Abandono paterno, homossexualidade, religião, depressão clínica, distúrbios alimentares, obesidade severa e suicídio - tudo em um emaranhado complicado, um roteiro que troceça, um único cenário e cinco personagens.
Charlie se afastou da filha por um amor intenso, que quando faleceu o deixou amontoado em crises depressivas e distúrbios alimentares. Toda adicção tem sutis pinceladas de suicídio, e entendemos de cara que Charlie quer morrer. A cena em que vemos sua frustração ser descontada na comida incomoda e muito. Na verdade, diversas cenas no filme incomodam - a maioria ou relacionada com a precária saúde da personagem, ou com a crueldade com que sua filha o trata. Sim, o trauma do abandono paterno deixa marcas, mas acredito que o roteiro pesou muito a mão na personagem da Sadie Sink. Sua rebeldia deixa pouca margem para empatia e o que sobra mesmo é crueldade sem desenvolvimento. A cena final é linda, apesar de totalmente angustiante, e Brendan Fraser apresentou um trabalho impecável - Oscar merecido, na minha opinião.
Um filme irregular, mas jogando luz em um tema necessário e difícil de se encarar.
Acabei dando a mesma nota pra X e Pearl, mas acredito que são ótimos por motivos diferentes. Enquanto o primeiro apresenta um roteiro slasher refinado e que prende logo no início, principalmente pelo incômodo dos antagonistas idosos, o segundo tem uma estética e fotografia maravilhosas que com certeza recriou e se apropriou de estilos com propriedade. Os dois também têm atuações excelentes, mas Mia Goth em Pearl é o que chama a atenção, merecia uma indicação ao Oscar com toda certeza. Animado pra MaXXXine =)
4.0/4.5 (ainda decidindo) principalmente pela direção e pela sensação experimental que a obra traz (duas pedras dialogando, os créditos finais no meio do filme que não enganaram ninguém, etc). O roteiro é um pouco previsível (loucura pensar isso, mas digo em relação ao relacionamento mãe-filha e como aquilo tudo terminaria com um abraço e com a personagem central valorizando sua vida pacata e sua relação com marido e filha), mas o que inova é o meio narrativo e as formas de exposição.
Atuações bacanas também, Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu são os destaques, ao meu ver... (apesar do trabalho incrível da Yeoh, meu Oscar de melhor atriz continua sendo da Blanchett em Tár, rs...)
O filme é um tanto elitista e pretensioso? Em partes sim, seus dialógos e situações ultra-específicas da dita "alta cultura" nos colocam em posição bem desconfortável no começo do filme, principalmente os 20min iniciais com a entrevista de abertura e a conversa seguinte entre dois maestros. Porém, isso tudo no início ao invés de me afastar, me intrigou, e logo me vi conquistado e mergulhado na narrativa. Direção e fotografia incríveis, roteiro poderoso e, principalmente, atuação magistral da protagonista. O filme é uma colaboração e o próprio diretor falou que não funcionaria sem Blanchett - e concondo 100%. Lydia me pareceu tão real que virei estatística e, como muitos, ao final procurei o nome dela no Google para comparar sua vida real e fictícia - até meu queixo cair e perceber que o filme era até melhor do que eu havia imaginado.
Um roteiro poderoso, direção de arte e fotografia incríveis, e atuações de Hopkins e Colman maravilhosas. Um filme doloroso, angustiante e muito, muito triste.
Atuações de altíssimo nível, indicações para Kidman, Bardem e Simmons mais que merecidas... Gosto muito de filmes que retratam bastidores e etc, mas não pude deixar de me incomodar após saber que mexeram demais nos eventos reais para casar melhor com o suspense proposto.
Os destaques são tanto a atuação de Nicole e de Javier quanto a própria química entre eles. As cenas dela montando as cenas do show em sua mente e dando seus pitacos durante leitura e ensaio são onde Kidman mais brilha. O arco da traição de Desi e o amor que ambos sentiam um pelo outro é um dos fatores que prendem a atenção do espectador. Apesar da narrativa batida de "ela (ou ele) só queria ser amada", o final em que ela trava após ouvir o marido entrar em cena emociona.
Enfim, um ótimo filme, que poderia ter sido irretocável. :)
Li o livro recentemente, o qual gostei bastante, e achei que seria de difícil adaptação, mas conseguiu surpreender de várias formas. Só acredito que ficou devendo
mais menções sobre a própria infância da Leda - que explica muita coisa - e também sobre a dinâmica dela com o ex-marido - no livro fica claro sua ausência por conta do trabalho.
O legal da história é a representação de personagens sem maniqueísmos ou extremos. Destaque mais que merecido para Olivia Colman :-)
Dame Helen Mirren foi incrível, mas a encenação dos participantes em responder às perguntas doeu a alma de vergonha alheia. Enfim, uma ÓTIMA ideia com um desenvolvimento que poderia ter sido TÃO melhor...
Acompanho American Horror Story desde 2011, em sua primeira temporada, e já me desiludi incontáveis vezes com a série e com Murphy. Venho acompanhando o trabalho dele há uma década, não só em AHS, e é notável que suas produções tendem a tomar rumos semelhantes: uma ideia incrível, um plot com inimagináveis variáveis, e um desenvolvimento e conclusão anticlimáticos. É claro, há suas exceções, mas, infelizmente, Double Feature não foi uma delas.
Red Tide, a primeira parte da temporada, começou e se desenvolveu até o seu 5º episódio de forma irretocável. Atuações incríveis, fotografia e ambientação maravilhosas e, olhem só vocês, um ótimo roteiro - uma coisa rara desde Roanoke (6ª temporada), na minha opinião. Me deixei iludir mais uma vez, apesar de já ter dito a mim mesmo que Ryan nunca mais me ludibriaria. Me vi assistindo um dos melhores episódios já produzidos por AHS (Gaslight), que foi seguido pela conclusão da primeira parte, o 6º episódio da temporada - uma das piores coisas que já assisti na série. Como fã das antigas, fico quebrando a cabeça pensando no que deu errado, como pode haver uma discrepância tão grande de qualidade entre dois episódios seguidos?
Death Valley, a segunda parte da temporada, com apenas 4 episódios, tinha a grande responsabilidade de tratar sobre um dos temas mais aguardados pelos fãs desde Asylum (2ª temporada) - aliens! Dividido em dois períodos no tempo, um atual e outro que percorre as décadas de 50-70, essa segunda parte contém também ótimas atuações (do núcleo do passado, principalmente de Sarah Paulson, Craig Sheffer e Neal McDonough) e também uma boa fotografia e ambientação. Porém, achei as atuações do núcleo da atualidade sofríveis, acho que muito mais pelo roteiro do que pelos atores, na verdade.
O que foi aquele plano de fugir da área 51 realizando uma cesárea apenas com um bisturi? O plano era parar o sangramento com boas energias?
Todo o plot da atualidade era estranho e soava artificial, fútil e com diálogos desanimadores (como vinha sendo o roteiro de AHS há algumas temporadas). A conclusão de Death Valley não foi tão decepcionante para mim como Red Tide - apesar de também bem abaixo da média - porque realmente estava mais engajado na primeira história do que na segunda, e o balde de água fria foi concordante com as expectativas.
Mais uma vez a megalomania de AHS entrou no meio da história. Por que tudo deve ocorrer em uma escala mundial?
Por que terminar em um apocalipse, ou envolver 1.500 momentos históricos, teorias da conspiração, figuras reais, envolver o governo dos EUA, etc?
Por que não uma história mais pé no chão, mais realista (na medida que o horror permite), mais despretensiosa - isso não é sinônimo de depreciação e nem um passo para trás - as melhoras temporadas de American Horror Story foram assim.
Dito isso, acho que a temporada toda foi irregular e não de todo ruim! Curti muita coisa aqui, principalmente os 5 primeiros episódios, que foram um deleite. Mais uma vez digo que não devo criar expectativas com as próximas temporadas, mas realmente acho que AHS merecia uma intervenção.
Sabemos que muito do terror - se não quase tudo - é regido pelos aspectos técnicos de um filme, e curti muito o resultado disso em Maligno, principalmente o trabalho de câmera e da iluminação! No entanto, me incomodei um pouco com o desenvolvimento do roteiro, senti que faltou carisma para a protagonista (mais pelo roteiro do que pela atuação), acho que a história pediu mais simpatia pela personagem do que conseguiu provocar. Além disso, me incomodei um pouco com o toque trash - que costumo gostar - presente no filme desde arranjos sonoros até a constituição do próprio vilão
- quase tão invencível quanto Michael Myers (quantos tiros aqueles policiais erraram? será que seria tão fácil assim aquela fuga em uma delegacia?). Além disso tudo, sinto que o roteiro não conseguiu se decidir em como contar essa história, a lógica bizarra da explicação sobre o teratoma "irmão gêmeo" da protagonista vai contra algumas sequências e decisões criativas, como a telecinese. Acredito que faltou um trabalho maior aqui, não necessariamente para definir um caminho, mas talvez para correlacioná-los.
Mesmo assim, Maligno conseguiu me prender, não cansou, sustentou a tensão e o suspense até o fim e ainda por cima conseguiu surpreender. Uma decisão que não entendi - e vi aqui outras pessoas comentando também - foi a do título, que não tem relação direta alguma com a história, ao meu ver. Também não curti muito o final claramente montado para uma sequência. Por que não fechar o filme de maneira mais satisfatória? De resto, um bom filme!
Não sei o que escrever... Problemático & chato & reciclagem de ideias que já tiveram abordagem mais que satisfatória no original. Mais um para a lista de sequências que não só se contentam em não acrescentar nada, como também forçam a ideia de um roteiro de tal forma que causam ruptura, incoerência e inverossimilhança entre as obras da "franquia".
Já terminei há uns bons dias e, quanto mais eu penso sobre essa minissérie, mais gosto. Achei os primeiros quatro episódios um tanto arrastados, mas analisando o conjunto, não vejo isso como um demérito. Claramente, Flanagan usa e abusa da liberdade criativa que a Netflix o dá, toma seu tempo preparando o terreno e construindo a tensão, contando a história do jeito que a idealizou. Nesse primeiro momento teimei a confiar que aqueles primeiros episódios guiariam para um bom resultado, mas a tensão torna-se palpável e a história evidencia o brilhante poder narrativo de Flanagan. Os destaques são para Samantha Sloyan e Hamish Linklater, mas Kate Siegel não fica para trás. O texto aqui está ao ponto, diálogos refinados, edição incrível, atuação digna de Emmy, final que me agradou e muito. Ai ai, Mike Flanagan.
Um filme com uma mensagem boa e necessária, que diverte em algumas passagens, mas com uma abordagem que tropeça muito. Em relação ao elenco de peso, não consegui curtir a atuação do James Corden, não fui convencido nas passagens que exigiam mais emoção de sua parte. Por sua vez, Meryl Streep com toda a certeza carrega The Prom, suas cenas são as mais interessantes do filme. Infelizmente, Nicole Kidman está super mal aproveitada pelo roteiro (a cena em que ela tem mais destaque é uma das sequências mais bacanas), que também não dá espaço para a personagem de Jo Ellen Pellman crescer e se desenvolver. Kerry Washington e Ariana DeBose estão ótimas aqui também. É uma pena, estava com altas expectativas :(
Fiquei contente com o que escolheram abordar nessa sequência. Bambi 2 desenvolve mais as personagens (até mesmo Ronno) e a relação de Bambi com seu pai (que no primeiro filme deixa a desejar). Entendo quem argumenta que o filme de 1942 não precisa de maiores explicações, mas não encaro dessa maneira, acredito que um não exclui a legitimidade do outro. É sim permeado por clichês e músicas esquecíveis, mas sinto que essa sequência consegue manter a carga emotiva do primeiro, seguindo sua bonita identidade gráfica e narrativa, com um roteiro mais tranquilo e atento à natureza e às estações.
Talvez tenha se tornado a minha temporada favorita, e isso é consideravelmente impressionante levando em conta que a série está em seu quarto ano. Todas as personagens e suas histórias estavam afiadíssimas!
As personagens lidando com ansiedade, o casal Jay-Lo, Missy abraçando sua forma mosaico e toda a história do Matthew foram os ápices da temporada. Mas achei todo mundo muito bem colocado e os hormone-monsters sempre arrasam.
O fato deles estarem crescendo abre margem para o show explorar a sexualidade com temas cada vez mais "maduros". Estou curtindo muito para onde a série está caminhando :)
Como não curti tanto o clássico de 1967 (nem sua continuação) e tendo em vista que assisti ao live action no cinema antes de conhecer as animações, me deparo nessa versão de 2016 com um filme bem mais interessante. É bonito no aspecto técnico, as personagens são carismáticas, o roteiro e o desenvolvimento são bem superiores, e a história dá conta de entreter e maravilhar em suas quase 2 horas de duração. Um exemplo de live action bem aproveitado e com uma bela realização :)
A história é bonita, delicada e cheia de referências, mas não chegou a me tocar da forma como se propõe. Os destaques realmente são as atuações dos protagonistas, Ibrahima Gueye e a veterana Sophia Loren, os quais desenvolveram uma química em cena que vale o filme todo.
O roteiro está recheado de clichês, repetições do primeiro filme e apresenta nenhuma ou poucas surpresas. Porém, a sequência entrega o que se propõe, apresenta de forma carismática outras personagens humanas e é, querendo ou não, redondinho. Com certeza é mais apelativo para os fãs do filme anterior, que se agradam por ver as velhas personagens. Como não curti tanto o primeiro, o saudosismo não foi o bastante e os pontos negativos pesaram mais =/
O primeiro, mesmo que não tenha a magia dos traços nem o carisma dos dálmatas da animação, segue uma linha narrativa que funciona e tem seu charme. Esse segundo filme nem a Glenn Close, o único ponto positivo, conseguiu salvar.
Superou minhas expectativas. 101 Dálmatas quebrou os padrões empregados até o final da década de 50, com A Bela Adormecida encerrando um ciclo. É um filme contemporâneo que usou técnicas diferentes na coloração, nos traços e na construção dos cenários. Os extras revelam a grande vantagem que foi o uso da xerografia (iniciada nesse filme), que realmente salvou o estúdio e desafogou os orçamentos. A animação é muito bonita e artística, a história realmente prende o expectador, com suspense, comédia e personagens cativantes, como os filhotes e a "Cruella Cruel"... Adorei :)
Música, Maestro! e Tempo de Melodia foram os package films mais irregulares para mim. Algumas partes são simplesmente chatas, outras bem interessantes. Acredito que a sensação de irregularidade seja porque esses dois são os com mais sequências entre os seis filmes-pacotes, sendo que há outros dois com apenas duas histórias cada, e dois com o contexto da Segunda Guerra. Ainda assim, esses filmes valem a pena para quem quer conhecer mais da Disney, de animações antigas ou desse período histórico.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraAbandono paterno, homossexualidade, religião, depressão clínica, distúrbios alimentares, obesidade severa e suicídio - tudo em um emaranhado complicado, um roteiro que troceça, um único cenário e cinco personagens.
Charlie se afastou da filha por um amor intenso, que quando faleceu o deixou amontoado em crises depressivas e distúrbios alimentares. Toda adicção tem sutis pinceladas de suicídio, e entendemos de cara que Charlie quer morrer. A cena em que vemos sua frustração ser descontada na comida incomoda e muito. Na verdade, diversas cenas no filme incomodam - a maioria ou relacionada com a precária saúde da personagem, ou com a crueldade com que sua filha o trata.
Sim, o trauma do abandono paterno deixa marcas, mas acredito que o roteiro pesou muito a mão na personagem da Sadie Sink. Sua rebeldia deixa pouca margem para empatia e o que sobra mesmo é crueldade sem desenvolvimento.
A cena final é linda, apesar de totalmente angustiante, e Brendan Fraser apresentou um trabalho impecável - Oscar merecido, na minha opinião.
Um filme irregular, mas jogando luz em um tema necessário e difícil de se encarar.
Pearl
3.9 999Acabei dando a mesma nota pra X e Pearl, mas acredito que são ótimos por motivos diferentes. Enquanto o primeiro apresenta um roteiro slasher refinado e que prende logo no início, principalmente pelo incômodo dos antagonistas idosos, o segundo tem uma estética e fotografia maravilhosas que com certeza recriou e se apropriou de estilos com propriedade.
Os dois também têm atuações excelentes, mas Mia Goth em Pearl é o que chama a atenção, merecia uma indicação ao Oscar com toda certeza.
Animado pra MaXXXine =)
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista Agora4.0/4.5 (ainda decidindo) principalmente pela direção e pela sensação experimental que a obra traz (duas pedras dialogando, os créditos finais no meio do filme que não enganaram ninguém, etc). O roteiro é um pouco previsível (loucura pensar isso, mas digo em relação ao relacionamento mãe-filha e como aquilo tudo terminaria com um abraço e com a personagem central valorizando sua vida pacata e sua relação com marido e filha), mas o que inova é o meio narrativo e as formas de exposição.
Atuações bacanas também, Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu são os destaques, ao meu ver... (apesar do trabalho incrível da Yeoh, meu Oscar de melhor atriz continua sendo da Blanchett em Tár, rs...)
Tár
3.7 396 Assista AgoraO filme é um tanto elitista e pretensioso? Em partes sim, seus dialógos e situações ultra-específicas da dita "alta cultura" nos colocam em posição bem desconfortável no começo do filme, principalmente os 20min iniciais com a entrevista de abertura e a conversa seguinte entre dois maestros. Porém, isso tudo no início ao invés de me afastar, me intrigou, e logo me vi conquistado e mergulhado na narrativa.
Direção e fotografia incríveis, roteiro poderoso e, principalmente, atuação magistral da protagonista. O filme é uma colaboração e o próprio diretor falou que não funcionaria sem Blanchett - e concondo 100%.
Lydia me pareceu tão real que virei estatística e, como muitos, ao final procurei o nome dela no Google para comparar sua vida real e fictícia - até meu queixo cair e perceber que o filme era até melhor do que eu havia imaginado.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraUm roteiro poderoso, direção de arte e fotografia incríveis, e atuações de Hopkins e Colman maravilhosas. Um filme doloroso, angustiante e muito, muito triste.
American Horror Story: NYC (11ª Temporada)
3.2 122 Assista AgoraO último a sair, apague a luz!
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
3.3 571Hmm, que sabor...
Apresentando os Ricardos
3.2 179Atuações de altíssimo nível, indicações para Kidman, Bardem e Simmons mais que merecidas... Gosto muito de filmes que retratam bastidores e etc, mas não pude deixar de me incomodar após saber que mexeram demais nos eventos reais para casar melhor com o suspense proposto.
Os destaques são tanto a atuação de Nicole e de Javier quanto a própria química entre eles. As cenas dela montando as cenas do show em sua mente e dando seus pitacos durante leitura e ensaio são onde Kidman mais brilha. O arco da traição de Desi e o amor que ambos sentiam um pelo outro é um dos fatores que prendem a atenção do espectador. Apesar da narrativa batida de "ela (ou ele) só queria ser amada", o final em que ela trava após ouvir o marido entrar em cena emociona.
Enfim, um ótimo filme, que poderia ter sido irretocável. :)
A Filha Perdida
3.6 573Li o livro recentemente, o qual gostei bastante, e achei que seria de difícil adaptação, mas conseguiu surpreender de várias formas. Só acredito que ficou devendo
mais menções sobre a própria infância da Leda - que explica muita coisa - e também sobre a dinâmica dela com o ex-marido - no livro fica claro sua ausência por conta do trabalho.
O legal da história é a representação de personagens sem maniqueísmos ou extremos. Destaque mais que merecido para Olivia Colman :-)
Harry Potter: O Campeonato das Casas de Hogwarts
3.4 32 Assista AgoraDame Helen Mirren foi incrível, mas a encenação dos participantes em responder às perguntas doeu a alma de vergonha alheia. Enfim, uma ÓTIMA ideia com um desenvolvimento que poderia ter sido TÃO melhor...
American Horror Story: Double Feature (10ª Temporada)
2.7 253Acompanho American Horror Story desde 2011, em sua primeira temporada, e já me desiludi incontáveis vezes com a série e com Murphy. Venho acompanhando o trabalho dele há uma década, não só em AHS, e é notável que suas produções tendem a tomar rumos semelhantes: uma ideia incrível, um plot com inimagináveis variáveis, e um desenvolvimento e conclusão anticlimáticos. É claro, há suas exceções, mas, infelizmente, Double Feature não foi uma delas.
Red Tide, a primeira parte da temporada, começou e se desenvolveu até o seu 5º episódio de forma irretocável. Atuações incríveis, fotografia e ambientação maravilhosas e, olhem só vocês, um ótimo roteiro - uma coisa rara desde Roanoke (6ª temporada), na minha opinião. Me deixei iludir mais uma vez, apesar de já ter dito a mim mesmo que Ryan nunca mais me ludibriaria. Me vi assistindo um dos melhores episódios já produzidos por AHS (Gaslight), que foi seguido pela conclusão da primeira parte, o 6º episódio da temporada - uma das piores coisas que já assisti na série. Como fã das antigas, fico quebrando a cabeça pensando no que deu errado, como pode haver uma discrepância tão grande de qualidade entre dois episódios seguidos?
Death Valley, a segunda parte da temporada, com apenas 4 episódios, tinha a grande responsabilidade de tratar sobre um dos temas mais aguardados pelos fãs desde Asylum (2ª temporada) - aliens! Dividido em dois períodos no tempo, um atual e outro que percorre as décadas de 50-70, essa segunda parte contém também ótimas atuações (do núcleo do passado, principalmente de Sarah Paulson, Craig Sheffer e Neal McDonough) e também uma boa fotografia e ambientação. Porém, achei as atuações do núcleo da atualidade sofríveis, acho que muito mais pelo roteiro do que pelos atores, na verdade.
O que foi aquele plano de fugir da área 51 realizando uma cesárea apenas com um bisturi? O plano era parar o sangramento com boas energias?
Todo o plot da atualidade era estranho e soava artificial, fútil e com diálogos desanimadores (como vinha sendo o roteiro de AHS há algumas temporadas). A conclusão de Death Valley não foi tão decepcionante para mim como Red Tide - apesar de também bem abaixo da média - porque realmente estava mais engajado na primeira história do que na segunda, e o balde de água fria foi concordante com as expectativas.
Mais uma vez a megalomania de AHS entrou no meio da história. Por que tudo deve ocorrer em uma escala mundial?
Por que terminar em um apocalipse, ou envolver 1.500 momentos históricos, teorias da conspiração, figuras reais, envolver o governo dos EUA, etc?
Dito isso, acho que a temporada toda foi irregular e não de todo ruim! Curti muita coisa aqui, principalmente os 5 primeiros episódios, que foram um deleite. Mais uma vez digo que não devo criar expectativas com as próximas temporadas, mas realmente acho que AHS merecia uma intervenção.
Maligno
3.3 1,2KProf. Quirrell, temos visita!
Sabemos que muito do terror - se não quase tudo - é regido pelos aspectos técnicos de um filme, e curti muito o resultado disso em Maligno, principalmente o trabalho de câmera e da iluminação! No entanto, me incomodei um pouco com o desenvolvimento do roteiro, senti que faltou carisma para a protagonista (mais pelo roteiro do que pela atuação), acho que a história pediu mais simpatia pela personagem do que conseguiu provocar. Além disso, me incomodei um pouco com o toque trash - que costumo gostar - presente no filme desde arranjos sonoros até a constituição do próprio vilão
- quase tão invencível quanto Michael Myers (quantos tiros aqueles policiais erraram? será que seria tão fácil assim aquela fuga em uma delegacia?).
Além disso tudo, sinto que o roteiro não conseguiu se decidir em como contar essa história, a lógica bizarra da explicação sobre o teratoma "irmão gêmeo" da protagonista vai contra algumas sequências e decisões criativas, como a telecinese. Acredito que faltou um trabalho maior aqui, não necessariamente para definir um caminho, mas talvez para correlacioná-los.
Mesmo assim, Maligno conseguiu me prender, não cansou, sustentou a tensão e o suspense até o fim e ainda por cima conseguiu surpreender.
Uma decisão que não entendi - e vi aqui outras pessoas comentando também - foi a do título, que não tem relação direta alguma com a história, ao meu ver. Também não curti muito o final claramente montado para uma sequência. Por que não fechar o filme de maneira mais satisfatória?
De resto, um bom filme!
O Mundo Mágico de Bela
3.2 24 Assista AgoraNão sei o que escrever... Problemático & chato & reciclagem de ideias que já tiveram abordagem mais que satisfatória no original. Mais um para a lista de sequências que não só se contentam em não acrescentar nada, como também forçam a ideia de um roteiro de tal forma que causam ruptura, incoerência e inverossimilhança entre as obras da "franquia".
Missa da Meia-Noite
3.9 732Já terminei há uns bons dias e, quanto mais eu penso sobre essa minissérie, mais gosto. Achei os primeiros quatro episódios um tanto arrastados, mas analisando o conjunto, não vejo isso como um demérito. Claramente, Flanagan usa e abusa da liberdade criativa que a Netflix o dá, toma seu tempo preparando o terreno e construindo a tensão, contando a história do jeito que a idealizou. Nesse primeiro momento teimei a confiar que aqueles primeiros episódios guiariam para um bom resultado, mas a tensão torna-se palpável e a história evidencia o brilhante poder narrativo de Flanagan. Os destaques são para Samantha Sloyan e Hamish Linklater, mas Kate Siegel não fica para trás. O texto aqui está ao ponto, diálogos refinados, edição incrível, atuação digna de Emmy, final que me agradou e muito.
Ai ai, Mike Flanagan.
Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus
3.3 36 Assista AgoraQuase um 2,5, a cena da Joanna tentando pegar os ovos do McLeach foi o ponto alto do filme para mim, valorizaram muito a nota. :)
A Festa de Formatura
3.1 238Um filme com uma mensagem boa e necessária, que diverte em algumas passagens, mas com uma abordagem que tropeça muito. Em relação ao elenco de peso, não consegui curtir a atuação do James Corden, não fui convencido nas passagens que exigiam mais emoção de sua parte. Por sua vez, Meryl Streep com toda a certeza carrega The Prom, suas cenas são as mais interessantes do filme. Infelizmente, Nicole Kidman está super mal aproveitada pelo roteiro (a cena em que ela tem mais destaque é uma das sequências mais bacanas), que também não dá espaço para a personagem de Jo Ellen Pellman crescer e se desenvolver. Kerry Washington e Ariana DeBose estão ótimas aqui também. É uma pena, estava com altas expectativas :(
Bambi 2
3.2 59 Assista AgoraFiquei contente com o que escolheram abordar nessa sequência. Bambi 2 desenvolve mais as personagens (até mesmo Ronno) e a relação de Bambi com seu pai (que no primeiro filme deixa a desejar). Entendo quem argumenta que o filme de 1942 não precisa de maiores explicações, mas não encaro dessa maneira, acredito que um não exclui a legitimidade do outro. É sim permeado por clichês e músicas esquecíveis, mas sinto que essa sequência consegue manter a carga emotiva do primeiro, seguindo sua bonita identidade gráfica e narrativa, com um roteiro mais tranquilo e atento à natureza e às estações.
Big Mouth (4ª Temporada)
4.1 62 Assista AgoraTalvez tenha se tornado a minha temporada favorita, e isso é consideravelmente impressionante levando em conta que a série está em seu quarto ano. Todas as personagens e suas histórias estavam afiadíssimas!
As personagens lidando com ansiedade, o casal Jay-Lo, Missy abraçando sua forma mosaico e toda a história do Matthew foram os ápices da temporada. Mas achei todo mundo muito bem colocado e os hormone-monsters sempre arrasam.
O fato deles estarem crescendo abre margem para o show explorar a sexualidade com temas cada vez mais "maduros". Estou curtindo muito para onde a série está caminhando :)
Mogli: O Menino Lobo
3.8 1,0K Assista AgoraComo não curti tanto o clássico de 1967 (nem sua continuação) e tendo em vista que assisti ao live action no cinema antes de conhecer as animações, me deparo nessa versão de 2016 com um filme bem mais interessante. É bonito no aspecto técnico, as personagens são carismáticas, o roteiro e o desenvolvimento são bem superiores, e a história dá conta de entreter e maravilhar em suas quase 2 horas de duração. Um exemplo de live action bem aproveitado e com uma bela realização :)
Rosa e Momo
3.7 302 Assista AgoraA história é bonita, delicada e cheia de referências, mas não chegou a me tocar da forma como se propõe. Os destaques realmente são as atuações dos protagonistas, Ibrahima Gueye e a veterana Sophia Loren, os quais desenvolveram uma química em cena que vale o filme todo.
A fotografia do filme e o final esperançoso também me agradaram bastante :)
Mogli: O Menino Lobo 2
3.0 56 Assista AgoraO roteiro está recheado de clichês, repetições do primeiro filme e apresenta nenhuma ou poucas surpresas. Porém, a sequência entrega o que se propõe, apresenta de forma carismática outras personagens humanas e é, querendo ou não, redondinho. Com certeza é mais apelativo para os fãs do filme anterior, que se agradam por ver as velhas personagens. Como não curti tanto o primeiro, o saudosismo não foi o bastante e os pontos negativos pesaram mais =/
102 Dálmatas
2.7 177 Assista AgoraO primeiro, mesmo que não tenha a magia dos traços nem o carisma dos dálmatas da animação, segue uma linha narrativa que funciona e tem seu charme. Esse segundo filme nem a Glenn Close, o único ponto positivo, conseguiu salvar.
101 Dálmatas: A Guerra dos Dálmatas
3.6 395 Assista AgoraSuperou minhas expectativas. 101 Dálmatas quebrou os padrões empregados até o final da década de 50, com A Bela Adormecida encerrando um ciclo. É um filme contemporâneo que usou técnicas diferentes na coloração, nos traços e na construção dos cenários. Os extras revelam a grande vantagem que foi o uso da xerografia (iniciada nesse filme), que realmente salvou o estúdio e desafogou os orçamentos. A animação é muito bonita e artística, a história realmente prende o expectador, com suspense, comédia e personagens cativantes, como os filhotes e a "Cruella Cruel"... Adorei :)
Música, Maestro!
3.6 25Música, Maestro! e Tempo de Melodia foram os package films mais irregulares para mim. Algumas partes são simplesmente chatas, outras bem interessantes. Acredito que a sensação de irregularidade seja porque esses dois são os com mais sequências entre os seis filmes-pacotes, sendo que há outros dois com apenas duas histórias cada, e dois com o contexto da Segunda Guerra. Ainda assim, esses filmes valem a pena para quem quer conhecer mais da Disney, de animações antigas ou desse período histórico.