Mais do mesmo com elementos rápidos e cenas desnecessárias com plot obvio demais. Pra fazer um capitulo final decente que demorassem anos pra produzir, pois dinheiro sobra. O primeiro, segundo melhores filmes da franquia.
"Ugh... você realmente acha que venceu não é? Nós estamos jogando jogos bem diferentes."
Sou suspeito pra falar sobre o cinema do Yorgos Lanthimos, por que eu simplesmente sou apaixonado por cada detalhe da sua narrativa. Mesmo essa película não tenha sido escrito por ele. É perceptível ver o desastre da natureza humana ali. Ninguém é perfeito, ninguém vence. O que resta é o ego, ambição, e muitas feridas, por trás de um grandioso trabalho de cinematografia e figurino. A escolha das câmeras fisheyes e grandes angulares são de um requinte inegável pra passar grandiosidade e gigantismo dentro do palácio da Rainha Anne. (Abro para uma analogia com os seus 17 coelhos nas jaulas). Todos presos em uma gaiola melancólica e no fim fria e amarga.
As manipulações, os interesses, e contraste entre as duas de suas favoritas são bastante visíveis do meio pro final. Não existe um modo de comparação. O cordeiro torna-se lobo. E o que aparentava ser lobo na verdade é o juízo. As 3 personagens tem amores diferentes. Não vou adentrar mais pelo fator, spoiler. Mas o que eu posso dizer é que Olivia Colman soube dominar sua personagem até a explosão em seu final.
Aquela cena do fim. PUTA QUE PARIU. Vai ficar na minha memória por um bom tempo. Entre o olhar, os coelhos, e a não vitória de nenhuma das personagens. Está o fim.
Uma antologia interessante dessa nova safra do horror 'alternativo'. Um filme highway que cumpre seu papel. Possui esse aprisionamento devido ao passado de cada personagem, que gera o todo. Um ciclo sem fim de um dia.
Sem necessariamente começo, mas tendo o motivo inicial. É em vão compreendermos o por trás do mostrado, pois além das relações com o sobrenatural, envolve o tempo, espaço etc.... Não é o inferno, mas é um caminho do entre. Limbo e Inferno, com direito a um gore bem bonitão. Trilha sonora em synth e bem trabalhada com a atmosfera e fotografia padrão de filmes mais recentes.
Southbound, é uma mistura de "O Incidente" de Izzac Ezban, com 'Lost Higway' de David Lynch e outros do subgênero "Não sabemos por que estamos passando por isso". Diversas vezes passa nos televisores o Carnaval das Almas como referência do que se trata o enredo. O melhor conto sem dúvidas é o do meio, o que sustenta a barriga entre a realidade o sobrenatural. Mas que cria uma tensão e suspense genial. Parece que é do mesmo diretor do meu conto preferido de VHS: Amateur Night. Aliás os produtores são os mesmo de VHS o que explica muita coisa da qualidade técnica e de um bom trabalho visual. Inclusive o da capa que é uma das mais bonitas que já vi nesse tipo de filme.
Entre nuances que beiram a ridicularização ou demonstram um roteiro mal elaborado com a ideia proposição de um filme de horror/satirico. Possui uma classe menos vulgar do que a série "Todo mundo em pânico", mas muito distante da finesse do cinema de Yorgos Lanthimos. Velvelt Buzzsaw é um filme buster para quem não conhece o mundo da arte, mas que adentra e percebe seus problemas e estrutura interligados a arte contemporânea e o capitalismo. E também serve de souvenir para os que conhecem e pertencem a esse mundo (eu), não vão se sentir nada mais do que representados, ou no minimo levemente formigados, ou nem isso mas agradecidos pela homenagem. rs
É um filme confuso, mas que por ventura tem seu modo de cativar através das interpretações do elenco somente, pois o enredo em torno da arte é superficial até. Os atores cumprem o seu papel, cada personagem é excitante de se observar e conhecer, e nada mais são do que reais no mercado da arte. A Galerista, curador(a), consultor, crítico, conservador/restaurador, os museólogos, o recém formado estudante de arte ou estagiário que só quer um emprego fixo, o artista, e a própria obra de arte em si, que creio que tenha bastante elementos de independência do artista, como é explorado no caso das mortes, a obra ganha vida, através da imersão ou do devorar-se. Os efeitos especiais cafonas pra diálogos até que muito bem elaborados. Eu soltava uma risada toda vez que o Morf (Gyllenhaal) falava e compreendia perfeitamente o que Rhodora (Rene Russo) concluía e a personagem de Toni Collete, encantadora mas muito mal aproveitada... É uma filme crítica razoável, pois beira o superficial.
Elegante e conduzido delicadamente através de uma fotografia que remete a cores de papel quase amarelado e em tons terrosos de capa de livro antigo, com um bucólico anoitecer em Manhattan. A direção de arte e o figurino dos personagens, nos trazem aconchego, como em uma biblioteca ou loja de antiguidades de livros. Onde estamos presos ao ficar vendo admirados cada livro nas prateleiras. Aqui estamos prendidos na trama para ver o decorrer daquele delicioso crime. A trilha também é muito boa, "I Thought Of You Last Night" e entre outras canções de interpretes dos anos 50, trazem a nostalgia de uma antiga broadway, hollywood and glamour em contraste com a vida sozinha de Lee Israel.
Melissa Mc Carthy está em um brilhante desempenho, o melhor papel de sua carreira sem dúvidas. Em um personagem super encaixado pra ela. Os diálogos irônicos e rudes com um tom de melancolia fazem toda a diferença, e nos fazem encantar pela representação de Israel. Assim como o personagem de Richard E. Grant. Conexão perfeita, um filme que nos trazem LGBTs de meia idade. Com certeza me vi com um gato ou gatos em um apartamento, com vários livros, filmes e arte. Que um dia serão esquecidos e que virarão nicho de colecionador ou de entusiastas. rs
Antecedo com as notas de Nietzsche sobre a dança. Que dançar é se superar. Dançar é uma experiência de perda de si. Que dançar é esquecer do "eu" e pôr em atingir o "si mesmo", que é aquilo que verdadeiramente você é. E de não acreditar num Deus que não dance.
No inicio do filme com a tv passando os personagens no videotape (Inclusive ao lado possui fitas vhs de filmes como 'Suspiria' de Dario Argento entre outros que com certeza são referências pra esse horror social) eles revelam o "eu", especificações de identidade e experiência para a comunicação de apresentação, antes de entrar no grupo. Mas a partir do momento em que a dança toma conta dos seus corpos com o caos instaurado no salão, o "si mesmo" vem a tona, aquilo que é inominável.
Analisar um filme como Climax é se livrar das ideias maniqueístas, do bom e mau. Aquilo é por que é. Ou por que tornou-se por alguma razão. A maneira de Noé criticar é irônica, por mais que muitas das vezes fiquemos assustados e enojados com sua ironia. Gaspar Noé nos traz o melhor e o pior de seus maneirismos e técnicas em Climax.. "Você detestou Irreversível. Você desprezou Viagem Alucinante. Você rejeitou Love. Agora experimente Climax".
As sequências de câmera é um voo sobre o movimento, é quase uma dança também. Gira, vai pra frente, pra trás pirueta e afins. Assim como o registro inicial da coreografia do grupo. Noé nos mostra não somente um filme-dança, mas um filme-catástrofe, onde o corpo é o locomotor da história, o dialogo ou a fala não é o centro.
A inspiração nos atentados do Bataclan e a escolha de atores jovens desconhecidos que frequentam as boates noturnas de Paris, faz com que o filme fique muito próximo da nossa realidade. É a decomposição de um grupo social.. A ideia de surto, arte, e loucura é muito presente. Não é sobre a droga, mas sim sobre como lidamos com o desvio, com o deslocamento, e para o que a natureza nos leva. O que pode ser o céu ou o inferno. E isso varia da fragilidade dos nossos corpos que se diferem, das nossas próprias experiências vivências e do que pode o nosso corpo. A ideia de estarem presos e não conseguirem sair do local é agoniante. A violência e o sexo os norteia assim como nossa humanidade. Assim como um caos pode se instaurar por uma pessoa que nós menos esperávamos. Os tons em vinho e vermelho torna aquilo realmente quase um inferno. O filme é desconfortável, e se sustenta no desconforto. Pra mim um filme que não me desconforta é um filme esquecível. E Noé nos traz algo mais superior do que em LOVE. Acho que é isso, não preciso dizer mais nada.
Direção de arte, fotografia, cinematografia e figurino totalmente harmônicos com a trilha maravilhosa de Tom York. Desde o início se distância do original, mas ao mesmo tempo é perceptível a atmosfera e os elementos de Suspiria de Argento ali. Assim como tem partes que nos levam realmente a um filme aos moldes do cinema do leste europeu no fim da década de 70. A troca da personagem principal e o ajuste de outras foi perfeito para que o filme se transforme e seja analisado de um outro ponto de vista. Não sendo comparado com o original. Um filme de um elenco completamente feminino. Até pela Tilda Swinton que interpreta o personagem masculino Dr. Jozef Klemperer.
As cores pálidas e frias do filme, entre cinza, azul e ferrugem nos trazem uma Alemanha dividida e deixada pela crise do pós-guerra e rumo há um mundo globalizado, que deixa tudo tão transparente e natural quanto o sangue jorrado durante o filme. O Horror presente na desenvoltura do corpo, e no rosto das atrizes são perfeitos. Assim como as coreografias apresentadas, como Volk e na coreografia apresentada no final. É um filme arte.
Para quem entende de arte contemporânea e dança, Tilda Swinton interpreta uma Madame Blanc com referências de Pina Bausch. Também tem referências da performance Teatro das Orgias e dos Mistérios do Herman Nitsh na coreografia final, os vestidos de Volk são um híbrido de "Wedding Dress" de Christo e Jeanne-Claude obra/performance e elementos do Shibari japonês.
Luca Guadagnino, surpreende e eleva-se em comparação a sua produção anterior "Call me by your name".
Homenagem ao giallo europeu. Escuridão, cores quentes, sangue bastante vermelho. E uma iluminação teatral pros rostos das vítimas e do olhar do mascarado. A performance de corpo do assassino é muito boa, mas as atuações dos outros atores ao longo do filme são bem ruins. Até a personagem da Jamie Lee Curtis deixa desejar. O ritmo arrastado e lento do filme deixa um clímax aéreo, que talvez no meu caso, nem me dei conta de quem era o assassino. Nos momentos finais, creio que duas cenas de morte, tenham tido uma sequência muito bem realizadas.
Um live-action com sensação de desperdiçado, se fosse fazer algo icônico, deixa-se o filme live action lá de 1997 que a própria disney fez com a incrível Whitney Houston como madrinha e Brandy Norwood como uma cinderela negra com um príncipe asiático. Essa adaptação sofre com um roteiro óbvio, pois a história fica muito rasa sustentada apenas pela direção de arte. Pegaram a Cate Blanchett como madrasta e não aproveitaram nada do que ela poderia mostrar, os diálogos da Helena Bohan Carter como madrinha também foram super avulsos, gostei de como o início se deu mas depois foi ficando super aleatório como se tivessem correndo com o tempo pra fazer aquela cena. Sendo que é uma das cenas mais importantes da animação... Mas tiveram exito com a cena da fuga do baile, a trilha que se seguiu na ação foi perfeita. As cenas finais também foram bem fiéis. Acho que funcionaria se tivesse esse clima durante todo o filme. Ou que fizessem um musical mesmo.
Um filme muito bem produzido, isso é fato. Rami Malek entrega tudo de si em um Freddie Mercury envolvente mas que infelizmente ele mesmo criou e que se distancia muito do original. É compreensível em uma obra de biografia ter vários distanciamentos e acréscimos de outras coisas ou distorções para um roteiro comercial e vendável. As músicas que envolvem o filme dão toda a base para a obra. Mas ainda fico com a sensação de tudo perfeitinho e nivelado demais. Faltou mais maestria pra ser um clássico, ser um pacote completo. Mas é um pacote bem feito.
Sem dúvida é um Lars atual. Em presunção e em tudo... Não tenho do que reclamar da montagem e da interpretação do Matt Dilon, mas o Jack é um personagem totalmente desgastante de se assistir. Gosto das suas introduções, e de suas reflexões com o Verge sobre arte. Mas do meio pro final desanda, não só o personagem é apático e raso, como o roteiro pra sua extensão de 2 horas. Pode ser um cinema arte, mas fico me perguntando se o filme cai em uma zona de conforto ou realmente quer entregar algo... Vindo do Lars e suas produções recentes, meio que não me impressiona a pensar sobre a presunção desse velho misógino. Melancolia é um dos que me fazem ainda acreditar nessa leva atual dele. Enfim, não sei. Fico com a sensação de que caiu no alto do seu próprio encanto.
Filme estético sem conteúdo algum, apenas visual e que nos deixa levar pela experiência da trilha sonora, fotografia e design maravilhosos: amo. Aquela sequência de musculação com os corpos bronzeados com óleo ao som de Die Antwoord, e as cenas sutis do corpo grande focando no peitoral queimado do Momoa junto com rosto lindo da Suki também valem todo o filme. Bissexualidade wins.
Um horror dramático que explora a masculinidade tóxica repassada através do patriarcado em co-relação ao homem antigo e a modernidade, pois não foge dos dias atuais pois até hoje esses assombros chegam. A relação campo e cidade, do homem rústico ao moderno é quase a mesma. É como uma maldição. Basta a nós compreendermos essa linha histórica e mudarmos sempre. Em relação ao filme, mediano. Poderia ser melhor explorado. A interpretação do Thomas Jane, não convenceu em nada, infelizmente.
Demorei anos pra assistir, e quando terminei fiquei com gosto de quero mais. Elenco excelente, sem dúvida, a parte técnica é muito delicada e muito bem realizada. Desde as interpretações de todos os atores, até a montagem, trilha sonora, efeitos, fotografia. As brincadeiras de roteiro, as vezes eu gostei e as vezes me irritaram. Principalmente perto do fim. Me remeteu quase a Cisne Negro. Não sei ao certo se foi uma referência ou um deboche. Pareceu um contraste entre Feminino/Masculino, não peguei muito bem.
Filme que cumpre um bom Tarantino, mas bem diferente do que estamos acostumados a nos deliciar por longos períodos de tempo. Sensação de que poderia ser resumido em 1 hora a menos. Mas final excelente.
Uma homenagem bem interessante em tempos contemporâneos aos filmes B, de horror e ficção científica. Uma referência ou quase uma readaptação do episódio da 1ª Temporada de Twilight Zone. O cenário, os planos de câmera.... Com uma reflexão crítica atual sobre identidade, de reflexões a cerca do que enxergamos no outro que colocamos em nós e o que nós queremos de nós a colocar nos outros. Em uma alegoria de fantasia. Crítica até mesmo com a cultura pop e seus ícones estadunidenses. Um filme bem gostoso de assistir latino-americano e em espanhol.
Mas sobre o final lguém será que teve a mesma interpretação que eu?
O menino é esquizofrênico, mas ele possui uma energia de controle da mente das outras pessoas. Assim como a mãe citou e os outros que ele fez anteriormente em um restaurante. Mas na verdade era apenas ilusões visuais e sonoras para nós, até mesmo as noticias na rádio. E fez com que todos entrassem numa paranoia coletiva. Presos em uma dimensão além da imaginação (rs). Mas no final o filtro nostalgico meio que some quando sai do ponto de vista do menino, e volta-se pra "realidade". Onde os policiais acabam incriminando o estudante que tava com drogas, pois logo associaram que o motivo das mortes seria alguma droga alucinógena que ele tenha implantado. Mas daí o filtro do filme volta para o nostálgico e de cinema antigo com o menino. Que continua a imaginar que conseguiu transformar toda população do mundo no mesmo personagem. Mas só tem o controle de mudar a mente das pessoas daquele local. O final ainda é complexo por causa da fala da senhora indígena, mas enfim.
Não conseguia assistir esse filme sem ver por aspecto racional e frio, que a protagonista Malorie (Bullock) transpassa desde o inicio. Pelo fato de estarmos vendo pelo ponto de vista dela, isso me deixa quase como a personagem: passando por um processo. Tudo pode ser compreendido com a pintura da ceia em Malorie está pintando no seu apartamento. Várias pessoas diferentes em uma reunião, mas não estão conectadas de fato. Elas estão em suas individualidades e em seus mundos. Tentei justificar a falta de conexão ou entrosamento corporal e até físico entre os atores do elenco base por causa desse signo. Eu só fiquei aliviado, quando a Malorie se sente aliviada. Senti falta de um dialogo mais elaborado, e também de uma montagem mais dinâmica. A ideia da câmera com o tapa visão é boa, mas não foi boa o suficiente pra agradar. No mais, é um bom filme. E ficou um pouco melhor construído do que A Quiet Place, seguindo essa linha pós-apocalyptica contemporânea.
Filme fraquíssimo, pra um material de arte riquíssimo. Desperdício, os atores também não tem sintonia, não ajudam e não cativam o público. Roteiro amador, pra fazer um filme com inspiração em Funhouse.
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraMais do mesmo com elementos rápidos e cenas desnecessárias com plot obvio demais. Pra fazer um capitulo final decente que demorassem anos pra produzir, pois dinheiro sobra. O primeiro, segundo melhores filmes da franquia.
A Favorita
3.9 1,2K Assista Agora"Ugh... você realmente acha que venceu não é? Nós estamos jogando jogos bem diferentes."
Sou suspeito pra falar sobre o cinema do Yorgos Lanthimos, por que eu simplesmente sou apaixonado por cada detalhe da sua narrativa. Mesmo essa película não tenha sido escrito por ele. É perceptível ver o desastre da natureza humana ali. Ninguém é perfeito, ninguém vence. O que resta é o ego, ambição, e muitas feridas, por trás de um grandioso trabalho de cinematografia e figurino. A escolha das câmeras fisheyes e grandes angulares são de um requinte inegável pra passar grandiosidade e gigantismo dentro do palácio da Rainha Anne. (Abro para uma analogia com os seus 17 coelhos nas jaulas). Todos presos em uma gaiola melancólica e no fim fria e amarga.
As manipulações, os interesses, e contraste entre as duas de suas favoritas são bastante visíveis do meio pro final. Não existe um modo de comparação. O cordeiro torna-se lobo. E o que aparentava ser lobo na verdade é o juízo. As 3 personagens tem amores diferentes. Não vou adentrar mais pelo fator, spoiler. Mas o que eu posso dizer é que Olivia Colman soube dominar sua personagem até a explosão em seu final.
Aquela cena do fim. PUTA QUE PARIU. Vai ficar na minha memória por um bom tempo. Entre o olhar, os coelhos, e a não vitória de nenhuma das personagens. Está o fim.
Meu queridinho de melhor filme do Oscar.
Southbound
2.9 151Uma antologia interessante dessa nova safra do horror 'alternativo'. Um filme highway que cumpre seu papel. Possui esse aprisionamento devido ao passado de cada personagem, que gera o todo. Um ciclo sem fim de um dia.
Sem necessariamente começo, mas tendo o motivo inicial. É em vão compreendermos o por trás do mostrado, pois além das relações com o sobrenatural, envolve o tempo, espaço etc.... Não é o inferno, mas é um caminho do entre. Limbo e Inferno, com direito a um gore bem bonitão. Trilha sonora em synth e bem trabalhada com a atmosfera e fotografia padrão de filmes mais recentes.
Southbound, é uma mistura de "O Incidente" de Izzac Ezban, com 'Lost Higway' de David Lynch e outros do subgênero "Não sabemos por que estamos passando por isso". Diversas vezes passa nos televisores o Carnaval das Almas como referência do que se trata o enredo. O melhor conto sem dúvidas é o do meio, o que sustenta a barriga entre a realidade o sobrenatural. Mas que cria uma tensão e suspense genial. Parece que é do mesmo diretor do meu conto preferido de VHS: Amateur Night. Aliás os produtores são os mesmo de VHS o que explica muita coisa da qualidade técnica e de um bom trabalho visual. Inclusive o da capa que é uma das mais bonitas que já vi nesse tipo de filme.
Toda Arte é Perigosa
2.6 496 Assista AgoraEntre nuances que beiram a ridicularização ou demonstram um roteiro mal elaborado com a ideia proposição de um filme de horror/satirico. Possui uma classe menos vulgar do que a série "Todo mundo em pânico", mas muito distante da finesse do cinema de Yorgos Lanthimos. Velvelt Buzzsaw é um filme buster para quem não conhece o mundo da arte, mas que adentra e percebe seus problemas e estrutura interligados a arte contemporânea e o capitalismo. E também serve de souvenir para os que conhecem e pertencem a esse mundo (eu), não vão se sentir nada mais do que representados, ou no minimo levemente formigados, ou nem isso mas agradecidos pela homenagem. rs
É um filme confuso, mas que por ventura tem seu modo de cativar através das interpretações do elenco somente, pois o enredo em torno da arte é superficial até. Os atores cumprem o seu papel, cada personagem é excitante de se observar e conhecer, e nada mais são do que reais no mercado da arte. A Galerista, curador(a), consultor, crítico, conservador/restaurador, os museólogos, o recém formado estudante de arte ou estagiário que só quer um emprego fixo, o artista, e a própria obra de arte em si, que creio que tenha bastante elementos de independência do artista, como é explorado no caso das mortes, a obra ganha vida, através da imersão ou do devorar-se. Os efeitos especiais cafonas pra diálogos até que muito bem elaborados. Eu soltava uma risada toda vez que o Morf (Gyllenhaal) falava e compreendia perfeitamente o que Rhodora (Rene Russo) concluía e a personagem de Toni Collete, encantadora mas muito mal aproveitada... É uma filme crítica razoável, pois beira o superficial.
Escape Room: O Jogo
3.1 754 Assista AgoraIdeia boa, mas mal executado. Pela falta de bom senso em saber parar.
Poderia Me Perdoar?
3.6 266Elegante e conduzido delicadamente através de uma fotografia que remete a cores de papel quase amarelado e em tons terrosos de capa de livro antigo, com um bucólico anoitecer em Manhattan. A direção de arte e o figurino dos personagens, nos trazem aconchego, como em uma biblioteca ou loja de antiguidades de livros. Onde estamos presos ao ficar vendo admirados cada livro nas prateleiras. Aqui estamos prendidos na trama para ver o decorrer daquele delicioso crime. A trilha também é muito boa, "I Thought Of You Last Night" e entre outras canções de interpretes dos anos 50, trazem a nostalgia de uma antiga broadway, hollywood and glamour em contraste com a vida sozinha de Lee Israel.
Melissa Mc Carthy está em um brilhante desempenho, o melhor papel de sua carreira sem dúvidas. Em um personagem super encaixado pra ela. Os diálogos irônicos e rudes com um tom de melancolia fazem toda a diferença, e nos fazem encantar pela representação de Israel. Assim como o personagem de Richard E. Grant. Conexão perfeita, um filme que nos trazem LGBTs de meia idade. Com certeza me vi com um gato ou gatos em um apartamento, com vários livros, filmes e arte. Que um dia serão esquecidos e que virarão nicho de colecionador ou de entusiastas. rs
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraAntecedo com as notas de Nietzsche sobre a dança. Que dançar é se superar. Dançar é uma experiência de perda de si. Que dançar é esquecer do "eu" e pôr em atingir o "si mesmo", que é aquilo que verdadeiramente você é. E de não acreditar num Deus que não dance.
No inicio do filme com a tv passando os personagens no videotape (Inclusive ao lado possui fitas vhs de filmes como 'Suspiria' de Dario Argento entre outros que com certeza são referências pra esse horror social) eles revelam o "eu", especificações de identidade e experiência para a comunicação de apresentação, antes de entrar no grupo. Mas a partir do momento em que a dança toma conta dos seus corpos com o caos instaurado no salão, o "si mesmo" vem a tona, aquilo que é inominável.
Analisar um filme como Climax é se livrar das ideias maniqueístas, do bom e mau. Aquilo é por que é. Ou por que tornou-se por alguma razão. A maneira de Noé criticar é irônica, por mais que muitas das vezes fiquemos assustados e enojados com sua ironia. Gaspar Noé nos traz o melhor e o pior de seus maneirismos e técnicas em Climax.. "Você detestou Irreversível. Você desprezou Viagem Alucinante. Você rejeitou Love. Agora experimente Climax".
As sequências de câmera é um voo sobre o movimento, é quase uma dança também. Gira, vai pra frente, pra trás pirueta e afins. Assim como o registro inicial da coreografia do grupo. Noé nos mostra não somente um filme-dança, mas um filme-catástrofe, onde o corpo é o locomotor da história, o dialogo ou a fala não é o centro.
A inspiração nos atentados do Bataclan e a escolha de atores jovens desconhecidos que frequentam as boates noturnas de Paris, faz com que o filme fique muito próximo da nossa realidade. É a decomposição de um grupo social.. A ideia de surto, arte, e loucura é muito presente. Não é sobre a droga, mas sim sobre como lidamos com o desvio, com o deslocamento, e para o que a natureza nos leva. O que pode ser o céu ou o inferno. E isso varia da fragilidade dos nossos corpos que se diferem, das nossas próprias experiências vivências e do que pode o nosso corpo. A ideia de estarem presos e não conseguirem sair do local é agoniante. A violência e o sexo os norteia assim como nossa humanidade. Assim como um caos pode se instaurar por uma pessoa que nós menos esperávamos. Os tons em vinho e vermelho torna aquilo realmente quase um inferno. O filme é desconfortável, e se sustenta no desconforto. Pra mim um filme que não me desconforta é um filme esquecível. E Noé nos traz algo mais superior do que em LOVE. Acho que é isso, não preciso dizer mais nada.
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraDireção de arte, fotografia, cinematografia e figurino totalmente harmônicos com a trilha maravilhosa de Tom York. Desde o início se distância do original, mas ao mesmo tempo é perceptível a atmosfera e os elementos de Suspiria de Argento ali. Assim como tem partes que nos levam realmente a um filme aos moldes do cinema do leste europeu no fim da década de 70. A troca da personagem principal e o ajuste de outras foi perfeito para que o filme se transforme e seja analisado de um outro ponto de vista. Não sendo comparado com o original. Um filme de um elenco completamente feminino. Até pela Tilda Swinton que interpreta o personagem masculino Dr. Jozef Klemperer.
As cores pálidas e frias do filme, entre cinza, azul e ferrugem nos trazem uma Alemanha dividida e deixada pela crise do pós-guerra e rumo há um mundo globalizado, que deixa tudo tão transparente e natural quanto o sangue jorrado durante o filme. O Horror presente na desenvoltura do corpo, e no rosto das atrizes são perfeitos. Assim como as coreografias apresentadas, como Volk e na coreografia apresentada no final. É um filme arte.
Para quem entende de arte contemporânea e dança, Tilda Swinton interpreta uma Madame Blanc com referências de Pina Bausch. Também tem referências da performance Teatro das Orgias e dos Mistérios do Herman Nitsh na coreografia final, os vestidos de Volk são um híbrido de "Wedding Dress" de Christo e Jeanne-Claude obra/performance e elementos do Shibari japonês.
Luca Guadagnino, surpreende e eleva-se em comparação a sua produção anterior "Call me by your name".
A Morte Convida para Dançar
2.7 162Homenagem ao giallo europeu. Escuridão, cores quentes, sangue bastante vermelho. E uma iluminação teatral pros rostos das vítimas e do olhar do mascarado. A performance de corpo do assassino é muito boa, mas as atuações dos outros atores ao longo do filme são bem ruins. Até a personagem da Jamie Lee Curtis deixa desejar. O ritmo arrastado e lento do filme deixa um clímax aéreo, que talvez no meu caso, nem me dei conta de quem era o assassino. Nos momentos finais, creio que duas cenas de morte, tenham tido uma sequência muito bem realizadas.
Cinderela
3.4 1,4K Assista AgoraUm live-action com sensação de desperdiçado, se fosse fazer algo icônico, deixa-se o filme live action lá de 1997 que a própria disney fez com a incrível Whitney Houston como madrinha e Brandy Norwood como uma cinderela negra com um príncipe asiático. Essa adaptação sofre com um roteiro óbvio, pois a história fica muito rasa sustentada apenas pela direção de arte. Pegaram a Cate Blanchett como madrasta e não aproveitaram nada do que ela poderia mostrar, os diálogos da Helena Bohan Carter como madrinha também foram super avulsos, gostei de como o início se deu mas depois foi ficando super aleatório como se tivessem correndo com o tempo pra fazer aquela cena. Sendo que é uma das cenas mais importantes da animação... Mas tiveram exito com a cena da fuga do baile, a trilha que se seguiu na ação foi perfeita. As cenas finais também foram bem fiéis. Acho que funcionaria se tivesse esse clima durante todo o filme. Ou que fizessem um musical mesmo.
Acampamento Sinistro
3.3 386Slasher muito classicão. Roupas 80s, um quê de sutileza. E o final vale todo o filme, cena assustadora pra caralho.
Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraGuardiões da Galáxia como sempre sustentando nas costas filmes da Marvel. Espetáculo de trilha sonora, cores, figurino, efeitos...
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraUm filme muito bem produzido, isso é fato. Rami Malek entrega tudo de si em um Freddie Mercury envolvente mas que infelizmente ele mesmo criou e que se distancia muito do original. É compreensível em uma obra de biografia ter vários distanciamentos e acréscimos de outras coisas ou distorções para um roteiro comercial e vendável. As músicas que envolvem o filme dão toda a base para a obra. Mas ainda fico com a sensação de tudo perfeitinho e nivelado demais. Faltou mais maestria pra ser um clássico, ser um pacote completo. Mas é um pacote bem feito.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 786 Assista AgoraSem dúvida é um Lars atual. Em presunção e em tudo... Não tenho do que reclamar da montagem e da interpretação do Matt Dilon, mas o Jack é um personagem totalmente desgastante de se assistir. Gosto das suas introduções, e de suas reflexões com o Verge sobre arte. Mas do meio pro final desanda, não só o personagem é apático e raso, como o roteiro pra sua extensão de 2 horas. Pode ser um cinema arte, mas fico me perguntando se o filme cai em uma zona de conforto ou realmente quer entregar algo... Vindo do Lars e suas produções recentes, meio que não me impressiona a pensar sobre a presunção desse velho misógino. Melancolia é um dos que me fazem ainda acreditar nessa leva atual dele. Enfim, não sei. Fico com a sensação de que caiu no alto do seu próprio encanto.
Amores Canibais
2.4 393 Assista AgoraFilme estético sem conteúdo algum, apenas visual e que nos deixa levar pela experiência da trilha sonora, fotografia e design maravilhosos: amo. Aquela sequência de musculação com os corpos bronzeados com óleo ao som de Die Antwoord, e as cenas sutis do corpo grande focando no peitoral queimado do Momoa junto com rosto lindo da Suki também valem todo o filme. Bissexualidade wins.
1922
3.2 797 Assista AgoraUm horror dramático que explora a masculinidade tóxica repassada através do patriarcado em co-relação ao homem antigo e a modernidade, pois não foge dos dias atuais pois até hoje esses assombros chegam. A relação campo e cidade, do homem rústico ao moderno é quase a mesma. É como uma maldição. Basta a nós compreendermos essa linha histórica e mudarmos sempre. Em relação ao filme, mediano. Poderia ser melhor explorado. A interpretação do Thomas Jane, não convenceu em nada, infelizmente.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraDemorei anos pra assistir, e quando terminei fiquei com gosto de quero mais. Elenco excelente, sem dúvida, a parte técnica é muito delicada e muito bem realizada.
Desde as interpretações de todos os atores, até a montagem, trilha sonora, efeitos, fotografia. As brincadeiras de roteiro, as vezes eu gostei e as vezes me irritaram. Principalmente perto do fim. Me remeteu quase a Cisne Negro. Não sei ao certo se foi uma referência ou um deboche. Pareceu um contraste entre Feminino/Masculino, não peguei muito bem.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraFilme que cumpre um bom Tarantino, mas bem diferente do que estamos acostumados a nos deliciar por longos períodos de tempo. Sensação de que poderia ser resumido em 1 hora a menos. Mas final excelente.
O Incidente
3.5 163Desdobramento complexo. Mas que faz sentido.
Os Parecidos
3.0 126Uma homenagem bem interessante em tempos contemporâneos aos filmes B, de horror e ficção científica. Uma referência ou quase uma readaptação do episódio da 1ª Temporada de Twilight Zone. O cenário, os planos de câmera.... Com uma reflexão crítica atual sobre identidade, de reflexões a cerca do que enxergamos no outro que colocamos em nós e o que nós queremos de nós a colocar nos outros. Em uma alegoria de fantasia. Crítica até mesmo com a cultura pop e seus ícones estadunidenses. Um filme bem gostoso de assistir latino-americano e em espanhol.
Mas sobre o final lguém será que teve a mesma interpretação que eu?
O menino é esquizofrênico, mas ele possui uma energia de controle da mente das outras pessoas. Assim como a mãe citou e os outros que ele fez anteriormente em um restaurante. Mas na verdade era apenas ilusões visuais e sonoras para nós, até mesmo as noticias na rádio. E fez com que todos entrassem numa paranoia coletiva. Presos em uma dimensão além da imaginação (rs). Mas no final o filtro nostalgico meio que some quando sai do ponto de vista do menino, e volta-se pra "realidade". Onde os policiais acabam incriminando o estudante que tava com drogas, pois logo associaram que o motivo das mortes seria alguma droga alucinógena que ele tenha implantado. Mas daí o filtro do filme volta para o nostálgico e de cinema antigo com o menino. Que continua a imaginar que conseguiu transformar toda população do mundo no mesmo personagem. Mas só tem o controle de mudar a mente das pessoas daquele local. O final ainda é complexo por causa da fala da senhora indígena, mas enfim.
Rocco
2.8 45O roteiro é bem frio. Mas tem umas cenas que preenchem todo o filme. Uma fotografia e trilha sonora muito bem feitas.
O Ritual
3.2 473 Assista AgoraUm encontro do homem com deus, do medo ao enfrentamento.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraNão conseguia assistir esse filme sem ver por aspecto racional e frio, que a protagonista Malorie (Bullock) transpassa desde o inicio. Pelo fato de estarmos vendo pelo ponto de vista dela, isso me deixa quase como a personagem: passando por um processo. Tudo pode ser compreendido com a pintura da ceia em Malorie está pintando no seu apartamento. Várias pessoas diferentes em uma reunião, mas não estão conectadas de fato. Elas estão em suas individualidades e em seus mundos. Tentei justificar a falta de conexão ou entrosamento corporal e até físico entre os atores do elenco base por causa desse signo. Eu só fiquei aliviado, quando a Malorie se sente aliviada.
Senti falta de um dialogo mais elaborado, e também de uma montagem mais dinâmica. A ideia da câmera com o tapa visão é boa, mas não foi boa o suficiente pra agradar. No mais, é um bom filme. E ficou um pouco melhor construído do que A Quiet Place, seguindo essa linha pós-apocalyptica contemporânea.
Parque do Inferno
2.6 311 Assista AgoraFilme fraquíssimo, pra um material de arte riquíssimo. Desperdício, os atores também não tem sintonia, não ajudam e não cativam o público. Roteiro amador, pra fazer um filme com inspiração em Funhouse.