O luto combatido através de um mundo construído. A minissérie supera(na maior parte do tempo) as limitações impostas por seu universo já conhecido ao brincar de maneira bastante competente com gêneros e formatos tradicionais da TV.
Meu episódio favorito é justamente o primeiro. A criatividade e maior inspiração encantam mais quando a série pode respirar sem tanta influência/interferência dos laços já criados com os muitos filmes do MCU. O que importa de verdade em "WandaVision" é a relação entre os personagens-título(isso fica claro desde o início), as questões restantes são muitíssimo menores.
Elizabeth Olsen e o elenco brilham nesta obra que será lembrada por seu frescor narrativo e pela emoção gerada por seus dois protagonistas.
As mudanças inevitáveis após o fim de uma longa relação e o crescente processo de repaginada da vida como um caminho sem volta. A rotina cansativa e as dúvidas com o futuro são sentidas de maneira bastante palpável. Vemos no terceiro ano uma jornada aprofundada de uma protagonista que procura sobreviver com suas próprias forças, que toma atitudes de coragem, tenta saber melhor o que deseja de fato e se abre. Ainda assim, como evitar quebrar a cara? Não há garantias para nenhum de nós.
As amizades encantam, mas também se transformam com as mudanças da vida. A ousadia no trabalho contrasta com o medo na vida pessoal. O sucesso esperado depende de um grande individualismo?
Obra de muitas perguntas e sem respostas definitivas. Série deveras humana, impossível não se identificar.
O luto que abraça o inexplicável, convive com o mistério e o medo diários. Os fantasmas de todos nós. A aceitação de um passado e presente de horror. O amor que resiste ao tempo e distância. Um sentimento que nasce e sobrevive o máximo possível mesmo contra as adversidades.
"The Haunting of Bly Manor" não possui a força e vigor surpreendente de "The Haunting of Hill House", porém consegue encantar em seus melhores momentos. O oitavo episódio, "The Romance of Certain Old Clothes", é uma verdadeira pérola. Um dos grandes episódios de 2020.
A imagem de intocáveis, salvadores, símbolos de esperança e inspiração usadas para a realização de interesses sujos. O poder e egoísmo de uma super corporação sem escrúpulos que usa e abusa dos privilégios gerados por suas fantásticas figuras públicas e seus supostos dons divinos - figuras essas também dominadas por atitudes deveras graves.
Uma temporada sobre a apresentação de um lado nada nobre dos 'super' que caminha juntamente com a fome de vingança gerada pela dor de seus rivais.
Personagens interessantes, conflitos morais e jornadas complicadas servem uma trama simples, porém envolvente.
O velho e o novo crescendo juntos. As fugas e as voltas do coração.
Novos personagens e novidades nas estruturas e interações já definidas agitam e dão nítido frescor a temporada.
Michael se consolida como um personagem irresistível: o mais estúpido, covarde, inseguro e carente chefe que se pode ter. Steve Carell está ainda melhor que nos anos anteriores.
O grande Dwight segue ótimo, nos arranca risadas constantemente. Curioso sentirmos como o personagem não nos causa mais tanto estranhamento com suas atitudes(a essa altura já sabemos da insanidade de seu ser), agora mais e mais passamos a surpreendentemente nos importar com sua felicidade.
Stanley(meu hilário xodó), Angela, Ryan, Kevin, Creed, Meredith, Oscar, Phyllis, Toby, Jan, Kelly e Darryl(cresceu demais) formam uma equipe de coadjuvantes que se tornou ainda mais interessante. E temos, agora, novas figuras como Andy e Karen que também possuem importantes momentos de destaque.
Se a temporada anterior termina com Jim e Pam mais do que nunca sob os holofotes, essa começa e termina focando nos efeitos das importantes decisões de ambos. A sensação nova de liberdade ao assumir o controle da própria vida e escolhas dão coragem e clareza. Os bem-vindos ares recentes e as mudanças acalmam a mente e os sentimentos. Contudo, lidar com o coração é viver numa constante rotina de incertezas. Os desencontros atingem, mas as voltas dadas pelo mundo são capazes de gerar surpreendentes lágrimas e arrancar os mais belos sorrisos.
"Gay Witch Hunt" e "The Job"(coincidentemente o primeiro e o último episódio) são os auges de uma temporada maravilhosa que equilibra lindamente seu humor engraçadíssimo(não faltam episódios e momentos hilários) com muito muito coração.
A melhor temporada até aqui. Ano marcante de "The Office".
Os golpes engenhosos e o carisma garantem o interesse, sustentam a obra como um entretenimento escapista de estilo clássico. O investimento mais dramático, que domina a 2ª metade, expõe a fragilidade existente quando a série opta pela seriedade. Divertida parte inicial.
Malhação + Power Rangers: romance, rivalidade e pancadaria insana não faltam. A terceira temporada vai ainda mais fundo no resgate de figuras e histórias dos filmes "Karatê Kid". Reencontros tocam os fãs, mas a qualidade da série deixa a desejar.
Foi muito muito bacana ver Elisabeth Shue, a atriz que possui a carreira de maior sucesso dos elencos(contando todos os atores e atrizes do filme e da série), de volta a esse universo. Ali, Johnny e Daniel mereciam esse reencontro - e nós espectadores mais ainda.
Como será que funcionará essa parceria entre os velhos rivais? Será que durará? Saberemos apenas no próximo ano.
Surpreender-se consigo mesmo, encontrar uma felicidade antes inimaginada e abraçar caminhos e riscos inéditos.
Difícil não se importar e amar as relações de David & Patrick e Alexis & Ted. Sentimos felicidade por esses casais e bastante orgulho do crescimento dos irmãos da família protagonista. Moira segue hilária e Johnny talvez tenha se destacado mais aqui do que nas temporadas anteriores. Esse belo casal continua sendo fundamental para o bom andamento e equilíbrio da obra. E o que dizer de Stevie? O espaço dado a personagem fez com que ela brilhasse como nunca. O final especial que homenageia um clássico maravilhoso do cinema fez com que essa ótima coadjuvante vencesse seus medos e colocasse para fora um lado seu que a mesma jamais imaginava que existia. Stevie merece tudo de mais lindo.
A série começou tendo alguma dificuldade para nos fazer rir, a primeira temporada certamente não empolgou. Agora, não só o show consegue isso facilmente como também nos emociona constantemente com toda a facilidade do mundo. Indiscutivelmente a melhor temporada até aqui. O crescimento de "Schitt's Creek" ao longo dos anos é notório.
Como não amar os Rose e cia? Que venha a última temporada.
O tempo, as muitas tentativas e erros e a inevitabilidade dos novos passos.
Corações em constantes conflitos consigo mesmos. Sentimentos inquietantes provocam ações fadadas a decepção. "Insecure" é sobre esses seres humanos tão falhos e cheios de erros como todos nós. Nada é mais humano do que quebrar a cara constantemente e tentar crescer após isso - algo que muitas vezes não se consegue.
Acompanhar essas jornadas pessoais e profissionais de altos e baixos é deveras prazeroso, intenso e bonito. Issa, Molly e Lawrence são personagens deveras bem construídos, não há como não se importar com eles. Dona de temas do coração, universais e sociais muito bem construídos e relevantes, "Insecure" só comprova nesta segunda temporada o quanto é excelente.
Culpa, perdão, aceitação e a vida que continua através de pequenos milagres diários.
As mudanças desestabilizam, abalam e são capazes de tirar completamente os personagens do eixo(e do sério). A trama adentra muito bem nessa questão, no quanto mudanças são difíceis e também necessárias para que exista evolução pessoal. Evitá-las para sempre é impossível; tirar o melhor das mesmas é necessário.
O programa possui imenso coração e doçura. A atmosfera aparentemente ingênua e seu humor são capazes de conquistar adultos(mais cedo ou mais tarde) e crianças. As características citadas acima dizem muito sobre a obra, porém o que mais impressiona e surpreende é a capacidade da mesma de mudar de tom quando menos se espera. "Kidding" insere lindamente um humor negro inesperado, faz surgir situações de grande caos e insanidade que refletem os desejos mais íntimos e desesperadores de seus personagens. A série não tem medo de arriscar e abraçar o surreal quando necessário.
O amor fica, não importa o tempo que passe.
"Kidding" poderia talvez ter mais anos, mas seu final marcante fecha muito bem essa especial história. Espero que a obra ganhe mais visibilidade e não seja esquecida nos próximos anos.
Excelente segunda temporada. Bela, surpreendente e sensível série.
Política, questões raciais e bastante atuais numa competente série procedural.
Os personagens de muito carisma e os interessantes plots que protagonizam cada novo episódio atraem facilmente. "The Good Fight" apresenta críticas que vão além da obra em si, a acidez do texto dialoga bastante com a realidade dos EUA.
As cenas de tribunal não inovam, porém funcionam. O ritmo é ágil e envolvente. A série alterna momentos de seriedade, tensão e bom humor de forma eficiente.
Acompanhar Maia, Diane, Lucca, Adrian e companhia em mais temporadas será sem dúvida agradável.
A saga de crescimento de "Schitt's Creek" segue bastante bonita. Os personagens ganham mais e mais os nossos corações com o passar das temporadas.
Alexis e David são as figuras que melhor representam o título do meu comentário. David entende que não se sabotar é o passo mais importante para ter uma relação saudável e feliz como ele nunca teve; Alexis é o amadurecimento em pessoa. Nenhum outro personagem nos dá tanto orgulho e impressiona com a sua evolução como ser humano. Vê-la compreender o seu coração e tomar as decisões que mais fazem sentido a sua jornada e vida atual é algo lindíssimo.
"Schitt's Creek" é um poço de carisma. Humor leve e despretensioso numa convincente história de evolução de uma família bastante particular e especial à sua própria maneira.
Nostalgia, rivalidade acirrada e graves consequências.
A clássica rivalidade sendo transportada mais do que nunca para os jovens alunos. Os romances e brigas pelos corações de quem se gosta ganharam proporções maiores - novos personagens "chegaram chegando". "Cobra Kai" continua humanizando seus personagens, quebra bem os conceitos de mocinhos e vilões(com raríssimas exceções). Por mais que a série possua estereótipos clichês tradicionais, os personagens, em geral, são figuras críveis cheias de falhas que possuem boas intenções.
A doutrina que cega e desvirtua e o bullying continuam também sendo questões bem trabalhadas. Esses temas não podem faltar.
O nível da primeira temporada se mantém. A série não chama a atenção em termos de roteiro, direção e atuações, mas o carisma faz o possível para nos manter interessados. Vamos ver o que acontecerá na terceira após esses acontecimentos fortes.
E quem diria que iríamos gostar de Daniel e Johnny(e nos irritar com ambos) na mesma proporção? A série é capaz disso.
Relacionamentos e suas complexidades, estagnações pessoais e profissionais e observações muito pertinentes sobre as vidas de negros nos EUA. "Insecure" fala de dilemas e situações muito palpáveis da convivência em sociedade.
Os rompimentos por status sociais aparentemente diferentes e questões preconceituosas são bastante críveis. A série foge do óbvio para falar de seus temas, aborda discussões muito interessantes através de atitudes que denunciam um preconceito enraizado e normalizado.
Há temas sérios discutidos com igual contundência e naturalidade, mas temos aqui também uma obra bastante humana sobre amor e amizade. Esses personagens são capazes de nos tocar facilmente com suas jornadas de decepções, tristezas, alegrias, afastamentos e cumplicidade.
Um mergulho no passado. Uma rivalidade que marcou vidas, moldou caráter de pessoas e direcionou trajetórias. Um mundo com mudanças. As referências aos tempos de outrora são o motor, mas a série não deixa de mostrar como atitudes e condutas de antes não são aprovadas e não se encaixam no mundo de hoje.
Uma obra inquestionavelmente bastante simples e previsível. Contudo, "Cobra Kai" impressiona como talvez nenhuma outra série por ter uma qualidade: a mesma é dona de um gigantesco coração que existe a todo tempo para agradar seus fãs. Os admiradores do clássico "Karatê Kid" não podem reclamar.
Reencontrar Daniel e Johnny alegra os nossos corações. Revisitar suas histórias que já conhecemos e ver suas novas jornadas é deveras prazeroso.
Que venham novos torneios, romances, histórias sobre bullying e superação. A saga segue viva.
Uma obra bastante sensorial, de seres humanos e seus estados de espírito em constante transformação. O esperado rigor do ambiente e os rótulos sobre gêneros caem por terra nesta série que fala com enorme verdade de dor e sentimentos super complexos.
Não curto alguns trabalhos do Luca Guadagnino(casos de "Suspíria" e "The Staggering Girl"), mas considero "Me Chame Pelo Seu Nome" uma grande obra-prima. Ver, agora, uma minissérie(dirigida pelo cineasta italiano) que possui a mesma forma poética e sensível de tratar as jornadas tão especiais de seus personagens é um presente.
Discordâncias e muitas perdas na jornada pela liberdade. A violência como meio escolhido e necessário. A busca pelo fim da escravidão cobra preços altíssimos. Sangue, fé e luta. A existência como missão, ser parte de algo imenso e muito maior do que si mesmo.
Ethan Hawke entrega uma atuação bastante memorável, certamente uma das melhores de sua carreira. Hawke merece ser mais reconhecido como o grande ator que é. Espero que essa atuação seja mais premiada do que a sua recente performance maravilhosa em "First Reformed".
Uma relação incrivelmente especial construída de forma deveras sensível. Rostos já conhecidos e novos inseridos numa trama que trata de luta por poder, mas que fala principalmente sobre encontrar sua(ou voltar para) casa.
O laço entre Mando e Baby Yoda(continuarei chamando assim, ao menos por enquanto) cresceu e se tornou mágico. Um crescimento que andou de mãos dadas com a subida de nível incontestável da série. "The Mandalorian" tornou-se melhor em tudo. Os impressionantes aspectos técnicos, as empolgantes tramas episódicas, a bela galeria de personagens e o mundo cheio de possibilidades funcionaram lindamente dentro dessa obra que sabe avançar sua história no ritmo ideal e brincar com gêneros muitíssimo bem.
Fuga e conhecimento. Conversas reflexivas e aparentes aleatoriedades andam juntas nesta jornada de entendimento e aceitação. A vida e a morte como realidades que precisam ser enfrentadas em algum momento.
O tocante episódio final é maravilhoso.
Sempre tive vontade, mas nunca assisti "Adventure Time"(série do mesmo criador). Agora, esse desejo aumentou. "BoJack Horseman", "Rick and Morty" e "Tuca & Bertie" são alguns grandes exemplos do nível altíssimo que as animações atuais podem alcançar. Espero conhecer outras que me faltam e que surjam novas excelentes.
"The Midnight Gospel" é uma das boas surpresas do ano, merece o sucesso alcançado.
Saudade, conquista, crescimento, renascimento, determinação, reaprendizado, sonho e liberdade. 8 histórias de imigrantes nos EUA contadas com muito coração por pessoas próximas dos temas.
Vemos a "America" e suas muitas possibilidades, mas também presenciamos suas burocracias e desconhecimento sobre o outro que veio de fora. Há apoio das famílias, mas também rejeição e grande descontentamento com muitos que tomaram caminhos inesperados. Conhecer tantas pessoas, novas culturas e histórias tão críveis é um grande prazer que a obra nos proporciona.
Belíssimo primeiro ano de "Little America". A mais humana série de 2020? Muito provavelmente.
O conto de fadas irreal. Os sonhos mais altos que não duram. As presenças de Diana e Thatcher enriquecem a excelente galeria de personagens e ajudam a aprofundar os temas já conhecidos da série.
Os desentendimentos entre Diana e Charles são marcantes e dolorosos(para ambos os lados). A série é ótima em desenvolver os dois personagens e a relação de forma complexa, mostrando qualidades e defeitos dos dois. Claramente não é um casamento, mas sim um acordo - e o mesmo cobra altos preços.
As diferenças de conduta ao exercerem os deveres de suas funções e também de personalidade entre Thatcher e Elizabeth também estão entre as melhores coisas deste quarto ano. Há muita convicção de ambos os lados, o choque entre essas figuras tão poderosas torna os ricos plots políticos ainda mais fascinantes. Por trás dessas duas líderes que parecem inquebráveis, há traços de humanidade construídos de forma convincente e com muito detalhismo.
A reconstituição histórica é um espetáculo, difícil ficar mais impressionante do que isso. Há obviamente detalhes diferentes em relação aos fatos reais, mas assistir a essa obra é inquestionavelmente mergulhar numa grande aula de história.
"The Crown" atinge o ápice em sua belíssima 4ª temporada. Uma das melhores séries de 2020.
Horror e crítica social numa grande produção de personagens fortes, viagens transformadoras e episódios bastante particulares.
O sobrenatural e o humano trocam perguntas e respostas. O sacrifício é a inevitável e dolorosa solução.
Apesar de ter gostado, ainda fico com a sensação de que a série poderia potencializar melhor suas qualidades e aprofundar seus temas de maneira mais orgânica. Há espaço para melhora numa provável próxima temporada. As corajosas decisões existentes no episódio final também merece elogios.
Personagens se transformando e caminhando em direções que deixam todos orgulhosos(inclusive o espectador). Talvez a família Rose possa não gostar da ideia num primeiro momento, mas paulatinamente seus membros vão fazendo mais parte da comunidade de "Schitt's Creek". Crescentemente vão se acostumando e gostando disso de alguma forma. Trata-se de um processo bonito de se ver.
Abandonar o passado num gesto emocional e simbólico e abraçar o novo. A riqueza e o tamanho das realizações são totalmente particulares, estão nos olhos de cada um.
Comédia gostosa, despretensiosa e bem humana. Temporada cheia de coração.
Convicções, missões e reflexões num universo dominado pelo inexplicável.
Ambição, sangue e castigo. Traições e escolhas equivocadas desencadeiam mudanças definitivas e massacres. Maridos e esposas. Pais e Filhos. Gangue x Gangue. Personagens lutando como podem por seus territórios e sonhos, tudo em meio ao ritmo crescentemente louco de impactantes e bizarros acontecimentos. O descontentamento é geral: com a estagnação da própria vida, com a falta de reconhecimento do país, com as injustiças divinas e com a realidade de um mundo violento devastador.
A trama é rica e ambiciosa. As possibilidades são inúmeras e os perigos estão em todos os lados. Há uma galeria fascinante de excêntricos personagens. Acompanhar seus destinos imprevisíveis é delicioso. Uma história sobre mistérios e acasos. Uma história sobre fim e início de era. As transformações são inevitáveis.
O grande elenco merece muitos elogios, a qualidade do mesmo impressiona. Um grande destaque? Kirsten Dunst. Provavelmente a melhor atuação de sua carreira, uma performance cheia de camadas. Peggy é capaz de nos fazer rir, emocionar e assustar com a mesma intensidade. Figura inesquecível.
A primeira temporada é incrível e essa não fica atrás(talvez seja inclusive um pouco melhor). "Fargo" é uma obra fantástica.
Uma das melhores temporadas de séries vistas nos últimos anos.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraO poder do amor.
O luto combatido através de um mundo construído. A minissérie supera(na maior parte do tempo) as limitações impostas por seu universo já conhecido ao brincar de maneira bastante competente com gêneros e formatos tradicionais da TV.
Meu episódio favorito é justamente o primeiro. A criatividade e maior inspiração encantam mais quando a série pode respirar sem tanta influência/interferência dos laços já criados com os muitos filmes do MCU. O que importa de verdade em "WandaVision" é a relação entre os personagens-título(isso fica claro desde o início), as questões restantes são muitíssimo menores.
Elizabeth Olsen e o elenco brilham nesta obra que será lembrada por seu frescor narrativo e pela emoção gerada por seus dois protagonistas.
Um acerto da Marvel.
Insecure (3ª Temporada)
4.4 48 Assista AgoraAmar a si mesmo em primeiro lugar.
As mudanças inevitáveis após o fim de uma longa relação e o crescente processo de repaginada da vida como um caminho sem volta.
A rotina cansativa e as dúvidas com o futuro são sentidas de maneira bastante palpável.
Vemos no terceiro ano uma jornada aprofundada de uma protagonista que procura sobreviver com suas próprias forças, que toma atitudes de coragem, tenta saber melhor o que deseja de fato e se abre. Ainda assim, como evitar quebrar a cara? Não há garantias para nenhum de nós.
As amizades encantam, mas também se transformam com as mudanças da vida.
A ousadia no trabalho contrasta com o medo na vida pessoal. O sucesso esperado depende de um grande individualismo?
Obra de muitas perguntas e sem respostas definitivas. Série deveras humana, impossível não se identificar.
Outra bela temporada de "Insecure".
A Maldição da Mansão Bly
3.9 923 Assista AgoraLuto, horror e amor.
O luto que abraça o inexplicável, convive com o mistério e o medo diários.
Os fantasmas de todos nós. A aceitação de um passado e presente de horror.
O amor que resiste ao tempo e distância. Um sentimento que nasce e sobrevive o máximo possível mesmo contra as adversidades.
"The Haunting of Bly Manor" não possui a força e vigor surpreendente de "The Haunting of Hill House", porém consegue encantar em seus melhores momentos. O oitavo episódio, "The Romance of Certain Old Clothes", é uma verdadeira pérola. Um dos grandes episódios de 2020.
Irregular, mas eficiente obra.
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraO outro lado dos super-heróis.
A imagem de intocáveis, salvadores, símbolos de esperança e inspiração usadas para a realização de interesses sujos.
O poder e egoísmo de uma super corporação sem escrúpulos que usa e abusa dos privilégios gerados por suas fantásticas figuras públicas e seus supostos dons divinos - figuras essas também dominadas por atitudes deveras graves.
Uma temporada sobre a apresentação de um lado nada nobre dos 'super' que caminha juntamente com a fome de vingança gerada pela dor de seus rivais.
Personagens interessantes, conflitos morais e jornadas complicadas servem uma trama simples, porém envolvente.
Boa primeira temporada.
The Office (3ª Temporada)
4.5 323O velho e o novo crescendo juntos. As fugas e as voltas do coração.
Novos personagens e novidades nas estruturas e interações já definidas agitam e dão nítido frescor a temporada.
Michael se consolida como um personagem irresistível: o mais estúpido, covarde, inseguro e carente chefe que se pode ter. Steve Carell está ainda melhor que nos anos anteriores.
O grande Dwight segue ótimo, nos arranca risadas constantemente. Curioso sentirmos como o personagem não nos causa mais tanto estranhamento com suas atitudes(a essa altura já sabemos da insanidade de seu ser), agora mais e mais passamos a surpreendentemente nos importar com sua felicidade.
Stanley(meu hilário xodó), Angela, Ryan, Kevin, Creed, Meredith, Oscar, Phyllis, Toby, Jan, Kelly e Darryl(cresceu demais) formam uma equipe de coadjuvantes que se tornou ainda mais interessante. E temos, agora, novas figuras como Andy e Karen que também possuem importantes momentos de destaque.
Se a temporada anterior termina com Jim e Pam mais do que nunca sob os holofotes, essa começa e termina focando nos efeitos das importantes decisões de ambos.
A sensação nova de liberdade ao assumir o controle da própria vida e escolhas dão coragem e clareza.
Os bem-vindos ares recentes e as mudanças acalmam a mente e os sentimentos. Contudo, lidar com o coração é viver numa constante rotina de incertezas.
Os desencontros atingem, mas as voltas dadas pelo mundo são capazes de gerar surpreendentes lágrimas e arrancar os mais belos sorrisos.
"Gay Witch Hunt" e "The Job"(coincidentemente o primeiro e o último episódio) são os auges de uma temporada maravilhosa que equilibra lindamente seu humor engraçadíssimo(não faltam episódios e momentos hilários) com muito muito coração.
A melhor temporada até aqui. Ano marcante de "The Office".
Lupin (Parte 1)
4.0 332 Assista AgoraIlusão e vingança.
Os golpes engenhosos e o carisma garantem o interesse, sustentam a obra como um entretenimento escapista de estilo clássico. O investimento mais dramático, que domina a 2ª metade, expõe a fragilidade existente quando a série opta pela seriedade.
Divertida parte inicial.
Cobra Kai (3ª Temporada)
4.1 296 Assista AgoraNostalgia, nostalgia e nostalgia.
Malhação + Power Rangers: romance, rivalidade e pancadaria insana não faltam.
A terceira temporada vai ainda mais fundo no resgate de figuras e histórias dos filmes "Karatê Kid".
Reencontros tocam os fãs, mas a qualidade da série deixa a desejar.
Foi muito muito bacana ver Elisabeth Shue, a atriz que possui a carreira de maior sucesso dos elencos(contando todos os atores e atrizes do filme e da série), de volta a esse universo.
Ali, Johnny e Daniel mereciam esse reencontro - e nós espectadores mais ainda.
Como será que funcionará essa parceria entre os velhos rivais? Será que durará? Saberemos apenas no próximo ano.
Schitt's Creek (5ª Temporada)
4.2 12Surpreender-se consigo mesmo, encontrar uma felicidade antes inimaginada e abraçar caminhos e riscos inéditos.
Difícil não se importar e amar as relações de David & Patrick e Alexis & Ted. Sentimos felicidade por esses casais e bastante orgulho do crescimento dos irmãos da família protagonista.
Moira segue hilária e Johnny talvez tenha se destacado mais aqui do que nas temporadas anteriores. Esse belo casal continua sendo fundamental para o bom andamento e equilíbrio da obra.
E o que dizer de Stevie? O espaço dado a personagem fez com que ela brilhasse como nunca. O final especial que homenageia um clássico maravilhoso do cinema fez com que essa ótima coadjuvante vencesse seus medos e colocasse para fora um lado seu que a mesma jamais imaginava que existia. Stevie merece tudo de mais lindo.
A série começou tendo alguma dificuldade para nos fazer rir, a primeira temporada certamente não empolgou. Agora, não só o show consegue isso facilmente como também nos emociona constantemente com toda a facilidade do mundo.
Indiscutivelmente a melhor temporada até aqui. O crescimento de "Schitt's Creek" ao longo dos anos é notório.
Como não amar os Rose e cia? Que venha a última temporada.
Insecure (2ª Temporada)
4.4 47 Assista AgoraO tempo, as muitas tentativas e erros e a inevitabilidade dos novos passos.
Corações em constantes conflitos consigo mesmos. Sentimentos inquietantes provocam ações fadadas a decepção.
"Insecure" é sobre esses seres humanos tão falhos e cheios de erros como todos nós.
Nada é mais humano do que quebrar a cara constantemente e tentar crescer após isso - algo que muitas vezes não se consegue.
Acompanhar essas jornadas pessoais e profissionais de altos e baixos é deveras prazeroso, intenso e bonito. Issa, Molly e Lawrence são personagens deveras bem construídos, não há como não se importar com eles.
Dona de temas do coração, universais e sociais muito bem construídos e relevantes, "Insecure" só comprova nesta segunda temporada o quanto é excelente.
Belíssimo segundo ano.
Kidding (2ª Temporada)
4.3 46Culpa, perdão, aceitação e a vida que continua através de pequenos milagres diários.
As mudanças desestabilizam, abalam e são capazes de tirar completamente os personagens do eixo(e do sério). A trama adentra muito bem nessa questão, no quanto mudanças são difíceis e também necessárias para que exista evolução pessoal. Evitá-las para sempre é impossível; tirar o melhor das mesmas é necessário.
O programa possui imenso coração e doçura. A atmosfera aparentemente ingênua e seu humor são capazes de conquistar adultos(mais cedo ou mais tarde) e crianças.
As características citadas acima dizem muito sobre a obra, porém o que mais impressiona e surpreende é a capacidade da mesma de mudar de tom quando menos se espera.
"Kidding" insere lindamente um humor negro inesperado, faz surgir situações de grande caos e insanidade que refletem os desejos mais íntimos e desesperadores de seus personagens.
A série não tem medo de arriscar e abraçar o surreal quando necessário.
O amor fica, não importa o tempo que passe.
"Kidding" poderia talvez ter mais anos, mas seu final marcante fecha muito bem essa especial história. Espero que a obra ganhe mais visibilidade e não seja esquecida nos próximos anos.
Excelente segunda temporada. Bela, surpreendente e sensível série.
The Good Fight (1ª Temporada)
4.2 46Política, questões raciais e bastante atuais numa competente série procedural.
Os personagens de muito carisma e os interessantes plots que protagonizam cada novo episódio atraem facilmente.
"The Good Fight" apresenta críticas que vão além da obra em si, a acidez do texto dialoga bastante com a realidade dos EUA.
As cenas de tribunal não inovam, porém funcionam. O ritmo é ágil e envolvente.
A série alterna momentos de seriedade, tensão e bom humor de forma eficiente.
Acompanhar Maia, Diane, Lucca, Adrian e companhia em mais temporadas será sem dúvida agradável.
Ano inicial competente.
Schitt's Creek (4ª Temporada)
4.2 14Aprendendo a ser feliz.
A saga de crescimento de "Schitt's Creek" segue bastante bonita. Os personagens ganham mais e mais os nossos corações com o passar das temporadas.
Alexis e David são as figuras que melhor representam o título do meu comentário.
David entende que não se sabotar é o passo mais importante para ter uma relação saudável e feliz como ele nunca teve;
Alexis é o amadurecimento em pessoa. Nenhum outro personagem nos dá tanto orgulho e impressiona com a sua evolução como ser humano. Vê-la compreender o seu coração e tomar as decisões que mais fazem sentido a sua jornada e vida atual é algo lindíssimo.
"Schitt's Creek" é um poço de carisma. Humor leve e despretensioso numa convincente
história de evolução de uma família bastante particular e especial à sua própria maneira.
Boa quarta temporada.
Cobra Kai (2ª Temporada)
4.2 303 Assista AgoraNostalgia, rivalidade acirrada e graves consequências.
A clássica rivalidade sendo transportada mais do que nunca para os jovens alunos.
Os romances e brigas pelos corações de quem se gosta ganharam proporções maiores - novos personagens "chegaram chegando".
"Cobra Kai" continua humanizando seus personagens, quebra bem os conceitos de mocinhos e vilões(com raríssimas exceções). Por mais que a série possua estereótipos clichês tradicionais, os personagens, em geral, são figuras críveis cheias de falhas que possuem boas intenções.
A doutrina que cega e desvirtua e o bullying continuam também sendo questões bem trabalhadas. Esses temas não podem faltar.
O nível da primeira temporada se mantém. A série não chama a atenção em termos de roteiro, direção e atuações, mas o carisma faz o possível para nos manter interessados.
Vamos ver o que acontecerá na terceira após esses acontecimentos fortes.
E quem diria que iríamos gostar de Daniel e Johnny(e nos irritar com ambos) na mesma proporção? A série é capaz disso.
Insecure (1ª Temporada)
4.3 65 Assista AgoraInsecure é foda!
Relacionamentos e suas complexidades, estagnações pessoais e profissionais e observações muito pertinentes sobre as vidas de negros nos EUA. "Insecure" fala de dilemas e situações muito palpáveis da convivência em sociedade.
Os rompimentos por status sociais aparentemente diferentes e questões preconceituosas são bastante críveis. A série foge do óbvio para falar de seus temas, aborda discussões muito interessantes através de atitudes que denunciam um preconceito enraizado e normalizado.
Há temas sérios discutidos com igual contundência e naturalidade, mas temos aqui também uma obra bastante humana sobre amor e amizade. Esses personagens são capazes de nos tocar facilmente com suas jornadas de decepções, tristezas, alegrias, afastamentos e cumplicidade.
Belíssima temporada de estreia.
Cobra Kai (1ª Temporada)
4.3 467 Assista AgoraUma tonelada de nostalgia.
Um mergulho no passado. Uma rivalidade que marcou vidas, moldou caráter de pessoas e direcionou trajetórias.
Um mundo com mudanças. As referências aos tempos de outrora são o motor, mas a série não deixa de mostrar como atitudes e condutas de antes não são aprovadas e não se encaixam no mundo de hoje.
Uma obra inquestionavelmente bastante simples e previsível. Contudo, "Cobra Kai" impressiona como talvez nenhuma outra série por ter uma qualidade: a mesma é dona de um gigantesco coração que existe a todo tempo para agradar seus fãs. Os admiradores do clássico "Karatê Kid" não podem reclamar.
Reencontrar Daniel e Johnny alegra os nossos corações. Revisitar suas histórias que já conhecemos e ver suas novas jornadas é deveras prazeroso.
Que venham novos torneios, romances, histórias sobre bullying e superação.
A saga segue viva.
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132Descobrir-se e libertar-se.
Uma obra bastante sensorial, de seres humanos e seus estados de espírito em constante transformação.
O esperado rigor do ambiente e os rótulos sobre gêneros caem por terra nesta série que fala com enorme verdade de dor e sentimentos super complexos.
Não curto alguns trabalhos do Luca Guadagnino(casos de "Suspíria" e "The Staggering Girl"), mas considero "Me Chame Pelo Seu Nome" uma grande obra-prima. Ver, agora, uma minissérie(dirigida pelo cineasta italiano) que possui a mesma forma poética e sensível de tratar as jornadas tão especiais de seus personagens é um presente.
Que bela é "We Are Who We Are".
The Good Lord Bird
4.2 20Sacrifício para a eternidade.
Discordâncias e muitas perdas na jornada pela liberdade. A violência como meio escolhido e necessário. A busca pelo fim da escravidão cobra preços altíssimos.
Sangue, fé e luta. A existência como missão, ser parte de algo imenso e muito maior do que si mesmo.
Ethan Hawke entrega uma atuação bastante memorável, certamente uma das melhores de sua carreira. Hawke merece ser mais reconhecido como o grande ator que é. Espero que essa atuação seja mais premiada do que a sua recente performance maravilhosa em "First Reformed".
Uma das belas minisséries de 2020.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraO toque imenso de coração do universo Star Wars.
Uma relação incrivelmente especial construída de forma deveras sensível. Rostos já conhecidos e novos inseridos numa trama que trata de luta por poder, mas que fala principalmente sobre encontrar sua(ou voltar para) casa.
O laço entre Mando e Baby Yoda(continuarei chamando assim, ao menos por enquanto) cresceu e se tornou mágico. Um crescimento que andou de mãos dadas com a subida de nível incontestável da série. "The Mandalorian" tornou-se melhor em tudo. Os impressionantes aspectos técnicos, as empolgantes tramas episódicas, a bela galeria de personagens e o mundo cheio de possibilidades funcionaram lindamente dentro dessa obra que sabe avançar sua história no ritmo ideal e brincar com gêneros muitíssimo bem.
Imperdível. Grande segundo ano.
The Midnight Gospel (1ª Temporada)
4.5 455 Assista AgoraUma insana e filosófica viagem visual.
Fuga e conhecimento. Conversas reflexivas e aparentes aleatoriedades andam juntas nesta jornada de entendimento e aceitação. A vida e a morte como realidades que precisam ser enfrentadas em algum momento.
O tocante episódio final é maravilhoso.
Sempre tive vontade, mas nunca assisti "Adventure Time"(série do mesmo criador).
Agora, esse desejo aumentou.
"BoJack Horseman", "Rick and Morty" e "Tuca & Bertie" são alguns grandes exemplos do nível altíssimo que as animações atuais podem alcançar. Espero conhecer outras que me faltam e que surjam novas excelentes.
"The Midnight Gospel" é uma das boas surpresas do ano, merece o sucesso alcançado.
Little America (1ª Temporada)
4.1 10 Assista AgoraPor um mundo de mais oportunidades e igualdade.
Saudade, conquista, crescimento, renascimento, determinação, reaprendizado, sonho e liberdade. 8 histórias de imigrantes nos EUA contadas com muito coração por pessoas próximas dos temas.
Vemos a "America" e suas muitas possibilidades, mas também presenciamos suas burocracias e desconhecimento sobre o outro que veio de fora.
Há apoio das famílias, mas também rejeição e grande descontentamento com muitos que tomaram caminhos inesperados.
Conhecer tantas pessoas, novas culturas e histórias tão críveis é um grande prazer que a obra nos proporciona.
Belíssimo primeiro ano de "Little America". A mais humana série de 2020? Muito provavelmente.
The Crown (4ª Temporada)
4.5 246 Assista AgoraPertencimento e abnegação.
O conto de fadas irreal. Os sonhos mais altos que não duram.
As presenças de Diana e Thatcher enriquecem a excelente galeria de personagens e ajudam a aprofundar os temas já conhecidos da série.
Os desentendimentos entre Diana e Charles são marcantes e dolorosos(para ambos os lados). A série é ótima em desenvolver os dois personagens e a relação de forma complexa, mostrando qualidades e defeitos dos dois. Claramente não é um casamento, mas sim um acordo - e o mesmo cobra altos preços.
As diferenças de conduta ao exercerem os deveres de suas funções e também de personalidade entre Thatcher e Elizabeth também estão entre as melhores coisas deste quarto ano. Há muita convicção de ambos os lados, o choque entre essas figuras tão poderosas torna os ricos plots políticos ainda mais fascinantes.
Por trás dessas duas líderes que parecem inquebráveis, há traços de humanidade construídos de forma convincente e com muito detalhismo.
A reconstituição histórica é um espetáculo, difícil ficar mais impressionante do que isso.
Há obviamente detalhes diferentes em relação aos fatos reais, mas assistir a essa obra é inquestionavelmente mergulhar numa grande aula de história.
"The Crown" atinge o ápice em sua belíssima 4ª temporada. Uma das melhores séries de 2020.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 404Sobre legados e monstros.
Horror e crítica social numa grande produção de personagens fortes, viagens transformadoras e episódios bastante particulares.
O sobrenatural e o humano trocam perguntas e respostas. O sacrifício é a inevitável e dolorosa solução.
Apesar de ter gostado, ainda fico com a sensação de que a série poderia potencializar melhor suas qualidades e aprofundar seus temas de maneira mais orgânica. Há espaço para melhora numa provável próxima temporada.
As corajosas decisões existentes no episódio final também merece elogios.
Uma das belas estreias do ano.
Schitt's Creek (3ª Temporada)
4.2 17Uma jornada de crescimento pessoal e em família.
Personagens se transformando e caminhando em direções que deixam todos orgulhosos(inclusive o espectador).
Talvez a família Rose possa não gostar da ideia num primeiro momento, mas paulatinamente seus membros vão fazendo mais parte da comunidade de "Schitt's Creek". Crescentemente vão se acostumando e gostando disso de alguma forma. Trata-se de um processo bonito de se ver.
Abandonar o passado num gesto emocional e simbólico e abraçar o novo.
A riqueza e o tamanho das realizações são totalmente particulares, estão nos olhos de cada um.
Comédia gostosa, despretensiosa e bem humana. Temporada cheia de coração.
Fargo (2ª Temporada)
4.4 337Convicções, missões e reflexões num universo dominado pelo inexplicável.
Ambição, sangue e castigo. Traições e escolhas equivocadas desencadeiam mudanças definitivas e massacres.
Maridos e esposas. Pais e Filhos. Gangue x Gangue. Personagens lutando como podem por seus territórios e sonhos, tudo em meio ao ritmo crescentemente louco de impactantes e bizarros acontecimentos.
O descontentamento é geral: com a estagnação da própria vida, com a falta de reconhecimento do país, com as injustiças divinas e com a realidade de um mundo violento devastador.
A trama é rica e ambiciosa. As possibilidades são inúmeras e os perigos estão em todos os lados. Há uma galeria fascinante de excêntricos personagens. Acompanhar seus destinos imprevisíveis é delicioso.
Uma história sobre mistérios e acasos. Uma história sobre fim e início de era.
As transformações são inevitáveis.
O grande elenco merece muitos elogios, a qualidade do mesmo impressiona.
Um grande destaque? Kirsten Dunst. Provavelmente a melhor atuação de sua carreira, uma performance cheia de camadas. Peggy é capaz de nos fazer rir, emocionar e assustar com a mesma intensidade. Figura inesquecível.
A primeira temporada é incrível e essa não fica atrás(talvez seja inclusive um pouco melhor). "Fargo" é uma obra fantástica.
Uma das melhores temporadas de séries vistas nos últimos anos.