trabalhando e tirar o traje não é tão fácil assim, apesar de em gravidade zero ser melhor); ● O acidente que gera o drama do filme contém erros, de acordo com astronautas e cientistas. Além de a direção do lixo espacial que colide com a nave estar errada (em geral, objetos no espaço orbitam a Terra de Oeste para Leste, e não de Leste para Oeste como mostra a cena), a sua quantidade e velocidade são irreais. ● Apesar dos erros, a comunidade científica tem aplaudido o filme pelos efeitos visuais e realidade com que descreve o espaço e as estações espaciais. E, mesmo cheio dessas coisinhas impossíveis e improváveis, não é um filme ruim e, por causa do 3D, você se sente dentro do filme. Eu cheguei a desviar de alguns objetos no cinema. Era como se eu tivesse voltado para a estação espacial, ela ficou perfeita. Não sei como eles fizeram isso, ficou impressionante. Mas o filme não é para mostrar tudo como é na realidade, o diretor tem que condensar as coisas, colocar drama e por isso simplificaram os procedimentos. "Cabelo de Sandra Bullock ficaria em pé, no lugar de roupa sexy estaria uma fralda e cena final não seria possível" afirma Marcos Pontes, o único brasileiro a ir para o espaço. ------ Assista em CINE RIALTO, área FICÇÃO página 5.
Olhem aqui, é um filme que emociona e com elenco de fazer inveja, é espetacular, uma coleção de atores extremamente consolidados como Dianne Wiest e M. Emmett Walsh, bons nomes da geração atual de Hollywood como Jennifer Garner e revelações recentes de talento como Joel Edgerton (Reino Animal) e Rosemarie DeWitt (O Casamento de Rachel). Mas todos estão interpretando estereótipos engessados, que nem o talentoso diretor Hedges, que extraiu na pequena pérola Eu,Meu Irmão e Nossa Namorada uma boa atuação de Juliette Binoche, Steve Carell e até mesmo do terrível Dane Cook, consegue transformar em uma atuação de qualidade. Mas até um filme de fantasia precisa de uma coerência maior, personagens que ponderam sobre os acontecimentos antes de se entregar à magia, personagens que poderiam ser reais em suas personalidades, mesmo que fictícios em seus poderes. O roteiro de A Estranha Vida de Timothy Green possui amarras tão frouxas que você se sente na obrigação de segurar tantas pontas soltas, buscando uma linha de raciocínio agradável que te leve a uma emoção. Quer outro exemplo dos tropeços do filme? Bem. Então a “vizinha estranha porém legal”, uma entidade perene em filmes infantis/adolescentes dos Estados Unidos, que geralmente chega com o pacote “gorro+bicicleta+mudanças de vida” na narrativa, diz que entende o garoto que surgiu de uma caixa de papeis na horta, faz fotossíntese e tem folhas saindo das pernas. Porque ela o entende? Ora, pois ela tem uma marca de nascença. Uma pinta. Uma mancha. E isso é visto com o mesmo estranhamento que um menino-árvore mágico. É claro. Todos os problemas do casal, dívidas e mortes na família são esquecidas quase que magicamente pela mera presença do garoto e suas folhas. Como em qualquer experimento Twee, os aspectos visuais brilham em A estranha vida de Timothy Green. A locação escolhida, o clima de outono e a direção de arte tornam o filme aconchegante e vivo. A trilha sonora é outro destaque positivo, com atenção especial aos arrepios causados pela música tema, This Gift, que poderia até mesmo conquistar para Glen Hansard seu segundo Oscar na categoria. Entre muitos erros e poucos acertos, A Estranha Vida de Timothy Green é uma fantasia que mira no mágico e acerta no desleixado. Um filme sem pé, nem cabeça – ou sem raízes, nem copa, mas... Ei! Espere, me deixa falar sobre essa 'mas', não seja assim tão apressadinho (a) em me jogar no limbo. Apesar de tudo, não resta a mínima dúvida, é um filminho gostoso de se ver! ------- Aos que ainsa não viram, corram! Está em meu blog na área COMÉDIA página 18.
Não ia comentar esse filme até ler a grande besteira que Fernando escreveu, por certo ou ele não assistiu o filme ou, o que acho mais provável, não possui inteligência para compreender o que seus olhos enxergam. O Som ao Redor não se prende à necessidade de narrar, de construir um universo que deflagre as modificações de um bairro, ou mais precisamente uma parte dele, a partir da reconstrução da paisagem urbana e dos elementos que acompanham essa “modernização”: elementos tecnológicos, mudanças nos hábitos cotidianos ou a chegada de aparatos de segurança; O Som ao Redor simplesmente registra, limpando todas as camadas que poderiam dar conta de uma encenação artificial, na qual o dispositivo acaba se tornando maior que o filme e, por isso, no seu revés apequenando o filme. O diretor consegue evitar todas essas armadilhas, criando cenas nas quais os elementos dramáticos servem a construção de um panorama maior que os próprios personagens: o coletivo. Não há no filme, o personagem principal, o indivíduo carregado pela câmera, e do qual tudo é preciso ser dito. Temos o dia a dia da dona de casa atormentada pelo cachorro do vizinho, mas o marido dela é uma figura lacunar no filme. Assim como não é necessário explicar o desfecho de um namoro, ele acabou e pronto. As tramas são muito bem resolvidas pelo filme, da mesma forma, que a encenação e os planos construídos pelo cineasta têm a justa medida da necessidade da cena. Isso tudo acaba por fazer com que o filme construa uma teia de relações bastante segura para o momento final, e aqui o leitor obrigatoriamente terá que assistir, pois não vou contar o final do filme. Me desculpe caro Fernando, mas nem é preciso ser 'tão' inteligente para VER e ENTENDER ao propósito do filme que, ao contrário de sua desprezível percepção miúda, não foi feito "com o objetivo de ganhar prêmios" e, tenha certeza, nada há de decepcionante: É MARAVILHOSO!!!!!!!!! ----------------------- Aos que interessam ver, o filme está em meu blog na área DRAMA, página 17.
Não poucas vezes em minha constante busca por filmes mundo afora, tenho me deparado com verdadeiras obras de arte completamente desconhecidas ou esquecidas jogadas em alguma gaveta imunda de um lugar qualquer. Há pouco fui premiado ao dar de cara com um cara chamado Ozualdo Candeias que estreou como diretor com A Margem, em 1963, talvez na ambição de ser o diretor que primasse o lírico na cinematografia brasileiro, característica que se perdia ou, para ele, era algo até então a ser explorado. Aclamado por crítica, desprezado pelo público, o filme teve um número restrito de espectadores na época de seu lançamento, mas o tempo, sempre responsável pela cura dos erros retumbantes do ser humano, alçou o filme como uma das grandes obras do cinema brasileiro.Sorte de quem viu tão magnífico trabalho, por sorte em algumas dessas raras exibições em cineclubes restritos. O que se vê, logo de início, em A Margem, é a interpretação da própria vida através do olhar de cada personagem distinto, cada um com suas angústias e medos sobre algo que atordoa a alma de todos: a morte. Não por acaso, o filme se desenrola em um ambiente triste, distante, lodoso, onde ninguém poderia pensar que ali, às beiras da margem de águas caudalosas, modorrentas, poderiam surgir devaneios sobre o peso de que, um dia, tudo terá fim.De cara surge uma misteriosa mulher que desce o rio em uma canoa e deve-se bem ficar essa passagem que, haverão de descobrir, é o mote inicial para que os quatro personagens iniciem uma via-crúcis repleta de incertezas. Todos vivem em São Paulo que, naquele período, era (e ainda é?) a terra das grandes oportunidades. No entanto, a mesma metrópole que abriga, também exclui. De certa maneira, esses quatros personagens representam esse olhar perdido, de desesperança, ou seja, à margem da sociedade. Longe de mim querer classificar filmes por termos filosóficos mas, no caso de A Margem, não há como não vê-lo e sentí=lo existencialista perante sua visão que leva ao nada. E pelo fato de viverem distante do grande cerne da sociedade, eles automaticamente se alienam, mas nem por isso deixam de ter um significado. De certa forma, e nem tão escondido, Candeias faz sua crítica social. A única alternativa que lhes resta é o amor, e este também se fragiliza, pois não consegue sobreviver ao ambiente frágil no qual estão condenados a sobreviver.O rio, dessa forma, tem um sentido simbólico no filme. Tomemos como exemplo o conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa, quando o pai se despede da família, se mete em uma canoa e passa a viver um viver sem vida no meio do rio. As águas podem lhe levar a algum lugar, mas no caso deste personagem, levaram a lugar algum, por opção própria. Em A Margem, as águas caudalosas do rio servem como motim para discutir o comum. E, para mim estranho, não há como classificar ou explicar a narrativa de A Margem. Somente ao assisti-lo o espectador perceberá que se trata de uma obra arenosa, mas não de difícil acesso. Fala sobre uma classe social excluída, mas o filme não se dirige diretamente a esta. Também não se restringe a uma camada “intelectual”. Com sua morte recente, vale buscar uma (re)intepretação deste que é um dos grandes filmes do cinema brasileiro, onde o radical se funde ao lírico, e o humanístico ao radical. Uma obra urgente e pungente. --------- Sim! Ia esquecendo de dizer que o filme está em meu blog, na área DRAMA, página 37.
Hoje não é tão fácil imaginar-se do que foram os anos 60, tanto aqui no Brasil quanto no mundo afora enquanto a juventude européia fervilhava por trilhas sinuosas mergulhados na formação de uma nova ideia de mundo político por cá vivíamos debaixo do solado dos militares que, em 1964, se apossaram do país e dele fizeram seu quintal de mazelas sádicas. Na época de seu lançamento, A Chinesa (La Chinoise, 1967) foi considerado um filme profundamente irrealista. Entretanto, visto em retrospecto, acabou antecipando os acontecimentos do ano seguinte, o famoso Maio de 68. E este ano marcou o rompimento definitivo de Godard com seus métodos anteriores de produção, iniciando uma fase de quatro anos de experimentos com “filmes políticos”. Na verdade, a política nunca esteve ausente do trabalho de Godard. De acordo com Colin MacCabe, Godard demonstrava um interesse pelo entrelaçamento da sociedade com sua representação que não era muito evidente em seus companheiros do Cahiers du Cinéma . Embora os roteiros de Godard tendam a ser apenas idéias gerais, o roteiro original de A Chinesa é coerente com o filme, contextualizando a história a partir do racha entre os Partidos Comunistas da China e da antiga União Soviética a partir de 1956. O filme “descreve a aventura interior” de um grupo de cinco jovens durante as férias de verão de 1967, que tentam aplicar em suas próprias vidas os métodos teóricos e práticos em nome dos quais Mao Tsé-Tung (Mao Zedong, 1893-1976) havia rompido com o “aburguesamento” dos comunistas soviéticos e dos principais partidos comunistas ocidentais. Partindo de No Fundo (também conhecido como Ralé), de Maxim Górki (1868-1936), Godard procurou fazer dos personagens representantes de cinco níveis particulares da sociedade. O apartamento onde estão foi emprestado para um deles pela namorada, cujos parentes estão em viagem de férias. Ali vivem de maneira simples e severa, compartilhando recursos e idéias... --------- Sim! Ia esquecendo de dizer que ofilme está em meu blog, na área DRAMA, página 37.
Os 22 primeiros capítulos do Gênesis reconta a história espetacular do homem, de sua queda, sua sobrevivência e sua fé indomável no futuro. Apesar de longo, um filme divino! Assista em meu blog na área ÉPICO, página 3. Assista os filmes do Diretor e ator John Huston: http://cinerialto.blogspot.com.br/2014/08/JohHusFILM.html
Mesmo o filme ser ambientado quase todo em um mesmo ambiente prende a atenção do espectador pelo roteiro muito bem trabalhado e diálogos divertidos. Ótimo filme do mestre do suspense. Assisa em meu blog, SUSPENSE, página 7
Foi um tanto estranho assistir "Um Casal do Barulho" que veio a ser a primeira e única vez que Hitchcock aceitou dirigir um filme apenas para fazer um favor a uma atriz amiga sua (Carole Lombard, mulher de Clark Gable, o eterno Rhett Butler de …E O Vento Levou). A decisão, desde o início, se mostrou equivocada por várias razões principalmente por ser uma comédia, gênero que o Mestre tinha pouca experiência e o resultado foi um filme quase sem graça, e que não consegue se sustentar durante a sua hora e meia de duração. Mas não é só pela falta de graça que Um Casal do Barulho não funcione, embora este seja o motivo principal. A evolução da narrativa simplesmente não convence pela sua mesmice, anormal em filmes de Hitchcock. Novos personagens são apresentados, outras situações são inseridas para fazer o roteiro andar, mas a situação permanece a mesma: David quer desesperadamente voltar a viver com Ann, enquanto esta está irredutível, cogitando até se casar com outro homem. Durante mais de uma hora, é apenas esse tipo de conflito “toma-lá-dá-cá” que é apresentado, empobrecendo a produção e contribuindo para que o espectador se canse logo. Outro problemão da história são os personagens, ou melhor, uma personagem. Enquanto David comporta-se de maneira normal durante todo o longa (com exceção do final – mais sobre isso abaixo), tentando reaver a sua “ex-futura esposa”, Ann se mostra totalmente irracional. Em vez de dialogar com o companheiro, ela prefere ignorá-lo, encontrando-se com outros homens e ficando noiva de um deles. E isso tudo enquanto ela ainda está apaixonada por David! Alguém me explica as motivações dessa mulher, pelo amor de Deus? Alguém pode dizer que era para causar ciúme em David, mas como fazer isso se ela nem ao menos o procurou para mostrar que estava comprometida? Se dependesse dela, o “marido” jamais saberia com quem ela se encontrava após a separação. O que torna Um Casal do Barulho suportável é apenas a atuação de Robert Montgomery e Carole Lombard, intérpretes que esbanjam charme e carisma (o que é um elogio enorme à Lombard, já que sua personagem é intragável. Ela fez milagres com essa Ann, sinceramente…). É também uma oportunidade de conferir um dos últimos trabalhos desta atriz, que morreria um ano depois, em decorrência de um desastre aéreo. Ela tinha apenas 33 anos. Tragédias à parte, o filme foi um revés na carreira de Hitchcock, e talvez por isso ele demoraria a filmar algo que não fosse um suspense. Mas uma coisa é certa: ele nunca mais aceitou convites de atores ou atrizes para dirigir um filme. --------- Sim! Ia esquecendo de dizer que esse (quase) ruim filme está em meu blog, na área COMÉDIA, página 19.
Escute aqui amigo (e amiga), alguns filmes ganham vida e se estatelam fora da grande tela, alguns tenho assistido ao longo desses meus mais de cinquenta anos (beirando os sessenta, confesso) mas esse filme que marcava o encontro de dois símbolos sexuais é algo divino. Naquela época Gable já orbitava no panteon da fama e sua carreira de galã arrancava suspiros das 'moçoilas' da época e Harlow, também já famosa, sempre se encaixava em papéis de garotas com a sensualidade à flor da pele e unir o belo à sensual foi um achado que fez estourar bilheterias mundo afora. Como falei acima, esse é um daqueles que permeiam serelepe, enchem os bolsos dos produtores, dá fama ao diretor e enriquece os atores (e atrizes) e, como esperado, voltou a ser filmado em 1940 (Congo Maisie) sem muito sucesso, mas voltaria a estourar a 'boca-do-balão' em 1953, com o título de Mogambo. Clark Gable interpretou o mesmo papel, mas tendo agora como parceiras de cena Ava Gardner e Grace Kelly (duas outras beldades de arrancar suspiros). O certo é que 'RED DUST' é labareda pura aos olhos do público e que deveria ser assistido por quem ama o bom cinema. Uma trama envolvente estrelada por um time de grandes astros, com produção e direção impecáveis. Sabe o melhor? O filme está em meu blog na área DRAMA, página 37.
Valha-me meu bom velhinho lá de riba! Quando bisbilhotei o elenco imaginei ser um bom filme e ao me deparar com aquela carrada de prêmios deu-me vontade de assistir esse que, agora, sei ser uma bela porcaria. O pessoal aí de baixo anda aplaudindo e alardeando ser "história (que) prende o interesse...", "surpreendente" e um bando de aplausos para um filme que não passa de uma pornochanchada daquelas da pior especie. Quem assistiu me diga onde está o conteúdo que justifique o prêmio de Melhor Roteiro, ou onde está o brilhantismo de Denise Bandeira que, também, justifique ter sido a Melhor Atriz no Festival de Gramado de 1977? Isso para não falar ao prêmio de Melhor filme! O que que é isso, minha gente! Só sendo míope ou desvalido da insanidade para ver nisso um filme bom. David Cardoso tem coisa muito melhor e é tachado de pornográfico... E olhe que nem vou tocar na péssima atuação de Juca de Oliveira! ------ Pois é, mesmo assim o filme está em meu blog na área ADULTO (+18) página 3.
Não se deve esperar muito de filmes David Cardoso, a não ser nada e muita sacanagem. São duas historietas vazias de conteúdo e cheias de mulheres nuas. Ainda não viu? Veja em meu blog na área ADULTO (+18), página 3.
Foi estranho assistir esse filme. Perdi meu pai há pouco mais de dois meses e ainda hoje sinto presença junto a mim, não... Não me sinto estranho em sentir que papai continua olhado por mim e tenho certeza que ele está no céu, mas como diz o adágio, não se faz omelete sem quebrar os ovos e o diretor e roteirista Randal Wallace parece ter esquecido isso ao adaptar para as telas o best-seller O Céu é de Verdade, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo desde seu lançamento em 2010. Não há o que discutir sobre a história do menino que tem uma experiência de quase morte e diz ter visitado o céu e conversado com Jesus é atraente e tem grande potencial de público – o sucesso editorial prova isso. Mas a estrutura narrativa de um filme nada tem a ver com a de um livro. Não sei bem de como comecei assistir esse filme, mas assisti e não consegui parar até os créditos finais e sei que não é dos melhores já assistidos. O ritmo oscilante e pesando a mão na trilha sonora incidental para força o espectador a se emocionar, "O Céu é de Verdade" pode até mesmo não satisfazer alguns fãs da obra literária. Os relatos do menino contidos no livro deram asas à imaginação de milhões de leitores pelo mundo, mas Randal Wallace não trabalhou suficientemente o roteiro para transpor a experiência para as telas. Quis fazer omelete sem quebrar os ovos. Sim, sobre meu pai. Ele esteve comigo no dia seguinte a seu enterro... --------------------------- O Filme está em meu blog na área DRAMA, página 36.
Havia esquecido uma terceira categoria de filmes: aquele que odeio ter assistido.E esse é um deles não por retratar duas mulheres em conflito com seus homens e com seus mundinhos que pegam a estrada e partem em busca de si mesmas, não! Até que fosse de outra maneira com certeza haveria de não ter desgostado tanto, mas tenho ganas de esmurrar ao ver idiotas homens tratando mulheres como tratam nesse filme que usa uma sinopse genericamente que serviria para qualquer road movie feminino, e adiciona o tempero da dança do ventre na sua tentativa de se diferenciar dos demais filmes do gênero, mas isso eu até conseguiria assistir sem sentir tanto ódio. E o pior é que em nenhum momento o filme, estrelado por Sienna Miller, consegue fixar isso ou aquilo aqui ou acolá. Me parece que o diretor (Rachid Bouchareb) tenta contrapor um ocidente e oriente / homens e mulheres, pelas histórias de suas protagonistas, mas se perde em diálogos fracos, coadjuvantes maniqueístas e em uma trama movida "simplesmente" pelo acaso. É penoso ver a vida titubear em uma união de uma zero a esquerda com uma iraniana rejeitada pela sogra por não poder ter filhos e, esse outro fator que me fez odiar esse filme. É triste, senão colapsante, assistir o drama de uma mulher rodeada por fracassos, no amor e no trabalho que se sujeita a um crápula enquanto a outra, mais nojento ainda, se deixar escravizar por uma megera e, querem saber o pior? Isso acontece minha gente! Mas, deixemos de lado essa tacanhice e, voltemos a esse filme que, sem o amparo de um bom roteiro, "Simplesmente uma Mulher" não funciona nem como road movie de emancipação feminina, nem como filme de dança. Na dúvida sobre o que fazer o seu tempo, é sempre melhor rever Thelma & Louise ou tentar alguns passos de dança do ventre com um tutorial no YouTube. Espere, espere... Não saia assim tão de repente antes de saber que esse filme está em meu blog na área DRAMA, página 36.
Algumas vezes meus comentários geraram discórdia ou por ser extremamente realísticos e duros ou por ter colocado minhas impressões de espectador dissociado do cetro crítico, o longa metragem de estreia do diretor de curtas Bruno Safadi, me gerou expectativa e decepção. “Meu Nome é Dindi”, é curiosamente filmado em planos sequências, com baixíssimo orçamento, Bruno é acima de tudo um realizador, um guerreiro. O filme ganhou prêmio de melhor filme do Festival de Tiradentes talvez por ser ousado demais pra um filme de um estreante além do que, Bruno também assina o roteiro que, em minha humilde e anárquica visão, é um tanto autoral, e isso é bom, mas aqui essa autoralidade é mais um experimentalismo. O elenco está ótimo, bem dirigido, mas os diálogos do roteiro não ajudam. Somamos isso a uns erros de cortes e uma fotografia escura e simplória, mesmo sendo o diretor de fotografia o ótimo Lula Carvalho, fotógrafo premiado e filho de um dos mais respeitados diretores de fotografia do país, Walter Carvalho. A bem ou a ruim, a crítica procurou justificar o filme pela historia de Bruno como assistente de direção de Nelson Pereira dos Santos e Julio Bressane, por isso o filme saiu (vamos dizer) meio cinema novo o que, e que fique bem claro, não concordo. O “Cinema Novo” é contextualizasido historicamente em sua época, e naquela época tinha uma razão de existência. Mesmo que eu particularmente discorde de muita coisa do cinema novo. Precisamos ser claro e deixar dito que “Meu nome é Dindi” começa bem, mas vai se perdendo aos poucos e não chega a lugar nem um. Infelizmente. Pois mesmo com vários équivocos, Bruno Safadi parece ser um diretor que quer buscar sua identidade artística, mas isso só com o amadurecimento e prática contínua, o que espero acontecer. Sim! O filme está em meu blog na seção DRAMA página 36..
● As filmagens ocorreram em apenas 3 semanas, nas cidades de São Paulo, Peruíbe, Itanhaém e Iguapé. ● Foi lançado comercialmente em São Paulo em 15 de janeiro de 1979. ● É o maior sucesso de bilheteria do diretor Carlos Reichenbach, tendo levado 4 milhões de espectadores aos cinemas no Brasil e na América do Sul. Assista em meu blog, seção ADULTO (+18) página 3
O Porco de Gaza
3.8 20Filme caricato e surreal que conta com um argumento inusitado e criativo, além de atuação fantástica do protagonista Sasson Gabai, numa divertida crítica à estupidez da guerra.
Assista em Cine Rialto, Seção Comédia, Página 19
Chico & Rita
3.8 125Mais do que animação, Chico e Rita é rico enquanto filme. Enquanto construção de uma história de amor tão bela com idas e vindas, com desgaste emocional como a maioria das tramas de amor. Mas que traz ainda camadas mais ricas de reconstituição histórica e crítica social. Seja pelas dificuldades do povo cubano, antes explorados por americanos, depois cercados pela ditadura socialista. Seja pelo preconceito racial, onde Rita nem mesmo poderia se hospedar em hotéis onde cantava. Seja pela questão das drogas e todas as consequências demonstradas no filme.
Não por acaso, Chico e Rita encantou o mundo, ganhou dois prêmios e uma indicação ao Oscar. É um filme digno, envolvente e até mesmo emocionante. Rico em todas as suas camadas e que nos fazem embarcar naquele mundo de sonhos. Mesmo que sonhos difíceis que se tornam quase pesadelos.
-----------------------
Ainda não viu? Pois veja em meu blog na área ANIMAÇÃO, página 4.
Menino Satélite
3.5 1Bonito filme australiano, sobre um menino aborígene que vive numa região pobre com o avô… Mostra as raízes de povos antigos (os atores principais são aborígenes), o progresso chegando, etc. Bela fotografia
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraFosse apenas um bom filme, e não ótimo como é, faz-se estranho não ter levado a estatueta (Oscar) daquele ano e, por esses dois fatos, já o deixaria na historia da cinegrafia mundial. Mas esse filme sofreu auguras e poucos sabem (ou se recordam) que a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, por John Hinckley Jr, que assumiu seu fascínio sobre Taxi Driver na influência da tentativa de morte do presidente, teve consequências na cerimônia de 1980, em que Touro Indomável concorria. Scorsese foi escoltado por agentes do FBI e retirado da cerimônia por medo da reação populacional antes que o vencedor de melhor filme fosse anunciado. A tentativa de assassinato do presidente influenciou para que Touro Indomável não levasse o Oscar de melhor filme naquele ano.
E não para por aí os sofreres:
● Durante as filmagens, Robert De Niro acidentalmente quebrou uma costela de Joe Pesci, em uma cena em que ambos lutavam, como sparring, e a cena foi mantida no filme.
Também há de se saber que:
● No roteiro original havia uma cena que mostrava Jake LaMotta se masturbando na prisão. Esta cena não chegou a ser rodada, sendo cortada ainda na elaboração da versão definitiva do roteiro.
● É o quarto de oito filmes em que o diretor Martin Scorsese e o ator Robert De Niro trabalharam juntos. Os demais foram Caminhos Perigosos (1973), Taxi Driver - Motorista de Táxi (1976), New York, New York (1977), O Rei da Comédia (1983), Os Bons Companheiros (1990), Cabo do Medo (1991) e Cassino (1995).
Taí colocado e se você ainda não viu, aproveite e espie meu blog na seção DRAMA página 6.
Borgman
3.5 133Há um pequeno equívoco nas informações sobre o filme, nada que comprometa porém, a bem da verdade, o filme teve sua estréia mundial em 19 de maio de 2013 durante o Festival de Cannes. A data informada é o lançamento comercial ocorrido na Noruega.
Caso você ainda não tenha assistido acesse meu blog na área SUSPENSE página 6.
A Idade do Ouro
3.8 85É considerado uma obra tão inovadora como Um Cão Andaluz, tratando-se do filme mais radical de sua carreira. Depois dele, Buñuel passou a se utilizar de histórias surrealistas mescladas à narrativa usual.
---------------------------
Assista em CINE RIALTO, área DRAMA, página 7
Partner
3.9 45Inspirado pelas teorias de Karl Marx, Sigmund Freud e Jean-Luc Godard, Bertolucci realizou um fascinante filme-manifesto que capta os principais dilemas da geração de 1968. Por isso, Partner é fundamental para a compreensão de Os Sonhadores (2003), filme do diretor sobre a mesma época.
--------------------
Assista em meu blog, seção DRAMA, página 37
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraPoxa gente! Nem pensava em dizer algo sobre esse tido como o melhor filme de 2013 por muitos críticos mas (lá vem ele que esse 'mas', podem estar pensando)...
Olhem aqui, os filmes de ficção científica sobre a conquista do espaço são grandes sucessos do cinema mundial desde que “2001 — Uma odisseia no espaço”, de Stanley Kubrich, revolucionou a indústria cinematográfica, há 45 anos. O “Gravidade”, de Alfonso Cuarón, mostrou que o gênero continua em alta. Em seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos, o filme estrelado por Sandra Bullock e George Clooney bateu o recorde de “Atividade paranormal 3”, registrando bilheteria de US$ 55,6 milhões. Aclamado pela crítica e por cineastas de peso como o diretor James Cameron, que chegou a dizer que o longa de Cuarón era “o melhor filme espacial já feito”, “Gravidade” tem gerado críticas e elogios de astronautas e cientistas mundo afora.
Como em "Filhos da Esperança", acho que o diretor Alfonso Cuarón buscou com "Gravidade" exemplificar a capacidade humana de persistir e prosperar. Mas, acima de tudo, o filme é a desculpa perfeita para que o mexicano coloque em prática sua ousada ideia de como se fazer cinema. É algo arrebatador, hipnotizante e principalmente atraente de se ver.
Creio que muitos (como eu) esperavam uma história de cunho psicológico, possivelmente subliminar ou talvez menos linear. No entanto seu roteiro, que fez em parceria com o filho Jonás Cuarón, é brutalmente racional. Não existe complexidade na temática.
Além de algumas analogias de nascimento (posição fetal, o cordão, o parto), o que vemos no geral é um simbolismo bastante simples. Uma representação do medo da morte, da solidão relacionada ao sentimento ou fato, e consequentemente o instinto natural de sobrevivência que aflora em situações extremas. Cuarón nos fala que em alguns momentos você precisa se agarrar as coisas, e em outros precisa se deixar levar.
Mas esta simplicidade não torna o longa menos inteligente ou relevante. Nem mesmo o sentimento de total improbabilidade presente naquilo que acontece na tela parece quebrar o encanto orquestrado por Cuarón, e o motivo disso, como já foi dito inicialmente, se deve a destreza dele como diretor.
E nem os 'erros' que recheiam o filme de inverdades 'astronáuticas':
● O processo de acoplamento e desacoplamento de naves demora horas, mas no filme se passa em minutos;
● O equívoco que mais gerou polêmica foi o fato de o telescópio espacial Hubble, a Estação Espacial Internacional (ISS) e estação chinesa ficarem na mesma órbita e os personagens saltarem de uma para outra sem problemas;
● A cena mais sexy do filme, que mostra Bullock de roupa íntima no espaço, evidencia outro grande equívoco do filme (Dentro do macacão usam uma fralda, pois tem que ficar de 6h a 8h trabalhando e tirar o traje não é tão fácil assim, apesar de em gravidade zero ser melhor);
● O acidente que gera o drama do filme contém erros, de acordo com astronautas e cientistas. Além de a direção do lixo espacial que colide com a nave estar errada (em geral, objetos no espaço orbitam a Terra de Oeste para Leste, e não de Leste para Oeste como mostra a cena), a sua quantidade e velocidade são irreais.
● Apesar dos erros, a comunidade científica tem aplaudido o filme pelos efeitos visuais e realidade com que descreve o espaço e as estações espaciais.
E, mesmo cheio dessas coisinhas impossíveis e improváveis, não é um filme ruim e, por causa do 3D, você se sente dentro do filme. Eu cheguei a desviar de alguns objetos no cinema. Era como se eu tivesse voltado para a estação espacial, ela ficou perfeita. Não sei como eles fizeram isso, ficou impressionante. Mas o filme não é para mostrar tudo como é na realidade, o diretor tem que condensar as coisas, colocar drama e por isso simplificaram os procedimentos.
"Cabelo de Sandra Bullock ficaria em pé, no lugar de roupa sexy estaria uma fralda e cena final não seria possível" afirma Marcos Pontes, o único brasileiro a ir para o espaço.
------
Assista em CINE RIALTO, área FICÇÃO página 5.
A Estranha Vida de Timothy Green
3.9 1,3K Assista AgoraOlhem aqui, é um filme que emociona e com elenco de fazer inveja, é espetacular, uma coleção de atores extremamente consolidados como Dianne Wiest e M. Emmett Walsh, bons nomes da geração atual de Hollywood como Jennifer Garner e revelações recentes de talento como Joel Edgerton (Reino Animal) e Rosemarie DeWitt (O Casamento de Rachel). Mas todos estão interpretando estereótipos engessados, que nem o talentoso diretor Hedges, que extraiu na pequena pérola Eu,Meu Irmão e Nossa Namorada uma boa atuação de Juliette Binoche, Steve Carell e até mesmo do terrível Dane Cook, consegue transformar em uma atuação de qualidade.
Mas até um filme de fantasia precisa de uma coerência maior, personagens que ponderam sobre os acontecimentos antes de se entregar à magia, personagens que poderiam ser reais em suas personalidades, mesmo que fictícios em seus poderes. O roteiro de A Estranha Vida de Timothy Green possui amarras tão frouxas que você se sente na obrigação de segurar tantas pontas soltas, buscando uma linha de raciocínio agradável que te leve a uma emoção. Quer outro exemplo dos tropeços do filme? Bem. Então a “vizinha estranha porém legal”, uma entidade perene em filmes infantis/adolescentes dos Estados Unidos, que geralmente chega com o pacote “gorro+bicicleta+mudanças de vida” na narrativa, diz que entende o garoto que surgiu de uma caixa de papeis na horta, faz fotossíntese e tem folhas saindo das pernas. Porque ela o entende? Ora, pois ela tem uma marca de nascença. Uma pinta. Uma mancha. E isso é visto com o mesmo estranhamento que um menino-árvore mágico. É claro. Todos os problemas do casal, dívidas e mortes na família são esquecidas quase que magicamente pela mera presença do garoto e suas folhas.
Como em qualquer experimento Twee, os aspectos visuais brilham em A estranha vida de Timothy Green. A locação escolhida, o clima de outono e a direção de arte tornam o filme aconchegante e vivo. A trilha sonora é outro destaque positivo, com atenção especial aos arrepios causados pela música tema, This Gift, que poderia até mesmo conquistar para Glen Hansard seu segundo Oscar na categoria.
Entre muitos erros e poucos acertos, A Estranha Vida de Timothy Green é uma fantasia que mira no mágico e acerta no desleixado. Um filme sem pé, nem cabeça – ou sem raízes, nem copa, mas...
Ei! Espere, me deixa falar sobre essa 'mas', não seja assim tão apressadinho (a) em me jogar no limbo. Apesar de tudo, não resta a mínima dúvida, é um filminho gostoso de se ver!
-------
Aos que ainsa não viram, corram! Está em meu blog na área COMÉDIA página 18.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraNão ia comentar esse filme até ler a grande besteira que Fernando escreveu, por certo ou ele não assistiu o filme ou, o que acho mais provável, não possui inteligência para compreender o que seus olhos enxergam.
O Som ao Redor não se prende à necessidade de narrar, de construir um universo que deflagre as modificações de um bairro, ou mais precisamente uma parte dele, a partir da reconstrução da paisagem urbana e dos elementos que acompanham essa “modernização”: elementos tecnológicos, mudanças nos hábitos cotidianos ou a chegada de aparatos de segurança; O Som ao Redor simplesmente registra, limpando todas as camadas que poderiam dar conta de uma encenação artificial, na qual o dispositivo acaba se tornando maior que o filme e, por isso, no seu revés apequenando o filme.
O diretor consegue evitar todas essas armadilhas, criando cenas nas quais os elementos dramáticos servem a construção de um panorama maior que os próprios personagens: o coletivo. Não há no filme, o personagem principal, o indivíduo carregado pela câmera, e do qual tudo é preciso ser dito. Temos o dia a dia da dona de casa atormentada pelo cachorro do vizinho, mas o marido dela é uma figura lacunar no filme. Assim como não é necessário explicar o desfecho de um namoro, ele acabou e pronto. As tramas são muito bem resolvidas pelo filme, da mesma forma, que a encenação e os planos construídos pelo cineasta têm a justa medida da necessidade da cena.
Isso tudo acaba por fazer com que o filme construa uma teia de relações bastante segura para o momento final, e aqui o leitor obrigatoriamente terá que assistir, pois não vou contar o final do filme.
Me desculpe caro Fernando, mas nem é preciso ser 'tão' inteligente para VER e ENTENDER ao propósito do filme que, ao contrário de sua desprezível percepção miúda, não foi feito "com o objetivo de ganhar prêmios" e, tenha certeza, nada há de decepcionante: É MARAVILHOSO!!!!!!!!!
-----------------------
Aos que interessam ver, o filme está em meu blog na área DRAMA, página 17.
A Margem
4.0 28Não poucas vezes em minha constante busca por filmes mundo afora, tenho me deparado com verdadeiras obras de arte completamente desconhecidas ou esquecidas jogadas em alguma gaveta imunda de um lugar qualquer. Há pouco fui premiado ao dar de cara com um cara chamado Ozualdo Candeias que estreou como diretor com A Margem, em 1963, talvez na ambição de ser o diretor que primasse o lírico na cinematografia brasileiro, característica que se perdia ou, para ele, era algo até então a ser explorado. Aclamado por crítica, desprezado pelo público, o filme teve um número restrito de espectadores na época de seu lançamento, mas o tempo, sempre responsável pela cura dos erros retumbantes do ser humano, alçou o filme como uma das grandes obras do cinema brasileiro.Sorte de quem viu tão magnífico trabalho, por sorte em algumas dessas raras exibições em cineclubes restritos. O que se vê, logo de início, em A Margem, é a interpretação da própria vida através do olhar de cada personagem distinto, cada um com suas angústias e medos sobre algo que atordoa a alma de todos: a morte. Não por acaso, o filme se desenrola em um ambiente triste, distante, lodoso, onde ninguém poderia pensar que ali, às beiras da margem de águas caudalosas, modorrentas, poderiam surgir devaneios sobre o peso de que, um dia, tudo terá fim.De cara surge uma misteriosa mulher que desce o rio em uma canoa e deve-se bem ficar essa passagem que, haverão de descobrir, é o mote inicial para que os quatro personagens iniciem uma via-crúcis repleta de incertezas. Todos vivem em São Paulo que, naquele período, era (e ainda é?) a terra das grandes oportunidades. No entanto, a mesma metrópole que abriga, também exclui. De certa maneira, esses quatros personagens representam esse olhar perdido, de desesperança, ou seja, à margem da sociedade.
Longe de mim querer classificar filmes por termos filosóficos mas, no caso de A Margem, não há como não vê-lo e sentí=lo existencialista perante sua visão que leva ao nada. E pelo fato de viverem distante do grande cerne da sociedade, eles automaticamente se alienam, mas nem por isso deixam de ter um significado. De certa forma, e nem tão escondido, Candeias faz sua crítica social. A única alternativa que lhes resta é o amor, e este também se fragiliza, pois não consegue sobreviver ao ambiente frágil no qual estão condenados a sobreviver.O rio, dessa forma, tem um sentido simbólico no filme. Tomemos como exemplo o conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa, quando o pai se despede da família, se mete em uma canoa e passa a viver um viver sem vida no meio do rio. As águas podem lhe levar a algum lugar, mas no caso deste personagem, levaram a lugar algum, por opção própria. Em A Margem, as águas caudalosas do rio servem como motim para discutir o comum.
E, para mim estranho, não há como classificar ou explicar a narrativa de A Margem. Somente ao assisti-lo o espectador perceberá que se trata de uma obra arenosa, mas não de difícil acesso. Fala sobre uma classe social excluída, mas o filme não se dirige diretamente a esta. Também não se restringe a uma camada “intelectual”. Com sua morte recente, vale buscar uma (re)intepretação deste que é um dos grandes filmes do cinema brasileiro, onde o radical se funde ao lírico, e o humanístico ao radical. Uma obra urgente e pungente.
---------
Sim! Ia esquecendo de dizer que o filme está em meu blog, na área DRAMA, página 37.
Barravento
3.9 70Muito bom...
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/10/359-b4c.html
A Chinesa
3.9 135Hoje não é tão fácil imaginar-se do que foram os anos 60, tanto aqui no Brasil quanto no mundo afora enquanto a juventude européia fervilhava por trilhas sinuosas mergulhados na formação de uma nova ideia de mundo político por cá vivíamos debaixo do solado dos militares que, em 1964, se apossaram do país e dele fizeram seu quintal de mazelas sádicas.
Na época de seu lançamento, A Chinesa (La Chinoise, 1967) foi considerado um filme profundamente irrealista. Entretanto, visto em retrospecto, acabou antecipando os acontecimentos do ano seguinte, o famoso Maio de 68. E este ano marcou o rompimento definitivo de Godard com seus métodos anteriores de produção, iniciando uma fase de quatro anos de experimentos com “filmes políticos”. Na verdade, a política nunca esteve ausente do trabalho de Godard. De acordo com Colin MacCabe, Godard demonstrava um interesse pelo entrelaçamento da sociedade com sua representação que não era muito evidente em seus companheiros do Cahiers du Cinéma .
Embora os roteiros de Godard tendam a ser apenas idéias gerais, o roteiro original de A Chinesa é coerente com o filme, contextualizando a história a partir do racha entre os Partidos Comunistas da China e da antiga União Soviética a partir de 1956. O filme “descreve a aventura interior” de um grupo de cinco jovens durante as férias de verão de 1967, que tentam aplicar em suas próprias vidas os métodos teóricos e práticos em nome dos quais Mao Tsé-Tung (Mao Zedong, 1893-1976) havia rompido com o “aburguesamento” dos comunistas soviéticos e dos principais partidos comunistas ocidentais. Partindo de No Fundo (também conhecido como Ralé), de Maxim Górki (1868-1936), Godard procurou fazer dos personagens representantes de cinco níveis particulares da sociedade. O apartamento onde estão foi emprestado para um deles pela namorada, cujos parentes estão em viagem de férias. Ali vivem de maneira simples e severa, compartilhando recursos e idéias...
---------
Sim! Ia esquecendo de dizer que ofilme está em meu blog, na área DRAMA, página 37.
A Bíblia... No Início
3.6 49 Assista AgoraOs 22 primeiros capítulos do Gênesis reconta a história espetacular do homem, de sua queda, sua sobrevivência e sua fé indomável no futuro. Apesar de longo, um filme divino!
Assista em meu blog na área ÉPICO, página 3.
Assista os filmes do Diretor e ator John Huston:
http://cinerialto.blogspot.com.br/2014/08/JohHusFILM.html
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraMesmo o filme ser ambientado quase todo em um mesmo ambiente prende a atenção do espectador pelo roteiro muito bem trabalhado e diálogos divertidos. Ótimo filme do mestre do suspense.
Assisa em meu blog, SUSPENSE, página 7
Sr. & Sra. Smith - Um Casal do Barulho
3.3 36Foi um tanto estranho assistir "Um Casal do Barulho" que veio a ser a primeira e única vez que Hitchcock aceitou dirigir um filme apenas para fazer um favor a uma atriz amiga sua (Carole Lombard, mulher de Clark Gable, o eterno Rhett Butler de …E O Vento Levou). A decisão, desde o início, se mostrou equivocada por várias razões principalmente por ser uma comédia, gênero que o Mestre tinha pouca experiência e o resultado foi um filme quase sem graça, e que não consegue se sustentar durante a sua hora e meia de duração.
Mas não é só pela falta de graça que Um Casal do Barulho não funcione, embora este seja o motivo principal. A evolução da narrativa simplesmente não convence pela sua mesmice, anormal em filmes de Hitchcock. Novos personagens são apresentados, outras situações são inseridas para fazer o roteiro andar, mas a situação permanece a mesma: David quer desesperadamente voltar a viver com Ann, enquanto esta está irredutível, cogitando até se casar com outro homem.
Durante mais de uma hora, é apenas esse tipo de conflito “toma-lá-dá-cá” que é apresentado, empobrecendo a produção e contribuindo para que o espectador se canse logo.
Outro problemão da história são os personagens, ou melhor, uma personagem. Enquanto David comporta-se de maneira normal durante todo o longa (com exceção do final – mais sobre isso abaixo), tentando reaver a sua “ex-futura esposa”, Ann se mostra totalmente irracional. Em vez de dialogar com o companheiro, ela prefere ignorá-lo, encontrando-se com outros homens e ficando noiva de um deles. E isso tudo enquanto ela ainda está apaixonada por David!
Alguém me explica as motivações dessa mulher, pelo amor de Deus? Alguém pode dizer que era para causar ciúme em David, mas como fazer isso se ela nem ao menos o procurou para mostrar que estava comprometida? Se dependesse dela, o “marido” jamais saberia com quem ela se encontrava após a separação.
O que torna Um Casal do Barulho suportável é apenas a atuação de Robert Montgomery e Carole Lombard, intérpretes que esbanjam charme e carisma (o que é um elogio enorme à Lombard, já que sua personagem é intragável. Ela fez milagres com essa Ann, sinceramente…). É também uma oportunidade de conferir um dos últimos trabalhos desta atriz, que morreria um ano depois, em decorrência de um desastre aéreo. Ela tinha apenas 33 anos.
Tragédias à parte, o filme foi um revés na carreira de Hitchcock, e talvez por isso ele demoraria a filmar algo que não fosse um suspense. Mas uma coisa é certa: ele nunca mais aceitou convites de atores ou atrizes para dirigir um filme.
---------
Sim! Ia esquecendo de dizer que esse (quase) ruim filme está em meu blog, na área COMÉDIA, página 19.
Teu Nome é Mulher
3.6 8Assista em meu blog, área COMÉDIA página 19
Terra de Paixões
3.9 10Escute aqui amigo (e amiga), alguns filmes ganham vida e se estatelam fora da grande tela, alguns tenho assistido ao longo desses meus mais de cinquenta anos (beirando os sessenta, confesso) mas esse filme que marcava o encontro de dois símbolos sexuais é algo divino.
Naquela época Gable já orbitava no panteon da fama e sua carreira de galã arrancava suspiros das 'moçoilas' da época e Harlow, também já famosa, sempre se encaixava em papéis de garotas com a sensualidade à flor da pele e unir o belo à sensual foi um achado que fez estourar bilheterias mundo afora.
Como falei acima, esse é um daqueles que permeiam serelepe, enchem os bolsos dos produtores, dá fama ao diretor e enriquece os atores (e atrizes) e, como esperado, voltou a ser filmado em 1940 (Congo Maisie) sem muito sucesso, mas voltaria a estourar a 'boca-do-balão' em 1953, com o título de Mogambo. Clark Gable interpretou o mesmo papel, mas tendo agora como parceiras de cena Ava Gardner e Grace Kelly (duas outras beldades de arrancar suspiros).
O certo é que 'RED DUST' é labareda pura aos olhos do público e que deveria ser assistido por quem ama o bom cinema. Uma trama envolvente estrelada por um time de grandes astros, com produção e direção impecáveis.
Sabe o melhor? O filme está em meu blog na área DRAMA, página 37.
À Flor da Pele
3.1 5Valha-me meu bom velhinho lá de riba!
Quando bisbilhotei o elenco imaginei ser um bom filme e ao me deparar com aquela carrada de prêmios deu-me vontade de assistir esse que, agora, sei ser uma bela porcaria. O pessoal aí de baixo anda aplaudindo e alardeando ser "história (que) prende o interesse...", "surpreendente" e um bando de aplausos para um filme que não passa de uma pornochanchada daquelas da pior especie.
Quem assistiu me diga onde está o conteúdo que justifique o prêmio de Melhor Roteiro, ou onde está o brilhantismo de Denise Bandeira que, também, justifique ter sido a Melhor Atriz no Festival de Gramado de 1977? Isso para não falar ao prêmio de Melhor filme!
O que que é isso, minha gente! Só sendo míope ou desvalido da insanidade para ver nisso um filme bom. David Cardoso tem coisa muito melhor e é tachado de pornográfico...
E olhe que nem vou tocar na péssima atuação de Juca de Oliveira!
------
Pois é, mesmo assim o filme está em meu blog na área ADULTO (+18) página 3.
A Noite das Taras nº 2
2.8 16Não se deve esperar muito de filmes David Cardoso, a não ser nada e muita sacanagem. São duas historietas vazias de conteúdo e cheias de mulheres nuas.
Ainda não viu? Veja em meu blog na área ADULTO (+18), página 3.
O Céu é de Verdade
3.3 189 Assista AgoraFoi estranho assistir esse filme. Perdi meu pai há pouco mais de dois meses e ainda hoje sinto presença junto a mim, não... Não me sinto estranho em sentir que papai continua olhado por mim e tenho certeza que ele está no céu, mas como diz o adágio, não se faz omelete sem quebrar os ovos e o diretor e roteirista Randal Wallace parece ter esquecido isso ao adaptar para as telas o best-seller O Céu é de Verdade, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo desde seu lançamento em 2010.
Não há o que discutir sobre a história do menino que tem uma experiência de quase morte e diz ter visitado o céu e conversado com Jesus é atraente e tem grande potencial de público – o sucesso editorial prova isso. Mas a estrutura narrativa de um filme nada tem a ver com a de um livro.
Não sei bem de como comecei assistir esse filme, mas assisti e não consegui parar até os créditos finais e sei que não é dos melhores já assistidos. O ritmo oscilante e pesando a mão na trilha sonora incidental para força o espectador a se emocionar, "O Céu é de Verdade" pode até mesmo não satisfazer alguns fãs da obra literária. Os relatos do menino contidos no livro deram asas à imaginação de milhões de leitores pelo mundo, mas Randal Wallace não trabalhou suficientemente o roteiro para transpor a experiência para as telas. Quis fazer omelete sem quebrar os ovos.
Sim, sobre meu pai. Ele esteve comigo no dia seguinte a seu enterro...
---------------------------
O Filme está em meu blog na área DRAMA, página 36.
Simplesmente uma Mulher
2.9 36 Assista AgoraHavia esquecido uma terceira categoria de filmes: aquele que odeio ter assistido.E esse é um deles não por retratar duas mulheres em conflito com seus homens e com seus mundinhos que pegam a estrada e partem em busca de si mesmas, não!
Até que fosse de outra maneira com certeza haveria de não ter desgostado tanto, mas tenho ganas de esmurrar ao ver idiotas homens tratando mulheres como tratam nesse filme que usa uma sinopse genericamente que serviria para qualquer road movie feminino, e adiciona o tempero da dança do ventre na sua tentativa de se diferenciar dos demais filmes do gênero, mas isso eu até conseguiria assistir sem sentir tanto ódio.
E o pior é que em nenhum momento o filme, estrelado por Sienna Miller, consegue fixar isso ou aquilo aqui ou acolá. Me parece que o diretor (Rachid Bouchareb) tenta contrapor um ocidente e oriente / homens e mulheres, pelas histórias de suas protagonistas, mas se perde em diálogos fracos, coadjuvantes maniqueístas e em uma trama movida "simplesmente" pelo acaso.
É penoso ver a vida titubear em uma união de uma zero a esquerda com uma iraniana rejeitada pela sogra por não poder ter filhos e, esse outro fator que me fez odiar esse filme. É triste, senão colapsante, assistir o drama de uma mulher rodeada por fracassos, no amor e no trabalho que se sujeita a um crápula enquanto a outra, mais nojento ainda, se deixar escravizar por uma megera e, querem saber o pior? Isso acontece minha gente!
Mas, deixemos de lado essa tacanhice e, voltemos a esse filme que, sem o amparo de um bom roteiro, "Simplesmente uma Mulher" não funciona nem como road movie de emancipação feminina, nem como filme de dança. Na dúvida sobre o que fazer o seu tempo, é sempre melhor rever Thelma & Louise ou tentar alguns passos de dança do ventre com um tutorial no YouTube.
Espere, espere... Não saia assim tão de repente antes de saber que esse filme está em meu blog na área DRAMA, página 36.
Meu Nome é Dindi
3.0 9Algumas vezes meus comentários geraram discórdia ou por ser extremamente realísticos e duros ou por ter colocado minhas impressões de espectador dissociado do cetro crítico, o longa metragem de estreia do diretor de curtas Bruno Safadi, me gerou expectativa e decepção. “Meu Nome é Dindi”, é curiosamente filmado em planos sequências, com baixíssimo orçamento, Bruno é acima de tudo um realizador, um guerreiro. O filme ganhou prêmio de melhor filme do Festival de Tiradentes talvez por ser ousado demais pra um filme de um estreante além do que, Bruno também assina o roteiro que, em minha humilde e anárquica visão, é um tanto autoral, e isso é bom, mas aqui essa autoralidade é mais um experimentalismo. O elenco está ótimo, bem dirigido, mas os diálogos do roteiro não ajudam.
Somamos isso a uns erros de cortes e uma fotografia escura e simplória, mesmo sendo o diretor de fotografia o ótimo Lula Carvalho, fotógrafo premiado e filho de um dos mais respeitados diretores de fotografia do país, Walter Carvalho.
A bem ou a ruim, a crítica procurou justificar o filme pela historia de Bruno como assistente de direção de Nelson Pereira dos Santos e Julio Bressane, por isso o filme saiu (vamos dizer) meio cinema novo o que, e que fique bem claro, não concordo. O “Cinema Novo” é contextualizasido historicamente em sua época, e naquela época tinha uma razão de existência. Mesmo que eu particularmente discorde de muita coisa do cinema novo.
Precisamos ser claro e deixar dito que “Meu nome é Dindi” começa bem, mas vai se perdendo aos poucos e não chega a lugar nem um. Infelizmente. Pois mesmo com vários équivocos, Bruno Safadi parece ser um diretor que quer buscar sua identidade artística, mas isso só com o amadurecimento e prática contínua, o que espero acontecer.
Sim! O filme está em meu blog na seção DRAMA página 36..
A Ilha dos Prazeres Proibidos
3.0 25● As filmagens ocorreram em apenas 3 semanas, nas cidades de São Paulo, Peruíbe, Itanhaém e Iguapé.
● Foi lançado comercialmente em São Paulo em 15 de janeiro de 1979.
● É o maior sucesso de bilheteria do diretor Carlos Reichenbach, tendo levado 4 milhões de espectadores aos cinemas no Brasil e na América do Sul.
Assista em meu blog, seção ADULTO (+18) página 3