FANTÁSTICO!!! Imagina o que poderia acontecer se as crianças, de repente, resolvessem matar os adultos, sem explicação alguma!... Lembrou-se dos clássicos? 'Quién puede matar a un niño? (1976) e Colheita Maldita (1984)?'. Então devia conhecer também as crianças de Tom Shankland (WAZ -- Matemática da Morte), que acerta ao focar o terror numa fazenda, sem que o público saiba a dimensão do problema e os protagonistas entendam o que está acontecendo. Ainda com o rosto angelical, elas se unem para eliminar os pais, fazendo daquele Natal uma experiência assustadora. Pena que o longa foi deixado de lado e está distante do conhecimento do público! Assista em CINE RIALTO, Seção TERROR, Página 2! http://cinerialto.blogspot.com.br/
Ei! Ei! Venha cá amigo(a), não fuja e nem clique em outro lugar antes de ler isso sobre um filme imperdível! Pense em um filme bizarro… Pois bem, esse filme é Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos. Uma mistura de documentário com filme didático, Häxan em seu começo parece um daqueles filmes feitos para o Telecurso 2000, testando a paciência do espectador com seu registro místico e histórico sobre… a feitiçaria através dos tempos, como seu próprio subtítulo informa, focando-se principalmente na estreita relação entre bruxas, demônios e toda a mentalidade estúpida da Igreja durante a Idade Média, que saía por aí queimando mulheres a torto e a direito. Mas com o passar do tempo, meu amigo, segure-se que o filme se transforma em uma heresia desenfreada. Häxan é um dos mais controversos e assombrosos filmes de terror da década de 20, combinando naturalismo com efeitos especiais, que passeia entre o tom documental, por se declarar como uma apresentação do ponto de vista cultural e histórico, e o tom aterrorizante e herege que vai nos jogar na frente dos olhos bruxaria, magia negra, superstições, e por aí vai. Não consigo imaginar o efeito que esse filme teve nas pessoas em plenos anos 20, mas com certeza é o mais próximo do que deve ter sido um filme transgressor na época. Foi o Cannibal Holocaust ou o Serbian Film da sua geração. Tanto que foi até proibido em diversos países. Uma obra prima: ● Haxan Films, os criadores do filme A Bruxa de Blair, tiraram o nome desse filme dinamarquês. ● O diretor Benjamin Christensen originalmente planejou escrever o roteiro com a ajuda de historiadores, mas o plano foi por água abaixo quando ele soube que a maioria dos estudiosos que ele tinha em mente, era contra o filme. ● Para fazerem a cena em que as bruxas estão voando em cima de telhados da cidade, Benjamin Christensen e seu cameraman Johan Ankerstjerne fotografaram uma cidade miniatura (cada casa tinha aproximadamente 2 metros de altura) em uma enorme maquete, que foi toda feita manualmente e precisou de 20 homens para deixá-la pronta. Depois, diversos atores caracterizados e em cima de vassouras foram fotografados contra um fundo preto. Para fazer as vestes voarem com o vento, foi necessário um motor de avião. Um total de 75 bruxas foram fotografadas, cada uma individualmente, e depois uma impressora ótica especial foi construída por Johan para colocar as bruxas juntas. ● Embora feito com dinheiro da Suécia, o filme foi todo filmado no estúdio de Benjamin Christensen na Dinamarca. ● Apesar da maior parte das cenas do filme terem sido filmadas em estúdios fechados (isso porque Benjamin acreditava que os atores se sairiam melhores se fossem influenciados por uma atmosfera mais escura, sombria), o filme também contou com cenas externas. A maior parte dessas cenas foram filmadas à noite, o que era algo impensável para a época. E se você ainda não assistiu ou deseja assistir novamente, não se acanhe, clique no link aí em baixo: http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/10/350-e2l.html
A história é de Guy Bolton e adaptação de George Wells, ornamentada com a brilhante participação da estrela dos musicais - Judy Garland - e a interpretação muito convincente de Robert Walker como Jerome Kern. Mas, tem muita imaginação no meio. Mesmo para os "padrões de Hollywood ", este filme foi controverso por sua frouxidão com os fatos principais. Os colegas musicais de Kern não são representados essencialmente, enquanto dois personagens fictícios - o arranjador Hesler James e sua filha problemática, Sally - tem uma participação na maior na história. Jerome Kern foi um pioneiro da Broadway, onde produziu diversos espetáculos de sucesso e O Barco das Ilusões ( "Boat Show") aparece aqui numa versão condensada, quando os primeiros 15 minutos do filme consistem em uma adaptação condensada do 1º ato da encenação, com a ordem deslocada de algumas das canções - "Can't Help Lovin' Dat Man" é cantada depois de " Life Upon The Wicked Stage", e "Ol 'Man River" foi usada como um Ato Final, o que não está no show. A canção "Can't Help 'Dat Man Lovin" como cantada por Lena Horne é a que foi filmada, como muitos de seus outros números musicais. Na verdade, os sublimes números musicais são as verdadeiras vedetes deste espetáculo grandioso. Entre as mais belas canções, se destacam a interpretação de Frank Sinatra para Ol' Man River, encerrando em grande estilo esta celebração a um dos maiores compositores populares do século. Judy Garland interpreta Marilyn Miller, protagonizando três números musicais coreografados por seu marido Vincente Minnelli. Os demais números musicais foram coreografados e dirigidos por Robert Alton. Garland, como estava grávida de sua filha, Liza Minnelli , quando filmou seu segmento, exigiu uma filmagem criativa para ocultar sua condição. "Till the Clouds Roll By" é um dos vários musicais da MGM que têm de cair no domínio público devido a MGM não ter renovado os direitos de autor no início da década de 1970. Como tal, é um dos musicais da MGM amplamente mais divulgados, embora a qualidade destas cópias variam muito e a . Warner Home Video fez o filme totalmente restaurado em 2006. A história sobre Kern é bem melhor cantada com os moldes e medidas das notas de sua própria música, Música essa que canta seu amor pelas pessoas, amor pelo país e pela vida. Para quem gosta de boa música será sempre grato por ele ter dedicado sua vida à música e sua música a nós. E, se você ainda não assistiu, está em Cine Rialto.
A Ilusão Viaja de Bonde é, basicamente, uma boa comédia e, claro, uma forte crítica social que contrapõe o rico ao pobre, o patrão ao empregado, o capitalismo ao socialismo. Mas o filme não é um libelo socialista e conta com franqueza o sofrimento de uma população oprimida por inflação altíssima, escassez de comida e como as pessoas lidam com isso, sempre tentando dar a volta por cima e encarando a vida da melhor maneira possível. Vale notar que esse filme é um dos poucos em que Buñuel não se envolveu ativamente na elaboração do roteiro. Conta a história que esse filme foi encomendado pelo sistema de transporte público da Cidade do México (Servicio de Transportes Eléctricos del D.F.) para desfazer a imagem ruim de um acidente que ocorrera no ano anterior. Era para ser, na realidade, uma longa propaganda das qualidades do sistema, mas nas mãos de Buñuel, o roteiro que vemos na tela está longe de passar essa mensagem. Sim, trata-se de uma comédia e, se vista dessa maneira bem rasa, até poderia funcionar como um comercial de 90 minutos, mas há muito “Buñuel” por debaixo da camada mais simples do filme, com as já mencionadas críticas sociais e, claro, muito iconoclastia religiosa, com especial destaque para a encenação grotesca da Gênesis no início da obra. A bela Lilia Prado e Fernando Soto, atores que já haviam trabalhado com Buñuel em Subida ao Céu e A Filha do Engano, se divertem nesse filme, acompanhados de Carlos Navarro. Todos estão muito à vontade fazendo comédia e passam essa tranquilidade ao espectador, que logo se sente contagiado. No entanto, A Ilusão Viaja de Bonde é um daqueles filmes menores de Buñuel, feito mais com o objetivo de ganhar o dinheiro de subsistência do que pela arte, característica comum nessa época na filmografia do diretor. Mas não há como não afirmar que é cativante e diverte os espectadores que se deixarem levar pelas piadas e pela crítica social envelopada como um apetitoso "burrito". Ainda não assistiu? Corra a acesse Cine Rialto!
Apesar de parecer óbvio, é errado buscamos uma aproximação entre “Menina do Lado”, de 1987, e o sempre citado “Lolita”. O romance de Vladimir Nabokov, que deu origem ao filme de Kubrick (e a uma refilmagem nos anos 90), trata do fetichismo doentio de um homem de meia-idade por uma adolescente. Em “A Menina do Lado”, percebemos uma verdadeira relação de amor, mútuo, entre os protagonistas – ainda que, evidentemente, sujeita a nuvens e trovoadas. Alberto Salvá, apesar das críticas venenosas daqueles que se acham paladinos da moralidade vesga, demonstrou em “A Menina do Lado” o relacionamento de um casal de namorados. As bobagens do dia-a-dia, a imaturidade, o sexo, o choro incontido de Mauro quando transa com a esposa e sente a ausência de Alice. O encantamento de um pelo outro, por motivos que lhes são pessoais e intransferíveis. Mauro toma uma taça de sorvete e sorri da voluptuosidade de Alice. Alice abraça-o, diz que é feliz. Brigam, voltam às boas. Há, porém, um bucolismo – acentuado pela trilha sonora de Tom Jobim – que faz da agressividade um impulso coadjuvante, mínimo, no meio do caldeirão de emoções que compartilham. Alberto Salvá conseguiu o que queria. Retratou uma vida a dois, inusitada mas plausível. Quer saber mais? Acista em meu blog!
Em seu primeiro papel de destaque, Chumbinho interpreta um zelador de um prédio decadente, que passa as noites espionando a vida sexual de seus moradores. O papel de “narrador voyeur” foi uma constante na carreira de Chumbinho, e aqui é possível encontrar seu filme inicial nessa posição. Quem assistiu ao filme, destaca as cenas de incesto entre um tio e suas sobrinhas, e uma ridícula seita satanista. Assista esse e outros em Cine Rialto http://cinerialto.blogspot.com.br/
Xá de onda macho véi, danado de porreta esse tar de Cine Holliúdy, o primeiro filme falado em cearensês do mundo siô! Óia cá cabra, inté podia ser piada não fosse esse filme todo em gírias dos lado de cima desse Brasilzão de meu Deus, só acho que a brincadeira poderia ser levada mais a sério, realmente traduzindo as gírias na legenda e não apenas transcrevendo-as. Poucas são as palavras mudadas do que é dito para o que é lido, tornando no decorrer do filme, a legenda um elemento que atrapalha em vez de ajudar, já que antecipa, inclusive falas e piadas que nosso cérebro acostumado não consegue não ler. De qualquer maneira isso não prejudica o resultado final do filme, que é uma comédia bem humorada, sem deixar de ser uma homenagem ao cinema. Partindo de um curta-metragem produzido em 2004, Halder Gomes construiu uma saga de Francisgleydisson e família em busca de uma cidade no interior do estado que ainda não tenha sido infestada pela televisão. Tudo isso, porque ele é um projecionista apaixonado pela sétima arte, que passa os filmes de uma maneira muito particular, dublando, legendando e dando títulos aos rolos que trazem sempre obras chinesas de artes marciais. Em mais uma mudança, eles chegam em Pacatuba, onde irão ter trabalho para abrir o Cine Holliúdy, principalmente porque o prefeito local Olegrio Elpídio, vai querer se aproveitar da situação para ganhar alguns votos. O filme tem diversas brincadeiras visuais, a começar pelos créditos colocados nas latas empoeiradas dos filmes, passando por uma apresentação de personagens com legendas divertidas. Durante toda a projeção vemos também algumas inserções como um disco voador, uma lâmpada mágica ou um efeito especial quando dois personagens tocam as mãos que fará sentido no final da trama. Isso sem falar com brincadeiras como o mico da família no cartaz de King Kong e os títulos dos filmes que estão espalhados pela parede do cinema. Mas a brincadeira maior, no entanto, é mesmo com o povo cearense e seu modo de falar. Nunca se ouviu tanto "macho" em diálogos de filmes sem falar que os nomes dos personagens também são uma diversão a começar pelo protagonista Francisgleydisson. Mas, temos também o garotinho Walsdinei, que é, na verdade, um jeito "especial" de falar Walt Disney. Tudo é motivo para piada, até um ovo que é chamado de bife do olhão, em uma das poucas cenas onde o palavreado é forçado. No geral, as gírias convivem muito bem no texto, divertindo junto com os personagens. O filme tem alguns problemas com o exagero, é verdade. Como a já citada cena do ovo ou algumas inserções desconectas como o padre no confessionário ou um pastor em um culto. Mesmo que sejam piadas extras, que queira tornar o filme uma brincadeira maior, não faz sentido mesmo para o espectador. Tem ainda a rixa entre um torcedor do Ceará e uma torcedora do Fortaleza que nunca consegue criar um clima de briga típica de torcidas rivais. Fica tudo forçado e exposto de uma maneira que não condiz com o resto do filme. Já as esquetes com o prefeito funcionam melhor, pois gerarão consequências na trama, desde a inauguração do banco da praça até os falsos telefonemas onde ouvimos o sinal de ocupado. Mas vamos deixar de babosisse que Cine Holliúdy consegue agradar a todos por ser uma história simples, porém sincera sobre um problema que muitos já viveram. Mesmo sem ser cearense, é possível se identificar com essa nostalgia dos cinemas de rua, principalmente das finadas salas do interior do país que já tinha sido retratadas tão bem em Tapete Vermelho. Ainda que seja uma comédia escrachada, o filme traz essa reflexão e alerta. Nos dá saudades de um tempo ingênuo que não volta mais. Ao mesmo tempo em que nos diverte de maneira simples, com o humor das ruas. Fala mais ao cearense, claro, mas é possível criar diálogo com qualquer ser humano. E apôis? Xá disso macho, corre pra vê antes que saia do cinema que filme feito no Brasil é assim, poucos dias, e se for cearense... Vixe! Em português claro digo que esse danado também está em meu blog, visse?
Espere, espere... Se não me engado foi a.. Nove, dez anos que esse diretor nos brindou com seu "Simplesmente Amor" e agora esse "Questão de Tempo", uma deliciosa comédia romântica inteligente, divertida e bonita um tanto diferente das que habitam as salas de exibição nas terras tupiniquins. E o melhor (e estranho) é que esse bom britânico fugiu dos nomes icônicos optando pela beleza delicada de Rachel McAdams e pelo cômico do simpático, mas esquisito Domhnall Gleeson. Vale lembrar que curtis é responsavelmente direto pelos sucessos de "Quatro Casamentos e Um Funeral", "Um Lugar Chamado Notting Hill" e "O Diário de Bridget Jones", roteiros seus e agora prova mais uma vez que sabe escrever um bom e criativo romance. Se Questão de Tempo não chega a atingir o nível das produções citadas, ao menos diverte e encanta seu espectador. Como nos filmes anteriores, Curtis também insere o drama como elemento para a condução de uma narrativa cômica, o que dá ao longa uma autenticidade impressionante. O fato de não estarmos diante de um galã também colabora para isso. Gleeson é um sujeito comum, é qualquer um de nós. Com isso, entramos de cabeça em sua tentativa de conquistar uma linda garota. Mas tenho que dizer que o filme possui alguns problemas, o ritmo o mais sério deles. Os longos 123 minutos de duração pesam um pouco e a impressão que fica é que poderia ter perdido menos tempo em histórias paralelas como da irmã de Tim e um ex-interesse amoroso. Ainda assim, oferece momentos de extrema beleza. Não apenas diante da paixão entre Tim e Mary, mas também ao explorar o relacionamento do primeiro com seu pai. Bill Nighy rouba a cena quando aparece, sempre com seu estilo de veterano despojado, mas ainda assim reflexivo. Um mérito da produção é abraçar a noção de viagem no tempo de forma criativa e natural, sem fazer disso algo extraordinário. É apenas a realidade dos homens daquela família e não algo que surge de uma experiência científica ou picada de aranha. A força da imaginação é o combustível para a história. É tão bom que está em meu blog!
Curiosidades e Informações extras: ● O diretor utilizou a cor para localizar os espectadores no tempo: o colorido representa as lembranças e, o preto e branco, o momento presente. ● Em 1986, Claude Lelouch filmou uma sequência, Um homem, uma mulher: 20 anos depois, repetindo o par central com Anouk Aimée e Jean-Louis Trintignant, Antoine Sire, assim como o roteirista Pierre Uytterhoeven e o compositor musical Francis Lai. Prêmios e Indicações: ► Oscar 1967 (EUA) ● Venceu nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor roteiro original. Indicado nas categorias de melhor atriz (Anouk Aimée) e melhor diretor. ► BAFTA 1968 (Reino Unido) ● Venceu na categoria de melhor atriz estrangeira (Anouk Aimée). ● Indicado na categoria de melhor filme de qualquer origem. ► Festival de Cannes 1966 (França) ● Ganhou a Palma de Ouro e o Prêmio OCIC. ► Globo de Ouro 1967 (EUA) ● Venceu nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor atriz de cinema - drama (Anouk Aimée). ● Indicado nas categorias de melhor diretor de cinema, melhor trilha sonora e melhor canção para cinema (A Man and a Woman).
Curiosidades e Informações extras: ● Cleopatra é considerado o segundo filme mais caro de todos os tempos - perdendo apenas para Avatar de James Cameron; planejado para custar 2 milhões de dólares em 1962, sua produção custou 44 milhões de dólares em valores da época. Segundo valores atualizados em 2005, o filme custou 286,4 milhões de dólares.2 Com o relativo fracasso comercial, quase levou à bancarrota a 20th Century Fox, produtora e financiadora do filme. ● Por sua participação em Cleopatra, Elizabeth Taylor foi a primeira atriz de Hollywood a receber um milhão de dólares pela atuação em um filme. Até então o recorde era de Audrey Hepburn, que recebeu um salário de 750 mil dólares por "Bonequinha de Luxo". ● Logo no início das filmagens, Elizabeth Taylor adoeceu e, como praticamente todas as cenas necessitavam da sua presença, a produção foi paralisada por aproximadamente seis meses até que ela se recuperasse. ● Durante as filmagens, Elizabeth Taylor trocou de figurino 65 vezes, foi um record na época, mas foi batido em 1996, no filme "Evita", em que Madonna troca de roupa 85 vezes. ● Cleopatra foi a quinta refilmagem da história romanceada da rainha do Egito (as três primeiras no cinema mudo, a quarta em 1934 com Claudette Colbert), houve também uma versão com Vivien Leigh, em 1945. ● Foi durante as filmagens que Elizabeth Taylor e Richard Burton se apaixonaram e começaram um casamento de mais de uma década de duração. Prêmios: ● OSCAR – 1964 ü Venceu nas categorias de melhores efeitos especiais, melhor fotografia - colorido, melhor figurino - colorido e melhor direção de arte - colorido. ü Indicado nas categorias de melhor filme, melhor ator (Rex Harrison), melhor edição, melhor trilha sonora e melhor som. ● Globo de Ouro – 1964 ü Indicado nas categorias de melhor filme - drama, melhor diretor, melhor ator - drama (Rex Harrison) e melhor ator coadjuvante (Roddy McDowall).
Não vá com muita sede ao pote, o corpo que nesse se vê nem de longe é da estonteante dona daquela perna famosa. Cá entre nos é bom saber ser um típico filme dos anos 80: visual de video clip, trilha sonora boa mas o roteiro deixou um pouco a desejar, principalmente, porque o que parecia ser um amor verdadeiro, acabou virando uma obsessão doentia. Também não nego que, em minhas convicções, creio que o amor verdadeiro modifica qualquer pessoa, o que deviria ter acontecido com o personagem de Rooke. Deixo claro, também. que a excelente direção de Adrian Lyne, um dos diretores símbolos dos anos 80, ajudou também a ser "chamador" às salas de exibição, mas esse estilo vídeo clip que nos remete aos anos 80, que para mim época de ouro da cultura pop, somado à química e excelente interpretação do casal Rooke e Basinger superam qualquer falha. Um clássico filme oitentista que merece ser visto e revisto várias vezes. Um filme único, quiçá ímpar, que jamais deviam ter dito a ousadia de fazer aquele lixo quase pornô de continuação, como também imitações do mesmo baixo nível como Lua de Fel e a "trilixogia" Orquídea Selvagem, onde o primeiro foi filmado no Brasil e tendo o Mickey Rooke pagando um King Kong tentando repetir, sem êxito evidentemente, o John deste 9 1/2. Enfim, não percam tempo. Coloquem 9 1/2 Semanas de Amor na sua videoteca e sua trilha sonora na sua coleção. Sim, lá em riba falei sobre o corpo que não é de quem se imagina, veja outras (e essa) curiosidade sobre o filme: ● Durante o filme, a personagem Elizabeth sempre veste roupas brancas ou coloridas, com exceção de quando está com John, quando sempre veste preto ou cinza. ● Os produtores ofereceram a protagonista para Kathleen Turner, mas a atriz não topou. ● A atriz Kim Basinger usou dublês de corpo durante o filme. ● Seguido por 9 1/2 Semanas de Amor 2 (1997). Ah! Faltava esse: Prêmios: ● FRAMBOESA DE OURO 1987 Ganhou: Pior Atriz - Kim Basinger, Pior Música Original - "I Do What I Do", Pior Roteiro Mas não ligue pra esse negócio da Framboesa, assista!
Não se pode rotular esse filme ou como clichê ou como incoerente, precisa-se vê-lo, sentí-lo e responder! A primeira pergunta que se pode colocar é a de saber se Nell é ou não “criança selvagem “. Pensamos que não se pode dizer que Nell seja uma criança selvagem porque, em primeiro lugar, ela não é uma criança, mas sim uma adolescente. Depois, afasta-se dos três modelos de criança selvagem atrás referidos. Ainda assim, o único modelo em que Nell se podia inserir seria o dos meninos encarcerados, que não tiveram contatos com outros seres humanos. O que, no caso de Nell, não é também totalmente verdade. Embora não tenha tido contato com outros seres humanos, ela contactou com a mãe e a irmã. Além disso, Nell não vivia enclausurada pois saía à noite e só não saía de dia porque tinha medo. Ao contrário do selvagem de Aveyron que, quando foi encontrado na floresta, não falava e se deslocava com quatro “patas”, Nell quando foi encontrada sabia falar e andar em posição erecta. Outra das questões que é levantada neste filme é o fato de Jerry e Paula apresentarem no início soluções bastante antagônicas para o caso de Nell. De uma lado temos uma psicóloga que vê na jovem Nell uma oportunidade para a sua própria carreira. Trata-se de um caso muito raro, que não pode ser construído em laboratório e do qual, por isso mesmo, Paula tenta tirar todo o proveito. É com o intuito de ganhar algum protagonismo profissional que quer levar Nell para um Hospital. No Hospital poderia aprofundar o conhecimento da sua personalidade, através de um acompanhamento médico permanente. Por outro lado, temos Jerry que ganhou de imediato uma grande empatia por Nell. Por isso ele tenta mantê-la no seu habitat natural. É aí que Nell sempre viveu e é com a floresta que ela mais se identifica, como nos é revelado na cena da “ arvore ao vento “. Será então legítimo tirar Nell do meio onde sempre viveu? O que se sabe é que sempre viveu feliz, com tudo o que tinha à sua volta e que nunca precisou das comodidades que a sociedade nos oferece. Por outro lado, uma vez que nunca teve nenhuma da experiência no mundo moderno, Nell não poderá saber se esses mundo será melhor ou não para ela. É a consciência desta situação que leva Jerry e Paula a porem-se de acordo para lhe proporcionar essa experiência, levando-a à cidade. No início, Nell sente-se seduzida com tudo o que vê. Reage com a naturalidade ingenua de quem nunca conviveu com outros seres humanos. Por essa razão é que se dá a tentativa de aproveitamento dessa pureza, tanto pelos habitantes da cidade como até pela psicóloga. Poderia Nell adaptar-se a essa sociedade moderna? O que o filme mostra também é que todos os encontros que Nell tem com a sociedade, o encontro com os “ media “, a ida ao bar e até as análises ao sangue, só servem para ela se fechar mais ainda no seu mundo. Em conclusão poderíamos dizer que Nell não é anormal. Trata.-se apenas um ser humano que se afasta enormemente dos nossos padrões de vida. Ela nunca pediu nada a ninguém, apenas pede que a deixem continuar a viver uma vida simples. Ao olharmos para este filme, ficamos com a sensação que ele nos quer dar uma lição a nós espectadores. Sabe-se que sempre tivemos tendência para tomar o diferente como anormal. Ora, a diferença não é uma doença. Apenas é uma diferença! Há que aceitar as diferenças das pessoas que nos rodeiam. Não olhar para elas como seres inferiores… São apenas pessoas que olham para o mundo de outro modo… Mas o seu mundo também é o nosso mundo e, como tal, não devem ser excluídas mas sim compreendidos. Assim, como diz o slogan, somos todos iguais sendo todos diferentes… No entanto, a realidade é outra. Vive-se num mundo com diferentes culturas que nem sempre são respeitadas, mundo no qual se geram conflitos que muitas vezes se podiam evitar. A solução para acabar com esta situação é olhar para o próximo como o nosso igual. Como diz Nell, as pessoas deviam olhar-se olhos nos olhos. “Vocês não olham nos olhos uns dos outros... E tem fome de sossego... " Estas são as palavras de Nell, traduzidas pelo Dr. Lovell, que nos levam para o nosso próprio senso de isolamento e solidão. Este é um filme que aquece o coração. Foi bastante criticado como sendo irreal na sua tentativa de retratar uma moça/menina eremita, perdida nas florestas da Carolina do Norte. Com todo o respeito para com esses críticos, este filme nunca tentou ser esse retrato. Quanto a isso, como disse Jodie Foster, "ele presenta uma natureza secreta que todos perdemos no nosso caminho. Nell é extraordinariamente vulnerável e inocente; não sabe que quando estamos a sofrer podemos não chorar e que devemos ter vergonha e tapar o nosso corpo. " Jodie Foster representa o papel dessa jovem vulnerável com um grau de sofisticação que nos deixa enfeitiçados. Vele a pena ver este filme apenas por esta razão. Liam Neeson e Nastasha Richardson, que na vida real são casados, trazem o romance a este filme. E é aí, com o seu relacionamento, que o filme se aproxima da realidade. "
Os Filhos do Padre, de Vinko Bresan, não chega a ser instigante ou mesmo exótica; é curiosa. Seguindo a cartilha da narrativa clássica, o filme nos faz ver algo sem precedentes dentro da santa igreja católica sempre batendo de frente aos métodos que impeçam a natividade. O filme tem um ponto de partida interessante, que poderia gerar críticas ácidas. Bom, não conheço detalhes do catolicismo croata – pelo que consta, eles são bem religiosos – mas, considerando a média da população internacional, as piadas, apesar de divertidas, fazem uma crítica que é corrente até entre católicos. Nesse sentido, o filme bate em cachorro agonizante, apontando o quão retrógrado podem ser certos discursos da Igreja – até o Papa Francisco já contemporiza esse discurso. Nada disso significa que o filme seja um desastre ou chato. Significa que se mantém em uma zona de conforto. Mesmo nela, contudo, consegue produzir situações divertidas, com algumas sacadas realmente muito interessantes. O diálogo entre o padre Fabijan e o Bispo é muito bom, acima da média do restante da história. No geral, Os Filhos do Padre é uma comédia divertida e relaxante, além de ser sempre algo sempre um bom exercício conhecer filmografias pouco acessíveis. Recomendo!
Deixa-me ver... Como iniciar, como dizer sobre esse filme que começou meio morno e sem empolgação, mas que aos poucos ele foi desenvolvendo um seu enredo e aquela viagem que pareceria ser pura diversão para um casal de americanos tornar-se uma catástrofe para ambos? Esperem, esperem. Tem outra coisa diferente! Não, nem de longe esse é um mero filme de drama policial, bem mais poderia ser um suspense despretensioso com desfecho muito bom. O certo é que há tempos não via um filme tão bem amarrado, além do que há algumas coisas meio trash, mas não há do que preocupar-se pois os bons momentos, com destaque para o veterano ator Ben Kingsley e Wood Herrelson e, cá para nos, devo confessar que gosto de filmes em neve (talvez por não conhecer, ou pela brancura sem fim, sei lá!) e esse negócio de ficar andando descalços na neve sei não... Mas vou deixar isso para outros que conhecem neve para falar da cena que a mulher do Ros (Woody) tem que revelar que matou o Carlos, escondeu até o fim. deixando o marido desconfiado. Quer saber? Vou falar mais nada não, assista e tire suas conclusões!
Não posso deixar, e nem poderia, afirmar que existe algo de fascinante em Um Estranho no Lago (eleito como o melhor filme de 2013 pela revista Cahiers du Cinéma) e esse fascínio passa diretamente por como o diretor Alain Guiraudie consegue, a partir de um exercício de repetição, fazer uma das mais intensas investigações do desejo sexual que o cinema recente já produziu. Estamos diante de um filme de cenário único, as margens de um lago em alguma parte do interior da França, utilizadas pela população gay da região para fazer pegação. Guiraudie nos confina com aqueles homens naquela pequena faixa de terra, nas pedras e na mata ao redor. Aqui com meu botões acho que intenção do cineasta não parece ser simplesmente provocar, mas anestesiar o espectador. Anestesiar pela repetição. Guiraudie filma o fluxo dos personagens por aquele espaço sem romantismo, como se explicasse ao espectador que o sexo gay, por ser essencialmente masculino, não conversa necessariamente com um sentimento mais profundo. Não há espaço para delicadezas. Aqueles homens estão ali para se realizar sexualmente, já que em sua rotina diária, a sociedade não lhe permite o gozo. É um sexo macho que só encontra seu espaço num ambiente marginal. Não digo gostar desse tipo de filme onde as margens podem, inclusive, ser uma moldura literal para marginal. O diretor parece ainda avisar ao espectador que, ao invadir aquele espaço, terá que conviver com o que existe nele. Guiraudie propõe uma operação curiosa: passa boa parte do filme sendo explícito – há nus frontais e de sexo oral, em cenas que dissecam um ambiente de pegação gay -, e repetitivo, causando a banalização dessas imagens. O cineasta, no entanto, parece apaixonado pelo movimento circular daqueles homens em busca de saciedade, como se a materialização do desejo, ou seja, o orgasmo, fosse uma meta não só dos personagens, mas de seu cinema. Guiraudie consegue encontra, numa estrutura de suspense, a forma ideal para dar corpo a essa caçada por sexo, brincando tanto com a atração pelo desconhecido quanto pelo perigo como caminho para excitação. Este perigo no filme é essencialmente físico. Ele surge no corpo de um homem misterioso, cujo bigodinho remete a atores pornôs do passado, sobre o qual o protagonista sabe pouco, mas se sente extremamente atraído, mesmo que os rastros que este homem deixa indiquem riscos imediatos. A cena final, uma das melhores do ano, radicaliza a discussão sobre até onde vai o desejo (e talvez o amor). Ela não só valida todo o filme, como explica as motivações daqueles homens: as trilhas dentro das matas podem ser perigosas, mas são tudo o que eles têm. Aos incautos alerto ser um filme pesado e explicito, não à toa ter classificação 18 anos por não haver faixa maior que essa. Se bem que deveria ser mais, 21 anos, no mínimo.
● Este é o segundo filme da franquia dirigido somente por Carlos Saldanha. O anterior foi A Era do Gelo 2 (2006). ● A Era do Gelo 3 foi precedido por A Era do Gelo (2002) e A Era do Gelo 2 (2006). ● Logo no começo do filme, o logo da 20th Century Fox aparece ao lado de pinheiros, coberto por neve. Vulcões fumegantes aparecem no lugar dos tradicionais holofotes nesta versão. ● Em uma parte de filme, quando vai se fazer a travessia do Abismo da Morte, Crash e Eddie são os primeiros que respiram o suposto gás tóxico da caverna, porém este, apenas altera a voz como gás hélio. Logo em seguida, Crash e seu irmão Eddie cantam "Christmas Don't Be Late" fazendo uma referência ao filme Alvin e os Esquilos. ● Em uma outra cena do filme, na parte onde Sid leva os 3 ovos para protegê-los da chuva, embaixo de pedras gigantes, há uma espécie de ilusão de ótica: a sombra que o Sol faz sobre Sid e os ovos tem a forma de uma preguiça grávida. Além de ser engraçada, esta cena ressalta a ideia de Sid querer "formar" uma família. ● Ainda sobre essa parte, aparecem apenas dois ovos quando Sid é visto de frente. ● O sucesso desse filme conseguiu um notável feito: Tomar o posto de Titanic e tornar-se o filme mais visto de todos os tempos em terras brasileiras, com uma arrecadação de cerca de R$80 milhões de reais em menos de 60 dias de exibição. ● Carlos Saldanha, o diretor do filme, também fez parte do elenco de vozes da dublagem brasileira. Ele interpreta os três dinossauros bebês que Sid cuida. ● Ice Age 3 estreou nos Estados Unidos faturando US$13 milhões no primeiro dia. Durante o fim de semana, arrecadou $41.7 milhões, ficando apenas US$800,000 atrás do faturamento de Transformers: Revenge of the Fallen nos mesmos três dias.3 O filme faturou $194,294,898 nos EUA e $808,085,427 mundialmente - a quarta maior bilheteria de 2009, atrás de Avatar, Harry Potter and the Half-Blood Prince e " Transformers: A Vingança dos Derrotados", e a vigésima segunda maior bilheteria da história (quarta maior de uma animação, atrás de Toy Story 3, Shrek 2 e Finding Nemo).4 ● No Brasil, o filme se tornou o sexto maior público da história com 9 milhões de espectadores,5 e também superou o faturamento de Titanic atingindo a marca de R$80 milhões arrecadados.6 ● O filme estreou a 2 de Julho de 2009 em Portugal e, logo na sua primeira semana em cartaz, teve 188.217 espectadores,7 entrando diretamente para o primeiro lugar da tabela dos mais vistos, e acabou por se tornar a maior bilheteria do ano com mais de 637 mil espectadores.,8 segundo o Instituto de Cinema e Audiovisual. ---------------
Curiosidades: ● Durante a canção "Viajar eu Vou", aparecem Mickey e Donald pedindo carona na estrada. Mais tarde durante o show do Power Line, a cabeça de Mickey aparece entre a plateia que assistia, revelando que os dois pediam carona anteriormente para também irem ao show. ● O telefone no quarto de Max tem o formato do Mickey Mouse. ● As chaves do Pateta têm um "D" de Disney desenhado. ● Durante a viagem, na canção que o Max canta com o Pateta, Max afirma querer ir a Nesville ver o Rei Leão. ● Na dublagem brasileira do filme, a voz do Pateta foi feita pelo dublador Nelson Batista, que entre o final dos anos 80 e começo dos anos 90 também dublava os desenhos clássicos do Pateta em estúdios paulistas. Nas canções do filme no entanto, a voz de Pateta foi feita por Anderson Coutinho que o dublava no Rio em A Turma do Pateta durante a década de 1990. ● No filme, Pateta aprecia muito o mambo e sempre que quer festejar dança-o. ● Apesar do filme ser inspirado na série de TV "A Turma do Pateta", o visual de Pateta e Bafo são baseados mais nos desenhos clássicos de cinema, do que no traço da série. ● Na dublagem brasileira o Bafo é chamado algumas vezes de "João", pelo fato do seu nome completo ser "João Bafo-de-Onça". ● Em Portugal, o filme foi lançado em DVD. ● Durante a viagem, Pateta e Max decidem brincar de adivinhação. No meio dessa brincadeira, eles mencionam o nome de Walt Disney. -------------------------- Assista: http://cinerialto.blogspot.com.br/
Sobre Dumbo: ● Peggy Lee acabou processando a Disney mais tarde alegando que ainda retinha os direitos das cópías legais. Ela ganhou na justiça pouco mais de 2 milhões de dólares, mas antes houve uma longa batalha com o estúdio, que só se resolveu em 1991. ● Esse é o primeiro longa-metragem de animação feito em widescreen. Ele foi feito simultaneamente tanto na versão widescreen CinemaScope como no padrão comum da Academia. Esse foi também o filme mais longo que a companhia já criou. ● Antes de animar a cena de briga entre o Vagabundo e o rato, o animador Wolfgang Reitherman manteve ratos em uma gaiola perto da sua mesa para estudar suas ações. ● No lançamento do vídeo em 1999, partes de alguns diálogos estavam faltando. Acredita-se que isso foi causado devido ao processo de restauração do estúdio que incorporou tanto os formatos americano como o internacional, o que acabou criando inadvertidamente uma versão híbrida. Normalmente a Disney produz versões diferentes para os Estados Unidos e para o exterior para fazer com que o diálogo em língua estrangeira caiba no filme. ● Nas versões anteriores do roteiro, o Vagabundo foi primeiro chamado de Homer, depois de Rags e também de Bozo. No roteiro de 1940 entraram as gatinhas siamesas. Inicialmente conhecidas como Si e Am, elas foram depois renomeadas de Nip e Tuck. ● Apesar de algumas críticas negativas, o filme foi um grande sucesso de bilheteria quando lançado em 1955, tornando-se um dos filmes de animação mais populares com o público. ● A Dama e o Vagabundo foi lançado nos cinemas dos EUA em 22 de Junho de 1955 e foi re-lançado nos anos de 1962, 1971, 1980 e 1986; no Brasil foi lançado em 24 de Junho de 1955; em Portugal foi lançado em 28 de Setembro do mesmo ano. ● Foi lançado pela primeira vez em VHS em 1987 nos EUA e em 1998 foi relançado também em VHS pela coleção Walt Disney Masterpiece Collection. No ano de 1999 o filme foi lançado pela primeira vez em DVD e em 28 de Fevereiro de 2006 foi re-lançado na Edição Platinum com DVD duplo remixado com som 5.1 Disney Enhanced Home Theater Mix. ● No Brasil o longa foi lançado 2 vezes em vídeo em 1991 e em 1997 pela Abril Vídeo. Foi lançado 2 vezes em DVD, em 2000 e em 2006 com a Buena Vista Home Entertainment e Walt Disney Home Entertainment (Edição Especial). ----------------------- Assista em meu blog: http://cinerialto.blogspot.com.br/
O filme é bom não apenas por ser fiel à obra de Gustave Fleubert, excelente fotografia e figurino, os costumes do século XIX, sem falar na atuação magistral de Isabelle Huppert que arrebatrou o prêmio de melhor atriz no FESTIVAL DE MOSCOU (1991).
Após ver pela enésima vez esse filme ainda me espanto ao relembrar ter sido considerado um fracasso monumental. Pelo menos esse foi o consenso após o lançamento de A Filha de Ryan, em 1970. Chuvas de críticas tombaram sobre David Lean, em seu projeto mais pessoal, mais querido. Pauline Kael, uma das críticas mais renomadas dos Estados Unidos, liderou os ataques ao diretor britânico. Um filme grandioso demais, épico demais, para um tema tão corriqueiro: um simples adultério. Os mesmos críticos que rechaçaram o filme de Lean, louvaram no mesmo ano, Love Story, melodrama açucarado que se tornou refêrencia de bom filme na década de 70. No comments, dirá ironicamente o compositor Maurice Jarre, em uma entrevista, a respeito desse fenômeno inusitado. Foram tantos bombardeios que, desnorteado e decepcionado, David Lean ficou 14 anos sem dirigir outro filme para o cinema. O diretor, que emplacou imensos sucessos consecutivos desde Desencanto (1945), aparentemente não estava mais na moda. O cinema ficou pequeno de repente. O sensacional, o épico, o grandioso passaram a ser características pouco apreciadas. Talvez em função das escritas virulentas daquela comandita insana de americanos, quiçá enciumados pelo maravilhoso trabalho do britânico, A Filha de Ryan é, ainda hoje, um filme pouco conhecido de David Lean, mas seu status evoluiu com o tempo. Poucos críticos ousariam dizer, hoje em dia, que se trata de uma obra menor do diretor. Ao contrário, alguns especialistas apontam que este é o filme em que os elementos da filmografia de Lean encontram seu ápice técnico e formal. Incompreendido na época de seu lançamento, o filme é visto hoje como uma obra-prima (fenômeno bastante recorrente na história do cinema). Não é segredo que o adultério é um dos temas preferidos de David Lean, basta pensarmos em Dr. Jivago (1965), Desencanto (1945), A História de uma mulher (1949) e, claro, A Filha de Ryan. Não é difícil encontrar um paralelo entre esse tema recorrente da filmografia do cineasta e sua vida pessoal, afinal ele foi um homem de muitas mulheres e de muitos affairs. Robert Bolt, o roteirista do filme (e parceiro habitual de Lean desde Lawrence da Arábia), se inspirou numa das histórias de adultério mais famosas da literatura, o romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. No entanto, existe uma diferença essencial entre as duas obras. Sob Emma Bovary pesava a ironia mordaz de Flaubert. Lean, por sua vez, se identifica com Rose Ryan e não faz dela um personagem ridículo. Ela é verdadeiramente uma heroína romântica. O cinema de Lean não é um cinema da derrisão, da ironia, da paródia. O cenário espetacular de A Filha de Ryan contribui ao caráter épico do filme. Lean explora a beleza e a diversidade das paisagens irlandesas, as belas falésias, as praias, os rochedos e os campos. O cineasta demonstra um fascínio pelo sublime da natureza. O nascer do sol dos créditos iniciais confere uma dimensão cósmica à narrativa. Na sequência de abertura, a silhueta esguia de Rose Ryan aparece em meio à imensidão de uma paisagem de tirar o fôlego. A beleza da composição e das cores nos faz pensar em quadros de Monet, como Mulher com guarda-chuva e Passeio sobre o monte em Pourville. A sequência de abertura mostra a magnificência da paisagem em oposição ao individuo, pequeno e frágil. A comunhão com a natureza é também explorada em uma das cenas mais belas do filme (e da carreira de Lean), aquela em que Rose e o soldado fazem amor em um bosque. Nesta cena, os elementos da natureza são cúmplices dos amantes. A natureza é dotada de vida própria e ela parece se animar. A associação do ato sexual e a natureza não é somente de ordem metafórica, mas também mágica. A cena corresponde ao momento em que David Lean explora de maneira mais radical na sua filmografia a relação entre a sensualidade e a paisagem. A incrível fotografia de Freddie Young contribui para que o filme seja visualmente arrebatador. E o que dizer da bela trilha sonora de Maurice Jarre? O compositor francês afirmou certa vez ser este o seu trabalho favorito. Além de ser tecnicamente brilhante, o filme conta com um grande elenco. Sarah Miles, indicada ao Oscar por sua performance, confere complexidade a sua personagem, uma heroína romântica confrontada ao mundo real. O grande Robert Mitchum oferece uma atuação delicada e sensível como o marido traído. Os veteranos Trevor Howard e Leo McKern brilham em cada cena e John Mills, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, dá um verdadeiro show como Michael, o “bobo” do vilarejo. Em A Filha de Ryan, David Lean dá dimensões épicas a uma história de amor. Trata-se de um dos filmes mais bonitos do cineasta britânico e o menos conhecido da segunda fase da carreira do diretor. Esta obra-prima merece ser vista e revista! Veja em meu blog.
De cara te digo não ter gostado, talvez por Mel ainda ainda vai que ela é sempre boa (tambem boa atriz, se pensaram diferente), mas esse é um daqueles que não somam pela mesmice tacanha de todos os outros sobre o mesmo tema como se os anos negros no brasil fosse somente um romance e não o terror que essa meninada somente toma conhecimento por esses filmes que não dizem e nem contam nada...
E olhem que não tive que esperar o 22/11/13 para assistir esse também e, para mim um espanto, já dublado. O filme da diretora indiana Deepa Mehta, que já nos tinha dado do ótimo “Às Margens do Rio Sagrado” em de 2005, conseguiu nos brindar com um dos filmes esteticamente mais bonitos dos últimos anos, porém (putz! porque sempre um porém?) erra a mão no roteiro, escrito em parceria com o autor da premiada obra original: Salman Rushdie. Talvez a presença dele, que não possui experiência com a linguagem cinematográfica e que faz uma ponta na narração no original, tenha sido um "desserviço" para o resultado final, já que fica nítido o desejo de abraçar narrativamente todos os vários arcos do épico literário, comprimindo as subtramas em pouco mais de duas horas. Uma edição menos emocionalmente envolvida com o material conseguiria aparar as muitas arestas e se focar na essência da história. Para os mais jovens entenderem melhor, “Os Filhos da Meia-Noite” comete o mesmo erro dos filmes da franquia “Harry Potter”, com um apego exagerado pelas linhas do livro, que acaba cegando a criatividade para as inúmeras opções que o audiovisual oferece em uma adaptação. Como em toda fábula, os personagens são muito mais interessantes e carismáticos em suas contrapartes infantis, mas nem mesmo a pegada folhetinesca que emoldura o terceiro ato consegue nos desestimular. É como se, na queda de braço entre o sistemático autor e a sensível diretora, conseguíssemos captar as bravas tentativas dela em potencializar a emotiva esperança de um povo exaurido na redenção prometida pelos seus filhos, em detrimento da sequência de “cartões postais” e aulas de história que são o foco de Rushdie. O equilíbrio nunca é alcançado, o filme tende a se arrastar bastante durante o segundo ato, mas o saldo final vale o preço do ingresso ou o tempo em assistir em meu blog. Era isso...
Esperem minha gente, não façam piadinhas bestas e descabidas sobre esse filme que tem o estranho dom de me fazer chorar. Borboleta Azul é baseado numa história real e nos leva ao impacto que a força que o ser humano tem em si próprio e na vida das outras pessoas. E realmente existem pessoas assim, que têm um brilho especial um força enorme capaz de nos mover. Os nossos sonhos podem ter grandes repercussões nos outros e muitas vezes mudam o rumo de muitas pessoas. Todos nós escrevemos um bocadinho da vida de cada um, pois um simples contacto pode marcar uma pessoa pela vida inteira, muitas vezes não precisa ser uma amizade de longa data, apenas de poucos momentos, mas momentos enriquecedores. E podemos sempre aprender com os mais novos, e ao fim ao cabo é o que este filme demonstra, uma grande lição de vida de um menino de 10 anos que se faz borboleta e borboleteia inundando a alma de uma paz que poucos conhecem. William Hurt vêm me habituando a este tipo de papeis, de homem traumatizado, inseguro e de difícil relacionamento, um coração frio que se vai aquecendo com alguém que chega de rompante à sua vida e a transforma por completo. É um bom ator, porém talvez seus papéis, vividos na telona, tornam-se um pouco repetitivos, dado as características das personagens serem muito semelhantes. Agora, por favor, nada de piadinhas enquanto a busca não é por uma borboleta que, alguns insensíveis, acham poder encontrar no Parque Lage. O filme, caros filmows, é sobre a busca de si mesmo que, a bem da verdade, poucos conseguem encontra-la! E chorei novamente...
Vampiras
2.6 205 Assista grátisTentei, juro que tentei não dormir... Terminou? Putz, e não assisti nada de nadica!!!!
The Children
2.9 76FANTÁSTICO!!!
Imagina o que poderia acontecer se as crianças, de repente, resolvessem matar os adultos, sem explicação alguma!... Lembrou-se dos clássicos? 'Quién puede matar a un niño? (1976) e Colheita Maldita (1984)?'. Então devia conhecer também as crianças de Tom Shankland (WAZ -- Matemática da Morte), que acerta ao focar o terror numa fazenda, sem que o público saiba a dimensão do problema e os protagonistas entendam o que está acontecendo. Ainda com o rosto angelical, elas se unem para eliminar os pais, fazendo daquele Natal uma experiência assustadora. Pena que o longa foi deixado de lado e está distante do conhecimento do público!
Assista em CINE RIALTO, Seção TERROR, Página 2!
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Haxan: A Feitiçaria Através dos Tempos
4.2 183 Assista AgoraEi! Ei! Venha cá amigo(a), não fuja e nem clique em outro lugar antes de ler isso sobre um filme imperdível!
Pense em um filme bizarro… Pois bem, esse filme é Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos. Uma mistura de documentário com filme didático, Häxan em seu começo parece um daqueles filmes feitos para o Telecurso 2000, testando a paciência do espectador com seu registro místico e histórico sobre… a feitiçaria através dos tempos, como seu próprio subtítulo informa, focando-se principalmente na estreita relação entre bruxas, demônios e toda a mentalidade estúpida da Igreja durante a Idade Média, que saía por aí queimando mulheres a torto e a direito.
Mas com o passar do tempo, meu amigo, segure-se que o filme se transforma em uma heresia desenfreada. Häxan é um dos mais controversos e assombrosos filmes de terror da década de 20, combinando naturalismo com efeitos especiais, que passeia entre o tom documental, por se declarar como uma apresentação do ponto de vista cultural e histórico, e o tom aterrorizante e herege que vai nos jogar na frente dos olhos bruxaria, magia negra, superstições, e por aí vai.
Não consigo imaginar o efeito que esse filme teve nas pessoas em plenos anos 20, mas com certeza é o mais próximo do que deve ter sido um filme transgressor na época. Foi o Cannibal Holocaust ou o Serbian Film da sua geração. Tanto que foi até proibido em diversos países.
Uma obra prima:
● Haxan Films, os criadores do filme A Bruxa de Blair, tiraram o nome desse filme dinamarquês.
● O diretor Benjamin Christensen originalmente planejou escrever o roteiro com a ajuda de historiadores, mas o plano foi por água abaixo quando ele soube que a maioria dos estudiosos que ele tinha em mente, era contra o filme.
● Para fazerem a cena em que as bruxas estão voando em cima de telhados da cidade, Benjamin Christensen e seu cameraman Johan Ankerstjerne fotografaram uma cidade miniatura (cada casa tinha aproximadamente 2 metros de altura) em uma enorme maquete, que foi toda feita manualmente e precisou de 20 homens para deixá-la pronta. Depois, diversos atores caracterizados e em cima de vassouras foram fotografados contra um fundo preto. Para fazer as vestes voarem com o vento, foi necessário um motor de avião. Um total de 75 bruxas foram fotografadas, cada uma individualmente, e depois uma impressora ótica especial foi construída por Johan para colocar as bruxas juntas.
● Embora feito com dinheiro da Suécia, o filme foi todo filmado no estúdio de Benjamin Christensen na Dinamarca.
● Apesar da maior parte das cenas do filme terem sido filmadas em estúdios fechados (isso porque Benjamin acreditava que os atores se sairiam melhores se fossem influenciados por uma atmosfera mais escura, sombria), o filme também contou com cenas externas. A maior parte dessas cenas foram filmadas à noite, o que era algo impensável para a época.
E se você ainda não assistiu ou deseja assistir novamente, não se acanhe, clique no link aí em baixo:
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Quando As Nuvens Passam
3.8 8 Assista AgoraA história é de Guy Bolton e adaptação de George Wells, ornamentada com a brilhante participação da estrela dos musicais - Judy Garland - e a interpretação muito convincente de Robert Walker como Jerome Kern. Mas, tem muita imaginação no meio. Mesmo para os "padrões de Hollywood ", este filme foi controverso por sua frouxidão com os fatos principais. Os colegas musicais de Kern não são representados essencialmente, enquanto dois personagens fictícios - o arranjador Hesler James e sua filha problemática, Sally - tem uma participação na maior na história.
Jerome Kern foi um pioneiro da Broadway, onde produziu diversos espetáculos de sucesso e O Barco das Ilusões ( "Boat Show") aparece aqui numa versão condensada, quando os primeiros 15 minutos do filme consistem em uma adaptação condensada do 1º ato da encenação, com a ordem deslocada de algumas das canções - "Can't Help Lovin' Dat Man" é cantada depois de " Life Upon The Wicked Stage", e "Ol 'Man River" foi usada como um Ato Final, o que não está no show. A canção "Can't Help 'Dat Man Lovin" como cantada por Lena Horne é a que foi filmada, como muitos de seus outros números musicais.
Na verdade, os sublimes números musicais são as verdadeiras vedetes deste espetáculo grandioso. Entre as mais belas canções, se destacam a interpretação de Frank Sinatra para Ol' Man River, encerrando em grande estilo esta celebração a um dos maiores compositores populares do século.
Judy Garland interpreta Marilyn Miller, protagonizando três números musicais coreografados por seu marido Vincente Minnelli. Os demais números musicais foram coreografados e dirigidos por Robert Alton. Garland, como estava grávida de sua filha, Liza Minnelli , quando filmou seu segmento, exigiu uma filmagem criativa para ocultar sua condição.
"Till the Clouds Roll By" é um dos vários musicais da MGM que têm de cair no domínio público devido a MGM não ter renovado os direitos de autor no início da década de 1970. Como tal, é um dos musicais da MGM amplamente mais divulgados, embora a qualidade destas cópias variam muito e a . Warner Home Video fez o filme totalmente restaurado em 2006.
A história sobre Kern é bem melhor cantada com os moldes e medidas das notas de sua própria música, Música essa que canta seu amor pelas pessoas, amor pelo país e pela vida. Para quem gosta de boa música será sempre grato por ele ter dedicado sua vida à música e sua música a nós.
E, se você ainda não assistiu, está em Cine Rialto.
A Ilusão Viaja de Trem
3.7 10A Ilusão Viaja de Bonde é, basicamente, uma boa comédia e, claro, uma forte crítica social que contrapõe o rico ao pobre, o patrão ao empregado, o capitalismo ao socialismo. Mas o filme não é um libelo socialista e conta com franqueza o sofrimento de uma população oprimida por inflação altíssima, escassez de comida e como as pessoas lidam com isso, sempre tentando dar a volta por cima e encarando a vida da melhor maneira possível.
Vale notar que esse filme é um dos poucos em que Buñuel não se envolveu ativamente na elaboração do roteiro. Conta a história que esse filme foi encomendado pelo sistema de transporte público da Cidade do México (Servicio de Transportes Eléctricos del D.F.) para desfazer a imagem ruim de um acidente que ocorrera no ano anterior. Era para ser, na realidade, uma longa propaganda das qualidades do sistema, mas nas mãos de Buñuel, o roteiro que vemos na tela está longe de passar essa mensagem. Sim, trata-se de uma comédia e, se vista dessa maneira bem rasa, até poderia funcionar como um comercial de 90 minutos, mas há muito “Buñuel” por debaixo da camada mais simples do filme, com as já mencionadas críticas sociais e, claro, muito iconoclastia religiosa, com especial destaque para a encenação grotesca da Gênesis no início da obra.
A bela Lilia Prado e Fernando Soto, atores que já haviam trabalhado com Buñuel em Subida ao Céu e A Filha do Engano, se divertem nesse filme, acompanhados de Carlos Navarro. Todos estão muito à vontade fazendo comédia e passam essa tranquilidade ao espectador, que logo se sente contagiado.
No entanto, A Ilusão Viaja de Bonde é um daqueles filmes menores de Buñuel, feito mais com o objetivo de ganhar o dinheiro de subsistência do que pela arte, característica comum nessa época na filmografia do diretor. Mas não há como não afirmar que é cativante e diverte os espectadores que se deixarem levar pelas piadas e pela crítica social envelopada como um apetitoso "burrito".
Ainda não assistiu? Corra a acesse Cine Rialto!
A Menina do Lado
2.6 51Apesar de parecer óbvio, é errado buscamos uma aproximação entre “Menina do Lado”, de 1987, e o sempre citado “Lolita”. O romance de Vladimir Nabokov, que deu origem ao filme de Kubrick (e a uma refilmagem nos anos 90), trata do fetichismo doentio de um homem de meia-idade por uma adolescente. Em “A Menina do Lado”, percebemos uma verdadeira relação de amor, mútuo, entre os protagonistas – ainda que, evidentemente, sujeita a nuvens e trovoadas.
Alberto Salvá, apesar das críticas venenosas daqueles que se acham paladinos da moralidade vesga, demonstrou em “A Menina do Lado” o relacionamento de um casal de namorados. As bobagens do dia-a-dia, a imaturidade, o sexo, o choro incontido de Mauro quando transa com a esposa e sente a ausência de Alice. O encantamento de um pelo outro, por motivos que lhes são pessoais e intransferíveis. Mauro toma uma taça de sorvete e sorri da voluptuosidade de Alice. Alice abraça-o, diz que é feliz. Brigam, voltam às boas. Há, porém, um bucolismo – acentuado pela trilha sonora de Tom Jobim – que faz da agressividade um impulso coadjuvante, mínimo, no meio do caldeirão de emoções que compartilham. Alberto Salvá conseguiu o que queria. Retratou uma vida a dois, inusitada mas plausível.
Quer saber mais? Acista em meu blog!
Edifício Treme-Treme
2.6 4Em seu primeiro papel de destaque, Chumbinho interpreta um zelador de um prédio decadente, que passa as noites espionando a vida sexual de seus moradores. O papel de “narrador voyeur” foi uma constante na carreira de Chumbinho, e aqui é possível encontrar seu filme inicial nessa posição. Quem assistiu ao filme, destaca as cenas de incesto entre um tio e suas sobrinhas, e uma ridícula seita satanista.
Assista esse e outros em Cine Rialto
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Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraXá de onda macho véi, danado de porreta esse tar de Cine Holliúdy, o primeiro filme falado em cearensês do mundo siô!
Óia cá cabra, inté podia ser piada não fosse esse filme todo em gírias dos lado de cima desse Brasilzão de meu Deus, só acho que a brincadeira poderia ser levada mais a sério, realmente traduzindo as gírias na legenda e não apenas transcrevendo-as. Poucas são as palavras mudadas do que é dito para o que é lido, tornando no decorrer do filme, a legenda um elemento que atrapalha em vez de ajudar, já que antecipa, inclusive falas e piadas que nosso cérebro acostumado não consegue não ler. De qualquer maneira isso não prejudica o resultado final do filme, que é uma comédia bem humorada, sem deixar de ser uma homenagem ao cinema.
Partindo de um curta-metragem produzido em 2004, Halder Gomes construiu uma saga de Francisgleydisson e família em busca de uma cidade no interior do estado que ainda não tenha sido infestada pela televisão. Tudo isso, porque ele é um projecionista apaixonado pela sétima arte, que passa os filmes de uma maneira muito particular, dublando, legendando e dando títulos aos rolos que trazem sempre obras chinesas de artes marciais. Em mais uma mudança, eles chegam em Pacatuba, onde irão ter trabalho para abrir o Cine Holliúdy, principalmente porque o prefeito local Olegrio Elpídio, vai querer se aproveitar da situação para ganhar alguns votos.
O filme tem diversas brincadeiras visuais, a começar pelos créditos colocados nas latas empoeiradas dos filmes, passando por uma apresentação de personagens com legendas divertidas. Durante toda a projeção vemos também algumas inserções como um disco voador, uma lâmpada mágica ou um efeito especial quando dois personagens tocam as mãos que fará sentido no final da trama. Isso sem falar com brincadeiras como o mico da família no cartaz de King Kong e os títulos dos filmes que estão espalhados pela parede do cinema.
Mas a brincadeira maior, no entanto, é mesmo com o povo cearense e seu modo de falar. Nunca se ouviu tanto "macho" em diálogos de filmes sem falar que os nomes dos personagens também são uma diversão a começar pelo protagonista Francisgleydisson. Mas, temos também o garotinho Walsdinei, que é, na verdade, um jeito "especial" de falar Walt Disney. Tudo é motivo para piada, até um ovo que é chamado de bife do olhão, em uma das poucas cenas onde o palavreado é forçado. No geral, as gírias convivem muito bem no texto, divertindo junto com os personagens.
O filme tem alguns problemas com o exagero, é verdade. Como a já citada cena do ovo ou algumas inserções desconectas como o padre no confessionário ou um pastor em um culto. Mesmo que sejam piadas extras, que queira tornar o filme uma brincadeira maior, não faz sentido mesmo para o espectador. Tem ainda a rixa entre um torcedor do Ceará e uma torcedora do Fortaleza que nunca consegue criar um clima de briga típica de torcidas rivais. Fica tudo forçado e exposto de uma maneira que não condiz com o resto do filme. Já as esquetes com o prefeito funcionam melhor, pois gerarão consequências na trama, desde a inauguração do banco da praça até os falsos telefonemas onde ouvimos o sinal de ocupado.
Mas vamos deixar de babosisse que Cine Holliúdy consegue agradar a todos por ser uma história simples, porém sincera sobre um problema que muitos já viveram. Mesmo sem ser cearense, é possível se identificar com essa nostalgia dos cinemas de rua, principalmente das finadas salas do interior do país que já tinha sido retratadas tão bem em Tapete Vermelho. Ainda que seja uma comédia escrachada, o filme traz essa reflexão e alerta. Nos dá saudades de um tempo ingênuo que não volta mais. Ao mesmo tempo em que nos diverte de maneira simples, com o humor das ruas. Fala mais ao cearense, claro, mas é possível criar diálogo com qualquer ser humano.
E apôis? Xá disso macho, corre pra vê antes que saia do cinema que filme feito no Brasil é assim, poucos dias, e se for cearense... Vixe!
Em português claro digo que esse danado também está em meu blog, visse?
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraEspere, espere... Se não me engado foi a.. Nove, dez anos que esse diretor nos brindou com seu "Simplesmente Amor" e agora esse "Questão de Tempo", uma deliciosa comédia romântica inteligente, divertida e bonita um tanto diferente das que habitam as salas de exibição nas terras tupiniquins. E o melhor (e estranho) é que esse bom britânico fugiu dos nomes icônicos optando pela beleza delicada de Rachel McAdams e pelo cômico do simpático, mas esquisito Domhnall Gleeson.
Vale lembrar que curtis é responsavelmente direto pelos sucessos de "Quatro Casamentos e Um Funeral", "Um Lugar Chamado Notting Hill" e "O Diário de Bridget Jones", roteiros seus e agora prova mais uma vez que sabe escrever um bom e criativo romance. Se Questão de Tempo não chega a atingir o nível das produções citadas, ao menos diverte e encanta seu espectador.
Como nos filmes anteriores, Curtis também insere o drama como elemento para a condução de uma narrativa cômica, o que dá ao longa uma autenticidade impressionante. O fato de não estarmos diante de um galã também colabora para isso. Gleeson é um sujeito comum, é qualquer um de nós. Com isso, entramos de cabeça em sua tentativa de conquistar uma linda garota.
Mas tenho que dizer que o filme possui alguns problemas, o ritmo o mais sério deles. Os longos 123 minutos de duração pesam um pouco e a impressão que fica é que poderia ter perdido menos tempo em histórias paralelas como da irmã de Tim e um ex-interesse amoroso. Ainda assim, oferece momentos de extrema beleza. Não apenas diante da paixão entre Tim e Mary, mas também ao explorar o relacionamento do primeiro com seu pai. Bill Nighy rouba a cena quando aparece, sempre com seu estilo de veterano despojado, mas ainda assim reflexivo.
Um mérito da produção é abraçar a noção de viagem no tempo de forma criativa e natural, sem fazer disso algo extraordinário. É apenas a realidade dos homens daquela família e não algo que surge de uma experiência científica ou picada de aranha. A força da imaginação é o combustível para a história.
É tão bom que está em meu blog!
Um Homem, Uma Mulher
4.1 87Curiosidades e Informações extras:
● O diretor utilizou a cor para localizar os espectadores no tempo: o colorido representa as lembranças e, o preto e branco, o momento presente.
● Em 1986, Claude Lelouch filmou uma sequência, Um homem, uma mulher: 20 anos depois, repetindo o par central com Anouk Aimée e Jean-Louis Trintignant, Antoine Sire, assim como o roteirista Pierre Uytterhoeven e o compositor musical Francis Lai.
Prêmios e Indicações:
► Oscar 1967 (EUA)
● Venceu nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor roteiro original.
Indicado nas categorias de melhor atriz (Anouk Aimée) e melhor diretor.
► BAFTA 1968 (Reino Unido)
● Venceu na categoria de melhor atriz estrangeira (Anouk Aimée).
● Indicado na categoria de melhor filme de qualquer origem.
► Festival de Cannes 1966 (França)
● Ganhou a Palma de Ouro e o Prêmio OCIC.
► Globo de Ouro 1967 (EUA)
● Venceu nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor atriz de cinema - drama (Anouk Aimée).
● Indicado nas categorias de melhor diretor de cinema, melhor trilha sonora e melhor canção para cinema (A Man and a Woman).
Cleópatra
4.0 309 Assista AgoraCuriosidades e Informações extras:
● Cleopatra é considerado o segundo filme mais caro de todos os tempos - perdendo apenas para Avatar de James Cameron; planejado para custar 2 milhões de dólares em 1962, sua produção custou 44 milhões de dólares em valores da época. Segundo valores atualizados em 2005, o filme custou 286,4 milhões de dólares.2 Com o relativo fracasso comercial, quase levou à bancarrota a 20th Century Fox, produtora e financiadora do filme.
● Por sua participação em Cleopatra, Elizabeth Taylor foi a primeira atriz de Hollywood a receber um milhão de dólares pela atuação em um filme. Até então o recorde era de Audrey Hepburn, que recebeu um salário de 750 mil dólares por "Bonequinha de Luxo".
● Logo no início das filmagens, Elizabeth Taylor adoeceu e, como praticamente todas as cenas necessitavam da sua presença, a produção foi paralisada por aproximadamente seis meses até que ela se recuperasse.
● Durante as filmagens, Elizabeth Taylor trocou de figurino 65 vezes, foi um record na época, mas foi batido em 1996, no filme "Evita", em que Madonna troca de roupa 85 vezes.
● Cleopatra foi a quinta refilmagem da história romanceada da rainha do Egito (as três primeiras no cinema mudo, a quarta em 1934 com Claudette Colbert), houve também uma versão com Vivien Leigh, em 1945.
● Foi durante as filmagens que Elizabeth Taylor e Richard Burton se apaixonaram e começaram um casamento de mais de uma década de duração.
Prêmios:
● OSCAR – 1964
ü Venceu nas categorias de melhores efeitos especiais, melhor fotografia - colorido, melhor figurino - colorido e melhor direção de arte - colorido.
ü Indicado nas categorias de melhor filme, melhor ator (Rex Harrison), melhor edição, melhor trilha sonora e melhor som.
● Globo de Ouro – 1964
ü Indicado nas categorias de melhor filme - drama, melhor diretor, melhor ator - drama (Rex Harrison) e melhor ator coadjuvante (Roddy McDowall).
9 1/2 Semanas de Amor
3.2 277 Assista AgoraNão vá com muita sede ao pote, o corpo que nesse se vê nem de longe é da estonteante dona daquela perna famosa.
Cá entre nos é bom saber ser um típico filme dos anos 80: visual de video clip, trilha sonora boa mas o roteiro deixou um pouco a desejar, principalmente, porque o que parecia ser um amor verdadeiro, acabou virando uma obsessão doentia. Também não nego que, em minhas convicções, creio que o amor verdadeiro modifica qualquer pessoa, o que deviria ter acontecido com o personagem de Rooke.
Deixo claro, também. que a excelente direção de Adrian Lyne, um dos diretores símbolos dos anos 80, ajudou também a ser "chamador" às salas de exibição, mas esse estilo vídeo clip que nos remete aos anos 80, que para mim época de ouro da cultura pop, somado à química e excelente interpretação do casal Rooke e Basinger superam qualquer falha.
Um clássico filme oitentista que merece ser visto e revisto várias vezes. Um filme único, quiçá ímpar, que jamais deviam ter dito a ousadia de fazer aquele lixo quase pornô de continuação, como também imitações do mesmo baixo nível como Lua de Fel e a "trilixogia" Orquídea Selvagem, onde o primeiro foi filmado no Brasil e tendo o Mickey Rooke pagando um King Kong tentando repetir, sem êxito evidentemente, o John deste 9 1/2. Enfim, não percam tempo. Coloquem 9 1/2 Semanas de Amor na sua videoteca e sua trilha sonora na sua coleção.
Sim, lá em riba falei sobre o corpo que não é de quem se imagina, veja outras (e essa) curiosidade sobre o filme:
● Durante o filme, a personagem Elizabeth sempre veste roupas brancas ou coloridas, com exceção de quando está com John, quando sempre veste preto ou cinza.
● Os produtores ofereceram a protagonista para Kathleen Turner, mas a atriz não topou.
● A atriz Kim Basinger usou dublês de corpo durante o filme.
● Seguido por 9 1/2 Semanas de Amor 2 (1997).
Ah! Faltava esse:
Prêmios:
● FRAMBOESA DE OURO 1987
Ganhou: Pior Atriz - Kim Basinger, Pior Música Original - "I Do What I Do", Pior Roteiro
Mas não ligue pra esse negócio da Framboesa, assista!
Nell
3.7 221 Assista AgoraNão se pode rotular esse filme ou como clichê ou como incoerente, precisa-se vê-lo, sentí-lo e responder!
A primeira pergunta que se pode colocar é a de saber se Nell é ou não “criança
selvagem “. Pensamos que não se pode dizer que Nell seja uma criança selvagem
porque, em primeiro lugar, ela não é uma criança, mas sim uma adolescente. Depois,
afasta-se dos três modelos de criança selvagem atrás referidos. Ainda assim, o único
modelo em que Nell se podia inserir seria o dos meninos encarcerados, que não tiveram contatos com outros seres humanos. O que, no caso de Nell, não é também totalmente verdade. Embora não tenha tido contato com outros seres humanos, ela contactou com a mãe e a irmã. Além disso, Nell não vivia enclausurada pois saía à noite e só não saía de dia porque tinha medo. Ao contrário do selvagem de Aveyron que, quando foi encontrado na floresta, não falava e se deslocava com quatro “patas”, Nell quando foi encontrada sabia falar e andar em posição erecta.
Outra das questões que é levantada neste filme é o fato de Jerry e Paula
apresentarem no início soluções bastante antagônicas para o caso de Nell. De uma lado temos uma psicóloga que vê na jovem Nell uma oportunidade para a sua própria
carreira. Trata-se de um caso muito raro, que não pode ser construído em laboratório e
do qual, por isso mesmo, Paula tenta tirar todo o proveito. É com o intuito de ganhar
algum protagonismo profissional que quer levar Nell para um Hospital. No Hospital
poderia aprofundar o conhecimento da sua personalidade, através de um acompanhamento médico permanente. Por outro lado, temos Jerry que ganhou de
imediato uma grande empatia por Nell. Por isso ele tenta mantê-la no seu habitat
natural. É aí que Nell sempre viveu e é com a floresta que ela mais se identifica, como
nos é revelado na cena da “ arvore ao vento “. Será então legítimo tirar Nell do meio
onde sempre viveu? O que se sabe é que sempre viveu feliz, com tudo o que tinha à sua volta e que nunca precisou das comodidades que a sociedade nos oferece. Por outro lado, uma vez que nunca teve nenhuma da experiência no mundo moderno, Nell não poderá saber se esses mundo será melhor ou não para ela. É a consciência desta situação que leva Jerry e Paula a porem-se de acordo para lhe proporcionar essa experiência, levando-a à cidade. No início, Nell sente-se seduzida com tudo o que vê. Reage com a naturalidade ingenua de quem nunca conviveu com outros seres humanos. Por essa razão é que se dá a tentativa de aproveitamento dessa pureza, tanto pelos habitantes da cidade como até pela psicóloga. Poderia Nell adaptar-se a essa sociedade moderna? O que o filme mostra também é que todos os encontros que Nell tem com a sociedade, o encontro com os “ media “, a ida ao bar e até as análises ao sangue, só servem para ela se fechar mais ainda no seu mundo.
Em conclusão poderíamos dizer que Nell não é anormal. Trata.-se apenas um ser
humano que se afasta enormemente dos nossos padrões de vida. Ela nunca pediu nada a ninguém, apenas pede que a deixem continuar a viver uma vida simples. Ao olharmos para este filme, ficamos com a sensação que ele nos quer dar uma lição a nós espectadores. Sabe-se que sempre tivemos tendência para tomar o diferente como
anormal. Ora, a diferença não é uma doença. Apenas é uma diferença! Há que aceitar as diferenças das pessoas que nos rodeiam. Não olhar para elas como seres inferiores… São apenas pessoas que olham para o mundo de outro modo… Mas o seu mundo também é o nosso mundo e, como tal, não devem ser excluídas mas sim compreendidos.
Assim, como diz o slogan, somos todos iguais sendo todos diferentes… No entanto, a
realidade é outra. Vive-se num mundo com diferentes culturas que nem sempre são
respeitadas, mundo no qual se geram conflitos que muitas vezes se podiam evitar. A
solução para acabar com esta situação é olhar para o próximo como o nosso igual.
Como diz Nell, as pessoas deviam olhar-se olhos nos olhos.
“Vocês não olham nos olhos uns dos outros... E tem fome de sossego... " Estas
são as palavras de Nell, traduzidas pelo Dr. Lovell, que nos levam para o nosso próprio
senso de isolamento e solidão. Este é um filme que aquece o coração. Foi bastante
criticado como sendo irreal na sua tentativa de retratar uma moça/menina eremita, perdida nas florestas da Carolina do Norte. Com todo o respeito para com esses críticos, este filme nunca tentou ser esse retrato. Quanto a isso, como disse Jodie Foster, "ele presenta uma natureza secreta que todos perdemos no nosso caminho. Nell é extraordinariamente vulnerável e inocente; não sabe que quando estamos a sofrer podemos não chorar e que devemos ter vergonha e tapar o nosso corpo. "
Jodie Foster representa o papel dessa jovem vulnerável com um grau de
sofisticação que nos deixa enfeitiçados. Vele a pena ver este filme apenas por esta
razão. Liam Neeson e Nastasha Richardson, que na vida real são casados, trazem o
romance a este filme. E é aí, com o seu relacionamento, que o filme se aproxima da
realidade. "
Os Filhos do Padre
3.6 77 Assista AgoraOs Filhos do Padre, de Vinko Bresan, não chega a ser instigante ou mesmo exótica; é curiosa. Seguindo a cartilha da narrativa clássica, o filme nos faz ver algo sem precedentes dentro da santa igreja católica sempre batendo de frente aos métodos que impeçam a natividade.
O filme tem um ponto de partida interessante, que poderia gerar críticas ácidas. Bom, não conheço detalhes do catolicismo croata – pelo que consta, eles são bem religiosos – mas, considerando a média da população internacional, as piadas, apesar de divertidas, fazem uma crítica que é corrente até entre católicos. Nesse sentido, o filme bate em cachorro agonizante, apontando o quão retrógrado podem ser certos discursos da Igreja – até o Papa Francisco já contemporiza esse discurso.
Nada disso significa que o filme seja um desastre ou chato. Significa que se mantém em uma zona de conforto. Mesmo nela, contudo, consegue produzir situações divertidas, com algumas sacadas realmente muito interessantes. O diálogo entre o padre Fabijan e o Bispo é muito bom, acima da média do restante da história.
No geral, Os Filhos do Padre é uma comédia divertida e relaxante, além de ser sempre algo sempre um bom exercício conhecer filmografias pouco acessíveis.
Recomendo!
Expresso Transiberiano
3.1 129 Assista AgoraDeixa-me ver... Como iniciar, como dizer sobre esse filme que começou meio morno e sem empolgação, mas que aos poucos ele foi desenvolvendo um seu enredo e aquela viagem que pareceria ser pura diversão para um casal de americanos tornar-se uma catástrofe para ambos?
Esperem, esperem. Tem outra coisa diferente!
Não, nem de longe esse é um mero filme de drama policial, bem mais poderia ser um suspense despretensioso com desfecho muito bom. O certo é que há tempos não via um filme tão bem amarrado, além do que há algumas coisas meio trash, mas não há do que preocupar-se pois os bons momentos, com destaque para o veterano ator Ben Kingsley e Wood Herrelson e, cá para nos, devo confessar que gosto de filmes em neve (talvez por não conhecer, ou pela brancura sem fim, sei lá!) e esse negócio de ficar andando descalços na neve sei não...
Mas vou deixar isso para outros que conhecem neve para falar da cena que a mulher do Ros (Woody) tem que revelar que matou o Carlos, escondeu até o fim. deixando o marido desconfiado.
Quer saber? Vou falar mais nada não, assista e tire suas conclusões!
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraNão posso deixar, e nem poderia, afirmar que existe algo de fascinante em Um Estranho no Lago (eleito como o melhor filme de 2013 pela revista Cahiers du Cinéma) e esse fascínio passa diretamente por como o diretor Alain Guiraudie consegue, a partir de um exercício de repetição, fazer uma das mais intensas investigações do desejo sexual que o cinema recente já produziu. Estamos diante de um filme de cenário único, as margens de um lago em alguma parte do interior da França, utilizadas pela população gay da região para fazer pegação. Guiraudie nos confina com aqueles homens naquela pequena faixa de terra, nas pedras e na mata ao redor.
Aqui com meu botões acho que intenção do cineasta não parece ser simplesmente provocar, mas anestesiar o espectador. Anestesiar pela repetição. Guiraudie filma o fluxo dos personagens por aquele espaço sem romantismo, como se explicasse ao espectador que o sexo gay, por ser essencialmente masculino, não conversa necessariamente com um sentimento mais profundo. Não há espaço para delicadezas. Aqueles homens estão ali para se realizar sexualmente, já que em sua rotina diária, a sociedade não lhe permite o gozo. É um sexo macho que só encontra seu espaço num ambiente marginal.
Não digo gostar desse tipo de filme onde as margens podem, inclusive, ser uma moldura literal para marginal. O diretor parece ainda avisar ao espectador que, ao invadir aquele espaço, terá que conviver com o que existe nele. Guiraudie propõe uma operação curiosa: passa boa parte do filme sendo explícito – há nus frontais e de sexo oral, em cenas que dissecam um ambiente de pegação gay -, e repetitivo, causando a banalização dessas imagens. O cineasta, no entanto, parece apaixonado pelo movimento circular daqueles homens em busca de saciedade, como se a materialização do desejo, ou seja, o orgasmo, fosse uma meta não só dos personagens, mas de seu cinema.
Guiraudie consegue encontra, numa estrutura de suspense, a forma ideal para dar corpo a essa caçada por sexo, brincando tanto com a atração pelo desconhecido quanto pelo perigo como caminho para excitação. Este perigo no filme é essencialmente físico. Ele surge no corpo de um homem misterioso, cujo bigodinho remete a atores pornôs do passado, sobre o qual o protagonista sabe pouco, mas se sente extremamente atraído, mesmo que os rastros que este homem deixa indiquem riscos imediatos. A cena final, uma das melhores do ano, radicaliza a discussão sobre até onde vai o desejo (e talvez o amor). Ela não só valida todo o filme, como explica as motivações daqueles homens: as trilhas dentro das matas podem ser perigosas, mas são tudo o que eles têm.
Aos incautos alerto ser um filme pesado e explicito, não à toa ter classificação 18 anos por não haver faixa maior que essa. Se bem que deveria ser mais, 21 anos, no mínimo.
A Era do Gelo 3
3.6 1,1K Assista AgoraCuriosidades e Informações extras sobre o filme:
● Este é o segundo filme da franquia dirigido somente por Carlos Saldanha. O anterior foi A Era do Gelo 2 (2006).
● A Era do Gelo 3 foi precedido por A Era do Gelo (2002) e A Era do Gelo 2 (2006).
● Logo no começo do filme, o logo da 20th Century Fox aparece ao lado de pinheiros, coberto por neve. Vulcões fumegantes aparecem no lugar dos tradicionais holofotes nesta versão.
● Em uma parte de filme, quando vai se fazer a travessia do Abismo da Morte, Crash e Eddie são os primeiros que respiram o suposto gás tóxico da caverna, porém este, apenas altera a voz como gás hélio. Logo em seguida, Crash e seu irmão Eddie cantam "Christmas Don't Be Late" fazendo uma referência ao filme Alvin e os Esquilos.
● Em uma outra cena do filme, na parte onde Sid leva os 3 ovos para protegê-los da chuva, embaixo de pedras gigantes, há uma espécie de ilusão de ótica: a sombra que o Sol faz sobre Sid e os ovos tem a forma de uma preguiça grávida. Além de ser engraçada, esta cena ressalta a ideia de Sid querer "formar" uma família.
● Ainda sobre essa parte, aparecem apenas dois ovos quando Sid é visto de frente.
● O sucesso desse filme conseguiu um notável feito: Tomar o posto de Titanic e tornar-se o filme mais visto de todos os tempos em terras brasileiras, com uma arrecadação de cerca de R$80 milhões de reais em menos de 60 dias de exibição.
● Carlos Saldanha, o diretor do filme, também fez parte do elenco de vozes da dublagem brasileira. Ele interpreta os três dinossauros bebês que Sid cuida.
● Ice Age 3 estreou nos Estados Unidos faturando US$13 milhões no primeiro dia. Durante o fim de semana, arrecadou $41.7 milhões, ficando apenas US$800,000 atrás do faturamento de Transformers: Revenge of the Fallen nos mesmos três dias.3 O filme faturou $194,294,898 nos EUA e $808,085,427 mundialmente - a quarta maior bilheteria de 2009, atrás de Avatar, Harry Potter and the Half-Blood Prince e " Transformers: A Vingança dos Derrotados", e a vigésima segunda maior bilheteria da história (quarta maior de uma animação, atrás de Toy Story 3, Shrek 2 e Finding Nemo).4
● No Brasil, o filme se tornou o sexto maior público da história com 9 milhões de espectadores,5 e também superou o faturamento de Titanic atingindo a marca de R$80 milhões arrecadados.6
● O filme estreou a 2 de Julho de 2009 em Portugal e, logo na sua primeira semana em cartaz, teve 188.217 espectadores,7 entrando diretamente para o primeiro lugar da tabela dos mais vistos, e acabou por se tornar a maior bilheteria do ano com mais de 637 mil espectadores.,8 segundo o Instituto de Cinema e Audiovisual.
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Pateta: O Filme
3.6 206 Assista AgoraCuriosidades:
● Durante a canção "Viajar eu Vou", aparecem Mickey e Donald pedindo carona na estrada. Mais tarde durante o show do Power Line, a cabeça de Mickey aparece entre a plateia que assistia, revelando que os dois pediam carona anteriormente para também irem ao show.
● O telefone no quarto de Max tem o formato do Mickey Mouse.
● As chaves do Pateta têm um "D" de Disney desenhado.
● Durante a viagem, na canção que o Max canta com o Pateta, Max afirma querer ir a Nesville ver o Rei Leão.
● Na dublagem brasileira do filme, a voz do Pateta foi feita pelo dublador Nelson Batista, que entre o final dos anos 80 e começo dos anos 90 também dublava os desenhos clássicos do Pateta em estúdios paulistas. Nas canções do filme no entanto, a voz de Pateta foi feita por Anderson Coutinho que o dublava no Rio em A Turma do Pateta durante a década de 1990.
● No filme, Pateta aprecia muito o mambo e sempre que quer festejar dança-o.
● Apesar do filme ser inspirado na série de TV "A Turma do Pateta", o visual de Pateta e Bafo são baseados mais nos desenhos clássicos de cinema, do que no traço da série.
● Na dublagem brasileira o Bafo é chamado algumas vezes de "João", pelo fato do seu nome completo ser "João Bafo-de-Onça".
● Em Portugal, o filme foi lançado em DVD.
● Durante a viagem, Pateta e Max decidem brincar de adivinhação. No meio dessa brincadeira, eles mencionam o nome de Walt Disney.
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A Dama e o Vagabundo
3.8 517 Assista AgoraSobre Dumbo:
● Peggy Lee acabou processando a Disney mais tarde alegando que ainda retinha os direitos das cópías legais. Ela ganhou na justiça pouco mais de 2 milhões de dólares, mas antes houve uma longa batalha com o estúdio, que só se resolveu em 1991.
● Esse é o primeiro longa-metragem de animação feito em widescreen. Ele foi feito simultaneamente tanto na versão widescreen CinemaScope como no padrão comum da Academia. Esse foi também o filme mais longo que a companhia já criou.
● Antes de animar a cena de briga entre o Vagabundo e o rato, o animador Wolfgang Reitherman manteve ratos em uma gaiola perto da sua mesa para estudar suas ações.
● No lançamento do vídeo em 1999, partes de alguns diálogos estavam faltando. Acredita-se que isso foi causado devido ao processo de restauração do estúdio que incorporou tanto os formatos americano como o internacional, o que acabou criando inadvertidamente uma versão híbrida. Normalmente a Disney produz versões diferentes para os Estados Unidos e para o exterior para fazer com que o diálogo em língua estrangeira caiba no filme.
● Nas versões anteriores do roteiro, o Vagabundo foi primeiro chamado de Homer, depois de Rags e também de Bozo. No roteiro de 1940 entraram as gatinhas siamesas. Inicialmente conhecidas como Si e Am, elas foram depois renomeadas de Nip e Tuck.
● Apesar de algumas críticas negativas, o filme foi um grande sucesso de bilheteria quando lançado em 1955, tornando-se um dos filmes de animação mais populares com o público.
● A Dama e o Vagabundo foi lançado nos cinemas dos EUA em 22 de Junho de 1955 e foi re-lançado nos anos de 1962, 1971, 1980 e 1986; no Brasil foi lançado em 24 de Junho de 1955; em Portugal foi lançado em 28 de Setembro do mesmo ano.
● Foi lançado pela primeira vez em VHS em 1987 nos EUA e em 1998 foi relançado também em VHS pela coleção Walt Disney Masterpiece Collection. No ano de 1999 o filme foi lançado pela primeira vez em DVD e em 28 de Fevereiro de 2006 foi re-lançado na Edição Platinum com DVD duplo remixado com som 5.1 Disney Enhanced Home Theater Mix.
● No Brasil o longa foi lançado 2 vezes em vídeo em 1991 e em 1997 pela Abril Vídeo. Foi lançado 2 vezes em DVD, em 2000 e em 2006 com a Buena Vista Home Entertainment e Walt Disney Home Entertainment (Edição Especial).
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Madame Bovary
3.5 77 Assista AgoraO filme é bom não apenas por ser fiel à obra de Gustave Fleubert, excelente fotografia e figurino, os costumes do século XIX, sem falar na atuação magistral de Isabelle Huppert que arrebatrou o prêmio de melhor atriz no FESTIVAL DE MOSCOU (1991).
A Filha de Ryan
4.1 34 Assista AgoraApós ver pela enésima vez esse filme ainda me espanto ao relembrar ter sido considerado um fracasso monumental. Pelo menos esse foi o consenso após o lançamento de A Filha de Ryan, em 1970. Chuvas de críticas tombaram sobre David Lean, em seu projeto mais pessoal, mais querido.
Pauline Kael, uma das críticas mais renomadas dos Estados Unidos, liderou os ataques ao diretor britânico. Um filme grandioso demais, épico demais, para um tema tão corriqueiro: um simples adultério. Os mesmos críticos que rechaçaram o filme de Lean, louvaram no mesmo ano, Love Story, melodrama açucarado que se tornou refêrencia de bom filme na década de 70. No comments, dirá ironicamente o compositor Maurice Jarre, em uma entrevista, a respeito desse fenômeno inusitado.
Foram tantos bombardeios que, desnorteado e decepcionado, David Lean ficou 14 anos sem dirigir outro filme para o cinema. O diretor, que emplacou imensos sucessos consecutivos desde Desencanto (1945), aparentemente não estava mais na moda. O cinema ficou pequeno de repente. O sensacional, o épico, o grandioso passaram a ser características pouco apreciadas.
Talvez em função das escritas virulentas daquela comandita insana de americanos, quiçá enciumados pelo maravilhoso trabalho do britânico, A Filha de Ryan é, ainda hoje, um filme pouco conhecido de David Lean, mas seu status evoluiu com o tempo. Poucos críticos ousariam dizer, hoje em dia, que se trata de uma obra menor do diretor. Ao contrário, alguns especialistas apontam que este é o filme em que os elementos da filmografia de Lean encontram seu ápice técnico e formal. Incompreendido na época de seu lançamento, o filme é visto hoje como uma obra-prima (fenômeno bastante recorrente na história do cinema).
Não é segredo que o adultério é um dos temas preferidos de David Lean, basta pensarmos em Dr. Jivago (1965), Desencanto (1945), A História de uma mulher (1949) e, claro, A Filha de Ryan. Não é difícil encontrar um paralelo entre esse tema recorrente da filmografia do cineasta e sua vida pessoal, afinal ele foi um homem de muitas mulheres e de muitos affairs. Robert Bolt, o roteirista do filme (e parceiro habitual de Lean desde Lawrence da Arábia), se inspirou numa das histórias de adultério mais famosas da literatura, o romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. No entanto, existe uma diferença essencial entre as duas obras. Sob Emma Bovary pesava a ironia mordaz de Flaubert. Lean, por sua vez, se identifica com Rose Ryan e não faz dela um personagem ridículo. Ela é verdadeiramente uma heroína romântica. O cinema de Lean não é um cinema da derrisão, da ironia, da paródia.
O cenário espetacular de A Filha de Ryan contribui ao caráter épico do filme. Lean explora a beleza e a diversidade das paisagens irlandesas, as belas falésias, as praias, os rochedos e os campos. O cineasta demonstra um fascínio pelo sublime da natureza. O nascer do sol dos créditos iniciais confere uma dimensão cósmica à narrativa. Na sequência de abertura, a silhueta esguia de Rose Ryan aparece em meio à imensidão de uma paisagem de tirar o fôlego. A beleza da composição e das cores nos faz pensar em quadros de Monet, como Mulher com guarda-chuva e Passeio sobre o monte em Pourville. A sequência de abertura mostra a magnificência da paisagem em oposição ao individuo, pequeno e frágil. A comunhão com a natureza é também explorada em uma das cenas mais belas do filme (e da carreira de Lean), aquela em que Rose e o soldado fazem amor em um bosque. Nesta cena, os elementos da natureza são cúmplices dos amantes. A natureza é dotada de vida própria e ela parece se animar. A associação do ato sexual e a natureza não é somente de ordem metafórica, mas também mágica. A cena corresponde ao momento em que David Lean explora de maneira mais radical na sua filmografia a relação entre a sensualidade e a paisagem.
A incrível fotografia de Freddie Young contribui para que o filme seja visualmente arrebatador. E o que dizer da bela trilha sonora de Maurice Jarre? O compositor francês afirmou certa vez ser este o seu trabalho favorito. Além de ser tecnicamente brilhante, o filme conta com um grande elenco. Sarah Miles, indicada ao Oscar por sua performance, confere complexidade a sua personagem, uma heroína romântica confrontada ao mundo real. O grande Robert Mitchum oferece uma atuação delicada e sensível como o marido traído. Os veteranos Trevor Howard e Leo McKern brilham em cada cena e John Mills, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, dá um verdadeiro show como Michael, o “bobo” do vilarejo.
Em A Filha de Ryan, David Lean dá dimensões épicas a uma história de amor. Trata-se de um dos filmes mais bonitos do cineasta britânico e o menos conhecido da segunda fase da carreira do diretor. Esta obra-prima merece ser vista e revista!
Veja em meu blog.
Sonhos e Desejos
2.6 35 Assista AgoraDe cara te digo não ter gostado, talvez por Mel ainda ainda vai que ela é sempre boa (tambem boa atriz, se pensaram diferente), mas esse é um daqueles que não somam pela mesmice tacanha de todos os outros sobre o mesmo tema como se os anos negros no brasil fosse somente um romance e não o terror que essa meninada somente toma conhecimento por esses filmes que não dizem e nem contam nada...
Os Filhos da Meia-Noite
3.2 22E olhem que não tive que esperar o 22/11/13 para assistir esse também e, para mim um espanto, já dublado.
O filme da diretora indiana Deepa Mehta, que já nos tinha dado do ótimo “Às Margens do Rio Sagrado” em de 2005, conseguiu nos brindar com um dos filmes esteticamente mais bonitos dos últimos anos, porém (putz! porque sempre um porém?) erra a mão no roteiro, escrito em parceria com o autor da premiada obra original: Salman Rushdie. Talvez a presença dele, que não possui experiência com a linguagem cinematográfica e que faz uma ponta na narração no original, tenha sido um "desserviço" para o resultado final, já que fica nítido o desejo de abraçar narrativamente todos os vários arcos do épico literário, comprimindo as subtramas em pouco mais de duas horas. Uma edição menos emocionalmente envolvida com o material conseguiria aparar as muitas arestas e se focar na essência da história. Para os mais jovens entenderem melhor, “Os Filhos da Meia-Noite” comete o mesmo erro dos filmes da franquia “Harry Potter”, com um apego exagerado pelas linhas do livro, que acaba cegando a criatividade para as inúmeras opções que o audiovisual oferece em uma adaptação.
Como em toda fábula, os personagens são muito mais interessantes e carismáticos em suas contrapartes infantis, mas nem mesmo a pegada folhetinesca que emoldura o terceiro ato consegue nos desestimular. É como se, na queda de braço entre o sistemático autor e a sensível diretora, conseguíssemos captar as bravas tentativas dela em potencializar a emotiva esperança de um povo exaurido na redenção prometida pelos seus filhos, em detrimento da sequência de “cartões postais” e aulas de história que são o foco de Rushdie. O equilíbrio nunca é alcançado, o filme tende a se arrastar bastante durante o segundo ato, mas o saldo final vale o preço do ingresso ou o tempo em assistir em meu blog.
Era isso...
A Borboleta Azul
3.4 27Esperem minha gente, não façam piadinhas bestas e descabidas sobre esse filme que tem o estranho dom de me fazer chorar.
Borboleta Azul é baseado numa história real e nos leva ao impacto que a força que o ser humano tem em si próprio e na vida das outras pessoas. E realmente existem pessoas assim, que têm um brilho especial um força enorme capaz de nos mover. Os nossos sonhos podem ter grandes repercussões nos outros e muitas vezes mudam o rumo de muitas pessoas.
Todos nós escrevemos um bocadinho da vida de cada um, pois um simples contacto pode marcar uma pessoa pela vida inteira, muitas vezes não precisa ser uma amizade de longa data, apenas de poucos momentos, mas momentos enriquecedores. E podemos sempre aprender com os mais novos, e ao fim ao cabo é o que este filme demonstra, uma grande lição de vida de um menino de 10 anos que se faz borboleta e borboleteia inundando a alma de uma paz que poucos conhecem.
William Hurt vêm me habituando a este tipo de papeis, de homem traumatizado, inseguro e de difícil relacionamento, um coração frio que se vai aquecendo com alguém que chega de rompante à sua vida e a transforma por completo. É um bom ator, porém talvez seus papéis, vividos na telona, tornam-se um pouco repetitivos, dado as características das personagens serem muito semelhantes.
Agora, por favor, nada de piadinhas enquanto a busca não é por uma borboleta que, alguns insensíveis, acham poder encontrar no Parque Lage. O filme, caros filmows, é sobre a busca de si mesmo que, a bem da verdade, poucos conseguem encontra-la!
E chorei novamente...