Apesar de atingir a magia que pretende em diversos momentos, o filme usa muito mal, na maioria das vezes, o alívio cômico e as cenas de ação são uma porcaria. Empacado portanto.
Paul W.S. Anderson com completa noção narrativa, de humor, de ação e de terror. Já dá indícios de sua futura habilidade com o 3D, com o belo uso da profundidade de campo e de objetos orbitando próximos à tela.
Durante o começo, o meio e o fim, a ilha é casa. No emaranhado de desenhos em rotoscópio de Michael Dudok de Wit, não há um plano sequer que não carregue simbolismo.
O som, a montagem, o monstro em CGI, a fotografia com profundidade de campo absurdamente grande: tudo arquitetado pela impressionante mise-en-scène de Joon-ho Bong. Impressionante também é a magnitude da produção.
Boa prática do 3D, pois Yimou Zhang opta por grande profundidade de campo, criando vários layers em seus planos. Mas um filme não pode se escorar nisso. O que resta são lições de vida de frases prontas, “draminha” mequetrefe e humor anticlimático.
Competente fechamento de franquia, que, como o episódio VI, não é esquemático. Talvez as melhores cenas de ação dos "Star Wars" estejam aqui. E é melhor ainda pois não enrola para apresentá-las, o que faz do filme uma grande sequência de batalhas ágeis.
Repete, do episódio V, a estrutura narrativa alternada no segundo ato e a batalha entre o azul e o vermelho que simboliza o embate maniqueísta do herói, mas sem a mesma qualidade. Filme que pega no tranco após uma enrolação só.
Péssimo em muitos quesitos narrativos. Mas aprovo esta aproximação do filme ao videogame: a cena da corrida lembra uma fase de “Wipeout” (ou ainda, de “Crash Team Racing” e “Mario Kart”) e as de batalha uma de “Halo”. E o Sith é o chefão final.
Não se perde em um típico esquematismo narrativo de final de franquia. Mas o diretor Richard Marquand não tem controle de ritmo, não sabe usufruir da potência do widescreen (como os filmes anteriores fizeram) e transforma cenas promissoras em risíveis.
Os 2 relevantes acertos estéticos são a montagem alternada do segundo ato, em que nenhuma das duas frentes da ação perde fôlego, e a batalha final no salão vermelho (embaixo) e azul (em cima), que realça simbolicamente o maniqueísmo da jornada do herói.
Difícil dizer algo diferente de um filme já tão falado... Só evidencio a importância do figurino, que facilmente faz relembrar todo o universo fictício da obra, e dos efeitos especiais, que tem papel central na evolução da técnica no cinema.
Nos reflexos e nos fluxos de memória é onde reside a personalidade de John Wick, mas em seu universo o que se sobressai é a pancadaria em set pieces de ação com coreografia, por parte do elenco de dublês e de toda mise-en-scène em geral, de arrepiar.
Maren Ade esculpe seus planos médios com a câmera na mão de forma a mostrar, sem firula, apenas o necessário, assim deixando para a dupla principal o deleite cênico. Rompimento da rotina, ode à encenação. Ecos de Rivette.
Não deixa de ser decepcionante o vilão praticamente não ser mais a Samara. OK, mas ser uma afronta à nossa inteligência, tamanha a redundância, e ser incapaz para o terror (susto por um guarda-chuva abrindo?!) ou drama (vergonha alheia) que é imperdoável.
Argumento poderoso pode perder força facilmente, a prova está aqui. Culpa da narração em off “espertinha” e “engraçadinha” que cansa e não para de atrapalhar boas situações, e da afetação estética de Boyle (seus artifícios bregas).
Desde o belo plano-sequência inicial, a câmera de David Mackenzie voa e o roteiro de Taylor Sheridan alcança incrível profundidade com concisão. Mas a qualidade atingida não seria igual sem o trio principal de atores.
Boas músicas, cinema ruim. A família não funciona, a escola não funciona, poupe-me do romance e a cena final no barco é a coisa mais horrível que existe. Confusão geral, tal qual a busca do protagonista por uma maneira de se vestir.
Tragédia edificante, ficção solta ao acaso de alucinação quase perpétua, mas a realidade vem e a certeza irremediável é a morte. O amor de Rivette ao noir americano está na iluminação (a exibição de "Metrópolis" reforça isso) e no imbróglio do enredo.
O 3D e o CGI são intrínsecos na mise-en-scène de Anderson que, na ação digital, mescla planos abertos com closes, através de montagem ágil típica de seu tempo. Talvez seja o futuro do cinema de ação. Pena que recorra ao didatismo para fechar as pontas.
Antiterror na iluminação, na trilha sonora e na ausência de tensão (há apenas uma pequena sequência boa no filme). A tentativa de drama como motivação para a protagonista entrar no jogo jamais funciona, só enche o saco (o plot twist é uma vergonha).
A estranheza da câmera de Ron Howard, com movimentos destrambelhados e planos holandeses vulgares, tornam os já anormais argumento, direção de arte e maquiagem - em suma, o universo criado no filme - em algo insuportável.
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraApesar de atingir a magia que pretende em diversos momentos, o filme usa muito mal, na maioria das vezes, o alívio cômico e as cenas de ação são uma porcaria. Empacado portanto.
O Enigma do Horizonte
3.2 310 Assista AgoraPaul W.S. Anderson com completa noção narrativa, de humor, de ação e de terror. Já dá indícios de sua futura habilidade com o 3D, com o belo uso da profundidade de campo e de objetos orbitando próximos à tela.
A Tartaruga Vermelha
4.1 392 Assista AgoraDurante o começo, o meio e o fim, a ilha é casa. No emaranhado de desenhos em rotoscópio de Michael Dudok de Wit, não há um plano sequer que não carregue simbolismo.
O Hospedeiro
3.6 550 Assista AgoraO som, a montagem, o monstro em CGI, a fotografia com profundidade de campo absurdamente grande: tudo arquitetado pela impressionante mise-en-scène de Joon-ho Bong. Impressionante também é a magnitude da produção.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraBoa prática do 3D, pois Yimou Zhang opta por grande profundidade de campo, criando vários layers em seus planos. Mas um filme não pode se escorar nisso. O que resta são lições de vida de frases prontas, “draminha” mequetrefe e humor anticlimático.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraCompetente fechamento de franquia, que, como o episódio VI, não é esquemático. Talvez as melhores cenas de ação dos "Star Wars" estejam aqui. E é melhor ainda pois não enrola para apresentá-las, o que faz do filme uma grande sequência de batalhas ágeis.
Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones
3.7 775 Assista AgoraRepete, do episódio V, a estrutura narrativa alternada no segundo ato e a batalha entre o azul e o vermelho que simboliza o embate maniqueísta do herói, mas sem a mesma qualidade. Filme que pega no tranco após uma enrolação só.
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraPéssimo em muitos quesitos narrativos. Mas aprovo esta aproximação do filme ao videogame: a cena da corrida lembra uma fase de “Wipeout” (ou ainda, de “Crash Team Racing” e “Mario Kart”) e as de batalha uma de “Halo”. E o Sith é o chefão final.
Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi
4.3 915 Assista AgoraNão se perde em um típico esquematismo narrativo de final de franquia. Mas o diretor Richard Marquand não tem controle de ritmo, não sabe usufruir da potência do widescreen (como os filmes anteriores fizeram) e transforma cenas promissoras em risíveis.
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraOs 2 relevantes acertos estéticos são a montagem alternada do segundo ato, em que nenhuma das duas frentes da ação perde fôlego, e a batalha final no salão vermelho (embaixo) e azul (em cima), que realça simbolicamente o maniqueísmo da jornada do herói.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraDifícil dizer algo diferente de um filme já tão falado... Só evidencio a importância do figurino, que facilmente faz relembrar todo o universo fictício da obra, e dos efeitos especiais, que tem papel central na evolução da técnica no cinema.
John Wick: Um Novo Dia Para Matar
3.9 1,1K Assista AgoraNos reflexos e nos fluxos de memória é onde reside a personalidade de John Wick, mas em seu universo o que se sobressai é a pancadaria em set pieces de ação com coreografia, por parte do elenco de dublês e de toda mise-en-scène em geral, de arrepiar.
As Faces de Toni Erdmann
3.8 257 Assista AgoraMaren Ade esculpe seus planos médios com a câmera na mão de forma a mostrar, sem firula, apenas o necessário, assim deixando para a dupla principal o deleite cênico. Rompimento da rotina, ode à encenação. Ecos de Rivette.
O Chamado 3
2.3 1,2K Assista AgoraNão deixa de ser decepcionante o vilão praticamente não ser mais a Samara. OK, mas ser uma afronta à nossa inteligência, tamanha a redundância, e ser incapaz para o terror (susto por um guarda-chuva abrindo?!) ou drama (vergonha alheia) que é imperdoável.
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraArgumento poderoso pode perder força facilmente, a prova está aqui. Culpa da narração em off “espertinha” e “engraçadinha” que cansa e não para de atrapalhar boas situações, e da afetação estética de Boyle (seus artifícios bregas).
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraDesde o belo plano-sequência inicial, a câmera de David Mackenzie voa e o roteiro de Taylor Sheridan alcança incrível profundidade com concisão. Mas a qualidade atingida não seria igual sem o trio principal de atores.
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
3.8 962 Assista AgoraO cúmulo do esquematismo de Verbinski.
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista AgoraBoas músicas, cinema ruim. A família não funciona, a escola não funciona, poupe-me do romance e a cena final no barco é a coisa mais horrível que existe. Confusão geral, tal qual a busca do protagonista por uma maneira de se vestir.
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
3.9 872 Assista AgoraAventura semelhante ao primeiro, mas com um crasso problema de ritmo que no anterior não era evidente.
Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra
4.1 1,1K Assista AgoraAventura válida, no entanto o esquematismo estético-narrativo de Verbinski segura o filme no patamar da mediocridade. Tudo muito fácil.
Paris nos Pertence
3.7 24Tragédia edificante, ficção solta ao acaso de alucinação quase perpétua, mas a realidade vem e a certeza irremediável é a morte. O amor de Rivette ao noir americano está na iluminação (a exibição de "Metrópolis" reforça isso) e no imbróglio do enredo.
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraO 3D e o CGI são intrínsecos na mise-en-scène de Anderson que, na ação digital, mescla planos abertos com closes, através de montagem ágil típica de seu tempo. Talvez seja o futuro do cinema de ação. Pena que recorra ao didatismo para fechar as pontas.
Would You Rather
3.0 452Antiterror na iluminação, na trilha sonora e na ausência de tensão (há apenas uma pequena sequência boa no filme). A tentativa de drama como motivação para a protagonista entrar no jogo jamais funciona, só enche o saco (o plot twist é uma vergonha).
O Grinch
3.4 830 Assista AgoraA estranheza da câmera de Ron Howard, com movimentos destrambelhados e planos holandeses vulgares, tornam os já anormais argumento, direção de arte e maquiagem - em suma, o universo criado no filme - em algo insuportável.