O desespero silencioso no falso paraíso. Incômodos e sentimentos íntimos ganham caóticas asas libertadoras. Os arcos dos exóticos personagens se entrelaçam de maneira tensa, divertida e inesperada. Ácida crítica aos "sortudos". Num universo de erros, quem é privilegiado se salva.
Murray Bartlett, Connie Britton, Jennifer Coolidge, Alexandra Daddario, Fred Schrödinger, Jake Lacy, Brittany O'Grady, Natasha Rothwell, Sydney Sweeney, Steve Zahn e cia formam um belo e memorável elenco.
"Quando estou sóbria, quando estou presente, fazendo parte deste mundo, não penso só em ter recaídas. É mais sombrio do que isso. Você pode dizer que a sobriedade é a minha maior arma, mas as drogas são a única razão de eu ainda não ter me matado."
Um drama familiar shakespeariano espetacular. Uma comédia constrangedora desconcertante. Acompanhar de perto estes seres humanos egoístas, sedentos por poder, é irresistível.
A terceira temporada acentuou os enfrentamentos dos lados opostos, tornou tudo mais pessoal, intenso, cruel e doloroso.
O tabuleiro dos Roy é forjado em lama, veneno e sangue. Os movimentos são imprevisíveis. Cada peça pode apunhalar quando e quem menos se espera. O imperador contra-ataca. Que ano!
Estamos diante de uma obra que será muito lembrada, um marco de excelência na TV.
A melhor série de 2021? Difícil dizer algo diferente.
A forma como a série retrata a paixão pelo esporte e suas particularidades beira a perfeição. Nota-se o grande cuidado em tornar a atmosfera crível, em acrescentar muitos detalhes que trazem bastante veracidade ao universo retratado. Apesar disso, nunca se esquece o fator mágico. O imponderável e o inexplicável que tornam o esporte fascinante sempre estão presentes.
Temas importantes como saúde mental e o poder transformador sem limites do futebol, que atravessa fronteiras e possui força capaz de melhorar o mundo, enriquecem a temporada.
Personagens super cativantes e arcos bastante interessantes. "Ted Lasso" fala sobre amor: pelo que se faz, próprio e pelo próximo.
Do riso ao choro num piscar de olhos. Série apaixonante.
Comparações com a obra-prima sueca de Bergman são cruéis e também inevitáveis. Esta versão americana consegue algo difícil: ter brilho próprio capaz de torná-la marcante.
O sufoco existencial e a busca pela liberdade. O caos provocado pelo egoísmo. As rotineiras questões surgem repentinamente, causam turbilhões. Duas existências presas num interminável círculo vicioso tóxico. A companhia do outro é um refúgio fadado a tristeza, mas apenas a mesma parece trazer conforto.
O amor empalidece. Ou será que o sentimento finalmente foi entendido em sua real forma?
Das melhores obras recentes sobre relacionamentos. Oscar Isaac e Jessica Chastain estão excelentes.
Não é a temporada de maior regularidade, mas a obra televisiva mais engraçada da atualidade segue entregando muitos momentos e episódios maravilhosos. Nandor é o grande destaque da galeria de personagens irresistíveis neste terceiro ano.
"The Escape" e "A Farewell" são episódios absurdamente engraçados! Certamente estão entre os melhores do programa. Na minha lista de melhores do ano os dois serão lembrados com justiça.
Difícil saber o que acontecerá na próxima temporada, essa foi bem corajosa(embora o último episódio tenha organizado melhor o que parecia completamente indefinido).
A eterna busca do que se perdeu e não pode ser substituído.
Não é uma temporada recheada de momentos memoráveis, mas o brilhante episódio final reafirma que o melhor de Rick and Morty não fica devendo em relação as maiores séries atuais. Assistir a essa grande animação segue sendo algo único e imperdível. Muito inventiva, divertida e tocante série.
Minha nova lista de 5 episódios favoritos é a seguinte(não está em ordem de preferência):
- Rick Potion #9; - A Rickle in Time; - Total Rickall; - The Ricklantis Mixup; - Rickmurai Jack.
O quinto ano começou com uma nova grande parceria que tinha tudo para dar frutos durante todos os episódios, porém a série foi corajosa e nos surpreendeu com seus desdobramentos - e não só quando falamos da relação desses dois personagens. Os arcos com o envolvimento de Angela com seus pretendentes e, principalmente, a parte final focada em Michael e Pam assumiram o protagonismo em diferentes momentos e não falharam. Essa jornada dos últimos episódios, que mexeu com as cadeiras em "The Office", deu um bem-vindo fôlego ao programa.
Temos na temporada alguns dos memes mais famosos da internet(vocês reconhecerão quando vê-los) e momentos absolutamente geniais. "Stress Relief" e "Cafe Disco" são brilhantes, indiscutivelmente figuram entre os melhores episódios da série.
Humor e emoção não faltam na temporada. O episódio final é o auge dessa combinação. Uma das melhores(talvez a melhor) temporadas da série.
"The Office" é muito obrigatória. Demorou, mas felizmente estou vendo aos poucos essa maravilhosa obra.
As surpresas e ironias do destino estão super presentes nesta sólida temporada. Este ano surpreendeu ao se dedicar a olhar bem de perto o processo de desgaste de uma consolidada e longa relação. Somos inevitavelmente tocados por esse afastamento. E isso ocorre, com ainda mais força, justamente pela capacidade da série em construir de maneira bastante crível as motivações das personagens e mostrar as falhas de ambos os lados. Quando há definição de prioridades e escolha de caminhos algo(ou alguém, neste caso) não estará perto como antes ou deixará de fazer parte de sua trajetória.
"Insecure" segue apresentando e desenvolvendo relações com enorme sensibilidade, complexidade e humanidade. Bela quarta temporada.
"Emily in Paris" usa e abusa dos conflitos entre culturas e opiniões preconcebidas que surgem dessas diferenças(algumas vezes de modo meio desrespeitoso), da linda paisagem de Paris e de todos os clichês possíveis sobre relacionamentos, encontros e suas idas e vindas. Não há um pingo de originalidade e sensibilidade sincera no trato com os personagens que tire a série da zona de conforto. O único episódio que gostei um pouco foi o terceiro, "Sexy or Sexist". Dito isso acima: entende-se o sucesso. O universo já nasce cativante por conta própria. O imaginário popular de viver uma aventura na mágica Paris acaba segurando o espectador.
Uma ágil aventura que não foge de clichês e brinca de forma eficiente com diferentes gêneros.
Os episódios são dominados por um caos que suga a protagonista. A série não consegue deixar de ser afetada por seus altos e baixos, mas acaba funcionando por sua mistura inusitada de suspense, comédia e drama. As questões pessoais da protagonista, que a afetam desde a adolescência, enriquecem a trama. O mergulho no caos da mente da Cassie rende momentos bem insanos. As histórias secundárias, em compensação, não empolgam em momento nenhum.
Kaley Cuoco é o maior destaque. A entrega e o carisma da atriz nos mantém interessados.
Digna temporada de estreia.
P.S.: A ideia de uma segunda temporada me parece totalmente desnecessária, veremos se a mesma será de boa qualidade.
A mais pura amizade e o amadurecer vistos num universo de maravilhosos constrangimentos.
Maya Erskine e Anna Konkle estão espetaculares. Compramos facilmente que ambas são, de fato, duas adolescentes de 13 anos. As duas atrizes conseguem transitar entre o humor e o drama com incrível excelência.
Os dilemas e difíceis questões sobre a adolescência são colocadas de maneira poderosa. O humor contido nas situações não ameniza os temas, muito pelo contrário, o mesmo realça toda a insegurança e também como esses acontecimentos possuem impacto nas existências e formações das protagonistas. Não faltam grandes episódios, sobra criatividade. "Ojichan" é o meu favorito, deveras brilhante. A descoberta sexual nunca foi mostrada de forma tão intensa, hilária e com tamanha culpa devastadora.
"PEN15" é uma joia que merece bastante ser mais conhecida pelo grande público. Felizmente a crítica especializada já valoriza essa belezura de série.
O otimismo que contamina. O espírito coletivo semeado e ensinado por um líder desacreditado que mergulha numa grande aventura. As partidas são bem filmadas e o vestiário apaixonante. Uma história de futebol capaz de agradar até aqueles que não gostam do esporte.
Os dramas pessoais são profundos, inevitavelmente desestabilizam. Contudo, o ato de confiar, permitir ser tocado e se abrir acabam recompensados de maneira surpreendente. "Ted Lasso" fala sobre a importância da cumplicidade e da empatia de maneira encantadora.
Adoro os personagens e seus belos arcos. Não se importar com cada jornada é difícil. Amo a coragem da série ao decidir o destino do clube protagonista nesta primeira temporada, eu realmente não esperava ver o que vi.
Muito muito bacana a realização de uma série tão boa que adentre no universo do futebol. Era difícil imaginar que tal feito fosse possível. Quem sabe não apareça o CR7(ou um personagem que o interprete) nas temporadas seguintes, não é? Depois do que vimos aqui, não é impossível.
Ted Lasso indiscutivelmente figura entre os grandes personagens que surgiram nos últimos anos. Jason Sudeikis está incrível.
Os rumos e legado da comédia num embate entre gerações.
A carreira como refúgio da solidão. Duas mulheres talentosas, em situações opostas, se abrem, crescem, entendem e desentendem. Os altos e baixos das relações e vida pessoal, que provocam tantas cicatrizes, e a competitiva vida no feroz show business são temas complexos muito bem apresentados e discutidos pelo roteiro super ágil e ácido. "Falling" e "New Eyes" merecem entrar em qualquer lista de melhores episódios do ano.
Jean Smart(em performance que, possivelmente, figura como a grande atuação da TV no ano) e Hannah Einbinder(bela revelação) engrandecem a série com suas presenças. A química explosiva e apaixonante entre as duas certamente está entre as coisas mais memoráveis da temporada de premiações.
Muito humor, drama, ironia e provocações deliciosas. Situações divertidas do cotidiano exploram as particularidades da vida das pessoas da terceira idade de forma bastante crível e inteligente. A comédia anda junto com a dor. A amizade é a maior aliada contra o luto.
Ao viver irremediavelmente magoamos alguém - gostando ou não desse fato e dessas pessoas. Criamos expectativas e consequentemente nos decepcionamos. Viver é também se adaptar e aprender a aceitar. É seguir com o que temos, ou simplesmente não conseguir seguir....
A minissérie mergulha com sobriedade gigantesca nas pequenas minúcias que formam todos nós, nessas particularidades que nos aproximam e afastam de quem mais amamos. "Olive Kitteridge" fala dos desejos não realizados, dos caminhos desviados, do que perdemos inevitavelmente em nossas estradas. E fala também do amor que não se mede em palavras. Do companheirismo e da união que se explicam por si só.
Frances McDormand e Richard Jenkins(o ator mais subestimado do mundo) estão absolutamente fantásticos. Olive é uma personagem deveras fascinante. Assistir a essa performance nos marca, certamente a mesma figura entre os grandes momentos da carreira da espetacular atriz.
Obra super super sensível e bonita. Assistam a super especial "Olive Kitteridge".
Finalmente terminei "Schitt's Creek", que eu queria ter finalizado ano passado. A série não é de altíssimo nível como eu já imaginava, mas me impressionou o grande número de personagens apaixonantes.
As jornadas de amadurecimento e crescimento de Alexis, David, Moira, Johnny e Stevie(uma coadjuvante super especial) são muito bonitas. Ver os caminhos de todos é maravilhoso, mas assistir o de Alexis, em especial, marcou meu coração. A personagem sempre será lembrada com muito afeto por mim.
O final super representativo emociona muito e abre portas para que outras séries de muito sucesso tratem com o mesmo carinho e naturalidade temas universais que sofrem com preconceitos e personagens que fazem parte de minorias.
Tenho certeza que a série faria enorme sucesso se entrasse numa Netflix da vida. Espero o público da obra aumente muito.
"Dinner Party" é um clássico maravilhoso. Sempre que eu lembrar de um jantar constrangedor ou momento que eu tiver fome e a comida demorar para chegar na casa de alguém eu lembrarei desse episódio.
O episódio final também está entre os mais memoráveis até aqui, incrível o tanto de coisas importantes e intensos acontecimentos contidos nele. As ideias de Michael para "agradar" o Toby e a chegada de Holly marcam.
Há uma pequena queda de rendimento na segunda metade da temporada, mas nada que comprometa o todo(ainda mais com esse final tão especial).
Bem x Mal. Dois lados que não necessariamente definem os personagens, mas funcionam como forças que alimentam as ações e motivações dos mesmos.
Temporada repleta de engenhosos movimentos calculados e escolhas(grandes e mínimas) irreversíveis que definem destinos. A sede incontrolável por poder e o feroz desejo por vingança se chocam brutalmente.
O genial final aberto define brilhantemente do que se trata a temporada: No que você quer acreditar?
Nikki, Gloria, Vargas, Ray e Emmit são personagens memoráveis. Fiquei deveras satisfeito com as performances de Carrie Coon(sempre incrível na TV), David Thewlis(o diabo em pessoa), Mary Elizabeth Winstead(o motor da temporada - mais linda do que nunca), Ewan McGregor(sempre excelente) e Michael Stuhlbarg(o fantástico coadjuvante que já conhecemos). Elenco super especial. "Fargo" não falha nunca nesse tipo de escolha.
A direção e o roteiro novamente colocam a série no topo como uma das melhores obras da atualidade. A atmosfera e as particularidades de "Fargo" a tornam super deliciosa e única.
A melancólica humanidade entregue ao cruel acaso. Belíssimo terceiro ano.
Uma pequena cidade e seus muitos demônios e segredos. As dores e perdas tão pessoais afetam inevitavelmente o próximo. O perdão é a melhor arma. O perdão próprio é imprescindível.
Avaliando apenas o lado policial da trama notamos que "Mare of Easttown" não parece tão diferente de outras histórias do gênero, a mesma usa artifícios de roteiro bem conhecidos. Apesar disso, o todo funciona. A história consegue nos surpreender com seus desdobramentos e nos envolve com sua grande tensão.
Entre os dramas de cada um e as investigações de crimes, acompanhamos a jornada de uma mulher quebrada por dentro que possui mais força do que qualquer um. Mare torna aquela cidadezinha melhor, trata-se de uma verdadeira heroína da vida real. A cena final nos toca com a enorme potência de seu simbolismo e simplicidade.
Kate Winslet em espetacular momento nos impressiona do início ao fim. Não há dúvida: estamos diante de uma das melhores performances da maravilhosa atriz.
Cada passo adiante alimenta a esperança de um futuro diferente e também grandes dores. O tormento interno e o silêncio que desaparece com os sorrisos marcam a história e o espectador. Os olhares são poderosíssimos, dizem o que palavras não seriam capazes.
"The Underground Railroad" apresenta uma das jornadas mais sofridas vistas em décadas. Barry Jenkins não nos poupa e mostra toda a crueldade presente nessa dura trama que aborda a escravidão com um olhar preciso e único. Um mundo dominado pelo fantástico e pelo aterrorizante comportamento humano. Ainda assim, há espaço para momentos poéticos de imensa beleza.
Direção, fotografia e atuações poderosas. Thuso Mbedu e Joel Edgerton estão fabulosos, são os destaques do excelente elenco.
Vemos o florescer do ser e a identidade que se afirma em vários jovens enquanto o mundo é atingido por uma doença devastadora. O lado cruel da sociedade é acentuado frente ao desconhecido.
"It's a Sin" está entre as obras mais interessantes a abordarem a epidemia da AIDS nos 80(e a doença em geral). O negacionismo, a paranoia e a dificuldade em aceitar tamanhas perdas são sentidas de forma muito palpável. A história transborda energia e carisma. Facilmente nos conectamos com os apaixonantes personagens, por isso mesmo ver o que acontece de mais triste na trama é ainda mais doloroso.
Emocionante. Minissérie repleta de intensidade e vida.
The White Lotus (1ª Temporada)
3.9 400 Assista AgoraLoucos e humanos problemas.
O desespero silencioso no falso paraíso. Incômodos e sentimentos íntimos ganham caóticas asas libertadoras.
Os arcos dos exóticos personagens se entrelaçam de maneira tensa, divertida e inesperada.
Ácida crítica aos "sortudos". Num universo de erros, quem é privilegiado se salva.
Murray Bartlett, Connie Britton, Jennifer Coolidge, Alexandra Daddario, Fred Schrödinger, Jake Lacy, Brittany O'Grady, Natasha Rothwell, Sydney Sweeney, Steve Zahn e cia formam um belo e memorável elenco.
Uma das melhores séries/minisséries de 2021.
Euphoria: Trouble Don't Last Always
4.3 154"Quando estou sóbria, quando estou presente, fazendo parte deste mundo, não penso só em ter recaídas. É mais sombrio do que isso. Você pode dizer que a sobriedade é a minha maior arma, mas as drogas são a única razão de eu ainda não ter me matado."
O
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A
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P
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I
M
A
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Melhor episódio da série até aqui.
Succession (3ª Temporada)
4.4 188Inimigos íntimos.
Um drama familiar shakespeariano espetacular. Uma comédia constrangedora desconcertante.
Acompanhar de perto estes seres humanos egoístas, sedentos por poder, é irresistível.
A terceira temporada acentuou os enfrentamentos dos lados opostos, tornou tudo mais pessoal, intenso, cruel e doloroso.
O tabuleiro dos Roy é forjado em lama, veneno e sangue. Os movimentos são imprevisíveis. Cada peça pode apunhalar quando e quem menos se espera.
O imperador contra-ataca. Que ano!
Estamos diante de uma obra que será muito lembrada, um marco de excelência na TV.
A melhor série de 2021? Difícil dizer algo diferente.
Ted Lasso (2ª Temporada)
4.4 157Futebol é vida: dentro e fora de campo.
A forma como a série retrata a paixão pelo esporte e suas particularidades beira a perfeição. Nota-se o grande cuidado em tornar a atmosfera crível, em acrescentar muitos detalhes que trazem bastante veracidade ao universo retratado. Apesar disso, nunca se esquece o fator mágico. O imponderável e o inexplicável que tornam o esporte fascinante sempre estão presentes.
Temas importantes como saúde mental e o poder transformador sem limites do futebol, que atravessa fronteiras e possui força capaz de melhorar o mundo, enriquecem a temporada.
Personagens super cativantes e arcos bastante interessantes. "Ted Lasso" fala sobre amor: pelo que se faz, próprio e pelo próximo.
Do riso ao choro num piscar de olhos. Série apaixonante.
Cenas de um Casamento
4.3 198 Assista AgoraUnidos pela infelicidade.
Comparações com a obra-prima sueca de Bergman são cruéis e também inevitáveis.
Esta versão americana consegue algo difícil: ter brilho próprio capaz de torná-la marcante.
O sufoco existencial e a busca pela liberdade. O caos provocado pelo egoísmo.
As rotineiras questões surgem repentinamente, causam turbilhões.
Duas existências presas num interminável círculo vicioso tóxico. A companhia do outro é um refúgio fadado a tristeza, mas apenas a mesma parece trazer conforto.
O amor empalidece. Ou será que o sentimento finalmente foi entendido em sua real forma?
Das melhores obras recentes sobre relacionamentos. Oscar Isaac e Jessica Chastain estão excelentes.
Outra grande minissérie da maravilhosa HBO.
O Que Fazemos nas Sombras (3ª Temporada)
4.3 35A busca por sentido e novos rumos.
Não é a temporada de maior regularidade, mas a obra televisiva mais engraçada da atualidade segue entregando muitos momentos e episódios maravilhosos.
Nandor é o grande destaque da galeria de personagens irresistíveis neste terceiro ano.
"The Escape" e "A Farewell" são episódios absurdamente engraçados! Certamente estão entre os melhores do programa. Na minha lista de melhores do ano os dois serão lembrados com justiça.
Difícil saber o que acontecerá na próxima temporada, essa foi bem corajosa(embora o último episódio tenha organizado melhor o que parecia completamente indefinido).
Série imperdível.
Rick and Morty (5ª Temporada)
4.2 101A eterna busca do que se perdeu e não pode ser substituído.
Não é uma temporada recheada de momentos memoráveis, mas o brilhante episódio final reafirma que o melhor de Rick and Morty não fica devendo em relação as maiores séries atuais. Assistir a essa grande animação segue sendo algo único e imperdível.
Muito inventiva, divertida e tocante série.
Minha nova lista de 5 episódios favoritos é a seguinte(não está em ordem de preferência):
- Rick Potion #9;
- A Rickle in Time;
- Total Rickall;
- The Ricklantis Mixup;
- Rickmurai Jack.
The Office (5ª Temporada)
4.6 372Riscos e recompensas.
O quinto ano começou com uma nova grande parceria que tinha tudo para dar frutos durante todos os episódios, porém a série foi corajosa e nos surpreendeu com seus desdobramentos - e não só quando falamos da relação desses dois personagens.
Os arcos com o envolvimento de Angela com seus pretendentes e, principalmente, a parte final focada em Michael e Pam assumiram o protagonismo em diferentes momentos e não falharam. Essa jornada dos últimos episódios, que mexeu com as cadeiras em "The Office", deu um bem-vindo fôlego ao programa.
Temos na temporada alguns dos memes mais famosos da internet(vocês reconhecerão quando vê-los) e momentos absolutamente geniais. "Stress Relief" e "Cafe Disco" são brilhantes, indiscutivelmente figuram entre os melhores episódios da série.
Humor e emoção não faltam na temporada. O episódio final é o auge dessa combinação.
Uma das melhores(talvez a melhor) temporadas da série.
"The Office" é muito obrigatória. Demorou, mas felizmente estou vendo aos poucos essa maravilhosa obra.
Insecure (4ª Temporada)
4.4 45 Assista AgoraAs idas e vindas do tempo.
As surpresas e ironias do destino estão super presentes nesta sólida temporada.
Este ano surpreendeu ao se dedicar a olhar bem de perto o processo de desgaste de uma consolidada e longa relação. Somos inevitavelmente tocados por esse afastamento. E isso ocorre, com ainda mais força, justamente pela capacidade da série em construir de maneira bastante crível as motivações das personagens e mostrar as falhas de ambos os lados. Quando há definição de prioridades e escolha de caminhos algo(ou alguém, neste caso) não estará perto como antes ou deixará de fazer parte de sua trajetória.
"Insecure" segue apresentando e desenvolvendo relações com enorme sensibilidade, complexidade e humanidade. Bela quarta temporada.
Emily em Paris (1ª Temporada)
3.6 392 Assista AgoraAgradável e bastante preguiçosa.
"Emily in Paris" usa e abusa dos conflitos entre culturas e opiniões preconcebidas que surgem dessas diferenças(algumas vezes de modo meio desrespeitoso), da linda paisagem de Paris e de todos os clichês possíveis sobre relacionamentos, encontros e suas idas e vindas.
Não há um pingo de originalidade e sensibilidade sincera no trato com os personagens que tire a série da zona de conforto. O único episódio que gostei um pouco foi o terceiro, "Sexy or Sexist".
Dito isso acima: entende-se o sucesso. O universo já nasce cativante por conta própria.
O imaginário popular de viver uma aventura na mágica Paris acaba segurando o espectador.
Lily Collins é inegavelmente muito fofa.
A série mais fraca que assisti neste ano.
A Comissária de Bordo (1ª Temporada)
3.5 97 Assista AgoraUma ágil aventura que não foge de clichês e brinca de forma eficiente com diferentes gêneros.
Os episódios são dominados por um caos que suga a protagonista. A série não consegue deixar de ser afetada por seus altos e baixos, mas acaba funcionando por sua mistura inusitada de suspense, comédia e drama.
As questões pessoais da protagonista, que a afetam desde a adolescência, enriquecem a trama. O mergulho no caos da mente da Cassie rende momentos bem insanos.
As histórias secundárias, em compensação, não empolgam em momento nenhum.
Kaley Cuoco é o maior destaque. A entrega e o carisma da atriz nos mantém interessados.
Digna temporada de estreia.
P.S.: A ideia de uma segunda temporada me parece totalmente desnecessária, veremos se a mesma será de boa qualidade.
PEN15 (1ª Temporada)
4.4 32 Assista AgoraA mais pura amizade e o amadurecer vistos num universo de maravilhosos constrangimentos.
Maya Erskine e Anna Konkle estão espetaculares. Compramos facilmente que ambas são, de fato, duas adolescentes de 13 anos. As duas atrizes conseguem transitar entre o humor e o drama com incrível excelência.
Os dilemas e difíceis questões sobre a adolescência são colocadas de maneira poderosa. O humor contido nas situações não ameniza os temas, muito pelo contrário, o mesmo realça toda a insegurança e também como esses acontecimentos possuem impacto nas existências e formações das protagonistas.
Não faltam grandes episódios, sobra criatividade. "Ojichan" é o meu favorito, deveras brilhante. A descoberta sexual nunca foi mostrada de forma tão intensa, hilária e com tamanha culpa devastadora.
"PEN15" é uma joia que merece bastante ser mais conhecida pelo grande público. Felizmente a crítica especializada já valoriza essa belezura de série.
Sensacional temporada de estreia.
Ted Lasso (1ª Temporada)
4.4 244 Assista AgoraFutebol é vida.
O otimismo que contamina. O espírito coletivo semeado e ensinado por um líder desacreditado que mergulha numa grande aventura.
As partidas são bem filmadas e o vestiário apaixonante. Uma história de futebol capaz de agradar até aqueles que não gostam do esporte.
Os dramas pessoais são profundos, inevitavelmente desestabilizam. Contudo, o ato de confiar, permitir ser tocado e se abrir acabam recompensados de maneira surpreendente.
"Ted Lasso" fala sobre a importância da cumplicidade e da empatia de maneira encantadora.
Adoro os personagens e seus belos arcos. Não se importar com cada jornada é difícil.
Amo a coragem da série ao decidir o destino do clube protagonista nesta primeira temporada, eu realmente não esperava ver o que vi.
Muito muito bacana a realização de uma série tão boa que adentre no universo do futebol. Era difícil imaginar que tal feito fosse possível.
Quem sabe não apareça o CR7(ou um personagem que o interprete) nas temporadas seguintes, não é? Depois do que vimos aqui, não é impossível.
Ted Lasso indiscutivelmente figura entre os grandes personagens que surgiram nos últimos anos. Jason Sudeikis está incrível.
Uma das grandes estreias de seu ano.
Hacks (1ª Temporada)
4.2 91Os rumos e legado da comédia num embate entre gerações.
A carreira como refúgio da solidão. Duas mulheres talentosas, em situações opostas, se abrem, crescem, entendem e desentendem.
Os altos e baixos das relações e vida pessoal, que provocam tantas cicatrizes, e a competitiva vida no feroz show business são temas complexos muito bem apresentados e discutidos pelo roteiro super ágil e ácido.
"Falling" e "New Eyes" merecem entrar em qualquer lista de melhores episódios do ano.
Jean Smart(em performance que, possivelmente, figura como a grande atuação da TV no ano) e Hannah Einbinder(bela revelação) engrandecem a série com suas presenças. A química explosiva e apaixonante entre as duas certamente está entre as coisas mais memoráveis da temporada de premiações.
"Hacks" é uma das melhores obras de 2021.
O Método Kominsky (1ª Temporada)
4.1 102 Assista AgoraUma amizade especial.
Muito humor, drama, ironia e provocações deliciosas. Situações divertidas do cotidiano exploram as particularidades da vida das pessoas da terceira idade de forma bastante crível e inteligente.
A comédia anda junto com a dor. A amizade é a maior aliada contra o luto.
Ótima temporada de estreia.
Olive Kitteridge
4.5 103 Assista AgoraA complexidade da vida e de suas relações.
Ao viver irremediavelmente magoamos alguém - gostando ou não desse fato e dessas pessoas. Criamos expectativas e consequentemente nos decepcionamos.
Viver é também se adaptar e aprender a aceitar. É seguir com o que temos, ou simplesmente não conseguir seguir....
A minissérie mergulha com sobriedade gigantesca nas pequenas minúcias que formam todos nós, nessas particularidades que nos aproximam e afastam de quem mais amamos.
"Olive Kitteridge" fala dos desejos não realizados, dos caminhos desviados, do que perdemos inevitavelmente em nossas estradas. E fala também do amor que não se mede em palavras. Do companheirismo e da união que se explicam por si só.
Frances McDormand e Richard Jenkins(o ator mais subestimado do mundo) estão absolutamente fantásticos. Olive é uma personagem deveras fascinante. Assistir a essa performance nos marca, certamente a mesma figura entre os grandes momentos da carreira da espetacular atriz.
Obra super super sensível e bonita. Assistam a super especial "Olive Kitteridge".
Schitt’s Creek (6ª Temporada)
4.4 23Um tocante desfecho.
Finalmente terminei "Schitt's Creek", que eu queria ter finalizado ano passado. A série não é de altíssimo nível como eu já imaginava, mas me impressionou o grande número de personagens apaixonantes.
As jornadas de amadurecimento e crescimento de Alexis, David, Moira, Johnny e Stevie(uma coadjuvante super especial) são muito bonitas. Ver os caminhos de todos é maravilhoso, mas assistir o de Alexis, em especial, marcou meu coração. A personagem sempre será lembrada com muito afeto por mim.
O final super representativo emociona muito e abre portas para que outras séries de muito sucesso tratem com o mesmo carinho e naturalidade temas universais que sofrem com preconceitos e personagens que fazem parte de minorias.
Tenho certeza que a série faria enorme sucesso se entrasse numa Netflix da vida. Espero o público da obra aumente muito.
Amei ver "Schitt's Creek".
The Office (4ª Temporada)
4.5 232Um novo belo ano.
"That's what she said!!!"
"Dinner Party" é um clássico maravilhoso. Sempre que eu lembrar de um jantar constrangedor ou momento que eu tiver fome e a comida demorar para chegar na casa de alguém eu lembrarei desse episódio.
O episódio final também está entre os mais memoráveis até aqui, incrível o tanto de coisas importantes e intensos acontecimentos contidos nele. As ideias de Michael para "agradar" o Toby e a chegada de Holly marcam.
Há uma pequena queda de rendimento na segunda metade da temporada, mas nada que comprometa o todo(ainda mais com esse final tão especial).
Comédia especialíssima.
Better Call Saul (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraRevista: um início excelente. "Better Call Saul", uma das gigantes da atualidade, não poderia ter começado melhor.
Te amo, Kim.
Atlanta (2ª Temporada)
4.6 206 Assista AgoraNa revisão ficou ainda mais impressionante: obra-prima. Uma das melhores e mais incríveis temporadas dos últimos 10 anos.
Fargo (3ª Temporada)
4.1 209A escolha do crer.
Bem x Mal. Dois lados que não necessariamente definem os personagens, mas funcionam como forças que alimentam as ações e motivações dos mesmos.
Temporada repleta de engenhosos movimentos calculados e escolhas(grandes e mínimas) irreversíveis que definem destinos. A sede incontrolável por poder e o feroz desejo por vingança se chocam brutalmente.
O genial final aberto define brilhantemente do que se trata a temporada: No que você quer acreditar?
Nikki, Gloria, Vargas, Ray e Emmit são personagens memoráveis. Fiquei deveras satisfeito com as performances de Carrie Coon(sempre incrível na TV), David Thewlis(o diabo em pessoa), Mary Elizabeth Winstead(o motor da temporada - mais linda do que nunca), Ewan McGregor(sempre excelente) e Michael Stuhlbarg(o fantástico coadjuvante que já conhecemos). Elenco super especial. "Fargo" não falha nunca nesse tipo de escolha.
A direção e o roteiro novamente colocam a série no topo como uma das melhores obras da atualidade. A atmosfera e as particularidades de "Fargo" a tornam super deliciosa e única.
A melancólica humanidade entregue ao cruel acaso. Belíssimo terceiro ano.
Mare of Easttown
4.4 654 Assista AgoraA heroína e o luto coletivo.
Uma pequena cidade e seus muitos demônios e segredos. As dores e perdas tão pessoais afetam inevitavelmente o próximo. O perdão é a melhor arma. O perdão próprio é imprescindível.
Avaliando apenas o lado policial da trama notamos que "Mare of Easttown" não parece tão diferente de outras histórias do gênero, a mesma usa artifícios de roteiro bem conhecidos. Apesar disso, o todo funciona. A história consegue nos surpreender com seus desdobramentos e nos envolve com sua grande tensão.
Entre os dramas de cada um e as investigações de crimes, acompanhamos a jornada de uma mulher quebrada por dentro que possui mais força do que qualquer um. Mare torna aquela cidadezinha melhor, trata-se de uma verdadeira heroína da vida real.
A cena final nos toca com a enorme potência de seu simbolismo e simplicidade.
Kate Winslet em espetacular momento nos impressiona do início ao fim. Não há dúvida: estamos diante de uma das melhores performances da maravilhosa atriz.
Belo drama.
The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade (1ª Temporada)
4.4 58 Assista AgoraO sobreviver e seus fantasmas.
Cada passo adiante alimenta a esperança de um futuro diferente e também grandes dores.
O tormento interno e o silêncio que desaparece com os sorrisos marcam a história e o espectador. Os olhares são poderosíssimos, dizem o que palavras não seriam capazes.
"The Underground Railroad" apresenta uma das jornadas mais sofridas vistas em décadas. Barry Jenkins não nos poupa e mostra toda a crueldade presente nessa dura trama que aborda a escravidão com um olhar preciso e único. Um mundo dominado pelo fantástico e pelo aterrorizante comportamento humano. Ainda assim, há espaço para momentos poéticos de imensa beleza.
Direção, fotografia e atuações poderosas. Thuso Mbedu e Joel Edgerton estão fabulosos, são os destaques do excelente elenco.
Uma das obras mais ricas dos últimos anos.
It's a Sin
4.4 101 Assista AgoraTempo de descoberta, alegria e dor.
Vemos o florescer do ser e a identidade que se afirma em vários jovens enquanto o mundo é atingido por uma doença devastadora. O lado cruel da sociedade é acentuado frente ao desconhecido.
"It's a Sin" está entre as obras mais interessantes a abordarem a epidemia da AIDS nos 80(e a doença em geral). O negacionismo, a paranoia e a dificuldade em aceitar tamanhas perdas são sentidas de forma muito palpável.
A história transborda energia e carisma. Facilmente nos conectamos com os apaixonantes personagens, por isso mesmo ver o que acontece de mais triste na trama é ainda mais doloroso.
Emocionante. Minissérie repleta de intensidade e vida.
Uma das grandes séries do ano.