Inserção de espaços intermediários como Ozu, mas não tão clássico, pois a maioria tem função de apresentação do local. A própria fotografia em preto e branco busca um certo classicismo. Apenas a facilidade do campo e contracampo prejudica o valor final.
Descrença com o contexto político e ideológico do século XX. Curioso como a trajetória de Snake Plissken se assemelha, no meio cinematográfico, com a de Carpenter, um outsider em termos de mainstream que até hoje não é tão apreciado quanto deveria.
Melodrama bem-humorado que eleva o caráter ficcional do cinema. A raça humana se mostra realmente primitiva, mas o afeto parece ser inversamente proporcional ao desenvolvimento tecnológico.
Geração de outrora que via em automóveis (Christine, um personagem em câmera subjetiva) o sonho valioso, no exagero às vezes mais do que um ser humano. E a jaqueta vermelha é símbolo de juventude, é referência cinematográfica e, por que não, é vaidade.
Não que a direção de Carpenter seja nula, pelo contrário, faz-se nítida em movimentos de câmera e no uso expressivo das sombras, mas o roteiro é evidentemente televisivo e piegas.
Comédia de erros essencialmente trash. A contracultura começa pelo baixo orçamento, mas tem sua maior expressão nos personagens. Ainda era amador em ritmo, mas já evidenciava o talento de Carpenter para os enquadramentos.
Rudolph Maté parece que gasta 60 minutos com uma trama dispendiosa e enfadonha para nos últimos 20 começar uma perseguição que exige muito de sua mise-en-scène e que usufrui do melhor da fotografia em preto e branco de Daniel L. Fapp.
Após inúmeras subtramas desinteressantes, o desfecho é insatisfatório, pois o protagonista deixa sua amada ser capturada e morta pelo exército rival em prol de um ato patriótico. Filme canalha.
Homem brutal que encontra em uma alma pura, encarnada pela freira, a paz interior e a quietação da violência. Semelhante a “On Dangerous Ground”, mas sem a construção minuciosa da agressividade em um primeiro momento como no filme de Ray.
Von Sternberg viajou à Alemanha para filmar com diretor de fotografia e de arte locais vindos do expressionismo, o que deu uma composição visual curiosa. Exemplo disso é o derradeiro travelling em retrocesso na sala de aula. Fora Marlene Dietrich, claro.
Problemático em seu âmago: o embate moral é inválido, desnecessário e óbvio. Direção, roteiro e trilha sonora (particularmente, uma das piores que já vi) não valem nada. Filme de duas horas que parece ter cinco, isso que dá não se preocupar com o ritmo.
Pragmático e formulaico (cenas ligeiras e montagem óbvia, recheadas de piadinhas débeis para alívio cômico) sem a mínima preocupação de ritmo (longas sequências de efeitos especiais inseridas sem sutileza), tampouco estética (visual brega).
Com bases no melodrama hollywoodiano e usufruindo da câmera que confina, este exemplar contemporâneo consegue inovar com suas inserções em câmera lenta e música significativa, que chamam a atenção para a linguagem e transbordam sentimentos.
Ancorada em narração em off, a imagem não consegue mostrar com eficiência; filme explicativo demais. E esteticamente tem pouco a oferecer. É curioso a temática do voyeurismo dar lugar ao feminismo, aqui serão as mulheres que abrirão a garrafa de vinho.
Entre a ciência e a religião, Carpenter vaga com sua câmera até o momento que a duração do filme acaba, mas o que não tem fim é um mal muito próximo que ameaça a existência humana. Passagem só de ida aos confins do inferno carpentiano.
Mann e longos planos abertos fazem do ambiente circundante um elemento narrativo, a neve em contraste com a quentura da perseverança. Forte controle da mise-en-scène também nos ambientes fechados e nas investidas de guerra.
Frankenheimer coloca sua câmera no meio da muvuca no protesto do início. Indício do que viria: uma história tumultuada e impactante. O controle preciso de cena e os diálogos impedem que o registro histórico e político se perca em crítica vã.
Emoção ver Kirk Douglas assim. Após pai e filho saírem abraçados juntos do local onde o pai conhecera a falecida mãe, as mesmas árvores antes ressecadas agora estão floridas; é a redenção. Valiosa relação entre Kirk e Michael, o resto fica muito aquém.
Comédia que só cresce. John Landis desliza sua câmera elegantemente pelos espaços cênicos (variando, sem cortes, planos abertos com médios ou fechados), o que deixa a riqueza do roteiro e das atuações encantarem. Persona de Stallone em alta.
Construção do protagonista aos poucos para chegar no ápice em um descontrole absurdo. Sua queda é captada por um plano no chão de maneira semelhante a que o mesmo ator fora filmado por Wilder em “A Montanha dos Sete Abutres”.
Construção do clímax similar a “High Noon”, com a inclusão marcante do debate do papel da mulher na sociedade e a violência envolvida. Kirk Douglas e Anthony Quinn titãs, realmente.
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraInserção de espaços intermediários como Ozu, mas não tão clássico, pois a maioria tem função de apresentação do local. A própria fotografia em preto e branco busca um certo classicismo. Apenas a facilidade do campo e contracampo prejudica o valor final.
Fuga de Los Angeles
3.0 179 Assista AgoraDescrença com o contexto político e ideológico do século XX. Curioso como a trajetória de Snake Plissken se assemelha, no meio cinematográfico, com a de Carpenter, um outsider em termos de mainstream que até hoje não é tão apreciado quanto deveria.
A Cidade dos Amaldiçoados
3.1 352Grande uso da elevada razão de aspecto (em especial com grande-angulares), de imagens macabras e, impressionantemente, do melodrama.
Vera Cruz
3.8 35 Assista AgoraIrônico e esteticamente marcante, "Vera Cruz" de Aldrich antecipa o que viria a ser um novo fôlego ao gênero faroeste.
Starman: O Homem das Estrelas
3.4 98 Assista AgoraMelodrama bem-humorado que eleva o caráter ficcional do cinema. A raça humana se mostra realmente primitiva, mas o afeto parece ser inversamente proporcional ao desenvolvimento tecnológico.
Christine, O Carro Assassino
3.3 671 Assista AgoraGeração de outrora que via em automóveis (Christine, um personagem em câmera subjetiva) o sonho valioso, no exagero às vezes mais do que um ser humano. E a jaqueta vermelha é símbolo de juventude, é referência cinematográfica e, por que não, é vaidade.
Fuga de Nova York
3.5 301 Assista Agoradazedimg.dazedgroup. netdna-cdn. com/1200/0-0-2000-1333/azure/dazed-prod/1090/2/1092069.jpg
Elvis Não Morreu
3.5 35Não que a direção de Carpenter seja nula, pelo contrário, faz-se nítida em movimentos de câmera e no uso expressivo das sombras, mas o roteiro é evidentemente televisivo e piegas.
Dark Star
3.3 64 Assista AgoraComédia de erros essencialmente trash. A contracultura começa pelo baixo orçamento, mas tem sua maior expressão nos personagens. Ainda era amador em ritmo, mas já evidenciava o talento de Carpenter para os enquadramentos.
Rastro Sangrento
3.7 3Rudolph Maté parece que gasta 60 minutos com uma trama dispendiosa e enfadonha para nos últimos 20 começar uma perseguição que exige muito de sua mise-en-scène e que usufrui do melhor da fotografia em preto e branco de Daniel L. Fapp.
Sob o Manto Tenebroso
3.0 1Após inúmeras subtramas desinteressantes, o desfecho é insatisfatório, pois o protagonista deixa sua amada ser capturada e morta pelo exército rival em prol de um ato patriótico. Filme canalha.
Na Boca do Lobo
3.5 2Homem brutal que encontra em uma alma pura, encarnada pela freira, a paz interior e a quietação da violência. Semelhante a “On Dangerous Ground”, mas sem a construção minuciosa da agressividade em um primeiro momento como no filme de Ray.
O Anjo Azul
4.2 86 Assista AgoraVon Sternberg viajou à Alemanha para filmar com diretor de fotografia e de arte locais vindos do expressionismo, o que deu uma composição visual curiosa. Exemplo disso é o derradeiro travelling em retrocesso na sala de aula. Fora Marlene Dietrich, claro.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraProblemático em seu âmago: o embate moral é inválido, desnecessário e óbvio. Direção, roteiro e trilha sonora (particularmente, uma das piores que já vi) não valem nada. Filme de duas horas que parece ter cinco, isso que dá não se preocupar com o ritmo.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraPragmático e formulaico (cenas ligeiras e montagem óbvia, recheadas de piadinhas débeis para alívio cômico) sem a mínima preocupação de ritmo (longas sequências de efeitos especiais inseridas sem sutileza), tampouco estética (visual brega).
Amor à Flor da Pele
4.3 501 Assista AgoraCom bases no melodrama hollywoodiano e usufruindo da câmera que confina, este exemplar contemporâneo consegue inovar com suas inserções em câmera lenta e música significativa, que chamam a atenção para a linguagem e transbordam sentimentos.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraAncorada em narração em off, a imagem não consegue mostrar com eficiência; filme explicativo demais. E esteticamente tem pouco a oferecer. É curioso a temática do voyeurismo dar lugar ao feminismo, aqui serão as mulheres que abrirão a garrafa de vinho.
Príncipe das Sombras
3.5 151Entre a ciência e a religião, Carpenter vaga com sua câmera até o momento que a duração do filme acaba, mas o que não tem fim é um mal muito próximo que ameaça a existência humana. Passagem só de ida aos confins do inferno carpentiano.
Os Heróis de Telemark
3.6 9 Assista AgoraMann e longos planos abertos fazem do ambiente circundante um elemento narrativo, a neve em contraste com a quentura da perseverança. Forte controle da mise-en-scène também nos ambientes fechados e nas investidas de guerra.
Sete Dias de Maio
3.8 14 Assista AgoraFrankenheimer coloca sua câmera no meio da muvuca no protesto do início. Indício do que viria: uma história tumultuada e impactante. O controle preciso de cena e os diálogos impedem que o registro histórico e político se perca em crítica vã.
Acontece nas Melhores Famílias
3.1 23Emoção ver Kirk Douglas assim. Após pai e filho saírem abraçados juntos do local onde o pai conhecera a falecida mãe, as mesmas árvores antes ressecadas agora estão floridas; é a redenção. Valiosa relação entre Kirk e Michael, o resto fica muito aquém.
Oscar: Minha Filha Quer Casar
3.0 87Comédia que só cresce. John Landis desliza sua câmera elegantemente pelos espaços cênicos (variando, sem cortes, planos abertos com médios ou fechados), o que deixa a riqueza do roteiro e das atuações encantarem. Persona de Stallone em alta.
Chaga de Fogo
4.0 26Construção do protagonista aos poucos para chegar no ápice em um descontrole absurdo. Sua queda é captada por um plano no chão de maneira semelhante a que o mesmo ator fora filmado por Wilder em “A Montanha dos Sete Abutres”.
Duelo de Titãs
4.0 59 Assista AgoraConstrução do clímax similar a “High Noon”, com a inclusão marcante do debate do papel da mulher na sociedade e a violência envolvida. Kirk Douglas e Anthony Quinn titãs, realmente.