A realidade pobre das ruas de Dacar é apresentada de forma sensível e otimista por Mambéty. Sili vende Sol como o jornal que leva esse nome, como a garota trabalhadora que ajuda os outros quando tem, como a mulher forte que luta por seus direitos e de seus iguais, como a menina sorridente e alegre que, apesar de todos os desafios, leva a vida dançante, cantante, falante e sorridente. Poderia até ser mais longo, pois foi prazeroso acompanhar um pouco da vida dessa jovem.
Interessante construção da tensão, mas a atuação do protagonista perde a mão totalmente pelo exagero e falta de veracidade. Não fosse, seria muito melhor. Gurghis faz um trabalho decente na direção.
Bem realizado, direto ao ponto e com uma construção de tensão bem feita. Merecia um final melhor e talvez um pouco mais de tempo para deixar o espectador gelando. Não acho que um longa funcionária melhor, mas uma duração um pouco maior faria bastante diferença.
Considero o melhor dos curtas que foram disponibilizados pela HBO Max. Ideia criativa e arte muito bem realizada. Os poderes e vilões usados no "jogo" foram bem escolhidos.
Foi bom conhecer a história da Atom Eve e retornar ao universo de Invincible antes do retorno para a segunda temporada. Mantém a qualidade e já deixa a vontade de ver mais.
Kate Bush é uma artista ímpar e infelizmente muito pouco reconhecida para o nível de sua qualidade. Esse curta é incrivelmente belo, com uma riqueza de simbolismos ocultistas fascinante. Bush cantando, dançando, atuando e dirigindo não tem erro.
A nostalgia é com certeza o ponto alto, pois ver tudo que abrilhantava tanto na infância, mesmo tendo agora ciência de que é bem cafona e com baixa qualidade, é um apelo e tanto à criança anterior: as lutas coreografadas, os efeitos duvidosos, as atuações ruins, os figurinos estranhos e a trilha icônica são suco de nostalgia. Mas faltou bastante coisa para ser um especial de encher os olhos, como o retorno de alguns atores (claro que tem os problemas por trás das câmeras, mas não deixa de ser decepcionante), um melhor protagonista (o Yost tá realmente ali a pulso, o desgosto estampado na cara) e colocar mais Rangers em ação (fiquei esperando os capturados partirem pra luta, ou ao menos aparecerem juntos numa cena final, mas nem isso). De qualquer modo, traz um aconchego emocional prazeroso, que lembra que há coisas que, mesmo datadas, ainda podem trazer uma sensação boa de volta.
Se há hoje um debate ativo sobre a importância da memória de eventos traumáticos para que nunca se esqueça e para que nunca mais aconteça, essa curta, mas emblemática, dolorosa e pungente obra de Resnais é um dos pilares. O passeio pela arquitetura do morticínio dos campos de concentração junto às filmagens e imagens de arquivo de tudo que ocorreu formam um mosaico contundente, que contrapõe a poesia da narração e a brutalidade do imagético, formando uma imagem do evento que representa o ápice da barbaridade humana. Infelizmente, Noite e Neblina é um filme necessário e indispensável. Um daqueles filmes que só se assiste uma vez, pois a experiência é destruidora.
Um simples clipe não poderia transmitir toda a profundidade e pessoalidade desse curta lindo, potente e tocante. Mesmo sem conhecer o trabalho do artista, tudo é fascinante, do enredo à produção, das composições à fotografia, cheio de homenagens e referências ao horror trash, ao gótico oitentista e a toda a estética queer. Surpreendente.
Belo curta de terror político, que usa bem da estética de época e da técnica de stop motion, mas nota-se alguns momentos em que essa técnica não é usada, o que quebra bastante a imersão na história. De qualquer modo, muito bem realizado e com uma mensagem forte.
Mostra muito bem o trabalho da equipe de animação e modelagem, assim como a influência da obra de Del Tirei na construção do filme e de sua estética. Senti falta de um pouco mais sobre os dubladores e o processo das cenas feitas na água. Cate Blanchett aceitando ser o macaco porque queria participar foi o melhor.
Preferi o curta que o longa de 2016, pois o fato de ser conciso deixa tudo na intensidade certa e não precisa incorrer a um monte de conveniências para forçar um aumento de tempo de projeção. Art parecia ser menos cínico e mais cruel aqui. Gostei um pouco mais da versão dele no filme, mas esse desfecho foi foda.
Vale pela primeira aparição de.um personagem que se tornaria um novo sucesso no terror extremo e pela producao independente, mas é bem fraquinho, sem nada muito digno de nota. Ainda assim, os diversos monstros do nono círculo dão um charme a mais.
Além de uma ficção científica que trabalha muito bem com a noção de mundo pós-apocalíptico, a linha tênue da ética científica e as viagens temporais, concluindo com uma proposta de autocomplementaridade, o que torna essa pequena obra tão rica são as decisões artísticas e técnicas aliadas ao uso da memória como elemento narrativo. A decisão de uma construção crua, formada por uma sucessão de fotogramas, alguns efeitos sonoros, forte trilha sonora e uma narração que determina o ritmo da narrativa, tem uma relação muito íntima com o uso de fotografias que trazem a Paris pós-Segunda Guerra, em meio a um enredo que trabalha a centralidade da memória na composição temporal e mental do indivíduo. La Jetée encanta por esse formato de filme-memória numa espécie de diálogo sobre um futuro-passado, pois, no fim de tudo, a memória guia os caminhos do protagonista da história humana.
Fácilmente o melhor desses curtas, pois com simplicidade cria uma atmosfera de tensão muito eficaz, com uso de iluminação e fumaça para ajudar na ambientação. A atriz principal manda bem e a presença de cachorro se mostra um grande acerto, além da revelação de sua natureza.
Apesar de ter uma ótima premissa, talvez a melhor dos curtas dessa coleção, a realização é péssima, tendo uma atriz principal terrível, um ritmo monótono para somente 12 minutos, uma direção fraca e um final bem mal feitinho. Se estivesse na mão de outro elenco e outrs direção, podia ser fácil o melhor.
A história é bem qualquer coisa, a menos interessante de todos os curtas, além da captação de áudio ser bem ruim e o final ser meio nada a ver. Os atores não fazem feio que nem em alguns outros curtas, mas esses outros pontos e o alien feinho enfraqueceram a produção.
Rick and Morty Exquisite Corpse
3.8 4Com certeza uma bela duma viagem de ácido puro.
A Pequena Vendedora de Sol
4.2 22 Assista AgoraA realidade pobre das ruas de Dacar é apresentada de forma sensível e otimista por Mambéty. Sili vende Sol como o jornal que leva esse nome, como a garota trabalhadora que ajuda os outros quando tem, como a mulher forte que luta por seus direitos e de seus iguais, como a menina sorridente e alegre que, apesar de todos os desafios, leva a vida dançante, cantante, falante e sorridente. Poderia até ser mais longo, pois foi prazeroso acompanhar um pouco da vida dessa jovem.
Reflection
2.5 1Interessante construção da tensão, mas a atuação do protagonista perde a mão totalmente pelo exagero e falta de veracidade. Não fosse, seria muito melhor. Gurghis faz um trabalho decente na direção.
Reflection
3.0 1Bem curtinho e trabalha bem os jumpscares. O baixo orçamento não atrapalha a inventividade e a criatura ficou satisfatoriamente assustadora.
Other Side of the Box
3.9 56Bem realizado, direto ao ponto e com uma construção de tensão bem feita. Merecia um final melhor e talvez um pouco mais de tempo para deixar o espectador gelando. Não acho que um longa funcionária melhor, mas uma duração um pouco maior faria bastante diferença.
Rick and Morty: Summer’s Sleepover
2.9 9Ideia e tipo de animação interessantes, com uma bizarrice bem condizente com a ideia geral do desenho, mas não curti muito a história do curta.
Rick and Morty: Summer Meets God (Rick Meets Evil)
2.4 4Tem basicamente os mesmos problemas de tom e narrativa do curta vs. Genocider. Transformar em anime não funcionou muito bem.
Rick and Morty vs. Genocider
2.8 4Achei um pouco enrolado para entender, e o tom "animesco" não combina nada com os personagens estabelecidos. Tudo ficou destoante.
Rick and Morty: The Great Yokai Battle of Akihabara
3.2 4Meio bobo, mas é engraçadinho e tem uma boa ironia característica da série.
Rick and Morty in the Eternal Nightmare Machine
3.8 7Considero o melhor dos curtas que foram disponibilizados pela HBO Max. Ideia criativa e arte muito bem realizada. Os poderes e vilões usados no "jogo" foram bem escolhidos.
Rick and Morty: Samurai & Shogun Parts 1 & 2
3.8 7A movimentação da animação não agrada tanto, mas o excesso de sangue e a boa reprodução do estilo samurai diverte bastante.
Invencível: Eve Atômica
3.9 39Foi bom conhecer a história da Atom Eve e retornar ao universo de Invincible antes do retorno para a segunda temporada. Mantém a qualidade e já deixa a vontade de ver mais.
The Line, the Cross & the Curve
4.2 6Kate Bush é uma artista ímpar e infelizmente muito pouco reconhecida para o nível de sua qualidade. Esse curta é incrivelmente belo, com uma riqueza de simbolismos ocultistas fascinante. Bush cantando, dançando, atuando e dirigindo não tem erro.
Power Rangers: Agora e Sempre
3.0 121 Assista AgoraA nostalgia é com certeza o ponto alto, pois ver tudo que abrilhantava tanto na infância, mesmo tendo agora ciência de que é bem cafona e com baixa qualidade, é um apelo e tanto à criança anterior: as lutas coreografadas, os efeitos duvidosos, as atuações ruins, os figurinos estranhos e a trilha icônica são suco de nostalgia. Mas faltou bastante coisa para ser um especial de encher os olhos, como o retorno de alguns atores (claro que tem os problemas por trás das câmeras, mas não deixa de ser decepcionante), um melhor protagonista (o Yost tá realmente ali a pulso, o desgosto estampado na cara) e colocar mais Rangers em ação (fiquei esperando os capturados partirem pra luta, ou ao menos aparecerem juntos numa cena final, mas nem isso). De qualquer modo, traz um aconchego emocional prazeroso, que lembra que há coisas que, mesmo datadas, ainda podem trazer uma sensação boa de volta.
Noite e Neblina
4.6 206 Assista AgoraSe há hoje um debate ativo sobre a importância da memória de eventos traumáticos para que nunca se esqueça e para que nunca mais aconteça, essa curta, mas emblemática, dolorosa e pungente obra de Resnais é um dos pilares. O passeio pela arquitetura do morticínio dos campos de concentração junto às filmagens e imagens de arquivo de tudo que ocorreu formam um mosaico contundente, que contrapõe a poesia da narração e a brutalidade do imagético, formando uma imagem do evento que representa o ápice da barbaridade humana. Infelizmente, Noite e Neblina é um filme necessário e indispensável. Um daqueles filmes que só se assiste uma vez, pois a experiência é destruidora.
Hideous
3.6 15Um simples clipe não poderia transmitir toda a profundidade e pessoalidade desse curta lindo, potente e tocante. Mesmo sem conhecer o trabalho do artista, tudo é fascinante, do enredo à produção, das composições à fotografia, cheio de homenagens e referências ao horror trash, ao gótico oitentista e a toda a estética queer. Surpreendente.
The Bones
3.8 9Belo curta de terror político, que usa bem da estética de época e da técnica de stop motion, mas nota-se alguns momentos em que essa técnica não é usada, o que quebra bastante a imersão na história. De qualquer modo, muito bem realizado e com uma mensagem forte.
Pinóquio por Guillermo del Toro: Cinema Feito à Mão
4.3 17Mostra muito bem o trabalho da equipe de animação e modelagem, assim como a influência da obra de Del Tirei na construção do filme e de sua estética. Senti falta de um pouco mais sobre os dubladores e o processo das cenas feitas na água. Cate Blanchett aceitando ser o macaco porque queria participar foi o melhor.
Terrifier
2.8 18Preferi o curta que o longa de 2016, pois o fato de ser conciso deixa tudo na intensidade certa e não precisa incorrer a um monte de conveniências para forçar um aumento de tempo de projeção. Art parecia ser menos cínico e mais cruel aqui. Gostei um pouco mais da versão dele no filme, mas esse desfecho foi foda.
The 9th Circle
2.6 5Vale pela primeira aparição de.um personagem que se tornaria um novo sucesso no terror extremo e pela producao independente, mas é bem fraquinho, sem nada muito digno de nota. Ainda assim, os diversos monstros do nono círculo dão um charme a mais.
A Pista
4.4 185Além de uma ficção científica que trabalha muito bem com a noção de mundo pós-apocalíptico, a linha tênue da ética científica e as viagens temporais, concluindo com uma proposta de autocomplementaridade, o que torna essa pequena obra tão rica são as decisões artísticas e técnicas aliadas ao uso da memória como elemento narrativo. A decisão de uma construção crua, formada por uma sucessão de fotogramas, alguns efeitos sonoros, forte trilha sonora e uma narração que determina o ritmo da narrativa, tem uma relação muito íntima com o uso de fotografias que trazem a Paris pós-Segunda Guerra, em meio a um enredo que trabalha a centralidade da memória na composição temporal e mental do indivíduo. La Jetée encanta por esse formato de filme-memória numa espécie de diálogo sobre um futuro-passado, pois, no fim de tudo, a memória guia os caminhos do protagonista da história humana.
Alien: Specimen
3.7 4Fácilmente o melhor desses curtas, pois com simplicidade cria uma atmosfera de tensão muito eficaz, com uso de iluminação e fumaça para ajudar na ambientação. A atriz principal manda bem e a presença de cachorro se mostra um grande acerto, além da revelação de sua natureza.
Alien: Alone
3.1 1Apesar de ter uma ótima premissa, talvez a melhor dos curtas dessa coleção, a realização é péssima, tendo uma atriz principal terrível, um ritmo monótono para somente 12 minutos, uma direção fraca e um final bem mal feitinho. Se estivesse na mão de outro elenco e outrs direção, podia ser fácil o melhor.
Alien: Night Shift
2.2 4A história é bem qualquer coisa, a menos interessante de todos os curtas, além da captação de áudio ser bem ruim e o final ser meio nada a ver. Os atores não fazem feio que nem em alguns outros curtas, mas esses outros pontos e o alien feinho enfraqueceram a produção.