Reassisti e acabei gostando mais do que eu me lembrava. A animação tem umas tomadas bem bonitas, quase todas as músicas são boas e a narrativa conquista. Para além da protagonista, o que mais funciona para mim é a sua dinâmica com o Mushu. Murphy aqui já mostra o seu grande talento na dublagem, que foi comprovado mais tarde, em Shrek. Vou terminar falando os únicos dois pontos negativos que vejo. Um deles é que o vilão mal tem tempo de tela, não tem carisma nem dá dimensão de sua maldade. O outro é que a montagem da Mulan treinando e ficando boa é muito rápida e não convence, até mesmo para uma animação. Talvez poderiam ter optado por dar a entender que ela já treinava um pouco antes da Guerra chegar, por exemplo...
Seguindo nas continuações, temos esta animação bem feita e despretensiosa. Nessa desavença toda entre pai e filho, acho que não tem muito como defender algumas atitudes do Pateta, rs... É um bom entretenimento para quem curte animação.
Uma afronta com a perfeição do primeiro filme, que é um dos meus preferidos da vida. Apesar da qualidade gráfica das continuações lançadas direto para home video cair bastante, aqui vemos essa queda ser de um precipício (Pocahontas II tem mais técnica do que esse, por exemplo). Porém, isso não é o que mais incomoda. O roteiro é previsível e sem graça, as músicas são constrangedoras, o vilão não se sustenta, a mocinha não tem carisma. O ponto positivo é que eu não acho que há uma descaracterização completa de todas as personagens, como o caso de várias outros continuações do estúdio... no entanto, isso não faz com que a experiência do expectador não seja sofrível.
Tentando voltar com o meu projeto de filmes Disney/Pixar, que comecei há três anos. Fico imaginando quem deixou isso aqui ser aprovado na reunião criativa do estúdio. Uma das piores continuações para home video que vi até agora. Nada aqui funciona, mas o que mais incomoda é a descaracterização da protagonista e as incoerências com o universo proposto no primeiro filme. O único elogio é que até gostei de uma das músicas. De resto, trágico.
O filme terminou e fiquei com a sensação de que o roteiro se perdeu ao contar esta história, hesitando em se comprometer em alguns momentos. Após um tempo pensando no que especificamente não funcionou para mim, se foi o texto, a qualidade dos diálogos ou até mesmo a falha no desenvolvimento, acredito que seja a forma que eles optaram contar a história na metade final.
Apesar de existirem cenas buscando uma certa profundidade, fica a impressão de um lapso para o entendimento completo da vida do maestro, principalmente suas questões sexuais e matrimoniais. Apesar disso, gostei de vários aspectos técnicos, principalmente da cinematografia, cabelo e maquiagem. Gostei também das atuações e de como eles marcaram bem e sem exageros a passagem do tempo. Bradley se sai bem nas cenas da regência e percebemos que a personagem fica mais confortável quanto a sua sexualidade até mesmo na mudança da postura do ator. Já Mulligan arrasou principalmente nas cenas da fase mais madura da personagem e em sua doença.
A pior desde a 13ª. É impressionante como deu para sentir o impacto da participação irregular da protagonista, que segurava todo o elenco e as tramas unidas. Uma história engaja o expectador quando nos importamos com os obstáculos criados por ela até vermos seus desfechos, com novos obstáculos e novas soluções. Sem uma boa problemática não há uma boa história a ser fomentada. E a questão é justamente essa, os dramas criados pelos roteiristas estão repetitivos, cansativos e mal-ajambrados.
Amelia e Kai, Meredith e Nick, Maggie e Winston.... os três casais têm a MESMA história e o MESMO desfecho, quase simultaneamente. Um deles precisa se mudar por conta da carreira, o outro sofre e não sabe lidar com seus sentimentos.... que falta do que escrever, não é? Por falar em Amelia, gosto da realista e constante luta pela sua sobriedade (incluo também o Richard), mas não podemos negar que a certa altura até isso satura... Já os casais Owen/Teddy e Maggie/Winston... sejamos bem sinceros... alguém ainda se importa? Alguém ainda "shippa"? Maggie é uma das personagens mais malquistas pelo fandom (compartilho da irritação geral), e não precisamos nem falar sobre Owen... As discussões incessantes entre Maggie e Winston criam mais antipatia pela personagem e definitivamente não anima para torcermos pelo casal. Já Teddy e Owen têm o mesmo problema de qualquer outra relação em que Owen tenha participado. Mas, para ser sincero, gosto da Teddy e acho que ela é uma das únicas que curto ver em cena. Além disso tudo, vemos mais uma montanha-russa Link e Jo, o que ironicamente é uma das surpresas positivas em meio a toda essa bagunça. O casal funciona e soa como um refresco até. Link e Amelia tinham uma torcida grande (inclusiva a minha), um casal que empolgou e teve química, mas depois da saída do Karev tiveram que reestruturar toda as subtramas da Jo, colocando ela em uma nova carreira, com uma nova filha, e com um novo interesse amoroso (e então bye bye Amelia). Outro ponto positivo talvez tenha sido a abordagem da saúde reprodutiva feminina nos EUA, que passa por maus bocados, no entanto colocar Bailey recebendo o prêmio Catherine Fox daquela maneira soou apressado e sem dar o devido valor a uma das personagens mais queridas da série, na minha opinião. Os internos novos trazem um respiro capenga para a temporada, até a situação de um novo interno ignorando uma DNR já soa mais do mesmo, para falar a verdade.
Enfim, eu poderia ficar mais alguns parágrafos escrevendo sobre, mas vou parar por aqui. Grey's precisa planejar o seu fim, isso fica mais claro a cada ano que passa, enquanto perdemos o interesse pelas personagens cada vez mais caricatas em suas tramas já desgastadas e repetitivas. =/
Sabia pouco ou quase nada do acidente - somente sobre o canibalismo. Achei o filme extremamente bem feito, fotografia, direção e roteiro de alto nível. A cena do acidente é impactante e prendi a respiração durante a sequência. Toda a discussão ética-religiosa sobre o consumo da carne humana é feita sob uma ótica sutil na medida certa, jogando para o expectador refletir o que faria naquela situação, sem panfletagem moral. Me surpreendi demais com as cenas do soterramento e com a morte do narrador, um toque narrativo bem feito.
É um filme-desastre, e tendo a gostar deles quando bem feito, como é o caso de A Sociedade da Neve. :)
Achei as personagens mal desenvolvidas, principalmente a da Julia Ormond. Há um estabelecimento efetivo do porquê os três irmãos se apaixonaram por ela, mas a achei simplesmente passiva quanto a tudo isso, o que não contribui com a simpatia do expectador. Ela deixa as coisas acontecerem sem tomar as rédeas de nada, Alfred aceita ficar em um relacionamento que claramente não é recíproco, Tristan com todo aquele estereótipo do "broken guy" que se distancia quando não consegue lidar com os próprios sentimentos. Acabei me desinteressando pelo casal, o que é péssimo para um filme de romance. Achei muito mais impactante e triste a morte da Isabel do que a da Susannah, por exemplo. Hopkins, que adoro, salva algumas cenas com sua poderosa presença, mas talvez pudessem ter diminuído um pouco a mão no pós-AVE (o que considero mais problema da direção do que da atuação).
Gostei de ter visto, mas existem vários filmes melhores do gênero.
Escolhi ver porque queria uma pegada mais musical, porém, tirando a versão incrível de Golden Slumbers da abertura, não me empolguei com as outras apresentações, senti falta de mais poder vocal ou talvez de melhores canções... Mas o filme como animação cumpre seu papel, entretém e tem personagens carismáticas! :)
Não curti a atuação de ninguém, exceto de Blunt. Todas as personagens são caricatas e rasas, não senti verdade em nenhum momento. Ainda por cima, adivinhei o final, o que fez o plot twist não ter o mesmo impacto (apesar de boas cenas). É um thriller mediano, mas me deixou curioso e me prendeu até o fim.
Ok, não consigo analisar criticamente a Beyoncé, ela aparece e eu sorrio, não tem jeito <3... Hudson é incrível, que voz! Eddie Murphy muito bem aqui também... As músicas mais memoráveis são Listen (Beyoncé) e And I Am Telling You I'm Not Going (minha favorita, interpretada magistralmente pela Hudson). Mas o filme não é só maravilhas...
O que me incomodou muito foi o roteiro, não senti verossimilhança em nenhuma desavença ou em nenhuma das resoluções de conflitos ali. Como assim em apenas uma cena há o rompimento não só de um casal, mas de um grupo musical, e de uma amizade tida como família? Viveram oito anos daquele jeito, um grupo enriquecendo e a outra desempregada, ninguém teve nenhum remorso? Decidiram tudo naquela única cena e se mantiveram daquele jeito por quê? Por que ninguém tentou uma reconciliação? Não havia lados a serem tomados. Sim, o roteiro mostra que Effie era difícil de se lidar, mas nada justifica a forma da sua expulsão e as ações feitas ali, e a história parece se esquecer disso. Ela pede simpatia por todos ali, mas não julga ou pune ninguém pelos seus atos, apenas Curtis. A resolução do embate só é mostrada quando o texto precisa que as coisas se encaminhem para o final... não há remorso na volta da relação de Effie com o compositor, que acontece somente quando ele próprio entra em conflito com Curtis... não há remorso entre Effie e Deena, que somente rompe com Curtis quando ela percebe a relação tóxica que vive, e não porque percebeu que o que fez com Effie há anos foi errado. Além disso tudo, há muita falta de aprofundamento nas personagens. Apesar do filme pedir do expectador uma empatia pela Effie, o roteiro falha em estabelecer esse sentimento, faltaram cenas dela amadurecendo e aprendendo humildade, faltaram cenas dela na "vida real", faltaram cenas mostrando as consequências do abandono de sua família. A personagem da Beyoncé, que na minha opinião é a mais explorada, também soa vazia em algumas de suas decisões. Considero bem realizado todo o plot do relacionamento abusivo, a música Listen é usada muito bem para avançar com o roteiro... mas cadê o remorso? Cadê a cena de reconciliação entre as duas ex-irmãs? O roteiro novamente pede uma empatia com uma personagem, mas não se importa em estabelecê-la. Sim, a Beyoncé pede desculpas porque Curtis estava roubando as músicas da Effie, mas e as desculpas de como tudo isso começou? E as desculpas sobre ter iniciado o romance com Curtis?
Enfim... apesar de boas atuações e algumas apresentações memoráveis, achei que poderiam ter tirado 30% das músicas e colocado mais história, mais cenas, mais diálogos, mais aprofundamento...
Conhecia essa música como todos os da minha geração também conhecem, sabia da presença apenas do Michael, Lionel, Diana e Cyndi, e desconhecia quaisquer outros detalhes. Como curto diversas músicas dessa época (especialmente do MJ, Cyndi, Billy Joel), foi um documentário prazeroso de assistir, vendo em tão boa resolução cantores que admiro e regando mais um pouco a rivalidade Prince x MJ. :)
Filmão! Eu já tinha curtido Lanthimos em The Lobster e adorado The Favourite, então estava com altas expectativas - que foram todas cumpridas! Willem Dafoe e Mark Ruffalo estão muito bem, mas o destaque é da protagonista. Emma Stone arrasa com os maneirismos, as sutilezas e as diferenças fonéticas que evidenciam muito bem a evolução e o amadurecimento da personagem... curto muito La La Land, mas este é o melhor trabalho da sua carreira (dos que eu já vi, pelo menos =D)! Todo o universo steampunk, o roteiro criativo, as escolhas do cenário, o estilo do Lanthimos das câmeras e enquadramentos, o bom uso do preto e branco, o figurino... tudo incrível! Somente acho que o filme poderia ser um pouco mais curto e objetivo no terço final, mas nada que prejudique a história. Filmão!
Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz estão fenomenais. Já era admirador da Colman por outros trabalhos, mas aqui ela realmente se destaca (Oscar mais que merecido, na minha opinião). Além das atuações, roteiro supimpa e direção incrível! Curti muito as lentes diferentes e a maneira que a câmera se locomovia, por exemplo. Fotografia, maquiagem, figurino, enfim... filme completo e bom demais! =D
Muito dividido quanto a esse filme... ao mesmo tempo que tem diálogos incríveis, atuações maravilhosas e cenas memoráveis (como o primeiro término entre Portman e Law), o roteiro deixou as personagens extremamente desagradáveis e imaturas! Ao mesmo tempo que tudo é muito bem escrito, 80% dos problemas se resolveriam com uma conversa sincera e digna. Sinto que o texto é exatamente sobre isso - até que ponto vale a pena a honestidade dentro de uma relação? Apesar do filme tendenciar a uma resposta do tipo "tem coisas que são melhores não ditas", ele usa como argumento personagens que mentem, ao invés de conversarem de forma honesta, o que acaba distorcendo totalmente a mensagem que quer difundir. A mensagem que parece sugerir é: "olha só, eu fui sincero com meu parceiro e agora tudo está ruim"; mas o que deveria ser é "eu menti sobre meus sentimentos e não fui honesto, e quando finalmente conversei com meu parceiro sobre - ou ele descobriu sobre - ficou tudo muito ruim e terminamos".
Enfim, tem pontos à favor e muitos pontos contra. Apesar dos detalhes que não gostei, o filme é magnético e apreciei e muito diversas cenas, diálogos, atuações... vale a pena conferir!
Como um fã descarado de animação, já era hora de conhecer esta. O filme entrega diversos bons momentos e boas músicas (assisti dublado), acho que não me conectei mais com a história somente devido a minha falta de interesse ou afinidade com o tema... porém, isso não diminui suas qualidades =)
Eu estava animado para esse, mas simplesmente senti que o roteiro falhou no desenvolvimento. A sutileza com que quiseram lidar com o argumento não funcionou para mim, senti falta de cenas mais expositivas, mais confrontantes, senti falta de mais embate - e olha que sou fã do "deixar para a imaginação" e do texto mais tênue... Destaque para a atuação da Natalie Portman!
Quanto mais penso sobre, menos gosto. Tecnicamente bem feito, com uma fotografia interessante, construção de narrativa atrativa e cenas que realmente nos prendem pelo absurdo.
Não sei se eu que estava com muitas expectativas, porém, algumas das pontas do roteiro não fecham, não me conectei com nenhuma personagem e realmente achei todos muito chatos - ao ponto de não me importar por suas trajetórias (e aí o filme me perde). O plot twist do final muda mais uma vez o ponteiro do que o filme parecia estar querendo dizer... Então é sobre um jovem psicopata? É sobre inveja? É sobre um amor obsessivo? Ou é sobre a descoberta do belo contra o mundano? Não sei, quando um roteiro tenta ser muitas coisas acaba não reforçando nenhuma mensagem.
Apesar disso, é sim um filme que vale a pena pela direção de arte e pelas atuações!
Barbie é um filme-evento e acho que toda a espera e o marketing entregaram uma obra mais que satisfatória. É uma comédia super despretensiosa, com uma veia técnica-artística de Gerwig muito clara.
Direção, fotografia, cenografia, maquiagem, figurino, direção de arte, construção de mundo - tudo muito caprichado e de primeira. Minha única ressalva é em relação ao roteiro. Apesar de sarcástico, ácido e consciente da própria fábula (que tornaram o filme delicioso quando em torno do mundo rosa), achei que ele perde um pouco a força no meio da trama, exatamente quando eles chegam ao mundo real e têm que lidar com a questão das duas humanas principais. O filme consegue voltar aos trilhos no último terço, quando voltam para BarbieLand, e isso faz com que eu tenha mais certeza de que o roteiro foi primoroso em sua construção de mundo fantástico e em sua consciência da própria artificialidade.
Margot Robbie e Kate McKinnon estão muito boas nos papeis, mas não consegui curtir as atuações da America Ferrera e da Ariana Greenblatt, não senti verdade na relação das duas em nenhum momento - o que acho que era essencial para a história. Já Ryan Gosling, em minha opinião, roubou o filme todo - atuação incrível, comédia-física de qualidade, timing perfeito! Aposto e espero mais que só uma nomeação para ele nas premiações...
Ainda digerindo o filme como um todo. Que espetáculo técnico, artístico, histórico... Foram mais de 3h de diálogos intensos e pesados, com muita política estadunidense e muito papo físico. O filme exige bastante sim, mas todo o esforço é recompensado pelo primor que ele entrega.
A obra tem uma coleção de cenas memoráveis - o teste da bomba, o interrogatório, os discursos, a conversa com o presidente, etc. etc. Porém, as que mais me impactaram (além da sequência Trinity, óbvio) foram os diálogos com Einstein e as cenas focadas no Strauss, méritos do roteiro e das atuações.
Acho que a pergunta essencial que o filme gira em torno e tenta responder é: quais foram os princípios éticos de Oppenheimer em relação à construção e à utilização da bomba? Esse questionamento foi feito na época e ainda persiste. Apesar de ter a consciência que tenho o benefício dos anos e da História, acredito ser de muita ingenuidade pensar que os EUA fabricariam tal arma e não a utilizariam; acharam que o discurso seria "olha aqui, gente, nós temos uma arma mortal" e todos colocariam o rabo entre as pernas e se renderiam?
A questão é que não precisamos responder essas perguntas com muita avidez - a bomba foi utilizada, as explosões em Hiroshima e Nagasaki se tornaram uma das manchas mais obscuras da História, sabemos como tudo se passou.
Entretanto, acredito que Nolan poderia ter investido e ousado mais em suas colocações com Oppenheimer. Sei da dificuldade ética que é fazer esse filme (e, na verdade, qualquer filme biográfico), porém - por mais que conseguimos subjetivamente inferir posicionamentos, a partir principalmente da atuação do protagonista - acho que o roteiro poderia ter ousado mais nessa questão.
Cillian Murphy, Robert Downey Jr e Emily Blunt foram os destaques, com certeza, mas as participações do Kenneth Branagh e do Tom Conti foram especiais demais. Ah, e eu acho que a experiência de assistir a esse filme no cinema tem um resultado MUITO diferente de assisti-lo em casa, vale muito a pena. Filmão =)
Curti bastante as primeiras duas temporadas de Bridgerton, então me animei com essa aqui (que até levanta a questão se supera seu material de origem). Despretensiosa e carismática, recomendo guardar para assistir quando estiver na vibe romance. Achei a série bem bonita, com um romance que convence, atuações que se sustentam e uma direção de arte competente. A cena final é de chorar... <3
Mais um filme da Segunda Guerra...? Sim, mas com uma pegada bem diferente. Uma comédia que se passa nesse período, com o ponto de vista de um criança que tem como melhor amigo um Hittler-imaginário, não poderia ter nada de bacana, certo? Errado! Que filme bom! Atuação mirim do Roman Davis MUITO boa, fiquei impressionado com o carisma e a performance. Se tem um defeito é o plot twist previsível, mas a execução foi bem tocante. Curti bastante mesmo :)
Já assisti faz um tempo e quase me arrepio novamente ao me lembrar da cena em que descobrimos os túneis na parede.
Direção primorosa, com jogos de luz e sombra, enquadramentos e sequências muito boas. Roteiro caprichadíssimo e bem redondinho. Não tem jeito, merece toda a fama que tem.
Mulan
4.2 1,1K Assista AgoraReassisti e acabei gostando mais do que eu me lembrava. A animação tem umas tomadas bem bonitas, quase todas as músicas são boas e a narrativa conquista. Para além da protagonista, o que mais funciona para mim é a sua dinâmica com o Mushu. Murphy aqui já mostra o seu grande talento na dublagem, que foi comprovado mais tarde, em Shrek.
Vou terminar falando os únicos dois pontos negativos que vejo. Um deles é que o vilão mal tem tempo de tela, não tem carisma nem dá dimensão de sua maldade. O outro é que a montagem da Mulan treinando e ficando boa é muito rápida e não convence, até mesmo para uma animação. Talvez poderiam ter optado por dar a entender que ela já treinava um pouco antes da Guerra chegar, por exemplo...
Pateta 2: Radicalmente Pateta
3.3 46Seguindo nas continuações, temos esta animação bem feita e despretensiosa. Nessa desavença toda entre pai e filho, acho que não tem muito como defender algumas atitudes do Pateta, rs...
É um bom entretenimento para quem curte animação.
O Corcunda de Notre Dame II: O Segredo do Sino
2.9 75 Assista AgoraUma afronta com a perfeição do primeiro filme, que é um dos meus preferidos da vida.
Apesar da qualidade gráfica das continuações lançadas direto para home video cair bastante, aqui vemos essa queda ser de um precipício (Pocahontas II tem mais técnica do que esse, por exemplo). Porém, isso não é o que mais incomoda. O roteiro é previsível e sem graça, as músicas são constrangedoras, o vilão não se sustenta, a mocinha não tem carisma.
O ponto positivo é que eu não acho que há uma descaracterização completa de todas as personagens, como o caso de várias outros continuações do estúdio... no entanto, isso não faz com que a experiência do expectador não seja sofrível.
Pocahontas 2: Uma Jornada para o Novo Mundo
2.5 207 Assista AgoraTentando voltar com o meu projeto de filmes Disney/Pixar, que comecei há três anos.
Fico imaginando quem deixou isso aqui ser aprovado na reunião criativa do estúdio. Uma das piores continuações para home video que vi até agora. Nada aqui funciona, mas o que mais incomoda é a descaracterização da protagonista e as incoerências com o universo proposto no primeiro filme.
O único elogio é que até gostei de uma das músicas. De resto, trágico.
Maestro
3.1 260O filme terminou e fiquei com a sensação de que o roteiro se perdeu ao contar esta história, hesitando em se comprometer em alguns momentos. Após um tempo pensando no que especificamente não funcionou para mim, se foi o texto, a qualidade dos diálogos ou até mesmo a falha no desenvolvimento, acredito que seja a forma que eles optaram contar a história na metade final.
Apesar de existirem cenas buscando uma certa profundidade, fica a impressão de um lapso para o entendimento completo da vida do maestro, principalmente suas questões sexuais e matrimoniais.
Apesar disso, gostei de vários aspectos técnicos, principalmente da cinematografia, cabelo e maquiagem. Gostei também das atuações e de como eles marcaram bem e sem exageros a passagem do tempo. Bradley se sai bem nas cenas da regência e percebemos que a personagem fica mais confortável quanto a sua sexualidade até mesmo na mudança da postura do ator. Já Mulligan arrasou principalmente nas cenas da fase mais madura da personagem e em sua doença.
O gosto que fica é agridoce.
Grey's Anatomy (19ª Temporada)
3.7 25A pior desde a 13ª. É impressionante como deu para sentir o impacto da participação irregular da protagonista, que segurava todo o elenco e as tramas unidas.
Uma história engaja o expectador quando nos importamos com os obstáculos criados por ela até vermos seus desfechos, com novos obstáculos e novas soluções. Sem uma boa problemática não há uma boa história a ser fomentada. E a questão é justamente essa, os dramas criados pelos roteiristas estão repetitivos, cansativos e mal-ajambrados.
Amelia e Kai, Meredith e Nick, Maggie e Winston.... os três casais têm a MESMA história e o MESMO desfecho, quase simultaneamente. Um deles precisa se mudar por conta da carreira, o outro sofre e não sabe lidar com seus sentimentos.... que falta do que escrever, não é?
Por falar em Amelia, gosto da realista e constante luta pela sua sobriedade (incluo também o Richard), mas não podemos negar que a certa altura até isso satura...
Já os casais Owen/Teddy e Maggie/Winston... sejamos bem sinceros... alguém ainda se importa? Alguém ainda "shippa"? Maggie é uma das personagens mais malquistas pelo fandom (compartilho da irritação geral), e não precisamos nem falar sobre Owen... As discussões incessantes entre Maggie e Winston criam mais antipatia pela personagem e definitivamente não anima para torcermos pelo casal. Já Teddy e Owen têm o mesmo problema de qualquer outra relação em que Owen tenha participado. Mas, para ser sincero, gosto da Teddy e acho que ela é uma das únicas que curto ver em cena.
Além disso tudo, vemos mais uma montanha-russa Link e Jo, o que ironicamente é uma das surpresas positivas em meio a toda essa bagunça. O casal funciona e soa como um refresco até. Link e Amelia tinham uma torcida grande (inclusiva a minha), um casal que empolgou e teve química, mas depois da saída do Karev tiveram que reestruturar toda as subtramas da Jo, colocando ela em uma nova carreira, com uma nova filha, e com um novo interesse amoroso (e então bye bye Amelia).
Outro ponto positivo talvez tenha sido a abordagem da saúde reprodutiva feminina nos EUA, que passa por maus bocados, no entanto colocar Bailey recebendo o prêmio Catherine Fox daquela maneira soou apressado e sem dar o devido valor a uma das personagens mais queridas da série, na minha opinião.
Os internos novos trazem um respiro capenga para a temporada, até a situação de um novo interno ignorando uma DNR já soa mais do mesmo, para falar a verdade.
Enfim, eu poderia ficar mais alguns parágrafos escrevendo sobre, mas vou parar por aqui. Grey's precisa planejar o seu fim, isso fica mais claro a cada ano que passa, enquanto perdemos o interesse pelas personagens cada vez mais caricatas em suas tramas já desgastadas e repetitivas. =/
A Sociedade da Neve
4.2 724 Assista AgoraSabia pouco ou quase nada do acidente - somente sobre o canibalismo. Achei o filme extremamente bem feito, fotografia, direção e roteiro de alto nível. A cena do acidente é impactante e prendi a respiração durante a sequência.
Toda a discussão ética-religiosa sobre o consumo da carne humana é feita sob uma ótica sutil na medida certa, jogando para o expectador refletir o que faria naquela situação, sem panfletagem moral.
Me surpreendi demais com as cenas do soterramento e com a morte do narrador, um toque narrativo bem feito.
É um filme-desastre, e tendo a gostar deles quando bem feito, como é o caso de A Sociedade da Neve. :)
Lendas da Paixão
3.8 544 Assista AgoraLocações incríveis e fotografia bonita, mas com um poder narrativo pretensioso e que não entrega o que promete.
Achei as personagens mal desenvolvidas, principalmente a da Julia Ormond. Há um estabelecimento efetivo do porquê os três irmãos se apaixonaram por ela, mas a achei simplesmente passiva quanto a tudo isso, o que não contribui com a simpatia do expectador. Ela deixa as coisas acontecerem sem tomar as rédeas de nada, Alfred aceita ficar em um relacionamento que claramente não é recíproco, Tristan com todo aquele estereótipo do "broken guy" que se distancia quando não consegue lidar com os próprios sentimentos.
Acabei me desinteressando pelo casal, o que é péssimo para um filme de romance. Achei muito mais impactante e triste a morte da Isabel do que a da Susannah, por exemplo.
Hopkins, que adoro, salva algumas cenas com sua poderosa presença, mas talvez pudessem ter diminuído um pouco a mão no pós-AVE (o que considero mais problema da direção do que da atuação).
Gostei de ter visto, mas existem vários filmes melhores do gênero.
Sing: Quem Canta Seus Males Espanta
3.8 569Escolhi ver porque queria uma pegada mais musical, porém, tirando a versão incrível de Golden Slumbers da abertura, não me empolguei com as outras apresentações, senti falta de mais poder vocal ou talvez de melhores canções... Mas o filme como animação cumpre seu papel, entretém e tem personagens carismáticas! :)
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraNão curti a atuação de ninguém, exceto de Blunt. Todas as personagens são caricatas e rasas, não senti verdade em nenhum momento. Ainda por cima, adivinhei o final, o que fez o plot twist não ter o mesmo impacto (apesar de boas cenas).
É um thriller mediano, mas me deixou curioso e me prendeu até o fim.
Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
3.6 456 Assista AgoraOk, não consigo analisar criticamente a Beyoncé, ela aparece e eu sorrio, não tem jeito <3... Hudson é incrível, que voz! Eddie Murphy muito bem aqui também... As músicas mais memoráveis são Listen (Beyoncé) e And I Am Telling You I'm Not Going (minha favorita, interpretada magistralmente pela Hudson). Mas o filme não é só maravilhas...
O que me incomodou muito foi o roteiro, não senti verossimilhança em nenhuma desavença ou em nenhuma das resoluções de conflitos ali. Como assim em apenas uma cena há o rompimento não só de um casal, mas de um grupo musical, e de uma amizade tida como família? Viveram oito anos daquele jeito, um grupo enriquecendo e a outra desempregada, ninguém teve nenhum remorso? Decidiram tudo naquela única cena e se mantiveram daquele jeito por quê? Por que ninguém tentou uma reconciliação?
Não havia lados a serem tomados. Sim, o roteiro mostra que Effie era difícil de se lidar, mas nada justifica a forma da sua expulsão e as ações feitas ali, e a história parece se esquecer disso. Ela pede simpatia por todos ali, mas não julga ou pune ninguém pelos seus atos, apenas Curtis.
A resolução do embate só é mostrada quando o texto precisa que as coisas se encaminhem para o final... não há remorso na volta da relação de Effie com o compositor, que acontece somente quando ele próprio entra em conflito com Curtis... não há remorso entre Effie e Deena, que somente rompe com Curtis quando ela percebe a relação tóxica que vive, e não porque percebeu que o que fez com Effie há anos foi errado.
Além disso tudo, há muita falta de aprofundamento nas personagens. Apesar do filme pedir do expectador uma empatia pela Effie, o roteiro falha em estabelecer esse sentimento, faltaram cenas dela amadurecendo e aprendendo humildade, faltaram cenas dela na "vida real", faltaram cenas mostrando as consequências do abandono de sua família.
A personagem da Beyoncé, que na minha opinião é a mais explorada, também soa vazia em algumas de suas decisões. Considero bem realizado todo o plot do relacionamento abusivo, a música Listen é usada muito bem para avançar com o roteiro... mas cadê o remorso? Cadê a cena de reconciliação entre as duas ex-irmãs? O roteiro novamente pede uma empatia com uma personagem, mas não se importa em estabelecê-la. Sim, a Beyoncé pede desculpas porque Curtis estava roubando as músicas da Effie, mas e as desculpas de como tudo isso começou? E as desculpas sobre ter iniciado o romance com Curtis?
Enfim... apesar de boas atuações e algumas apresentações memoráveis, achei que poderiam ter tirado 30% das músicas e colocado mais história, mais cenas, mais diálogos, mais aprofundamento...
A Noite que Mudou o Pop
4.2 161 Assista AgoraConhecia essa música como todos os da minha geração também conhecem, sabia da presença apenas do Michael, Lionel, Diana e Cyndi, e desconhecia quaisquer outros detalhes. Como curto diversas músicas dessa época (especialmente do MJ, Cyndi, Billy Joel), foi um documentário prazeroso de assistir, vendo em tão boa resolução cantores que admiro e regando mais um pouco a rivalidade Prince x MJ. :)
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraFilmão! Eu já tinha curtido Lanthimos em The Lobster e adorado The Favourite, então estava com altas expectativas - que foram todas cumpridas!
Willem Dafoe e Mark Ruffalo estão muito bem, mas o destaque é da protagonista. Emma Stone arrasa com os maneirismos, as sutilezas e as diferenças fonéticas que evidenciam muito bem a evolução e o amadurecimento da personagem... curto muito La La Land, mas este é o melhor trabalho da sua carreira (dos que eu já vi, pelo menos =D)!
Todo o universo steampunk, o roteiro criativo, as escolhas do cenário, o estilo do Lanthimos das câmeras e enquadramentos, o bom uso do preto e branco, o figurino... tudo incrível!
Somente acho que o filme poderia ser um pouco mais curto e objetivo no terço final, mas nada que prejudique a história.
Filmão!
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraOlivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz estão fenomenais. Já era admirador da Colman por outros trabalhos, mas aqui ela realmente se destaca (Oscar mais que merecido, na minha opinião).
Além das atuações, roteiro supimpa e direção incrível! Curti muito as lentes diferentes e a maneira que a câmera se locomovia, por exemplo. Fotografia, maquiagem, figurino, enfim... filme completo e bom demais! =D
O Exorcista do Papa
2.8 360 Assista AgoraPéssimo. Diversos furos no roteiro, conveniências demais, atuações que não convencem, direção e cortes de cenas desagradáveis, enfim... bomba!
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraDan: You think love is simple. You think the heart is like a diagram.
Larry: Have you ever seen a human heart? It looks like a fist, wrapped in blood!
Muito dividido quanto a esse filme... ao mesmo tempo que tem diálogos incríveis, atuações maravilhosas e cenas memoráveis (como o primeiro término entre Portman e Law), o roteiro deixou as personagens extremamente desagradáveis e imaturas! Ao mesmo tempo que tudo é muito bem escrito, 80% dos problemas se resolveriam com uma conversa sincera e digna.
Sinto que o texto é exatamente sobre isso - até que ponto vale a pena a honestidade dentro de uma relação? Apesar do filme tendenciar a uma resposta do tipo "tem coisas que são melhores não ditas", ele usa como argumento personagens que mentem, ao invés de conversarem de forma honesta, o que acaba distorcendo totalmente a mensagem que quer difundir.
A mensagem que parece sugerir é: "olha só, eu fui sincero com meu parceiro e agora tudo está ruim"; mas o que deveria ser é "eu menti sobre meus sentimentos e não fui honesto, e quando finalmente conversei com meu parceiro sobre - ou ele descobriu sobre - ficou tudo muito ruim e terminamos".
Enfim, tem pontos à favor e muitos pontos contra. Apesar dos detalhes que não gostei, o filme é magnético e apreciei e muito diversas cenas, diálogos, atuações... vale a pena conferir!
Spirit - O Corcel Indomável
3.8 620 Assista AgoraComo um fã descarado de animação, já era hora de conhecer esta.
O filme entrega diversos bons momentos e boas músicas (assisti dublado), acho que não me conectei mais com a história somente devido a minha falta de interesse ou afinidade com o tema... porém, isso não diminui suas qualidades =)
Segredos de um Escândalo
3.5 334 Assista AgoraEu estava animado para esse, mas simplesmente senti que o roteiro falhou no desenvolvimento. A sutileza com que quiseram lidar com o argumento não funcionou para mim, senti falta de cenas mais expositivas, mais confrontantes, senti falta de mais embate - e olha que sou fã do "deixar para a imaginação" e do texto mais tênue...
Destaque para a atuação da Natalie Portman!
Saltburn
3.5 862Quanto mais penso sobre, menos gosto. Tecnicamente bem feito, com uma fotografia interessante, construção de narrativa atrativa e cenas que realmente nos prendem pelo absurdo.
Não sei se eu que estava com muitas expectativas, porém, algumas das pontas do roteiro não fecham, não me conectei com nenhuma personagem e realmente achei todos muito chatos - ao ponto de não me importar por suas trajetórias (e aí o filme me perde).
O plot twist do final muda mais uma vez o ponteiro do que o filme parecia estar querendo dizer... Então é sobre um jovem psicopata? É sobre inveja? É sobre um amor obsessivo? Ou é sobre a descoberta do belo contra o mundano? Não sei, quando um roteiro tenta ser muitas coisas acaba não reforçando nenhuma mensagem.
Apesar disso, é sim um filme que vale a pena pela direção de arte e pelas atuações!
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraBarbie é um filme-evento e acho que toda a espera e o marketing entregaram uma obra mais que satisfatória. É uma comédia super despretensiosa, com uma veia técnica-artística de Gerwig muito clara.
Direção, fotografia, cenografia, maquiagem, figurino, direção de arte, construção de mundo - tudo muito caprichado e de primeira. Minha única ressalva é em relação ao roteiro. Apesar de sarcástico, ácido e consciente da própria fábula (que tornaram o filme delicioso quando em torno do mundo rosa), achei que ele perde um pouco a força no meio da trama, exatamente quando eles chegam ao mundo real e têm que lidar com a questão das duas humanas principais. O filme consegue voltar aos trilhos no último terço, quando voltam para BarbieLand, e isso faz com que eu tenha mais certeza de que o roteiro foi primoroso em sua construção de mundo fantástico e em sua consciência da própria artificialidade.
Margot Robbie e Kate McKinnon estão muito boas nos papeis, mas não consegui curtir as atuações da America Ferrera e da Ariana Greenblatt, não senti verdade na relação das duas em nenhum momento - o que acho que era essencial para a história. Já Ryan Gosling, em minha opinião, roubou o filme todo - atuação incrível, comédia-física de qualidade, timing perfeito! Aposto e espero mais que só uma nomeação para ele nas premiações...
Oppenheimer
4.0 1,1KAinda digerindo o filme como um todo. Que espetáculo técnico, artístico, histórico... Foram mais de 3h de diálogos intensos e pesados, com muita política estadunidense e muito papo físico. O filme exige bastante sim, mas todo o esforço é recompensado pelo primor que ele entrega.
A obra tem uma coleção de cenas memoráveis - o teste da bomba, o interrogatório, os discursos, a conversa com o presidente, etc. etc. Porém, as que mais me impactaram (além da sequência Trinity, óbvio) foram os diálogos com Einstein e as cenas focadas no Strauss, méritos do roteiro e das atuações.
Acho que a pergunta essencial que o filme gira em torno e tenta responder é: quais foram os princípios éticos de Oppenheimer em relação à construção e à utilização da bomba? Esse questionamento foi feito na época e ainda persiste. Apesar de ter a consciência que tenho o benefício dos anos e da História, acredito ser de muita ingenuidade pensar que os EUA fabricariam tal arma e não a utilizariam; acharam que o discurso seria "olha aqui, gente, nós temos uma arma mortal" e todos colocariam o rabo entre as pernas e se renderiam?
A questão é que não precisamos responder essas perguntas com muita avidez - a bomba foi utilizada, as explosões em Hiroshima e Nagasaki se tornaram uma das manchas mais obscuras da História, sabemos como tudo se passou.
Entretanto, acredito que Nolan poderia ter investido e ousado mais em suas colocações com Oppenheimer. Sei da dificuldade ética que é fazer esse filme (e, na verdade, qualquer filme biográfico), porém - por mais que conseguimos subjetivamente inferir posicionamentos, a partir principalmente da atuação do protagonista - acho que o roteiro poderia ter ousado mais nessa questão.
Cillian Murphy, Robert Downey Jr e Emily Blunt foram os destaques, com certeza, mas as participações do Kenneth Branagh e do Tom Conti foram especiais demais. Ah, e eu acho que a experiência de assistir a esse filme no cinema tem um resultado MUITO diferente de assisti-lo em casa, vale muito a pena.
Filmão =)
Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton
4.2 117 Assista AgoraCurti bastante as primeiras duas temporadas de Bridgerton, então me animei com essa aqui (que até levanta a questão se supera seu material de origem). Despretensiosa e carismática, recomendo guardar para assistir quando estiver na vibe romance.
Achei a série bem bonita, com um romance que convence, atuações que se sustentam e uma direção de arte competente. A cena final é de chorar... <3
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraMais um filme da Segunda Guerra...? Sim, mas com uma pegada bem diferente. Uma comédia que se passa nesse período, com o ponto de vista de um criança que tem como melhor amigo um Hittler-imaginário, não poderia ter nada de bacana, certo? Errado!
Que filme bom! Atuação mirim do Roman Davis MUITO boa, fiquei impressionado com o carisma e a performance. Se tem um defeito é o plot twist previsível, mas a execução foi bem tocante.
Curti bastante mesmo :)
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraJá assisti faz um tempo e quase me arrepio novamente ao me lembrar da cena em que descobrimos os túneis na parede.
Direção primorosa, com jogos de luz e sombra, enquadramentos e sequências muito boas. Roteiro caprichadíssimo e bem redondinho. Não tem jeito, merece toda a fama que tem.