A partir desse filme, esse e os seguintes "Pânico" começaram a tradição de ótimos inícios, finais incríveis e desenvolvimentos razoáveis. Se algum evento final do primeiro filme não era 100% justificável, aqui isso se repete com ainda menos justificativa.
Em compensação, as mortes são mais violentas do que no primeiro filme, já na primeira tomamos o espanto. O maior problema dessa sequência é o ritmo oscilante durante o desenvolvimento, apesar de mortes interessantes.
Existe um reforço ainda maior da trindade Gale, Dwight e Sidney, mas ainda é como se existissem pontas soltas. Os quase fins de alguns personagens emocionam, mas são os poucos momentos de real tensão no filme.
o personagem Cotton Weary, que apesar de ter provada sua inocência, não deixa de ter cometido atos terríveis de perseguição a Sidney no filme, mesmo que sem agressão física. Tê-lo quase como um herói ao final é ridículo, considerando que era um interesseiro da fama tentando compensar as injustiças que sofreu.
Como já dito, o final é algo que vale a pena assistir. Assim como o primeiro, traz algo totalmente fora do jogo pra dentro da história. Divisor de opiniões, para mim um filme razoável.
"Genial", foi o que eu pensei na primeira vez que assisti esse filme, anos atrás. Ainda hoje mantenho meu elogio, a originalidade de Pânico está em ao mesmo tempo caçoar e reverenciar os clássicos de terror.
Não deixe o ambiente juvenil de escola americana te confundir pois é o ambiente perfeito para o massacre do filme. Tem referências em todo canto e personagens chamativos, apesar de nenhuma atuação impressionante, com a exceção de Courteney Cox como a clássica repórter de tabloides que todos amam odiar, ao contrário da protagonista, uma personagem bem chatinha.
O filme se destaca, principalmente, pela inteligência. Não espere efeitos especiais, boas atuações, trilha sonora maravilhosa ou coisas do gênero, mas com razão será surpreendido se não tiver visto nenhum spoiler. Pânico é um filme com realidade, simplicidade, vingança e risadas. É uma sátira de bom gosto de tudo que a indústria de filmes de terror propõe, inclusive pelo seu diretor fenomenal, o eterno Wes Craven. O final é esplêndido. Ótimo filme!
Um dos ápices de Tarantino no cinema, Django Livre reúne um pacote do que há de melhor em atuação com história fictícia de pedaços verídicos, dentre os mais verídicos está a crueldade da escravidão.
Jamie Foxx marca presença desafiador e curioso, mas o tom de tensão do filme tem dois pilares: Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio, o segundo subestimado perto do personagem maquiavélico e doentio criado. E quando o elenco é bem formado, até os coadjuvantes são excepcionais, como Samuel L Jackson e Kerry Washington.
Toda a construção da obra faz ser um deleite apreciar as quase 3 horas de cenas com paisagens belíssimas, diálogos quentes e as reflexões quanto a servidão forçada. Todos os aspectos técnicos são admiráveis, os cortes, trilha sonora, as sequências, o figurino, e é claro, os banhos de sangue típicos do visual Tarantinesco. A sequência do jantar na casa de Calvin Candie, um dos pontos mais altos do filme, é espetacular.
Sem muita enrolação, aqui você vai ficar ansioso, sofrer com os personagens, rir e com certeza.. se chocar. A violência e humilhação são livres, mas a vingança também é. Django Livre é um filme que perdi as contas de ter revisto, e sempre quero rever novamente. O que mais perturba em Django Livre é saber que dentro de um filme caricato existem muitas verdades, e o mais triste é ver que muitas delas ainda hoje são realidade para algumas pessoas. Filme perfeito!
Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível não tem o suficiente pra honrar o título. Com moral batida sobre maturidade e valorização da família, filme retorna com personagens amados, mas esquecidos no mundo atual.
Não é uma história ruim, mas também não é boa. O filme navega no medianismo e traz a mesma reflexão morna de tantos outros filmes Disney sobre a importância da família comparado aos desafios e obrigações do mundo adulto, provocando o contraste da nostalgia com a maturidade.
Os personagens do Bosque dos 100 Acres são bem representados nos momentos em que aparecem, e até se destacam pelos efeitos especiais. Paisagens lindas aparecem nos cenários do filme. Fora essas qualidades, o que desperta curiosidade é o início que traz a mudança do Christopher conhecido para sua fase adulta. Do meio ao final, o filme não se sustenta.
Mediano, mas não ao ponto de ser ruim, o filme até vale a pena ser conferido naquela tarde de domingo sem nada pra fazer, mas nem ouse pensar que trará a magia da infância que o Ursinho Pooh representava.
Mesmo com Olivia Colman temperando o elenco, A Filha Perdida finaliza imitando seu título, sem demonstrar totalmente pra onde está indo.
Um filme morno, na beira do mediano se não fosse pela presença de Colman, tem uma reflexão interessante no sentido da maternidade, e até da paternidade, e todos os sacrifícios que estes estão ou não dispostos a fazer em virtude dos filhos. Colman vive uma personagem franca ao extremo, onde a maternidade não se tornou uma amarra, mas que convive com a culpa de sua sensibilidade, ou a falta dela.
Não li o livro, mas o maior pecado do filme é ter um roteiro que não tem uma direção exata, mesmo com uma personagem rica em exploração. Os critérios técnicos não são suficiente surpreendentes para salvar a falta de história. As memórias que assombram a personagem de Colman não mostram uma mudança direta, muito mais uma afirmação de que ela realmente tomou a decisão correta. Não existe problema nisso, mas o que o resto da história teria pra provocar em uma mulher madura e decidida?
Filme razoável (quase mediano), vale a pena dar uma olhada pela atuação de Colman, mas provavelmente não verei tão em breve.
Chris Columbus consegue repetir a excelência do primeiro filme, e ainda trazer mais elementos com novos personagens, novos cenários e mais investigação. Na minha opinião, o melhor filme da saga do bruxinho.
Todos os critérios técnicos do primeiro filme retornam muito bem nesse, desde figurino aos detalhes minuciosos do cenário, ótima atuação do elenco mirim e professores, mesmo que com menos presença de alguns personagens, mas seguindo bastante o imaginado no livro de J. K. Rowling, música excelente, efeitos excelentes, sem surpresa alguma quanto a sua qualidade técnica.
Algumas admirações que tenho especialmente nesse filme são
o desafio de Harry e Rony tentarem se virar um pouco mais sozinhos em alguns momentos, a presença de um grande perigo histórico a Hogwarts que não foi solucionado no seu passado, um vislumbre da história de Tom Riddle, que seria bem mais explorada em O Enigma do Príncipe, e o arco maravilhoso que envolve Aragogue, assim como uma valorização da presença de Hagrid.
Sendo assim, A Câmara Secreta consegue trazer tudo que há de excelente e mesmo assim não repetir fórmulas óbvias, mas manter o que se tornou clássico nos filmes do bruxo. E além de tudo isso, explorar parte do que seria uma das histórias mais relevantes na saga de Harry. Excelente filme!
Impossível levar a sério o Esquadrão Suicida de James Gunn, talvez porque ele não deva ser levado a sério mesmo. Resolvi dar uma nova chance ao filme (antes, desisti assistindo 47 minutos), e dessa vez finalizei conseguindo apreciar a proposta.
Acho estranho comparar esse filme com a versão de 2016, pois as propostas são extremamente diferentes. Inclusive, falta de proposta é o maior defeito de roteiro do filme de 2016. A principal diferença é que agora funciona pois fica tudo muito claro. Personagens tão malucos e caricatos só poderiam ser entregues com sucesso para James Gunn, que consegue deixar qualquer personagem ridículo cativante o suficiente pra ficar o triplo do ridículo.
É uma dose enorme de trash com gore que funciona muito bem, mas precisa, PRECISA, ser visto despretensiosamente. A graça do roteiro é poder caçoar de todas as possibilidades, incluindo uma ameaça de cunho global que não tem nenhuma cara ameaçadora (apesar do perigo eminente) e que por isso merece os "heróis" de cunho patético.
Aqui não temos nenhum milagre da atuação, mas temos excelentes efeitos especiais, sangue jorrando, pancadaria a todo minuto e, por incrível que pareça, uma diminuição das piadas forçadas. O humor é muito construído na base das situações incomuns, o que é um grande ponto positivo.
Dos últimos filmes lançados pelo atual universo DC (com exceção de Joker, que caminha no limbo dessas produções), talvez seja meu favorito desde Homem de Aço. Pelo menos temos a franqueza da insanidade de James Gunn que conseguiu valorizar o principal do esquadrão: o absurdo. Bom filme!
Não conheci esse filme na minha infância, apesar de ter conhecido os trailers, e fui atrás dele atualmente por ter lido uma citação sobre ele num livro da história da música popular brasileira. Apesar de histórico, não me tocou. Dele guardo apenas a boa performance da admirável Aurora Miranda.
Apesar de ter técnicas interessantes para sua época, como a união de desenho e humanos em tela, assistindo hoje vejo como uma obra extremamente caricata, o que acaba atrapalhando a apreciação em alguns momentos. É um compilado de contos que mesclam alguns locais da América Latina, mas com muitos estereótipos e, principalmente pela falta de uma história, falta de profundidade.
Nessa época, Disney já havia lançado clássicos como Branca de Neve, Pinóquio e Fantasia. Comparado a esse nível, não vejo nada muito grandioso. A técnica de mostrar em tela desenhos e pessoas seria muito aprimorada no futuro, como aparece brilhantemente em Mary Poppins. Porém, é um filme mediano aceitável, tem seus momentos divertidos.
Mais um filme de natal (clássico?) que fez parte da minha infância e sobreviveu até minha vida adulta, divertidíssimo com a química Schwarzenegger e Sinbad com várias cenas icônicas. A cena da loja de brinquedos é referência aqui em casa até hoje.
Músicas natalinas padrão, muita cor e os brinquedos estão em abundância nessa comédia, meia pastelão meia familiar, que traz diversão e o espírito familiar. Não existe nada muito profundo no filme, possui furos de roteiro, mas nem por isso é um filme ruim, pelo contrário! Dos filmes de comédia de natal, é com certeza um dos melhores e que vale a pena conferir pelos atores principais e pela história simples, engraçada e mais corriqueira do que imaginamos.
Milagre na Rua 34 é um filme com cara de clássico natalino, mas seu desenvolvimento impede que o encaremos assim. No final, os ares são muito mais sérios do que mágicos.
As atuações de Richard Attenborough e a eterna Mara Wilson fazem o filme ser sustentado e deixar as coisas palatáveis para uma história simples, porém burocrática.
Envolver papai Noel numa história de cunho jurídico é um risco gigante de deixar as coisas muito chatas, e felizmente isso não acontece. Principalmente a mudança e impacto nas lojas, nas vendas e a concorrência fazem a coisa toda ser interessante. Porém, em alguma parte do meio para o final as coisas ficam num tom extremamente sério, e que finaliza com filosofia. Inclusive, o argumento final já foi usado em outros filmes, inclusive em um certo famosinho do meio "filmes gospel".
Não é o caminho mais perfeito, mas é um caminho aceitável. Tampouco é um filme qualquer, pois é bem executado e tem atuações bacanas. É um filme natalino razoável, mas que não pede que seja revisto tantas vezes. Se estiver de boa, talvez valha a pena conferir.
Esqueceram de Mim é um mega clássico natalino, que marcou a década de 90, mas acredito que ainda marque muitas pessoas até hoje. Me incluo nisso, não esqueço desse filme desde que o conheci a partir de 1997, onde ser criança e ficar sozinho em casa tendo o domínio sobre tudo parecia impossível e a coisa mais divertida do mundo.
Sobre a parte técnica, vejo que esse filme tem todos os ingredientes de um ótimo filme de natal.. músicas lindas e marcantes, incluindo a música tema, cenas cômicas (algumas forçadas, outras nem tanto), típicos figurinos natalinos, e o mais importante.. a contextualização e reflexão sobre o lugar da família e a esperança sobre algo.
Um filme lindo, com Macaulay Culkin brilhando intensamente com sua fofura e trejeitos, e que utiliza uma situação inesperada para trazer várias lições, de preconceitos a união e a inteligência maléfica das crianças. Com certeza é aquele filme que pode te fazer rir e chorar.
O filme infantil mais triste que conheço ainda me marca pela emoção de grandes lições em uma animação simplista.
Aqui temos uma animação simples e bonita, com uma história reflexiva, iniciada com um "resumo" da evolução e com um cenário proporcionado pela natureza, com a escassez de recursos, a morte e a solidão.
Contudo, o filme também é sobre amizade e como o conjunto pode ajudar a superar as dores para chegarmos em um lugar melhor. Tudo isso em um filme com pouquíssimo mais de 1 hora e sem reviravoltas mirabolantes. A trilha sonora traz uma ambientação incrível, quase com um ar divino.
Em Busca do Vale Encantado dificilmente tem um concorrente direto em relação ao realismo, pois expõe diretamente as dores de crianças, aqui representados por dinossauros. Sua beleza está na humanização desses incríveis animais, preservando seus limites naturais para a construção do filme. Um pterossauro que não voa, uma triceratops que tenta mostrar coragem a todo tempo e o luto de um saurópode podem trazer belas lições. Bom filme!
O documentário, que é muito mais um making of comentado, traz velhos e amados conhecidos, assim como muita informação já conhecida.
Aqui temos várias passagens de bastidores bem interessantes e o retorno de atores tão amados por uma geração, que inclui a mim. É incrível perceber a força do universo de Harry Potter no entretenimento e como impactou as produções literárias infantojuvenis e os filmes para esse público, com um cenário rico em personagens emocionais e que acompanham fases da vida do telespectador.
Porém, de um ponto de vista sincero, a obra se prende muito à nostalgia da simples presença dos atores e pouco a informações inéditas relevantes. É uma reunião de encontro de escola onde se revive o passado, mas é só contemplação. É suficiente para trazer emoções, principalmente aos fãs insaciáveis de alguma sombra da sensação Harry Potter.
Para mim, os pontos altos ficam nos testes de elenco, bastidores de produção e homenagens aos falecidos e amados que nos deixaram. Um bom documentário para relembrar as sensações.
Músicas divertidas de ritmo latino quente e um festival de cores trazem o encantador "Encanto"!
Primeiro indo aos fatos: o visual é exuberante e os detalhes são perfeitos, talvez seja uma das animações mais lindas, visualmente falando, dos últimos tempos. Aqui tem muita alegria, muita música (para aqueles que não gostam de musicais.. não vai agradar), personagens caricatos e uma história estranha e atraente em algumas partes, e batida em outros.
É legal perceber que, mesmo com um número grande de personagens, dá pra saber quem é um a um ao longo do filme, graças a preocupação de explicar isso ao longo das canções. A casa é FORMIDÁVEL, e a ideia dos cômodos serem gerados pelas descobertas dos dons é bem bacana.
A protagonista consegue carregar o filme muito bem, desde a apresentação com a canção "Família Madrigal" até a resolução do caso dos dons. Porém, no final parece que o filme perde um pouco de força. Apesar da emoção, a mensagem final não traz algo muito inovador do esperado de um filme mais "familiar" e que tem como pilar principal a união dos dons.
De qualquer forma, Encanto segue na linha de filmes Disney que tenta fugir dos padrões, sem princesas, histórias de romance ou personagens bobinhos de alívio cômico, e ainda trazendo muito da cultura colombiana. Um bom filme, vale muito a pena conferir!
Quando esse filme foi lançado, lembro de tê-lo acusado de superestimado e banal. Hoje consigo defini-lo pelo contrário, subestimado e real. Só essa divisão temporal de opiniões já demonstra que La La Land não é somente mais um musical.
La La Land é um filme sobre sonhos, em uma trama desenrolada por estações do ano que conta a história de busca e desenvolvimento de duas pessoas ambiciosas e, por um período, colocadas em dúvida por seus sentimentos.
Aqui temos a opulência satírica e caricata de Los Angeles, mas também inúmeras cenas dos "fracassados" na tentativa de adentrar nesse mundo, palco principal para os personagens de Emma Stone e Ryan Gosling. Os dois funcionam muito bem juntos e individualmente no filme, sempre na busca incansável dos seus objetivos e no questionamento da traição dos seus valores nessa busca. A atuação atende completamente, emocionando e até enraivecendo em algumas partes.
As músicas são exceentes, nada existe na tentativa de "modernizar" o musical, a não ser que seja para caçoar dessa modernização, como em "Start a Fire". Temos de belíssimas passagens sutis somente com piano, como "Mia & Sebastian’s Theme", até números musicais que, literalmente, param o trânsito, caso de "Another Day of Sun". Muito bem coreografado, La La Land traz um mix de estilos musicais no som e na dança, exemplo em "A Lovely Night", muito agradável de assistir no decorrer da tela. A fotografia segue esses dotes, realçando as belezas e detalhes de cenários grandiosos.
Uma das cenas mais emocionantes fica para a lúdica e sincera música "The Fools Who Dream", um ponto altíssimo de Emma Stone.
Com gancho na parte técnica, fica um ponto positivo gigantesco para a direção. Temos planos sequência sem cortes insanos para alguns números musicais que só aumentam a qualidade desses momentos.
Fora a parte técnica, a cereja do bolo de La La Land está na obviedade de eventos que levam a um final nada óbvio. A história questiona os sonhos dos personagens e se vale a pena sacrificar o amor em busca dos mesmos. Qual o valor dos sonhos quando confrontados com o sentimento? Dentro de um cenário de banalidade e opulência é possível surgir um sentimento verdadeiro? Vale a pena preservar os próprios valores e ambições ao invés de se entregar ao amor?
Todas essas indagações definem La La Land como um dos meus favoritos e um daqueles filmes que consigo rever várias vezes seguidas. Excelente!
Sensível, frenético, mas ao mesmo tempo.. perdido. Spencer acerta e erra, mas traz uma abordagem relevante de Diana para as telas.
Começando pela estrela que todos parecem amar odiar, Kristen Stewart finalmente se encontra e traz atuação sincera e poderosa sobre a princesa amada pelo povo e amaldiçoada pela família real. Aqui temos a princesa mãe, fugitiva, em prantos, desesperada, completamente destruída e na beira do abismo da morte. Um ponto positivo gigantesco para Kristen, que com certeza merece indicações.
Quanto ao restante do filme, a fotografia belíssima e o desenrolar das cenas dão o clima do retalho de passagens do dia a dia de Diana em suas tentativas de sobrevivência ao sufocamento glamouroso da família real. As cenas de alucinações são INCRÍVEIS.
A família real é bem representada, principalmente por um Charles aéreo e distante de sentimentos e uma rainha concentrada no resultado e não no processo. As instalações do filme são bacanas para apreciar a grandeza de todas as situações.
Um grande porém aqui está no peso do filme que é carregado somente por Kristen. Sempre queremos mais Diana na tela, em um filme com roteiro meio vazio e sem rumo definido. Assim como em "Jackie", parece não existir um objetivo específico da obra que não seja mostrar os retalhos de momentos, causando uma dependência de sua protagonista principal.
Sinto falta de uma direção ao final, mas noto que isso é uma característica do diretor. Porém, nem sempre um desenrolar de fatos forma uma história. Falta intenção, mas não sensibilidade. O filme vale pelas cenas muito bem filmadas e reações dos atores.
Um bom filme! Com certeza vale conferir pela presença de Kristen e suas situações incômodas.
Em história linda sobre autossuficiência e peso das escolhas, Castelo Animado traz magia, diversão e até contrastes demoníacos.
É muito interessante acompanhar como o filme é despretensioso, assim como a grande maioria do estúdio Ghibli, e por essa história consegue criar vínculos muito profundos com cada personagem enquanto vão sendo mostrados. Sophie, Howl e até mesmo o demônio do fogo Calcifer consegue transmitir muito bem suas ambições e a falta delas, assim como as maldições que os rodeiam, formando um vínculo nada usual.
O visual é um show a parte, com seu tom fantástico multicolorido, que oscila misturando tensão entre mundo da guerra e mundo mágico.
O ponto mais alto do filme é a história em si, que foge de qualquer padrão esperado e tem tom bem pesado em algumas partes. Lembro que conheci esse filme quando criança e não entendi de primeiro e até provocava medo em algumas partes (um cara que engoliu uma estrela e por isso criou um pacto com um demônio?), por isso hoje vejo o quanto é uma animação com uma história madura.
Ao final, o castelo não passa de um cenário onde toda a trama se desenrola, ele será o palco para os conflitos das personagens que acabam se entrelaçando, incluindo uma história de amor não esperada.
Uma das minhas animações favoritas da vida, O Castelo Animado merece ser visto e revisto com todas as emoções. Ótimo filme!
My Fair Lady é aquele clássico que encaixa na sua época, mas não para a eternidade. Fica inclusive bem difícil ver os traços de clássico e compreender somente vendo o longa. A partir dos bastidores entendemos bastante sobre o contexto em que foi feito, e em como as tomadas foram feitas de pontos de vista interessantes para a época, porém não é suficiente para justificar a grandiosidade ilusória.
Audrey Hepburn é grandiosa em atuação, mesmo que no filme (e na vida) seja ignorada por isso. Nas premiações, na história com sua personagem, a atriz acaba perdendo holofotes para Rex Harrison, que conduz um personagem simplesmente odioso pela sua falta de humanidade. Para ser justo, os personagens de ambos apresentam momentos extremamente irritantes.
Como um grande apreciador de musicais, preciso dizer que esse não é algo bom para começar a degustar musicais para um iniciante.. músicas sem relevância e momentos ridículos são foco de várias músicas da trilha sonora. E a parte mais triste é saber que algumas músicas nem foram cantadas pelos atores, mas sim gravadas por outros artistas e DUBLADAS no momento de gravação das cenas.
O destaque fica para as roupas incríveis, fotografia e atuação de Hepburn. Wouldn't it be loverly? é a música mais sincera do musical, o restante carrega uma história desnecessariamente longa, mesmo que tente fugir do clichê de final romântico. Filme razoável, que não precisa ser assistido tantas vezes.
Emoção pura na nova proposta da Marvel de fundir universos "inter estúdios", Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa eleva o nível dos dois outros filmes solo do cabeça de teia e, com isso, as expectativas para o futuro do personagem dentro da saga atual.
Muito difícil descrever os eventos maravilhosos do filme sem dar spoiler, mas tentarei ser o mais generalista possível.
Por incrível que pareça para um filme da Marvel, aqui temos SIM destaques na atuação! No geral, os personagens nascidos na era "Sam Raimi" apresentam um espetáculo de nostalgia e atuação.
Destaque destruidor e especial para Willem Dafoe que rouba a cena em cada minuto que aparece, Tobbey Maguire que continua maravilhoso e Alfred Molina, ainda memorável. Em contraste, o homem areia é totalmente dispensável.
.
Os efeitos especiais primorosos não trazem surpresa e realçam o tom de mistério e aventura que percorre o filme inteiro. Existe um grande destaque para as cenas de drama e emoção, Tom Holland é muito bem apoiado pelos outros personagens e consegue passar mensagens pesadas de amadurecimento.
Em contrapartida, deixo uma crítica para os posicionamentos do personagem Dr Estranho. Talvez já preparando uma cama de mistério para o seu próximo longa individual, o personagem não mostra a mesma inteligência e domínio de suas capacidades de suas histórias. Proposital ou não, dá pra ver que tem algo muito estranho ali.
Não deixa de ser um filme Marvel.. muitas piadinhas, algumas bem forçadas, personagens dispensáveis, mas surpreende em muito na carga emocional e na nostalgia. Ousado e ao mesmo tempo processado, esse filme representa a fórmula perfeita de um fan service de sucesso. Ótimo filme!
Um dos clássicos dos clássicos Disney, Cinderela é um dos exemplos do porquê a era das princesas funcionou e até hoje é considerado inesquecível, com seu tom mágico, musical e é claro.. superficial.
Bem longe de uma animação reflexiva, é um filme de vislumbre visual, sonoro e que impressiona no dinamismo de alguns recursos, como os efeitos vocais nos camundongos que são tratados com uma naturalidade estonteante na história, além da mágica envolvida com a ajuda dos animais e nas transformações da fada madrinha.
A história cativa muito pela velha mágica Disney envolvida, desde os cômicos camundongos até as "vilãs" odiosas, os personagens são carismáticos e fazem você achar a história encantada. A trilha sonora tem músicas originais e com letras criativas, principalmente a eternizada "Bibbidi-Bobbidi-Boo".
Por outro lado, pode facilmente se encaixar nas críticas do conceito de "princesa" em relação a superficialidade. Isso fica mais reforçado ainda no final seco, onde é comprovado que a solução dos problemas no filme é só.. um casamento com um príncipe.
Nenhuma crítica pode negar o peso dessa animação, desde o momento do lançamento até hoje, e sua influência. Engraçado e leve, Cinderela vale a pena ser conferido, ótimo filme!
Com visual impecável e história curiosa, Atlantis é uma experimentação arriscada da Disney que perde por não conseguir cativar com seus personagens e trama batida.
0 novidades em relação à questão da exploração de recursos do espaço do outro e as implicações dessa colonização forçada. É até bem previsível que algo do tipo fosse acontecer, e nas partes que sugerem mais curiosidade, a mitologia de Atlantis não é suficientemente explorada e explicada.
No demais, o visual é realmente deslumbrante e tem algumas cenas bem engraçadas. Existem algumas misturas do 3D com o 2D que ficaram bem legais também. O espírito de aventura existe e diverte muito.
É uma animação gostosa pra passar o tempo, mas está bem longe de um clássico Disney. Valeu a pena a experimentação de novos campos, mas essa estrutura de trama é realmente muito gasta. Um filme razoável!
O filme é extremamente bem feito, com ótimas cenas de ação e coisas boas na atuação, consegue te transportar pro western com sucesso MAS... pra mim a maior melhoria desse filme é a "modernização" desse western.
Esse filme seria excelente se não tentasse fazer uma modernização da coisa, que até funciona em alguns momentos em outros filmes como o Django. Lotar o filme de músicas mais atuais e frases de efeito não deixa fuga de comparação com o filme de Tarantino, porém o problema é parecer que acaba vivendo nessa sombra e até estragando o clima em alguns momentos. Vingança e Castigo não é Django, e não reconhecer isso é seu maior defeito.
Tecnicamente, é muito bem executado. As atuações são bacanas, os efeitos são ótimos, a ação é constante e a história é interessante, mas a chave de ouro é a originalidade. Se pesasse mais em alguns momentos, talvez fosse mais relembrado.
De qualquer forma, vale MUITO a pena conferir, pois é um ótimo entretenimento. Ótimo filme!
Uma caricatura satírica da família italiana rodeada de urubus devido a fama e riqueza de um nome que trouxe história para a moda, mas também para o crime.
Scott lançando seu segundo filme em 2021, porém sem a mesma intensidade de "O último duelo", com uma temática diferente e uma penca de pessoas incríveis no elenco. O ponto alto desse filme com toda a certeza está na atuação, mesmo aqueles que já se mostram notáveis, como Adam Driver e Jared Letto, mostram uma versatilidade deliciosa de assistir. E claro, temos o já eternizado Al Pacino, extremamente marcante em cada momento que aparece, e a cada vez mais brilhante Lady Gaga, bem mais evoluída do que em "Nasce Uma Estrela".
Nem só de flores vive a família Gucci e nem seu filme, os primeiros 60 minutos podem parecer bem bagunçados e até um pouco tediosos. O que parece é que existem algumas falhas na montagem e na valorização de alguns momentos, porém depois as coisas vão se tornando cada vez mais tensas e alimentando a ansiedade pelas próximas cenas.
Falando nas cenas, eu não senti dificuldade no tempo do filme, principalmente devido a alta qualidade de atuações. Apesar disso, no final parece estar faltando alguma coisa. A conclusão do filme é tão fatídica que falta uma mensagem para nos mostrar que aquilo merece estar sendo assistido. Ao final, só resta admirar o ótimo trabalho do elenco e ter apreciado as inúmeras paisagens e roupas estilosas.
Vale a pena conferir pelo ótimo trabalho de atuação, mas não oferece uma estrutura de filme memorável. É um drama com uma boa história real em que faltam elementos para ressaltar pedaços da trama, deixando por vezes até um tom cômico (em que nem sempre fica claro se é proposital). Um bom filme!
Filme sobre esperanças destroçadas e a estrutura resultante dessas, embaralhando os conceitos de opressor e oprimido, inclusive invertendo esses papeis. Pra quem se preocupa, já fica o aviso: pesado.
Rodrigo Santoro é o destaque de atuação, porém Christian Malheiros também manda super bem. O restante do elenco funciona bastante dentro da história.
Quanto a parte técnica, não há muito o que dizer pois o filme acaba muito simplista em relação a locação e todo o restante visual.
Consegue passar de maneira simples e muito eficiente a mensagem, aqui o oprimido se tornar o opressor pode ser uma saída rentável e sustentável (dentro de um período), mesmo sendo a saída desonesta. Seria a sobrevivência a inimiga número 1 da moral e da honestidade?
Um bom filme, vale a pena conferir pelas atuações e pela história chocante!
Pânico 2
3.2 819 Assista AgoraA partir desse filme, esse e os seguintes "Pânico" começaram a tradição de ótimos inícios, finais incríveis e desenvolvimentos razoáveis. Se algum evento final do primeiro filme não era 100% justificável, aqui isso se repete com ainda menos justificativa.
Em compensação, as mortes são mais violentas do que no primeiro filme, já na primeira tomamos o espanto. O maior problema dessa sequência é o ritmo oscilante durante o desenvolvimento, apesar de mortes interessantes.
Existe um reforço ainda maior da trindade Gale, Dwight e Sidney, mas ainda é como se existissem pontas soltas. Os quase fins de alguns personagens emocionam, mas são os poucos momentos de real tensão no filme.
Ao meu ver, a maior desconexão do filme é
o personagem Cotton Weary, que apesar de ter provada sua inocência, não deixa de ter cometido atos terríveis de perseguição a Sidney no filme, mesmo que sem agressão física. Tê-lo quase como um herói ao final é ridículo, considerando que era um interesseiro da fama tentando compensar as injustiças que sofreu.
Como já dito, o final é algo que vale a pena assistir. Assim como o primeiro, traz algo totalmente fora do jogo pra dentro da história. Divisor de opiniões, para mim um filme razoável.
Pânico
3.6 1,6K Assista Agora"Genial", foi o que eu pensei na primeira vez que assisti esse filme, anos atrás. Ainda hoje mantenho meu elogio, a originalidade de Pânico está em ao mesmo tempo caçoar e reverenciar os clássicos de terror.
Não deixe o ambiente juvenil de escola americana te confundir pois é o ambiente perfeito para o massacre do filme. Tem referências em todo canto e personagens chamativos, apesar de nenhuma atuação impressionante, com a exceção de Courteney Cox como a clássica repórter de tabloides que todos amam odiar, ao contrário da protagonista, uma personagem bem chatinha.
O filme se destaca, principalmente, pela inteligência. Não espere efeitos especiais, boas atuações, trilha sonora maravilhosa ou coisas do gênero, mas com razão será surpreendido se não tiver visto nenhum spoiler. Pânico é um filme com realidade, simplicidade, vingança e risadas. É uma sátira de bom gosto de tudo que a indústria de filmes de terror propõe, inclusive pelo seu diretor fenomenal, o eterno Wes Craven. O final é esplêndido. Ótimo filme!
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraUm dos ápices de Tarantino no cinema, Django Livre reúne um pacote do que há de melhor em atuação com história fictícia de pedaços verídicos, dentre os mais verídicos está a crueldade da escravidão.
Jamie Foxx marca presença desafiador e curioso, mas o tom de tensão do filme tem dois pilares: Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio, o segundo subestimado perto do personagem maquiavélico e doentio criado. E quando o elenco é bem formado, até os coadjuvantes são excepcionais, como Samuel L Jackson e Kerry Washington.
Toda a construção da obra faz ser um deleite apreciar as quase 3 horas de cenas com paisagens belíssimas, diálogos quentes e as reflexões quanto a servidão forçada. Todos os aspectos técnicos são admiráveis, os cortes, trilha sonora, as sequências, o figurino, e é claro, os banhos de sangue típicos do visual Tarantinesco. A sequência do jantar na casa de Calvin Candie, um dos pontos mais altos do filme, é espetacular.
Sem muita enrolação, aqui você vai ficar ansioso, sofrer com os personagens, rir e com certeza.. se chocar. A violência e humilhação são livres, mas a vingança também é. Django Livre é um filme que perdi as contas de ter revisto, e sempre quero rever novamente. O que mais perturba em Django Livre é saber que dentro de um filme caricato existem muitas verdades, e o mais triste é ver que muitas delas ainda hoje são realidade para algumas pessoas. Filme perfeito!
Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
3.9 457 Assista AgoraChristopher Robin: Um Reencontro Inesquecível não tem o suficiente pra honrar o título. Com moral batida sobre maturidade e valorização da família, filme retorna com personagens amados, mas esquecidos no mundo atual.
Não é uma história ruim, mas também não é boa. O filme navega no medianismo e traz a mesma reflexão morna de tantos outros filmes Disney sobre a importância da família comparado aos desafios e obrigações do mundo adulto, provocando o contraste da nostalgia com a maturidade.
Os personagens do Bosque dos 100 Acres são bem representados nos momentos em que aparecem, e até se destacam pelos efeitos especiais. Paisagens lindas aparecem nos cenários do filme. Fora essas qualidades, o que desperta curiosidade é o início que traz a mudança do Christopher conhecido para sua fase adulta. Do meio ao final, o filme não se sustenta.
Mediano, mas não ao ponto de ser ruim, o filme até vale a pena ser conferido naquela tarde de domingo sem nada pra fazer, mas nem ouse pensar que trará a magia da infância que o Ursinho Pooh representava.
A Filha Perdida
3.6 573Mesmo com Olivia Colman temperando o elenco, A Filha Perdida finaliza imitando seu título, sem demonstrar totalmente pra onde está indo.
Um filme morno, na beira do mediano se não fosse pela presença de Colman, tem uma reflexão interessante no sentido da maternidade, e até da paternidade, e todos os sacrifícios que estes estão ou não dispostos a fazer em virtude dos filhos. Colman vive uma personagem franca ao extremo, onde a maternidade não se tornou uma amarra, mas que convive com a culpa de sua sensibilidade, ou a falta dela.
Não li o livro, mas o maior pecado do filme é ter um roteiro que não tem uma direção exata, mesmo com uma personagem rica em exploração. Os critérios técnicos não são suficiente surpreendentes para salvar a falta de história. As memórias que assombram a personagem de Colman não mostram uma mudança direta, muito mais uma afirmação de que ela realmente tomou a decisão correta. Não existe problema nisso, mas o que o resto da história teria pra provocar em uma mulher madura e decidida?
Filme razoável (quase mediano), vale a pena dar uma olhada pela atuação de Colman, mas provavelmente não verei tão em breve.
Harry Potter e a Câmara Secreta
4.1 1,2K Assista AgoraChris Columbus consegue repetir a excelência do primeiro filme, e ainda trazer mais elementos com novos personagens, novos cenários e mais investigação. Na minha opinião, o melhor filme da saga do bruxinho.
Todos os critérios técnicos do primeiro filme retornam muito bem nesse, desde figurino aos detalhes minuciosos do cenário, ótima atuação do elenco mirim e professores, mesmo que com menos presença de alguns personagens, mas seguindo bastante o imaginado no livro de J. K. Rowling, música excelente, efeitos excelentes, sem surpresa alguma quanto a sua qualidade técnica.
Algumas admirações que tenho especialmente nesse filme são
o desafio de Harry e Rony tentarem se virar um pouco mais sozinhos em alguns momentos, a presença de um grande perigo histórico a Hogwarts que não foi solucionado no seu passado, um vislumbre da história de Tom Riddle, que seria bem mais explorada em O Enigma do Príncipe, e o arco maravilhoso que envolve Aragogue, assim como uma valorização da presença de Hagrid.
Sendo assim, A Câmara Secreta consegue trazer tudo que há de excelente e mesmo assim não repetir fórmulas óbvias, mas manter o que se tornou clássico nos filmes do bruxo. E além de tudo isso, explorar parte do que seria uma das histórias mais relevantes na saga de Harry. Excelente filme!
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraImpossível levar a sério o Esquadrão Suicida de James Gunn, talvez porque ele não deva ser levado a sério mesmo. Resolvi dar uma nova chance ao filme (antes, desisti assistindo 47 minutos), e dessa vez finalizei conseguindo apreciar a proposta.
Acho estranho comparar esse filme com a versão de 2016, pois as propostas são extremamente diferentes. Inclusive, falta de proposta é o maior defeito de roteiro do filme de 2016. A principal diferença é que agora funciona pois fica tudo muito claro. Personagens tão malucos e caricatos só poderiam ser entregues com sucesso para James Gunn, que consegue deixar qualquer personagem ridículo cativante o suficiente pra ficar o triplo do ridículo.
É uma dose enorme de trash com gore que funciona muito bem, mas precisa, PRECISA, ser visto despretensiosamente. A graça do roteiro é poder caçoar de todas as possibilidades, incluindo uma ameaça de cunho global que não tem nenhuma cara ameaçadora (apesar do perigo eminente) e que por isso merece os "heróis" de cunho patético.
Aqui não temos nenhum milagre da atuação, mas temos excelentes efeitos especiais, sangue jorrando, pancadaria a todo minuto e, por incrível que pareça, uma diminuição das piadas forçadas. O humor é muito construído na base das situações incomuns, o que é um grande ponto positivo.
Dos últimos filmes lançados pelo atual universo DC (com exceção de Joker, que caminha no limbo dessas produções), talvez seja meu favorito desde Homem de Aço. Pelo menos temos a franqueza da insanidade de James Gunn que conseguiu valorizar o principal do esquadrão: o absurdo. Bom filme!
Você Já Foi à Bahia?
3.4 175 Assista AgoraNão conheci esse filme na minha infância, apesar de ter conhecido os trailers, e fui atrás dele atualmente por ter lido uma citação sobre ele num livro da história da música popular brasileira. Apesar de histórico, não me tocou. Dele guardo apenas a boa performance da admirável Aurora Miranda.
Apesar de ter técnicas interessantes para sua época, como a união de desenho e humanos em tela, assistindo hoje vejo como uma obra extremamente caricata, o que acaba atrapalhando a apreciação em alguns momentos. É um compilado de contos que mesclam alguns locais da América Latina, mas com muitos estereótipos e, principalmente pela falta de uma história, falta de profundidade.
Nessa época, Disney já havia lançado clássicos como Branca de Neve, Pinóquio e Fantasia. Comparado a esse nível, não vejo nada muito grandioso. A técnica de mostrar em tela desenhos e pessoas seria muito aprimorada no futuro, como aparece brilhantemente em Mary Poppins. Porém, é um filme mediano aceitável, tem seus momentos divertidos.
Um Herói de Brinquedo
2.9 584 Assista AgoraAnos 90 foi a década dos filmes natalinos? rs
Mais um filme de natal (clássico?) que fez parte da minha infância e sobreviveu até minha vida adulta, divertidíssimo com a química Schwarzenegger e Sinbad com várias cenas icônicas. A cena da loja de brinquedos é referência aqui em casa até hoje.
Músicas natalinas padrão, muita cor e os brinquedos estão em abundância nessa comédia, meia pastelão meia familiar, que traz diversão e o espírito familiar. Não existe nada muito profundo no filme, possui furos de roteiro, mas nem por isso é um filme ruim, pelo contrário! Dos filmes de comédia de natal, é com certeza um dos melhores e que vale a pena conferir pelos atores principais e pela história simples, engraçada e mais corriqueira do que imaginamos.
Um bom filme, em época natalina ou não!
Milagre na Rua 34
3.4 128 Assista AgoraMilagre na Rua 34 é um filme com cara de clássico natalino, mas seu desenvolvimento impede que o encaremos assim. No final, os ares são muito mais sérios do que mágicos.
As atuações de Richard Attenborough e a eterna Mara Wilson fazem o filme ser sustentado e deixar as coisas palatáveis para uma história simples, porém burocrática.
Envolver papai Noel numa história de cunho jurídico é um risco gigante de deixar as coisas muito chatas, e felizmente isso não acontece. Principalmente a mudança e impacto nas lojas, nas vendas e a concorrência fazem a coisa toda ser interessante. Porém, em alguma parte do meio para o final as coisas ficam num tom extremamente sério, e que finaliza com filosofia. Inclusive, o argumento final já foi usado em outros filmes, inclusive em um certo famosinho do meio "filmes gospel".
Não é o caminho mais perfeito, mas é um caminho aceitável. Tampouco é um filme qualquer, pois é bem executado e tem atuações bacanas. É um filme natalino razoável, mas que não pede que seja revisto tantas vezes. Se estiver de boa, talvez valha a pena conferir.
Esqueceram de Mim
3.5 1,3K Assista AgoraEsqueceram de Mim é um mega clássico natalino, que marcou a década de 90, mas acredito que ainda marque muitas pessoas até hoje. Me incluo nisso, não esqueço desse filme desde que o conheci a partir de 1997, onde ser criança e ficar sozinho em casa tendo o domínio sobre tudo parecia impossível e a coisa mais divertida do mundo.
Sobre a parte técnica, vejo que esse filme tem todos os ingredientes de um ótimo filme de natal.. músicas lindas e marcantes, incluindo a música tema, cenas cômicas (algumas forçadas, outras nem tanto), típicos figurinos natalinos, e o mais importante.. a contextualização e reflexão sobre o lugar da família e a esperança sobre algo.
Um filme lindo, com Macaulay Culkin brilhando intensamente com sua fofura e trejeitos, e que utiliza uma situação inesperada para trazer várias lições, de preconceitos a união e a inteligência maléfica das crianças. Com certeza é aquele filme que pode te fazer rir e chorar.
Ótimo filme!
Em Busca do Vale Encantado
3.6 334 Assista AgoraO filme infantil mais triste que conheço ainda me marca pela emoção de grandes lições em uma animação simplista.
Aqui temos uma animação simples e bonita, com uma história reflexiva, iniciada com um "resumo" da evolução e com um cenário proporcionado pela natureza, com a escassez de recursos, a morte e a solidão.
Contudo, o filme também é sobre amizade e como o conjunto pode ajudar a superar as dores para chegarmos em um lugar melhor. Tudo isso em um filme com pouquíssimo mais de 1 hora e sem reviravoltas mirabolantes. A trilha sonora traz uma ambientação incrível, quase com um ar divino.
Em Busca do Vale Encantado dificilmente tem um concorrente direto em relação ao realismo, pois expõe diretamente as dores de crianças, aqui representados por dinossauros. Sua beleza está na humanização desses incríveis animais, preservando seus limites naturais para a construção do filme. Um pterossauro que não voa, uma triceratops que tenta mostrar coragem a todo tempo e o luto de um saurópode podem trazer belas lições. Bom filme!
Comemoração de 20 Anos de Harry Potter: De Volta a …
4.3 363 Assista AgoraO documentário, que é muito mais um making of comentado, traz velhos e amados conhecidos, assim como muita informação já conhecida.
Aqui temos várias passagens de bastidores bem interessantes e o retorno de atores tão amados por uma geração, que inclui a mim. É incrível perceber a força do universo de Harry Potter no entretenimento e como impactou as produções literárias infantojuvenis e os filmes para esse público, com um cenário rico em personagens emocionais e que acompanham fases da vida do telespectador.
Porém, de um ponto de vista sincero, a obra se prende muito à nostalgia da simples presença dos atores e pouco a informações inéditas relevantes. É uma reunião de encontro de escola onde se revive o passado, mas é só contemplação. É suficiente para trazer emoções, principalmente aos fãs insaciáveis de alguma sombra da sensação Harry Potter.
Para mim, os pontos altos ficam nos testes de elenco, bastidores de produção e homenagens aos falecidos e amados que nos deixaram. Um bom documentário para relembrar as sensações.
Encanto
3.8 805Músicas divertidas de ritmo latino quente e um festival de cores trazem o encantador "Encanto"!
Primeiro indo aos fatos: o visual é exuberante e os detalhes são perfeitos, talvez seja uma das animações mais lindas, visualmente falando, dos últimos tempos. Aqui tem muita alegria, muita música (para aqueles que não gostam de musicais.. não vai agradar), personagens caricatos e uma história estranha e atraente em algumas partes, e batida em outros.
É legal perceber que, mesmo com um número grande de personagens, dá pra saber quem é um a um ao longo do filme, graças a preocupação de explicar isso ao longo das canções. A casa é FORMIDÁVEL, e a ideia dos cômodos serem gerados pelas descobertas dos dons é bem bacana.
A protagonista consegue carregar o filme muito bem, desde a apresentação com a canção "Família Madrigal" até a resolução do caso dos dons. Porém, no final parece que o filme perde um pouco de força. Apesar da emoção, a mensagem final não traz algo muito inovador do esperado de um filme mais "familiar" e que tem como pilar principal a união dos dons.
De qualquer forma, Encanto segue na linha de filmes Disney que tenta fugir dos padrões, sem princesas, histórias de romance ou personagens bobinhos de alívio cômico, e ainda trazendo muito da cultura colombiana. Um bom filme, vale muito a pena conferir!
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraQuando esse filme foi lançado, lembro de tê-lo acusado de superestimado e banal. Hoje consigo defini-lo pelo contrário, subestimado e real. Só essa divisão temporal de opiniões já demonstra que La La Land não é somente mais um musical.
La La Land é um filme sobre sonhos, em uma trama desenrolada por estações do ano que conta a história de busca e desenvolvimento de duas pessoas ambiciosas e, por um período, colocadas em dúvida por seus sentimentos.
Aqui temos a opulência satírica e caricata de Los Angeles, mas também inúmeras cenas dos "fracassados" na tentativa de adentrar nesse mundo, palco principal para os personagens de Emma Stone e Ryan Gosling. Os dois funcionam muito bem juntos e individualmente no filme, sempre na busca incansável dos seus objetivos e no questionamento da traição dos seus valores nessa busca. A atuação atende completamente, emocionando e até enraivecendo em algumas partes.
As músicas são exceentes, nada existe na tentativa de "modernizar" o musical, a não ser que seja para caçoar dessa modernização, como em "Start a Fire". Temos de belíssimas passagens sutis somente com piano, como "Mia & Sebastian’s Theme", até números musicais que, literalmente, param o trânsito, caso de "Another Day of Sun". Muito bem coreografado, La La Land traz um mix de estilos musicais no som e na dança, exemplo em "A Lovely Night", muito agradável de assistir no decorrer da tela. A fotografia segue esses dotes, realçando as belezas e detalhes de cenários grandiosos.
Uma das cenas mais emocionantes fica para a lúdica e sincera música "The Fools Who Dream", um ponto altíssimo de Emma Stone.
Com gancho na parte técnica, fica um ponto positivo gigantesco para a direção. Temos planos sequência sem cortes insanos para alguns números musicais que só aumentam a qualidade desses momentos.
Fora a parte técnica, a cereja do bolo de La La Land está na obviedade de eventos que levam a um final nada óbvio. A história questiona os sonhos dos personagens e se vale a pena sacrificar o amor em busca dos mesmos. Qual o valor dos sonhos quando confrontados com o sentimento? Dentro de um cenário de banalidade e opulência é possível surgir um sentimento verdadeiro? Vale a pena preservar os próprios valores e ambições ao invés de se entregar ao amor?
Todas essas indagações definem La La Land como um dos meus favoritos e um daqueles filmes que consigo rever várias vezes seguidas. Excelente!
Spencer
3.7 569 Assista AgoraSensível, frenético, mas ao mesmo tempo.. perdido. Spencer acerta e erra, mas traz uma abordagem relevante de Diana para as telas.
Começando pela estrela que todos parecem amar odiar, Kristen Stewart finalmente se encontra e traz atuação sincera e poderosa sobre a princesa amada pelo povo e amaldiçoada pela família real. Aqui temos a princesa mãe, fugitiva, em prantos, desesperada, completamente destruída e na beira do abismo da morte. Um ponto positivo gigantesco para Kristen, que com certeza merece indicações.
Quanto ao restante do filme, a fotografia belíssima e o desenrolar das cenas dão o clima do retalho de passagens do dia a dia de Diana em suas tentativas de sobrevivência ao sufocamento glamouroso da família real. As cenas de alucinações são INCRÍVEIS.
A família real é bem representada, principalmente por um Charles aéreo e distante de sentimentos e uma rainha concentrada no resultado e não no processo. As instalações do filme são bacanas para apreciar a grandeza de todas as situações.
Um grande porém aqui está no peso do filme que é carregado somente por Kristen. Sempre queremos mais Diana na tela, em um filme com roteiro meio vazio e sem rumo definido. Assim como em "Jackie", parece não existir um objetivo específico da obra que não seja mostrar os retalhos de momentos, causando uma dependência de sua protagonista principal.
Sinto falta de uma direção ao final, mas noto que isso é uma característica do diretor. Porém, nem sempre um desenrolar de fatos forma uma história. Falta intenção, mas não sensibilidade. O filme vale pelas cenas muito bem filmadas e reações dos atores.
Um bom filme! Com certeza vale conferir pela presença de Kristen e suas situações incômodas.
O Castelo Animado
4.4 1,3K Assista AgoraEm história linda sobre autossuficiência e peso das escolhas, Castelo Animado traz magia, diversão e até contrastes demoníacos.
É muito interessante acompanhar como o filme é despretensioso, assim como a grande maioria do estúdio Ghibli, e por essa história consegue criar vínculos muito profundos com cada personagem enquanto vão sendo mostrados. Sophie, Howl e até mesmo o demônio do fogo Calcifer consegue transmitir muito bem suas ambições e a falta delas, assim como as maldições que os rodeiam, formando um vínculo nada usual.
O visual é um show a parte, com seu tom fantástico multicolorido, que oscila misturando tensão entre mundo da guerra e mundo mágico.
O ponto mais alto do filme é a história em si, que foge de qualquer padrão esperado e tem tom bem pesado em algumas partes. Lembro que conheci esse filme quando criança e não entendi de primeiro e até provocava medo em algumas partes (um cara que engoliu uma estrela e por isso criou um pacto com um demônio?), por isso hoje vejo o quanto é uma animação com uma história madura.
Ao final, o castelo não passa de um cenário onde toda a trama se desenrola, ele será o palco para os conflitos das personagens que acabam se entrelaçando, incluindo uma história de amor não esperada.
Uma das minhas animações favoritas da vida, O Castelo Animado merece ser visto e revisto com todas as emoções. Ótimo filme!
Minha Bela Dama
4.0 359 Assista AgoraMy Fair Lady é aquele clássico que encaixa na sua época, mas não para a eternidade. Fica inclusive bem difícil ver os traços de clássico e compreender somente vendo o longa. A partir dos bastidores entendemos bastante sobre o contexto em que foi feito, e em como as tomadas foram feitas de pontos de vista interessantes para a época, porém não é suficiente para justificar a grandiosidade ilusória.
Audrey Hepburn é grandiosa em atuação, mesmo que no filme (e na vida) seja ignorada por isso. Nas premiações, na história com sua personagem, a atriz acaba perdendo holofotes para Rex Harrison, que conduz um personagem simplesmente odioso pela sua falta de humanidade. Para ser justo, os personagens de ambos apresentam momentos extremamente irritantes.
Como um grande apreciador de musicais, preciso dizer que esse não é algo bom para começar a degustar musicais para um iniciante.. músicas sem relevância e momentos ridículos são foco de várias músicas da trilha sonora. E a parte mais triste é saber que algumas músicas nem foram cantadas pelos atores, mas sim gravadas por outros artistas e DUBLADAS no momento de gravação das cenas.
O destaque fica para as roupas incríveis, fotografia e atuação de Hepburn. Wouldn't it be loverly? é a música mais sincera do musical, o restante carrega uma história desnecessariamente longa, mesmo que tente fugir do clichê de final romântico. Filme razoável, que não precisa ser assistido tantas vezes.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraEmoção pura na nova proposta da Marvel de fundir universos "inter estúdios", Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa eleva o nível dos dois outros filmes solo do cabeça de teia e, com isso, as expectativas para o futuro do personagem dentro da saga atual.
Muito difícil descrever os eventos maravilhosos do filme sem dar spoiler, mas tentarei ser o mais generalista possível.
Por incrível que pareça para um filme da Marvel, aqui temos SIM destaques na atuação! No geral, os personagens nascidos na era "Sam Raimi" apresentam um espetáculo de nostalgia e atuação.
Destaque destruidor e especial para Willem Dafoe que rouba a cena em cada minuto que aparece, Tobbey Maguire que continua maravilhoso e Alfred Molina, ainda memorável. Em contraste, o homem areia é totalmente dispensável.
Os efeitos especiais primorosos não trazem surpresa e realçam o tom de mistério e aventura que percorre o filme inteiro. Existe um grande destaque para as cenas de drama e emoção, Tom Holland é muito bem apoiado pelos outros personagens e consegue passar mensagens pesadas de amadurecimento.
Em contrapartida, deixo uma crítica para os posicionamentos do personagem Dr Estranho. Talvez já preparando uma cama de mistério para o seu próximo longa individual, o personagem não mostra a mesma inteligência e domínio de suas capacidades de suas histórias. Proposital ou não, dá pra ver que tem algo muito estranho ali.
Não deixa de ser um filme Marvel.. muitas piadinhas, algumas bem forçadas, personagens dispensáveis, mas surpreende em muito na carga emocional e na nostalgia. Ousado e ao mesmo tempo processado, esse filme representa a fórmula perfeita de um fan service de sucesso. Ótimo filme!
Cinderela
3.7 452 Assista AgoraUm dos clássicos dos clássicos Disney, Cinderela é um dos exemplos do porquê a era das princesas funcionou e até hoje é considerado inesquecível, com seu tom mágico, musical e é claro.. superficial.
Bem longe de uma animação reflexiva, é um filme de vislumbre visual, sonoro e que impressiona no dinamismo de alguns recursos, como os efeitos vocais nos camundongos que são tratados com uma naturalidade estonteante na história, além da mágica envolvida com a ajuda dos animais e nas transformações da fada madrinha.
A história cativa muito pela velha mágica Disney envolvida, desde os cômicos camundongos até as "vilãs" odiosas, os personagens são carismáticos e fazem você achar a história encantada. A trilha sonora tem músicas originais e com letras criativas, principalmente a eternizada "Bibbidi-Bobbidi-Boo".
Por outro lado, pode facilmente se encaixar nas críticas do conceito de "princesa" em relação a superficialidade. Isso fica mais reforçado ainda no final seco, onde é comprovado que a solução dos problemas no filme é só.. um casamento com um príncipe.
Nenhuma crítica pode negar o peso dessa animação, desde o momento do lançamento até hoje, e sua influência. Engraçado e leve, Cinderela vale a pena ser conferido, ótimo filme!
Atlantis: O Reino Perdido
3.5 252 Assista AgoraCom visual impecável e história curiosa, Atlantis é uma experimentação arriscada da Disney que perde por não conseguir cativar com seus personagens e trama batida.
0 novidades em relação à questão da exploração de recursos do espaço do outro e as implicações dessa colonização forçada. É até bem previsível que algo do tipo fosse acontecer, e nas partes que sugerem mais curiosidade, a mitologia de Atlantis não é suficientemente explorada e explicada.
No demais, o visual é realmente deslumbrante e tem algumas cenas bem engraçadas. Existem algumas misturas do 3D com o 2D que ficaram bem legais também. O espírito de aventura existe e diverte muito.
É uma animação gostosa pra passar o tempo, mas está bem longe de um clássico Disney. Valeu a pena a experimentação de novos campos, mas essa estrutura de trama é realmente muito gasta. Um filme razoável!
Vingança & Castigo
3.6 206 Assista AgoraO filme é extremamente bem feito, com ótimas cenas de ação e coisas boas na atuação, consegue te transportar pro western com sucesso MAS... pra mim a maior melhoria desse filme é a "modernização" desse western.
Esse filme seria excelente se não tentasse fazer uma modernização da coisa, que até funciona em alguns momentos em outros filmes como o Django. Lotar o filme de músicas mais atuais e frases de efeito não deixa fuga de comparação com o filme de Tarantino, porém o problema é parecer que acaba vivendo nessa sombra e até estragando o clima em alguns momentos. Vingança e Castigo não é Django, e não reconhecer isso é seu maior defeito.
Tecnicamente, é muito bem executado. As atuações são bacanas, os efeitos são ótimos, a ação é constante e a história é interessante, mas a chave de ouro é a originalidade. Se pesasse mais em alguns momentos, talvez fosse mais relembrado.
De qualquer forma, vale MUITO a pena conferir, pois é um ótimo entretenimento. Ótimo filme!
Casa Gucci
3.2 708 Assista AgoraUma caricatura satírica da família italiana rodeada de urubus devido a fama e riqueza de um nome que trouxe história para a moda, mas também para o crime.
Scott lançando seu segundo filme em 2021, porém sem a mesma intensidade de "O último duelo", com uma temática diferente e uma penca de pessoas incríveis no elenco. O ponto alto desse filme com toda a certeza está na atuação, mesmo aqueles que já se mostram notáveis, como Adam Driver e Jared Letto, mostram uma versatilidade deliciosa de assistir. E claro, temos o já eternizado Al Pacino, extremamente marcante em cada momento que aparece, e a cada vez mais brilhante Lady Gaga, bem mais evoluída do que em "Nasce Uma Estrela".
Nem só de flores vive a família Gucci e nem seu filme, os primeiros 60 minutos podem parecer bem bagunçados e até um pouco tediosos. O que parece é que existem algumas falhas na montagem e na valorização de alguns momentos, porém depois as coisas vão se tornando cada vez mais tensas e alimentando a ansiedade pelas próximas cenas.
Falando nas cenas, eu não senti dificuldade no tempo do filme, principalmente devido a alta qualidade de atuações. Apesar disso, no final parece estar faltando alguma coisa. A conclusão do filme é tão fatídica que falta uma mensagem para nos mostrar que aquilo merece estar sendo assistido. Ao final, só resta admirar o ótimo trabalho do elenco e ter apreciado as inúmeras paisagens e roupas estilosas.
Vale a pena conferir pelo ótimo trabalho de atuação, mas não oferece uma estrutura de filme memorável. É um drama com uma boa história real em que faltam elementos para ressaltar pedaços da trama, deixando por vezes até um tom cômico (em que nem sempre fica claro se é proposital). Um bom filme!
7 Prisioneiros
3.9 318Filme sobre esperanças destroçadas e a estrutura resultante dessas, embaralhando os conceitos de opressor e oprimido, inclusive invertendo esses papeis. Pra quem se preocupa, já fica o aviso: pesado.
Rodrigo Santoro é o destaque de atuação, porém Christian Malheiros também manda super bem. O restante do elenco funciona bastante dentro da história.
Quanto a parte técnica, não há muito o que dizer pois o filme acaba muito simplista em relação a locação e todo o restante visual.
Consegue passar de maneira simples e muito eficiente a mensagem, aqui o oprimido se tornar o opressor pode ser uma saída rentável e sustentável (dentro de um período), mesmo sendo a saída desonesta. Seria a sobrevivência a inimiga número 1 da moral e da honestidade?
Um bom filme, vale a pena conferir pelas atuações e pela história chocante!