Indiana Jones está de volta em seu quinto filme que, assim como em muitas sagas, desafia conclusões que já estavam bem feitas. Indiana Jones e o Chamado do Destino traz Harrison Ford à ativa novamente, junto à BRILHANTE Phoebe Waller-Bridge (se você não conhece essa atriz, pelamor, assista a série Fleabag e veja como ela é incrível). Sou um grande admirador da quadrilogia de Indiana Jones (inclusive, os filmes que os fãs mais detestam, o segundo e o quarto, são meus favoritos), porém o quinto filme destoa do que conhecemos desse personagem tão querido, resultando muito mais num filme de ação pura do que num filme do Indiana.
O filme está longe de ser ruim! Tem cenas de ação muito boas, e uma tecnologia incrível de rejuvenescimento do ator principal para trazer cenas de Indiana Jones no passado. Phoebe trabalha muito bem e dá muita energia à sua personagem, e Harrison entrega na medida do limite do roteiro, mas faz um bom trabalho. Temos várias cenas de perseguição interessantes (algumas em excesso), mais um filme com nazistas (super saturado) e um final que chuta o balde das impossibilidades, mas de um jeito épico! Por outro lado, a tão falada "despedida" parece muito mais um até logo (de novo). Não vão largar o osso, né?
Algo bacana é que o filme respeita muito a condição atual de Harrison Ford, não tendo cenas loroteiras ao excesso com Indiana Jones. Por outro lado, esse também é o principal defeito do longa.. cadê o tom "Indiana Jones" dos outros filmes da saga? É um filme de caça de gato e rato em que os "vilões" sempre alcançam os heróis e sempre conseguem o que querem. Além disso, é uma história que vendeu muito em cima de uma "conclusão" pro nosso herói, mas que em sua essência é uma história completamente descartável. Se ela não existisse, nada seria alterado.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é amplamente criticado até hoje, mas é inegável que foi um filme que trouxe muitas referências aos filmes anteriores, nostalgia, ação bem feita, uma vilã bem construída, propostas diferentes, e o filme atual só fica com a ação bem feita. É como um filme de 007 com umas pitadas de humor.
Se por um lado essa sequência ter um tom mais independente é positivo por arriscar oferecer uma história descolada das anteriores, ela falha justamente nessa proposta em... Marketing! Filme prometendo nostalgia, despedida e homenagens.. sem nada disso. Proposta nova, história nova, sem peso. Se esse filme não tivesse nada a ver com Indiana Jones, ainda teríamos uma história, mas uma história medíocre. Vale a pena conferir, mas assista pensando num filme de ação.
Flash é melhor do que eu esperava, surpreende mais do que eu esperava, mas não entrega muito além disso. É um filme divertido, com uma história interessante e que referencia arcos clássicos do herói. Não tem grandes atuações do elenco, tem alguns personagens pouco trabalhados, mas é notável que o filme gerou muita intriga até entre os fãs, principalmente relacionado aos seus efeitos em CGI.
De verdade.. as falhas em efeitos especiais não me atrapalharam, e pra mim são totalmente aceitáveis. Até colabora para o tom quase caricato que o filme tenta propor em alguns momentos, que me gera admiração. Tem alguns casos no filme bem a la histórias de heróis clássicas, como salvar vários bebês de uma morte ao mesmo tempo. O filme tenta unir ação e humor, e consegue, a história é bem frenética e passa voando na tela, positivamente. O jeito do Flash correr pode incomodar alguns, mas pra mim só reforçou essa quase homenagem aos heróis nos quadrinhos e a como ele é retratado visualmente, tirando essas tentativas ridículas de tornar tudo o mais "real" possível.
Outro ponto altíssimo do filme são algumas surpresas, e claro que não vou comentar nenhuma delas, com exceção do Batman do Michael Keaton que todo mundo já sabe que estará lá. Sua presença como Batman é magnífica e aqueceu muito meu coração de fã de Batman dos anos 80/90. Próximo ao final temos homenagens épicas não só ao Flash, mas ao universo DC, extremamente louváveis, mas com uma falha brutal de marketing. Deixemos isso pra mais adiante.
Não sou um especialista em Flash, conheço muito mais do universo do Batman, por exemplo. Mas preciso dizer isso e não sei se tem outra forma.. o personagem do Flash é insuportável. É um personagem manhoso, irritante, imaturo, infantil, entre outros adjetivos. Juro que digo isso mas assisti de coração aberto. Ele me soa muito como alguns adolescentes que vejo por aí (sem ofensa aos adolescentes), e não há problema nisso pois a estratégia de venda está valendo, mas isso conflita fervorosamente com outras propostas do filme. Então ao meu ver os dois principais pontos negativos do filme são: o protagonista e a péssima estratégia de marketing.
E por que a estratégia é péssima? Porque apesar das surpresas e da presença do Keaton serem INCRÍVEIS, elas contrastam diretamente com o restante do filme. Enquanto as homenagens e surpresas são bem "de velha guarda", o filme em sua estrutura é bem jovem, atual e feito para atender aos fãs a la Marvel. O problema disso tudo? Muita gente na minha sessão nem entendeu quem eram as pessoas surpresas que aparecem, assim como seus contextos e o impacto de suas aparições. Filme certo feito para um público errado ou filme errado feito para o público certo?
Agora verdade seja dita: Flash não é o terror que estão vendendo por aí. O filme é divertido, tem excelentes cenas de ação, mas sim, não tem nada de inovador. O fan service, por mais que pra mim tenha sido muito prazeroso e super inesperado, não salva o filme de um roteiro mediano. Por outro lado, o que o filme tem de humor pastelão compensa com cenas realmente dramáticas e emocionantes. Bem dosado, um bom filme.
Em 2018, Homem-Aranha no Aranhaverso trouxe um frescor muito bem vindo aos filmes de super herói, principalmente na saturada competição entre Marvel e DC para fazerem o filme mais bobo com personagens arrogantes. Com visual de cair o queixo e liberdade artística, o filme explorou as possibilidades dentro da história de Miles Morales, e também trouxe para tela outras versões do super-herói tão amado. O impacto na indústria foi notável, tanto pela exploração do multiverso por outros filmes que vieram depois, quanto pelo visual das animações impactadas pelo seus híbridos 3D/2D executados com perfeição. E além disso tudo, uma mensagem lindíssima sobre heroísmo.
E com essa reputação e missão difícil de carregar, uma sequência foi lançada. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso chega em 2023 para expandir os conceitos do primeiro longa e dar continuidade numa história sobre evolução e destino.
No ângulo do design e a arte do filme, não tem nem o que comentar. Tudo é equilibrado ou desequilibrado conforme a história pede e conforme vamos conhecendo os personagens. Cada um deles tem uma tonalidade, textura, e meios de interpretar o seu mundo de modo visual. A ousadia do primeiro longa é estendida nesse sentido de preservar a liberdade artística. Em vários momentos, é como se estivéssemos dentro de uma HQ.
E dentro dessa ousadia, também temos diversas versões do teioso aparecendo juntas, assim como de seus inimigos. Muito bacana as inúmeras referências e aparições surpresa, mas esse filme tem mais fan service que o anterior. Várias partes são pro público reconhecer sua versão favorita em tela, mas também temos visões de outros mundos do aranha, o que é muito divertido.
A história é bem interessante, mas confesso que são poucos momentos para muito tempo de filme. As mais de 2h de filme não são justificadas, tem bastante gordura, mas é inegável que é agradável de assistir. O ritmo também oscila bastante, com alguns momentos bem vagarosos e outros de ação. Por outro lado, a dinâmica entre os personagens é muito bacana e ocorre de maneira orgânica. Se o filme se estende mais em alguns momentos, é justamente para aprofundar seus personagens e sentirmos mais forte o impacto das suas ações.
Falando em personagens, temos pontos interessantes falando dos antagonistas. Temos "vilões" declarados, um deles que é a cara dos vilões exagerados e sem um pingo de seriedade dos anos 60, que percorre o filme inteiro e não tem um rumo bem definido. Mas os melhores antagonistas no filme estão em personagens que não necessariamente são inimigos, mas que vão conflitar em muito com as escolhas de Miles. Homem-Aranha 2099 é o mais interessante deles e o que causa maior influência no "clã" de personagens do multiverso. Temos também os que estão no meio do caminho, como o meu favorito, Spider-Punk. Que personagem f0d@!
O roteiro é claramente focado nas emoções dos personagens e de como vão responder aos conflitos e pressões das suas decisões, desde o início, e esse é o grande ponto positivo dessa sequência. Não adianta a arte ser linda e a história ser péssima, e justamente há profundidade, cuidado e muito respeito com cada um deles. Existe um destaque enorme para Gwen, que mesmo tendo grande parte de sua aparição como uma "prequela" na história principal, ainda assim é marcante.
E falando em emoção, não dá pra não falar do final que foi tão emocional no filme quanto na minha sessão, onde vi pessoas extremamente furiosas. Eu não critico histórias sem final, pois acho que nem sempre um final é necessário. Citando um dos mais criticados por isso, o diretor Christopher Nolan adora fazer um filme com final misterioso e sem amarrar todas as pontas. Ex: A Origem. Não vejo problema algum. O filme não ter um "fim" definido para os seus personagens é como a vida, onde encerramos fases mas não necessariamente temos um fim. Apesar disso, o final de Homem-Aranha Através do Aranhaverso, além de deixar pontas soltas, é comercialmente apelativo. Seguindo a linha Marvel, o filme não deixa muitas dúvidas, mas é o final de um episódio de novela mexicana. Termina com uma ferida aberta, e já clama para a vinda para um próximo longa.
Num todo, dá pra ver que esse longa recebeu muito mais atenção e verba do estúdio se comparado com o anterior, e também com certeza teve dedinho dos estúdios Marvel nesse resultado final: tinha que ser uma trilogia, obrigatoriamente. Ou seja, o grande fan service durante o filme e o final apelativo são muito provavelmente resultado dos engravatados que injetam a grana esperando já o retorno estrondoso do público no próximo longa.
Estratégias capitalistas a parte, o longa reúne atos excelentes, mas seu final comprova que gordura entremeada na história só veio pra encher linguiça mesmo. Um final apelativo é a prova de que a história foi "estendida" o suficiente pra que um próximo filme fosse bem-vindo. E é nisso que reside o maior defeito dessa sequência.
Costumo pensar que quanto mais ambicioso o filme, maior a chance de ele perder créditos e ficar horrível. O novo longa com Miles Morales está bem longe de ser horrível, é uma animação belíssima e lotada de momentos excelentes, sem dúvida. Mas não se faz filme só com beleza. As comparações com seu antecessor são inevitáveis, principalmente depois de um resultado perfeito. Homem-Aranha no Aranhaverso tem tudo que um grande filme de super-herói precisa ter, e muito mais por arriscar um novo estilo e ter influenciado vários longas posteriores. Homem-Aranha Através do Aranhaverso é uma grande homenagem ao universo e história do teioso, com uma história sobre crescimento e controle sobre o destino que (mesmo com os pesares) é muito inteligente e ousada para o que estamos recebendo hoje das histórias de heróis, mas foi claramente infectada pelos interesses econômicos do estúdio. Isso é ruim? É uma questão aberta a discussão. Pra Sony é um banquete.
Apesar da influência do "business" sobre o filme, a virada do final é inegável em sua excelência. Muito bem orquestrada, cai como uma luva e me trouxe uma sensação de surpresa que eu não sentia desde um ato similar em "Cavaleiro das Trevas". Ou seja, ainda assim estou bem ansioso pra saber como vão lidar nessa sequência de terceiro longa que já é uma certeza.
Vale a pena assistir? Veja no cinema na tela de maior qualidade que puder, vale SUPER a pena. Vá disposto, porque tem partes paradas e você pode ficar com sono. No demais, aproveite essa grande aventura e, acima de tudo, deixe a mente aberta! Ótimo filme!
Não conhecia nada sobre Mary Tyler Moore, e gostei muito de ver um pouco mais da história dela. O documentário é bem feito e usa um modo interessante de focar na carreira, só mostrando cenas de suas séries de sucesso e vídeos em que Mary aparece, mesmo durante a fala dos "entrevistados".
É quase um compilado de depoimentos sobre o impacto de Mary na indústria do entretenimento, e de como isso gerou espaço para muitas mulheres hoje, como um grande exemplo e que é citada, Oprah Winfrey.
O doc inteiro tem aquele ar dos anos 60, 70 delicioso, então é gostoso de assistir. Por outro lado, por mais que mostrem como ela influenciou positivamente essa indústria sendo uma mulher independente e com ações "polêmicas" para o seu tempo, acho que o doc tem um teor bem mais biográfico do que em torno de um significado em si, o que não é ruim, mas não faria eu assistir novamente, por exemplo.
Bom documentário, bem feito e com a vida de uma pessoa notável. Foi um prazer te conhecer, Mary Moore!
Animação com visual muito bonito, os dragões são um show a parte, mas a história não tem muita novidade. Várias cenas de ação muito bem feitas.
A disputa entre amizade e preconceito, e também as expectativas que os outros geram sobre nós é algo abordado de várias formas já vistas. Não tira o mérito, o filme é bacana, mas respeitosamente acho superestimado. O final é bem interessante por trazer um tom "mais realista" dentro de suas limitações fantasiosas. Razoável, mas dá pra se divertir sim.
Frozen, uma tentativa de revitalização da Disney, consegue seus objetivos até certo ponto. O nascimento desse "novo clássico" segue a onda moderna de empoderamento e de temas mais diversificados, mesmo que com clichês entremeados.
A ambientação da história é super bacana, além da trilha sonora marcante (não a toa, quantos covers de Let It Go existem por aí), e um roteiro interessante, que ao meu ver perde seu efeito no "gran finale". Apesar de trazer uma mensagem mais real e fraterna quanto ao amor verdadeiro, a solução é muito atropelada.
Elsa, que sofria o filme inteiro por não saber controlar os poderes, no final ao ter o ato de amor verdadeiro de repente sabe tudo sobre como controla-los.
No demais, os personagens são cativantes, com exceção do chatíssimo Olaf, que não tem relevância alguma pra história além de ser alvo de venda de brinquedos.
O filme é bacana, mas é superestimado. Algumas partes são bem forçadas, mas é sempre bom ver a Disney tentando outras abordagens. Não perde a magia, tem várias partes boas. Filme razoável.
AIR: A História Por Trás do Logo traz história interessante, mas que perde combustível por ser totalmente previsível, graças à fama de sua marca.
A graça de filmes que contam sobre "fatos" é como contam, e sim, aqui temos alguns pontos positivos. Matt Damon é muito convincente, mas o destaque fica para a incrível Viola Davis, e os dois dão um tom muito particular no filme. Porém.. o filme não tem surpresa nenhuma no jeito de contar as coisas. Tudo linear, sem muito mistério, e com os clichês de "persistência" e discursos bonitos. Viola Davis é que guarda a cena mais fantástica do filme, perto do final.
O filme não é ruim, é bacana, dá pra assistir tranquilo e curtir a história. Porém, não tem nada de marcante. Sorry, Affleck (te prefiro dirigindo do que atuando), esse não salvou. Razoável.
OBS: Achei interessante demais não mostrarem o Jordan, pois gera uma certa expectativa kk
Rogue One: Uma História Star Wars apresenta "os rebeldes" dos rebeldes, e por consequência, os verdadeiros heróis da saga Star Wars.
Como já viram em muitos comentários anteriores, sim, é um filme de guerra. Talvez seja o filme mais sério de Star Wars, pois aqui é onde a República caiu de vez e já não existe escapatória. Inclusive, nossa protagonista nem espera por uma luz no fim do túnel. Mas engana-se quem acha que essa história é só um "bônus", pois na verdade ela é parte fundamental para que a primeira trilogia (eps 4, 5 e 6) existissem.
Tudo aqui é de alta qualidade, os personagens são bacanas e curiosos (e nem sempre agradáveis), o Império é realmente cruel e violento, as cenas gráficas são lindas e com ação impecável, e temos até mesmo personagens em CGI atuando perfeitamente. Mas o ponto alto, pra mim, é que Rogue One contém os significados que não vimos na última trilogia, no que diz a heroísmo e sacrifícios.
Rogue One representa uma luta desenfreada dentro da saga, em um núcleo isolado, mas super relevante, pois é a única história onde no final o que resta é SOMENTE a esperança. E sim, as cenas finais são muito emocionantes, e lembro da minha sensação no cinema até hoje. É de infartar. Perfeito!
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith compensa tudo o que faltava nos outros dois filmes da sua trilogia e traz a maior discussão ideológica entre jedis e siths. Anakin aqui é o produto desse conflito entre sentimentos e apegos, que formam atitudes egoístas e destroem o "moralismo idealizado" dos jedi.
Nesse embate, temos grandes batalhas, cenários gráficos bem feitos, e um fechamento incrível ao final, unindo ação e muito drama. Não tem muito o que falar, é um dos meus filmes de Star Wars favoritos e tem sua história como fundamental na saga. Excelente!
O episódio II de Star Wars, parte da trilogia amplamente criticada, é um filme cheio de mudanças de rota que seriam fundamentais pro futuro da história, e com certeza é um dos filmes mais (senão "o mais") políticos da saga, e nisso mora um grande ponto positivo.
A história é mais ampla e profunda do que o anterior, se passando 10 anos depois dos eventos de Ameaça Fantasma, e reúne vários personagens fundamentais e os embates iniciais entre as discussões da validade da República, democracia e o início de uma guerra que seria explorada não somente nos filmes, como também em séries canônicas. Curto muito o tom investigativo da trama, que fica principalmente com o Obi-Wan, e o final lotado de ação desenfreada. O final é mais caótico e interessante, e já deixa claro que ali é só o começo de muito mais conflitos.
A atuação não é nada demais, principalmente o ator do Anakin, mas convenhamos que atuação nunca foi o forte de Star Wars. Sim, as tão criticadas cenas de romance entre Anakin e Padmé são arrastadas e até constrangedoras em alguns momentos. Porém, vejo que faz sentido ter esse pedaço na trama, que com certeza poderia ter sido feito muito melhor. O sentido é justamente mostrar o embate do jedi entre cumprir seu compromisso com a ordenança e lutar contra os "impulsos humanos", pois sem esse embate não haveriam outras discussões calorosas que culminariam nos "outros lados" da força. É totalmente válido mostrar que isso existe, como é mostrado em outros momentos de raiva do Anakin, demonstrando outra polarização. Mas sim, o ator é bem sem graça, essas cenas poderiam ter muito mais peso. Anakin é um personagem complexo e merecia um tratamento melhor.
Em relação ao longa anterior, o filme tem boas cenas de ação mas tem o ritmo ainda mais lento, devido aos primeiros atos que oscilam entre investigação e romance. A história é mais política, mais profunda e mais complexa, por outro lado a perca de ritmo com o romance atrapalha em alguns momentos. Algo muito bacana é a história abordar o "enfraquecimento" do conselho jedi, e ver isso unido a ações de questionamento pelos seus próprios seguidores de seus princípios é relevante. Ou seja, mesmo os jedis com sua benevolência moral tem suas implicações por ignorarem que, no final, também são criaturas com vontades, desejos e emoções. O longa tem eventos fundamentais e com certeza vale a pena assistir por isso. Consegui me divertir mesmos com seus deslizes. Bom filme!
Um filme com gostinho de conclusão do início ao fim, Guardiões da Galáxia Vol. 3 fecha muito bem a trilogia de heróis desajustados e só reforça a consagração do "estilo James Gunn".
Diferente dos outros dois anteriores, o longa começa com um baixo astral que percorre os personagens após os eventos desastrosos da guerra pelas joias do infinito, entre outros conflitos,mas principalmente pelas perdas que passaram durante esses anos. Um ponto super positivo, pois traz um filme da Marvel sabendo construir e tornar relevante um drama (ou melhor, James Gunn sabe). O que o filme tem de piadas bobas é justificado para aliviar o peso de cenas que desequilibram o bizarro, cenas de tortura e muita emoção.
A trilha sonora não é tão cativante quanto a dos dois primeiros, e nem tão "entremeada" na história como feito antes, mas tem sim seus bons momentos. A adição esperada de Adam Warlock deixa a desejar por seu propósito, poderia ser melhor aprofundado ou construir mais sentido, mas não atrapalha na história, o mesmo acaba ocorrendo com Cosmo, uma personagem interessante mas vazia. O vilão, apesar de muito interessante, se assimila muito com o vilão do segundo filme em seus objetivos, com a diferenciação de utilizar de cobaias e não sua prole para cumpri-los. Mas veja, nada disso apaga o mérito e a jornada dos guardiões nesse terceiro longo.
É um grande mérito ver os riscos desse filme, julgo ser o filme mais ousado da Marvel. Não somente tortura e violência explícitas, temos catástrofes na história, e tudo isso para conseguir colocar em prova algo que desde o primeiro longa é construído: o poder das amizades e de como elas podem ser o último fio de esperança para algo. Quando você percebe que conseguiu se emocionar com vários personagens em CGI numa cena fica claro que houve uma excelente construção de personagem para culminar nessa aproximação. Tenho certeza que se essa mesma história fosse contada no primeiro longa, não teríamos o mesmo impacto. Guardiões da Galáxia 3 aperta em todas as feridas que foram construídas desde sua chegada em 2014 e finaliza (assim esperamos) de maneira grandiosa e, ao mesmo tempo, justa e sem fantasias felizes.
Esse desfecho com certeza é só um "até logo" por parte da Marvel, mas é uma conclusão bem elaborada pra esse grupo de malucos que construiram uma família através das suas piores dores. Ótimo filme!
Reassistindo depois de muito tempo! Provavelmente foi o filme da saga que mais assisti, pois era o único que tinha o VHS aqui em casa quando eu era criança. Reconheço que o filme tem seus pontos fracos, mas não é o pesadelo que vendem por aí, tem coisa bem pior.. tipo o episódio 9 kkk
Vejo que o Capítulo I carrega uma responsabilidade enorme por ser o início da saga, então é claro que os olhares críticos são justos. O filme tem ação, mas tem muitos momentos de diálogos, política e suspense, o que pra mim é bom, mas perde um pouco de ritmo se comparado à primeira trilogia. O elenco é bacana, os personagens são interessantes (sim, até o JarJar kkkk pra mim um alívio cômico inocente), as cenas de luta são muito boas, mas minha parte favorita é a corrida de pod!
Pra mim o maior problema nesse filme é a história ser percorrida em cima de uma estrutura pouco aprofundada. Toda a justificativa gira em torno de um "conflito comercial", e disso grandes coisas (como dar sequência a uma profecia) acontecem. Sim, tem a ver com ser guiado pela força, e por isso não existiriam "coincidências". Mas gente, tem coincidências demais nessa história, em várias partes! Acho que esse exagero também enfraquece muito no roteiro.
O filme é divertido de assistir, e é interessante e emocionante ver a origem do Anakin. Pra mim as melhores cenas ocorrem no seu planeta natal, e as passagens com sua mãe são incríveis. Pra quem não assistiu, vale a pena ver sim, assista, se deixe levar pela experiência e tire as próprias conclusões. Bom filme!
Guardiões da Galáxia Vol. 2 estende o que já era ótimo no primeiro filme, traz personagens novos carismáticos, explora personagens já conhecidos e traz o filme mais emocionante do MCU.
Desde que foi lançado se tornou um dos meus filmes de super herói favoritos. É muito engraçado, tem cenas de ação maravilhosas, expande a equipe de forma bem orgânica, e tem um vilão lunático mas muito bem composto. De quebra, mesmo com sua irreverência a la James Gunn, o filme traz uma mensagem linda sobre valorizar quem está ao nosso lado.
A exploração de personagens, antes secundários, como Yondo e Nebulosa é um ponto muito alto, revelando áreas mais emocionais desses personagens malucos. Ao longo do filme isso vai elevando o peso da história, que gira em torno de laços dos personagens. A importância, não só do sentido de equipe, mas de valorizar aqueles que passam as dificuldades conosco é o ponto chave da sequência.
Um forte destaque para o visual lindíssimo do filme, e claro, a trilha sonora marcante já conhecida dos guardiões da galáxia. Se eu falar mais vou só puxar saco, amo demais esse segundo filme. O vilão parece "invencível", as cenas de ação super bem feitas combinando com a trilha sonora, os efeitos perfeitos. Sem críticas. Só aproveitem e sintam a emoção dessa história. Perfeito!
O melhor grupo dos filmes da Marvel Studios da atualidade, em seu começo totalmente caótico e mega divertido! Filme super bacana cheio de personagens carismáticos, história interessante, atores MUITO bons, efeitos e cenários LINDÍSSIMOS, e que rendeu várias participações em outros longas e mais duas sequências.
Assistindo para me preparar para o terceiro, lembro quando assisti nos cinemas sozinho e que me surpreendi demais. Uma aventura interestelar cheia de naves, alienígenas e 0 dignidade hahahaha James Gunn entregou um prato cheio que abriu portas para muitas outras coisas.
O que eu mais curto aqui é o filme ter uma história cativante, dramática e até emocionante em algumas partes, mas manter seus personagens imperfeitos e com suas características únicas. O universo é muito rico, e foi o pontapé que apresentou o Thanos que seria muito desenvolvido em outros longas do universo Marvel.
A trilha sonora é um show a parte, né? Claro que as cenas ficam muito melhores com essa trilha, e o mais legal é pensar que a trilha está entremeada na história do protagonista.
Pra quem ainda não viu, vale muito a pena. Um excelente filme de ação e lotado de estilo!
Eu não conhecia Bill e Ted, fui assistir buscando um filme leve e por saber da participação do Keanu dei uma chance..
É aquilo, não tem muito sobre o que falar. É besteirol, bobo, muito bobo, super bobo, fraquinho. Tudo muito forçado e sem graça. Tem algumas partes divertidas, é interessante ver as "lendas" da música reunidas. A ideia não é de todo ruim, só que o filme não é engraçado.
Cisne Negro foi o filme que me apresentou ao Aronofsky, quando eu era um adolescente de 13/14 anos. Lembro que na época não entendi muita coisa, mas foi um filme fundamental pra mim, pois colocou aquela pulga atrás da orelha sobre o que era um terror psicológico, e como os filmes poderiam utilizar ações conceituais, e me mostrar a não somente interpretar a história puramente pelo que está em tela.
Natalie Portman é simplesmente brilhante e consegue carregar muito bem sua personagem complexa. Nina é frágil, doce, 150% dedicada, ingênua, e cheia de desejos reprimidos e até inexplorados. Acho uma personagem super interessante, pois me faz pensar muito na nossa passagem de infância para adolescência, onde tudo muda e todos os hormônios vem gritando, mas é como se no caso dela fosse algo tardio. Dá pra perceber que é uma personagem que foi muito abusada, emocionalmente e fisicamente, não só por sua mãe, mas por ela mesma, que ao longo do tempo construiu a própria métrica muito alta do que denomina perfeição, e onde perder não é uma opção. O restante do elenco também é bem bacana, mas o foco é total na Natalie, mesmo com as aparições super rápidas da Winona Ryder.
As cenas de coreografias são formidáveis, e o filme desenrola muito bem. Tem um contraste interessante entre as cenas. O filme inteiro parece muito.. caseiro. Não são imagens "em alta definição", são rotineiras na maior parte do tempo, e até na companhia de dança tudo parece bem caseirão. Por outro lado, o espetáculo final é super visual e muito bem produzido, inclusive é quando entram os efeitos especiais. Foi feito de propósito? Só a produção sabe.
Toda a história de Nina acaba sendo similar à do espetáculo que irá encenar, o Cisne Negro, numa jornada que envolve destruir um de seus lados para que o outro se deixe dominar. Somente assim, ela alcançará a tão almejada perfeição, ou admiração pelos outros, que tanto busca. É um filme com passagens bem tensas, talvez um certo exagero sexual em alguns momentos, incomoda, mas é um misto de jornada individual, esquizofrenia, ambição e desejos que cercam nossa protagonista. Ao meu parecer, a personagem é tão ingênua que o filme passa ares imaturos em alguns momentos, o que às vezes torna a personagem quase caricata. O final é muito recompensador. Ótimo filme!
Antes de qualquer coisa, aquela boa e velha recomendação: se você não curte musicais, melhor assistir outra coisa. Esse aqui é 100% cantado, o que pra mim é um deleite, mas pra quem não curte pode ser chatíssimo.
Hamilton é um espetáculo que reúne história dos EUA, conflitos históricos, e uma mini biografia de Alexander Hamilton, utilizando rap e hip hop para expressar as canções. O resultado disso é um divertido entretenimento que fez 2h20 parecerem 1h. Tudo é MUITO bem feito.
Apesar do cenário ser "simples", tudo se desenrola no mesmo palco com poucas movimentações de elementos, um campo de guerra pode se tornar um escritório em 2 segundos, e claro que isso contribui para a velocidade e dinamismo da história.
Nos últimos tempos havia escutado falar muito sobre Hamilton e de como estourou como sucesso estrondoso, mas faz jus ao que dizem. Hamilton tem todas as qualidades de um excelente espetáculo. Um elenco maravilhoso, com músicas incríveis, que trazem drama, medo, ambição e humor. Apesar do tom "histórico", tudo isso ganha outros ares com as músicas que de um modo não convencional acabam encaixando no contexto. Realmente, muito bem pensado.
É suficiente para se atrair pela história de Hamilton? Sinceramente, eu provavelmente não leria o livro de quase 800 páginas em que o musical foi inspirado. O divertido da peça são os conflitos de poder sem fim, as músicas em si e o desenrolar, e o livro é a biografia do protagonista. O musical vende a maioria ali como heróis, ou seja, tem seu puxa saquismo. Prefiro assistir ao musical pensando no que ele é: entretenimento. Mas sim, tem uma mensagem bem bacana ao final sobre algo que corrompe e eterniza os humanos: legado. Musical excelente!
Muuuito surpreso com esse filmão com grandes nomes! Nunca tinha visto, e gostei muito do resultado!
É um suspense bem construído, e o que mais curti foi que se tirarmos o elemento "religioso", é uma história que estaria passível de ocorrer sob olhos humanos. Traz dilemas interessantes, sobretudo voltados à legislação e defesa de criminosos, mas também sobre os preços das escolhas sobre outras pessoas para benefícios próprios.
Keanu Reeves e Al Pacino estão em grande forma! Charlize Theron excelente também, trazendo tudo a tona. O papel dela me lembrou um pouco "O Bebê de Rosemary", onde os personagens competem para fazê-la acreditar que está louca. Atuações no geral admiráveis, efeitos interessantes, mas o maior foco da história é realmente o roteiro.
Achei o final meio apelativo, foi a única parte que me desagradou. O filme inteiro é bem unido e congruente, mas o final consegue elevar as intenções do diabo, que estavam sob visão concentrada no cenário do personagem do advogado, a um nível global, o que traz o tom apelativo. Por outro lado, o final do advogado em si é interessante, e realista, onde mostra que mesmo as segundas chances não estão a salvo dos seus perigos.
Vale muito a pena ver como filme de suspense, ótimo!
Animação bacana, muito bonita visualmente, e com história simples! Mais de 10 anos de seu lançamento e ainda acho uma animação bem divertida. A mensagem já é bem batida, mas ali fica bem contextualizada. Acredito que poderiam ter explorado um pouco mais dos lutadores principais na trama, que acabam sendo papeis bem pequenos no desenrolar. Pra quem ainda não assistiu, vale a pena, é bem divertido. Bom filme!
Cinebiografia interessante, não assisti com ares críticos quanto à veracidade das informações, pois não conheço muito da Whitney Houston, então a análise foi feita com base no que há em tela.
A história é bacana, mas no final parece que foi acelerada, mesmo sendo um filme longo demais para o que promete, ao meu ver. Ou seja, existe um desequilíbrio entre tempo utilizado e tempo funcional.
Naomi Ackie atua brilhantemente, e pra mim é o ponto mais alto do filme. A interpretação dela como Whitney ficou muito bem feita, as dublagens (pois aparentemente ela não cantou), os movimentos, tudo traz uma semelhança muito grande com a cantora. O elenco que a acompanha poderia ter uma dedicação um pouco mais alta, mas também são poucos os momentos de enfoque nos outros como principais.
Pra quem curte música, o filme é bem gostoso pra entreter. Fico em dúvida se vale a pena retratar tantas performances no filme, acaba servindo mais como fan service. De qualquer forma, consegue entregar bastante sobre a vida da Whitney, bastidores de gravações (mesmo que menos do que outras cinebiografias musicais), e as performances mais icônicas. Bom filme!
John Wick 4 foi meu primeiro John Wick, fui assistir no cinema sem contexto nenhum, somente sabendo que seria um filme de ação e que tinha o Keanu Reeves (muito amado por mim). A surpresa não poderia ser maior.
Em tempos onde "você tem que assistir como um filme de ação" é a frase justificativa para aceitar filmes com roteiros horríveis de super heróis forçados, John Wick 4 é divertido, reúne várias técnicas, coreografias extensas de luta, exagero, e muito mais!
Foi uma experiência incrível assistir essa história no cinema, mesmo sem o contexto dos anteriores, e consegui pegar o ritmo perfeitamente. Em alguns momentos rola um certo suspense ao clima "007", mas quando a porradaria começa... é hipnotizante!
O vilão interpretado pelo Bill Skarsgård é um ponto bem forte. Ao que parece, o filme parece deixar cenas mais profundas de atuação para os personagens em torno do protagonista. O John Wick acaba sendo o personagem mais superficial, com poucas falas e mais dedicado a executar as coreografias da trama. Aqui Keanu Reeves não é um excelente ator, mas cumpre bem seu papel de portador de um protagonismo silencioso e focado na ação.
Tem tudo o que um bom filme de ação precisa ter: sequências frenéticas, balas que não terminam, golpes com tudo que encontrar pela frente, e uma pequena dose de justificativa (o final é uma grande dose que traz todo o significado dessa jornada). Os planos sequência (alguns sem cortes) de luta são o ponto mais alto do filme. A ambientação é muito bacana, com cenários diversos, fotografia bela, figurinos show.
Minha experiência parecia ser assistir a um jogo de ação em forma de filme. Uma comparação pra isso é a cena da festa, onde o pessoal realmente parece só um bando de NPC dançando enquanto tudo está sendo destruído, tendo até certa dose cômica. Atinge seu objetivo, emociona e agonia. Deixou vontade de ver os outros longas. Excelente!
Finalmente, um dos poucos acertos de adaptação de jogos para filmes! Super Mario Bros.: O Filme tem visual impecável, trilha sonora divertida, história clara e lotada de referências aos games, e muito mais!
Muito satisfatório ver um filme com gráficos riquíssimos de um jogo tão amado, vale a pena conferir no cinema pra curtir as imagens na telona. O filme também apresenta personagens do mesmo universo, e fica muito claro que sequências virão por aí.
Por outro lado, assim como outros filmes do mesmo estúdio (Illumination), o filme é extremamente bem feito, com 0 mensagem e profundidade. É uma jornada com início, meio e fim, pontos muito divertidos, e tecnicamente impecável, mas num embate com grandes estúdios de animação do mercado pelos prêmios, é geralmente esse "a mais" que faz outro filme ganhar.
O filme acerta no que ele foca: presentear os fãs, e claro, vender a proposta de algo mais longínquo. Com certeza vale a pena assistir, e já é um dos filmes mais legais do ano. Bom filme!
O Bebê de Rosemary é um grande clássico, e não sem motivo. É um trhiller psicológico bem construído onde até o momento final não se tem certeza sobre o que é delírio e o que é espiritual.
Mia Farrow com certeza é a estrela do longa, mas o elenco no geral colabora para a construção do suspense que se estende de forma natural, mesmo com uma duração razoavelmente longa.
O que realmente mais admiro no filme é como, principalmente na primeira vez em que assistimos, sabemos que algo de muito errado está acontecendo, mas nunca temos certeza do quê. O roteiro não faz questão de deixar tudo explícito de cara, faz com que você vá provando das teorias de Rosemary, e também do ambiente a sua volta, em seu momento delicado, e diferenciado, de gravidez.
Não me dá medo, mas é um filme pesadinho, sobretudo envolvendo a inocência da gravidez atrelada a fatores sobrenaturais e drama psicológico. Vale a pena assistir com certeza. Pra mim, o final é a melhor parte, onde as decisões lutam entre si para saber se o "amor materno" é realmente sem fronteiras. Ótimo filme!
Muitos falam de Os Banshees de Inisherin como um filme focado na amizade. Eu não encaro dessa forma. Pra mim, a amizade ali é só um pretexto pra receber os impactos de decisões por algo muito maior: o propósito.
Colin Farrell e Brendan Gleeson formam a dupla que percorre essa trama cheia de analogias que utiliza figuras mitológicas e a isolada ilha de Inisherin para passar uma mensagem sobre morte e como nossas escolhas podem ou não deixar uma marca no mundo, e o preço disso.
É um filme que provavelmente não agrada facilmente. As atuações são muito boas, no geral o elenco consegue desenvolver bem a história e focar nos simbolismos principais. A parte técnica de figurino, fotografia, etc é bem completa, mas o foco pra mim fica no elenco. O filme tem uma certa dose de humor interessante, assim como ocorre no drama anterior do diretor, Três Anúncios para um Crime.
Focando na mensagem, acredito que Inisherin pode ser qualquer lugar, é uma representação de palco para o mundo no geral, onde existe o velho questionamento "estamos vivendo ou somente existindo?". E claro que algumas relações podem agir com propulsão ou retenção desses verbos, e nisso depende das nossas escolhas e sacrifícios a que estamos dispostos. Ótimo filme!
Indiana Jones e a Relíquia do Destino
3.2 332 Assista AgoraIndiana Jones está de volta em seu quinto filme que, assim como em muitas sagas, desafia conclusões que já estavam bem feitas. Indiana Jones e o Chamado do Destino traz Harrison Ford à ativa novamente, junto à BRILHANTE Phoebe Waller-Bridge (se você não conhece essa atriz, pelamor, assista a série Fleabag e veja como ela é incrível). Sou um grande admirador da quadrilogia de Indiana Jones (inclusive, os filmes que os fãs mais detestam, o segundo e o quarto, são meus favoritos), porém o quinto filme destoa do que conhecemos desse personagem tão querido, resultando muito mais num filme de ação pura do que num filme do Indiana.
O filme está longe de ser ruim! Tem cenas de ação muito boas, e uma tecnologia incrível de rejuvenescimento do ator principal para trazer cenas de Indiana Jones no passado. Phoebe trabalha muito bem e dá muita energia à sua personagem, e Harrison entrega na medida do limite do roteiro, mas faz um bom trabalho. Temos várias cenas de perseguição interessantes (algumas em excesso), mais um filme com nazistas (super saturado) e um final que chuta o balde das impossibilidades, mas de um jeito épico! Por outro lado, a tão falada "despedida" parece muito mais um até logo (de novo). Não vão largar o osso, né?
Algo bacana é que o filme respeita muito a condição atual de Harrison Ford, não tendo cenas loroteiras ao excesso com Indiana Jones. Por outro lado, esse também é o principal defeito do longa.. cadê o tom "Indiana Jones" dos outros filmes da saga? É um filme de caça de gato e rato em que os "vilões" sempre alcançam os heróis e sempre conseguem o que querem. Além disso, é uma história que vendeu muito em cima de uma "conclusão" pro nosso herói, mas que em sua essência é uma história completamente descartável. Se ela não existisse, nada seria alterado.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é amplamente criticado até hoje, mas é inegável que foi um filme que trouxe muitas referências aos filmes anteriores, nostalgia, ação bem feita, uma vilã bem construída, propostas diferentes, e o filme atual só fica com a ação bem feita. É como um filme de 007 com umas pitadas de humor.
Se por um lado essa sequência ter um tom mais independente é positivo por arriscar oferecer uma história descolada das anteriores, ela falha justamente nessa proposta em... Marketing! Filme prometendo nostalgia, despedida e homenagens.. sem nada disso. Proposta nova, história nova, sem peso. Se esse filme não tivesse nada a ver com Indiana Jones, ainda teríamos uma história, mas uma história medíocre. Vale a pena conferir, mas assista pensando num filme de ação.
The Flash
3.1 751 Assista AgoraFlash é melhor do que eu esperava, surpreende mais do que eu esperava, mas não entrega muito além disso. É um filme divertido, com uma história interessante e que referencia arcos clássicos do herói. Não tem grandes atuações do elenco, tem alguns personagens pouco trabalhados, mas é notável que o filme gerou muita intriga até entre os fãs, principalmente relacionado aos seus efeitos em CGI.
De verdade.. as falhas em efeitos especiais não me atrapalharam, e pra mim são totalmente aceitáveis. Até colabora para o tom quase caricato que o filme tenta propor em alguns momentos, que me gera admiração. Tem alguns casos no filme bem a la histórias de heróis clássicas, como salvar vários bebês de uma morte ao mesmo tempo. O filme tenta unir ação e humor, e consegue, a história é bem frenética e passa voando na tela, positivamente. O jeito do Flash correr pode incomodar alguns, mas pra mim só reforçou essa quase homenagem aos heróis nos quadrinhos e a como ele é retratado visualmente, tirando essas tentativas ridículas de tornar tudo o mais "real" possível.
Outro ponto altíssimo do filme são algumas surpresas, e claro que não vou comentar nenhuma delas, com exceção do Batman do Michael Keaton que todo mundo já sabe que estará lá. Sua presença como Batman é magnífica e aqueceu muito meu coração de fã de Batman dos anos 80/90. Próximo ao final temos homenagens épicas não só ao Flash, mas ao universo DC, extremamente louváveis, mas com uma falha brutal de marketing. Deixemos isso pra mais adiante.
Não sou um especialista em Flash, conheço muito mais do universo do Batman, por exemplo. Mas preciso dizer isso e não sei se tem outra forma.. o personagem do Flash é insuportável. É um personagem manhoso, irritante, imaturo, infantil, entre outros adjetivos. Juro que digo isso mas assisti de coração aberto. Ele me soa muito como alguns adolescentes que vejo por aí (sem ofensa aos adolescentes), e não há problema nisso pois a estratégia de venda está valendo, mas isso conflita fervorosamente com outras propostas do filme. Então ao meu ver os dois principais pontos negativos do filme são: o protagonista e a péssima estratégia de marketing.
E por que a estratégia é péssima? Porque apesar das surpresas e da presença do Keaton serem INCRÍVEIS, elas contrastam diretamente com o restante do filme. Enquanto as homenagens e surpresas são bem "de velha guarda", o filme em sua estrutura é bem jovem, atual e feito para atender aos fãs a la Marvel. O problema disso tudo? Muita gente na minha sessão nem entendeu quem eram as pessoas surpresas que aparecem, assim como seus contextos e o impacto de suas aparições. Filme certo feito para um público errado ou filme errado feito para o público certo?
Agora verdade seja dita: Flash não é o terror que estão vendendo por aí. O filme é divertido, tem excelentes cenas de ação, mas sim, não tem nada de inovador. O fan service, por mais que pra mim tenha sido muito prazeroso e super inesperado, não salva o filme de um roteiro mediano. Por outro lado, o que o filme tem de humor pastelão compensa com cenas realmente dramáticas e emocionantes. Bem dosado, um bom filme.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 525 Assista AgoraEm 2018, Homem-Aranha no Aranhaverso trouxe um frescor muito bem vindo aos filmes de super herói, principalmente na saturada competição entre Marvel e DC para fazerem o filme mais bobo com personagens arrogantes. Com visual de cair o queixo e liberdade artística, o filme explorou as possibilidades dentro da história de Miles Morales, e também trouxe para tela outras versões do super-herói tão amado. O impacto na indústria foi notável, tanto pela exploração do multiverso por outros filmes que vieram depois, quanto pelo visual das animações impactadas pelo seus híbridos 3D/2D executados com perfeição. E além disso tudo, uma mensagem lindíssima sobre heroísmo.
E com essa reputação e missão difícil de carregar, uma sequência foi lançada. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso chega em 2023 para expandir os conceitos do primeiro longa e dar continuidade numa história sobre evolução e destino.
No ângulo do design e a arte do filme, não tem nem o que comentar. Tudo é equilibrado ou desequilibrado conforme a história pede e conforme vamos conhecendo os personagens. Cada um deles tem uma tonalidade, textura, e meios de interpretar o seu mundo de modo visual. A ousadia do primeiro longa é estendida nesse sentido de preservar a liberdade artística. Em vários momentos, é como se estivéssemos dentro de uma HQ.
E dentro dessa ousadia, também temos diversas versões do teioso aparecendo juntas, assim como de seus inimigos. Muito bacana as inúmeras referências e aparições surpresa, mas esse filme tem mais fan service que o anterior. Várias partes são pro público reconhecer sua versão favorita em tela, mas também temos visões de outros mundos do aranha, o que é muito divertido.
A história é bem interessante, mas confesso que são poucos momentos para muito tempo de filme. As mais de 2h de filme não são justificadas, tem bastante gordura, mas é inegável que é agradável de assistir. O ritmo também oscila bastante, com alguns momentos bem vagarosos e outros de ação. Por outro lado, a dinâmica entre os personagens é muito bacana e ocorre de maneira orgânica. Se o filme se estende mais em alguns momentos, é justamente para aprofundar seus personagens e sentirmos mais forte o impacto das suas ações.
Falando em personagens, temos pontos interessantes falando dos antagonistas. Temos "vilões" declarados, um deles que é a cara dos vilões exagerados e sem um pingo de seriedade dos anos 60, que percorre o filme inteiro e não tem um rumo bem definido. Mas os melhores antagonistas no filme estão em personagens que não necessariamente são inimigos, mas que vão conflitar em muito com as escolhas de Miles. Homem-Aranha 2099 é o mais interessante deles e o que causa maior influência no "clã" de personagens do multiverso. Temos também os que estão no meio do caminho, como o meu favorito, Spider-Punk. Que personagem f0d@!
O roteiro é claramente focado nas emoções dos personagens e de como vão responder aos conflitos e pressões das suas decisões, desde o início, e esse é o grande ponto positivo dessa sequência. Não adianta a arte ser linda e a história ser péssima, e justamente há profundidade, cuidado e muito respeito com cada um deles. Existe um destaque enorme para Gwen, que mesmo tendo grande parte de sua aparição como uma "prequela" na história principal, ainda assim é marcante.
E falando em emoção, não dá pra não falar do final que foi tão emocional no filme quanto na minha sessão, onde vi pessoas extremamente furiosas. Eu não critico histórias sem final, pois acho que nem sempre um final é necessário. Citando um dos mais criticados por isso, o diretor Christopher Nolan adora fazer um filme com final misterioso e sem amarrar todas as pontas. Ex: A Origem. Não vejo problema algum. O filme não ter um "fim" definido para os seus personagens é como a vida, onde encerramos fases mas não necessariamente temos um fim. Apesar disso, o final de Homem-Aranha Através do Aranhaverso, além de deixar pontas soltas, é comercialmente apelativo. Seguindo a linha Marvel, o filme não deixa muitas dúvidas, mas é o final de um episódio de novela mexicana. Termina com uma ferida aberta, e já clama para a vinda para um próximo longa.
Num todo, dá pra ver que esse longa recebeu muito mais atenção e verba do estúdio se comparado com o anterior, e também com certeza teve dedinho dos estúdios Marvel nesse resultado final: tinha que ser uma trilogia, obrigatoriamente. Ou seja, o grande fan service durante o filme e o final apelativo são muito provavelmente resultado dos engravatados que injetam a grana esperando já o retorno estrondoso do público no próximo longa.
Estratégias capitalistas a parte, o longa reúne atos excelentes, mas seu final comprova que gordura entremeada na história só veio pra encher linguiça mesmo. Um final apelativo é a prova de que a história foi "estendida" o suficiente pra que um próximo filme fosse bem-vindo. E é nisso que reside o maior defeito dessa sequência.
Costumo pensar que quanto mais ambicioso o filme, maior a chance de ele perder créditos e ficar horrível. O novo longa com Miles Morales está bem longe de ser horrível, é uma animação belíssima e lotada de momentos excelentes, sem dúvida. Mas não se faz filme só com beleza. As comparações com seu antecessor são inevitáveis, principalmente depois de um resultado perfeito. Homem-Aranha no Aranhaverso tem tudo que um grande filme de super-herói precisa ter, e muito mais por arriscar um novo estilo e ter influenciado vários longas posteriores. Homem-Aranha Através do Aranhaverso é uma grande homenagem ao universo e história do teioso, com uma história sobre crescimento e controle sobre o destino que (mesmo com os pesares) é muito inteligente e ousada para o que estamos recebendo hoje das histórias de heróis, mas foi claramente infectada pelos interesses econômicos do estúdio. Isso é ruim? É uma questão aberta a discussão. Pra Sony é um banquete.
Apesar da influência do "business" sobre o filme, a virada do final é inegável em sua excelência. Muito bem orquestrada, cai como uma luva e me trouxe uma sensação de surpresa que eu não sentia desde um ato similar em "Cavaleiro das Trevas". Ou seja, ainda assim estou bem ansioso pra saber como vão lidar nessa sequência de terceiro longa que já é uma certeza.
Vale a pena assistir? Veja no cinema na tela de maior qualidade que puder, vale SUPER a pena. Vá disposto, porque tem partes paradas e você pode ficar com sono. No demais, aproveite essa grande aventura e, acima de tudo, deixe a mente aberta! Ótimo filme!
Mary Tyler Moore: A Dama da TV
4.0 2 Assista AgoraNão conhecia nada sobre Mary Tyler Moore, e gostei muito de ver um pouco mais da história dela. O documentário é bem feito e usa um modo interessante de focar na carreira, só mostrando cenas de suas séries de sucesso e vídeos em que Mary aparece, mesmo durante a fala dos "entrevistados".
É quase um compilado de depoimentos sobre o impacto de Mary na indústria do entretenimento, e de como isso gerou espaço para muitas mulheres hoje, como um grande exemplo e que é citada, Oprah Winfrey.
O doc inteiro tem aquele ar dos anos 60, 70 delicioso, então é gostoso de assistir. Por outro lado, por mais que mostrem como ela influenciou positivamente essa indústria sendo uma mulher independente e com ações "polêmicas" para o seu tempo, acho que o doc tem um teor bem mais biográfico do que em torno de um significado em si, o que não é ruim, mas não faria eu assistir novamente, por exemplo.
Bom documentário, bem feito e com a vida de uma pessoa notável. Foi um prazer te conhecer, Mary Moore!
Como Treinar o seu Dragão
4.2 2,4K Assista AgoraAnimação com visual muito bonito, os dragões são um show a parte, mas a história não tem muita novidade. Várias cenas de ação muito bem feitas.
A disputa entre amizade e preconceito, e também as expectativas que os outros geram sobre nós é algo abordado de várias formas já vistas. Não tira o mérito, o filme é bacana, mas respeitosamente acho superestimado. O final é bem interessante por trazer um tom "mais realista" dentro de suas limitações fantasiosas. Razoável, mas dá pra se divertir sim.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraFrozen, uma tentativa de revitalização da Disney, consegue seus objetivos até certo ponto. O nascimento desse "novo clássico" segue a onda moderna de empoderamento e de temas mais diversificados, mesmo que com clichês entremeados.
A ambientação da história é super bacana, além da trilha sonora marcante (não a toa, quantos covers de Let It Go existem por aí), e um roteiro interessante, que ao meu ver perde seu efeito no "gran finale". Apesar de trazer uma mensagem mais real e fraterna quanto ao amor verdadeiro, a solução é muito atropelada.
Elsa, que sofria o filme inteiro por não saber controlar os poderes, no final ao ter o ato de amor verdadeiro de repente sabe tudo sobre como controla-los.
O filme é bacana, mas é superestimado. Algumas partes são bem forçadas, mas é sempre bom ver a Disney tentando outras abordagens. Não perde a magia, tem várias partes boas. Filme razoável.
AIR: A História Por Trás do Logo
3.6 244 Assista AgoraAIR: A História Por Trás do Logo traz história interessante, mas que perde combustível por ser totalmente previsível, graças à fama de sua marca.
A graça de filmes que contam sobre "fatos" é como contam, e sim, aqui temos alguns pontos positivos. Matt Damon é muito convincente, mas o destaque fica para a incrível Viola Davis, e os dois dão um tom muito particular no filme. Porém.. o filme não tem surpresa nenhuma no jeito de contar as coisas. Tudo linear, sem muito mistério, e com os clichês de "persistência" e discursos bonitos. Viola Davis é que guarda a cena mais fantástica do filme, perto do final.
O filme não é ruim, é bacana, dá pra assistir tranquilo e curtir a história. Porém, não tem nada de marcante. Sorry, Affleck (te prefiro dirigindo do que atuando), esse não salvou. Razoável.
OBS: Achei interessante demais não mostrarem o Jordan, pois gera uma certa expectativa kk
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraRogue One: Uma História Star Wars apresenta "os rebeldes" dos rebeldes, e por consequência, os verdadeiros heróis da saga Star Wars.
Como já viram em muitos comentários anteriores, sim, é um filme de guerra. Talvez seja o filme mais sério de Star Wars, pois aqui é onde a República caiu de vez e já não existe escapatória. Inclusive, nossa protagonista nem espera por uma luz no fim do túnel. Mas engana-se quem acha que essa história é só um "bônus", pois na verdade ela é parte fundamental para que a primeira trilogia (eps 4, 5 e 6) existissem.
Tudo aqui é de alta qualidade, os personagens são bacanas e curiosos (e nem sempre agradáveis), o Império é realmente cruel e violento, as cenas gráficas são lindas e com ação impecável, e temos até mesmo personagens em CGI atuando perfeitamente. Mas o ponto alto, pra mim, é que Rogue One contém os significados que não vimos na última trilogia, no que diz a heroísmo e sacrifícios.
Rogue One representa uma luta desenfreada dentro da saga, em um núcleo isolado, mas super relevante, pois é a única história onde no final o que resta é SOMENTE a esperança. E sim, as cenas finais são muito emocionantes, e lembro da minha sensação no cinema até hoje. É de infartar. Perfeito!
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraStar Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith compensa tudo o que faltava nos outros dois filmes da sua trilogia e traz a maior discussão ideológica entre jedis e siths. Anakin aqui é o produto desse conflito entre sentimentos e apegos, que formam atitudes egoístas e destroem o "moralismo idealizado" dos jedi.
Nesse embate, temos grandes batalhas, cenários gráficos bem feitos, e um fechamento incrível ao final, unindo ação e muito drama. Não tem muito o que falar, é um dos meus filmes de Star Wars favoritos e tem sua história como fundamental na saga. Excelente!
Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones
3.7 775 Assista AgoraO episódio II de Star Wars, parte da trilogia amplamente criticada, é um filme cheio de mudanças de rota que seriam fundamentais pro futuro da história, e com certeza é um dos filmes mais (senão "o mais") políticos da saga, e nisso mora um grande ponto positivo.
A história é mais ampla e profunda do que o anterior, se passando 10 anos depois dos eventos de Ameaça Fantasma, e reúne vários personagens fundamentais e os embates iniciais entre as discussões da validade da República, democracia e o início de uma guerra que seria explorada não somente nos filmes, como também em séries canônicas. Curto muito o tom investigativo da trama, que fica principalmente com o Obi-Wan, e o final lotado de ação desenfreada. O final é mais caótico e interessante, e já deixa claro que ali é só o começo de muito mais conflitos.
A atuação não é nada demais, principalmente o ator do Anakin, mas convenhamos que atuação nunca foi o forte de Star Wars. Sim, as tão criticadas cenas de romance entre Anakin e Padmé são arrastadas e até constrangedoras em alguns momentos. Porém, vejo que faz sentido ter esse pedaço na trama, que com certeza poderia ter sido feito muito melhor. O sentido é justamente mostrar o embate do jedi entre cumprir seu compromisso com a ordenança e lutar contra os "impulsos humanos", pois sem esse embate não haveriam outras discussões calorosas que culminariam nos "outros lados" da força. É totalmente válido mostrar que isso existe, como é mostrado em outros momentos de raiva do Anakin, demonstrando outra polarização. Mas sim, o ator é bem sem graça, essas cenas poderiam ter muito mais peso. Anakin é um personagem complexo e merecia um tratamento melhor.
Em relação ao longa anterior, o filme tem boas cenas de ação mas tem o ritmo ainda mais lento, devido aos primeiros atos que oscilam entre investigação e romance. A história é mais política, mais profunda e mais complexa, por outro lado a perca de ritmo com o romance atrapalha em alguns momentos. Algo muito bacana é a história abordar o "enfraquecimento" do conselho jedi, e ver isso unido a ações de questionamento pelos seus próprios seguidores de seus princípios é relevante. Ou seja, mesmo os jedis com sua benevolência moral tem suas implicações por ignorarem que, no final, também são criaturas com vontades, desejos e emoções. O longa tem eventos fundamentais e com certeza vale a pena assistir por isso. Consegui me divertir mesmos com seus deslizes. Bom filme!
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 809 Assista AgoraUm filme com gostinho de conclusão do início ao fim, Guardiões da Galáxia Vol. 3 fecha muito bem a trilogia de heróis desajustados e só reforça a consagração do "estilo James Gunn".
Diferente dos outros dois anteriores, o longa começa com um baixo astral que percorre os personagens após os eventos desastrosos da guerra pelas joias do infinito, entre outros conflitos,mas principalmente pelas perdas que passaram durante esses anos. Um ponto super positivo, pois traz um filme da Marvel sabendo construir e tornar relevante um drama (ou melhor, James Gunn sabe). O que o filme tem de piadas bobas é justificado para aliviar o peso de cenas que desequilibram o bizarro, cenas de tortura e muita emoção.
A trilha sonora não é tão cativante quanto a dos dois primeiros, e nem tão "entremeada" na história como feito antes, mas tem sim seus bons momentos. A adição esperada de Adam Warlock deixa a desejar por seu propósito, poderia ser melhor aprofundado ou construir mais sentido, mas não atrapalha na história, o mesmo acaba ocorrendo com Cosmo, uma personagem interessante mas vazia. O vilão, apesar de muito interessante, se assimila muito com o vilão do segundo filme em seus objetivos, com a diferenciação de utilizar de cobaias e não sua prole para cumpri-los. Mas veja, nada disso apaga o mérito e a jornada dos guardiões nesse terceiro longo.
É um grande mérito ver os riscos desse filme, julgo ser o filme mais ousado da Marvel. Não somente tortura e violência explícitas, temos catástrofes na história, e tudo isso para conseguir colocar em prova algo que desde o primeiro longa é construído: o poder das amizades e de como elas podem ser o último fio de esperança para algo. Quando você percebe que conseguiu se emocionar com vários personagens em CGI numa cena fica claro que houve uma excelente construção de personagem para culminar nessa aproximação. Tenho certeza que se essa mesma história fosse contada no primeiro longa, não teríamos o mesmo impacto. Guardiões da Galáxia 3 aperta em todas as feridas que foram construídas desde sua chegada em 2014 e finaliza (assim esperamos) de maneira grandiosa e, ao mesmo tempo, justa e sem fantasias felizes.
Esse desfecho com certeza é só um "até logo" por parte da Marvel, mas é uma conclusão bem elaborada pra esse grupo de malucos que construiram uma família através das suas piores dores. Ótimo filme!
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraReassistindo depois de muito tempo! Provavelmente foi o filme da saga que mais assisti, pois era o único que tinha o VHS aqui em casa quando eu era criança. Reconheço que o filme tem seus pontos fracos, mas não é o pesadelo que vendem por aí, tem coisa bem pior.. tipo o episódio 9 kkk
Vejo que o Capítulo I carrega uma responsabilidade enorme por ser o início da saga, então é claro que os olhares críticos são justos. O filme tem ação, mas tem muitos momentos de diálogos, política e suspense, o que pra mim é bom, mas perde um pouco de ritmo se comparado à primeira trilogia. O elenco é bacana, os personagens são interessantes (sim, até o JarJar kkkk pra mim um alívio cômico inocente), as cenas de luta são muito boas, mas minha parte favorita é a corrida de pod!
Pra mim o maior problema nesse filme é a história ser percorrida em cima de uma estrutura pouco aprofundada. Toda a justificativa gira em torno de um "conflito comercial", e disso grandes coisas (como dar sequência a uma profecia) acontecem. Sim, tem a ver com ser guiado pela força, e por isso não existiriam "coincidências". Mas gente, tem coincidências demais nessa história, em várias partes! Acho que esse exagero também enfraquece muito no roteiro.
O filme é divertido de assistir, e é interessante e emocionante ver a origem do Anakin. Pra mim as melhores cenas ocorrem no seu planeta natal, e as passagens com sua mãe são incríveis. Pra quem não assistiu, vale a pena ver sim, assista, se deixe levar pela experiência e tire as próprias conclusões. Bom filme!
Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraGuardiões da Galáxia Vol. 2 estende o que já era ótimo no primeiro filme, traz personagens novos carismáticos, explora personagens já conhecidos e traz o filme mais emocionante do MCU.
Desde que foi lançado se tornou um dos meus filmes de super herói favoritos. É muito engraçado, tem cenas de ação maravilhosas, expande a equipe de forma bem orgânica, e tem um vilão lunático mas muito bem composto. De quebra, mesmo com sua irreverência a la James Gunn, o filme traz uma mensagem linda sobre valorizar quem está ao nosso lado.
A exploração de personagens, antes secundários, como Yondo e Nebulosa é um ponto muito alto, revelando áreas mais emocionais desses personagens malucos. Ao longo do filme isso vai elevando o peso da história, que gira em torno de laços dos personagens. A importância, não só do sentido de equipe, mas de valorizar aqueles que passam as dificuldades conosco é o ponto chave da sequência.
Um forte destaque para o visual lindíssimo do filme, e claro, a trilha sonora marcante já conhecida dos guardiões da galáxia. Se eu falar mais vou só puxar saco, amo demais esse segundo filme. O vilão parece "invencível", as cenas de ação super bem feitas combinando com a trilha sonora, os efeitos perfeitos. Sem críticas. Só aproveitem e sintam a emoção dessa história. Perfeito!
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraO melhor grupo dos filmes da Marvel Studios da atualidade, em seu começo totalmente caótico e mega divertido! Filme super bacana cheio de personagens carismáticos, história interessante, atores MUITO bons, efeitos e cenários LINDÍSSIMOS, e que rendeu várias participações em outros longas e mais duas sequências.
Assistindo para me preparar para o terceiro, lembro quando assisti nos cinemas sozinho e que me surpreendi demais. Uma aventura interestelar cheia de naves, alienígenas e 0 dignidade hahahaha James Gunn entregou um prato cheio que abriu portas para muitas outras coisas.
O que eu mais curto aqui é o filme ter uma história cativante, dramática e até emocionante em algumas partes, mas manter seus personagens imperfeitos e com suas características únicas. O universo é muito rico, e foi o pontapé que apresentou o Thanos que seria muito desenvolvido em outros longas do universo Marvel.
A trilha sonora é um show a parte, né? Claro que as cenas ficam muito melhores com essa trilha, e o mais legal é pensar que a trilha está entremeada na história do protagonista.
Pra quem ainda não viu, vale muito a pena. Um excelente filme de ação e lotado de estilo!
Bill & Ted: Encare a Música
2.8 147 Assista AgoraEu não conhecia Bill e Ted, fui assistir buscando um filme leve e por saber da participação do Keanu dei uma chance..
É aquilo, não tem muito sobre o que falar. É besteirol, bobo, muito bobo, super bobo, fraquinho. Tudo muito forçado e sem graça. Tem algumas partes divertidas, é interessante ver as "lendas" da música reunidas. A ideia não é de todo ruim, só que o filme não é engraçado.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraCisne Negro foi o filme que me apresentou ao Aronofsky, quando eu era um adolescente de 13/14 anos. Lembro que na época não entendi muita coisa, mas foi um filme fundamental pra mim, pois colocou aquela pulga atrás da orelha sobre o que era um terror psicológico, e como os filmes poderiam utilizar ações conceituais, e me mostrar a não somente interpretar a história puramente pelo que está em tela.
Natalie Portman é simplesmente brilhante e consegue carregar muito bem sua personagem complexa. Nina é frágil, doce, 150% dedicada, ingênua, e cheia de desejos reprimidos e até inexplorados. Acho uma personagem super interessante, pois me faz pensar muito na nossa passagem de infância para adolescência, onde tudo muda e todos os hormônios vem gritando, mas é como se no caso dela fosse algo tardio. Dá pra perceber que é uma personagem que foi muito abusada, emocionalmente e fisicamente, não só por sua mãe, mas por ela mesma, que ao longo do tempo construiu a própria métrica muito alta do que denomina perfeição, e onde perder não é uma opção. O restante do elenco também é bem bacana, mas o foco é total na Natalie, mesmo com as aparições super rápidas da Winona Ryder.
As cenas de coreografias são formidáveis, e o filme desenrola muito bem. Tem um contraste interessante entre as cenas. O filme inteiro parece muito.. caseiro. Não são imagens "em alta definição", são rotineiras na maior parte do tempo, e até na companhia de dança tudo parece bem caseirão. Por outro lado, o espetáculo final é super visual e muito bem produzido, inclusive é quando entram os efeitos especiais. Foi feito de propósito? Só a produção sabe.
Toda a história de Nina acaba sendo similar à do espetáculo que irá encenar, o Cisne Negro, numa jornada que envolve destruir um de seus lados para que o outro se deixe dominar. Somente assim, ela alcançará a tão almejada perfeição, ou admiração pelos outros, que tanto busca. É um filme com passagens bem tensas, talvez um certo exagero sexual em alguns momentos, incomoda, mas é um misto de jornada individual, esquizofrenia, ambição e desejos que cercam nossa protagonista. Ao meu parecer, a personagem é tão ingênua que o filme passa ares imaturos em alguns momentos, o que às vezes torna a personagem quase caricata. O final é muito recompensador. Ótimo filme!
Hamilton
4.5 257 Assista AgoraAntes de qualquer coisa, aquela boa e velha recomendação: se você não curte musicais, melhor assistir outra coisa. Esse aqui é 100% cantado, o que pra mim é um deleite, mas pra quem não curte pode ser chatíssimo.
Hamilton é um espetáculo que reúne história dos EUA, conflitos históricos, e uma mini biografia de Alexander Hamilton, utilizando rap e hip hop para expressar as canções. O resultado disso é um divertido entretenimento que fez 2h20 parecerem 1h. Tudo é MUITO bem feito.
Apesar do cenário ser "simples", tudo se desenrola no mesmo palco com poucas movimentações de elementos, um campo de guerra pode se tornar um escritório em 2 segundos, e claro que isso contribui para a velocidade e dinamismo da história.
Nos últimos tempos havia escutado falar muito sobre Hamilton e de como estourou como sucesso estrondoso, mas faz jus ao que dizem. Hamilton tem todas as qualidades de um excelente espetáculo. Um elenco maravilhoso, com músicas incríveis, que trazem drama, medo, ambição e humor. Apesar do tom "histórico", tudo isso ganha outros ares com as músicas que de um modo não convencional acabam encaixando no contexto. Realmente, muito bem pensado.
É suficiente para se atrair pela história de Hamilton? Sinceramente, eu provavelmente não leria o livro de quase 800 páginas em que o musical foi inspirado. O divertido da peça são os conflitos de poder sem fim, as músicas em si e o desenrolar, e o livro é a biografia do protagonista. O musical vende a maioria ali como heróis, ou seja, tem seu puxa saquismo. Prefiro assistir ao musical pensando no que ele é: entretenimento. Mas sim, tem uma mensagem bem bacana ao final sobre algo que corrompe e eterniza os humanos: legado. Musical excelente!
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraMuuuito surpreso com esse filmão com grandes nomes! Nunca tinha visto, e gostei muito do resultado!
É um suspense bem construído, e o que mais curti foi que se tirarmos o elemento "religioso", é uma história que estaria passível de ocorrer sob olhos humanos. Traz dilemas interessantes, sobretudo voltados à legislação e defesa de criminosos, mas também sobre os preços das escolhas sobre outras pessoas para benefícios próprios.
Keanu Reeves e Al Pacino estão em grande forma! Charlize Theron excelente também, trazendo tudo a tona. O papel dela me lembrou um pouco "O Bebê de Rosemary", onde os personagens competem para fazê-la acreditar que está louca. Atuações no geral admiráveis, efeitos interessantes, mas o maior foco da história é realmente o roteiro.
Achei o final meio apelativo, foi a única parte que me desagradou. O filme inteiro é bem unido e congruente, mas o final consegue elevar as intenções do diabo, que estavam sob visão concentrada no cenário do personagem do advogado, a um nível global, o que traz o tom apelativo. Por outro lado, o final do advogado em si é interessante, e realista, onde mostra que mesmo as segundas chances não estão a salvo dos seus perigos.
Vale muito a pena ver como filme de suspense, ótimo!
Kung Fu Panda
3.5 804 Assista AgoraAnimação bacana, muito bonita visualmente, e com história simples! Mais de 10 anos de seu lançamento e ainda acho uma animação bem divertida. A mensagem já é bem batida, mas ali fica bem contextualizada. Acredito que poderiam ter explorado um pouco mais dos lutadores principais na trama, que acabam sendo papeis bem pequenos no desenrolar. Pra quem ainda não assistiu, vale a pena, é bem divertido. Bom filme!
I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston
3.5 187 Assista AgoraCinebiografia interessante, não assisti com ares críticos quanto à veracidade das informações, pois não conheço muito da Whitney Houston, então a análise foi feita com base no que há em tela.
A história é bacana, mas no final parece que foi acelerada, mesmo sendo um filme longo demais para o que promete, ao meu ver. Ou seja, existe um desequilíbrio entre tempo utilizado e tempo funcional.
Naomi Ackie atua brilhantemente, e pra mim é o ponto mais alto do filme. A interpretação dela como Whitney ficou muito bem feita, as dublagens (pois aparentemente ela não cantou), os movimentos, tudo traz uma semelhança muito grande com a cantora. O elenco que a acompanha poderia ter uma dedicação um pouco mais alta, mas também são poucos os momentos de enfoque nos outros como principais.
Pra quem curte música, o filme é bem gostoso pra entreter. Fico em dúvida se vale a pena retratar tantas performances no filme, acaba servindo mais como fan service. De qualquer forma, consegue entregar bastante sobre a vida da Whitney, bastidores de gravações (mesmo que menos do que outras cinebiografias musicais), e as performances mais icônicas. Bom filme!
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 694 Assista AgoraJohn Wick 4 foi meu primeiro John Wick, fui assistir no cinema sem contexto nenhum, somente sabendo que seria um filme de ação e que tinha o Keanu Reeves (muito amado por mim). A surpresa não poderia ser maior.
Em tempos onde "você tem que assistir como um filme de ação" é a frase justificativa para aceitar filmes com roteiros horríveis de super heróis forçados, John Wick 4 é divertido, reúne várias técnicas, coreografias extensas de luta, exagero, e muito mais!
Foi uma experiência incrível assistir essa história no cinema, mesmo sem o contexto dos anteriores, e consegui pegar o ritmo perfeitamente. Em alguns momentos rola um certo suspense ao clima "007", mas quando a porradaria começa... é hipnotizante!
O vilão interpretado pelo Bill Skarsgård é um ponto bem forte. Ao que parece, o filme parece deixar cenas mais profundas de atuação para os personagens em torno do protagonista. O John Wick acaba sendo o personagem mais superficial, com poucas falas e mais dedicado a executar as coreografias da trama. Aqui Keanu Reeves não é um excelente ator, mas cumpre bem seu papel de portador de um protagonismo silencioso e focado na ação.
Tem tudo o que um bom filme de ação precisa ter: sequências frenéticas, balas que não terminam, golpes com tudo que encontrar pela frente, e uma pequena dose de justificativa (o final é uma grande dose que traz todo o significado dessa jornada). Os planos sequência (alguns sem cortes) de luta são o ponto mais alto do filme. A ambientação é muito bacana, com cenários diversos, fotografia bela, figurinos show.
Minha experiência parecia ser assistir a um jogo de ação em forma de filme. Uma comparação pra isso é a cena da festa, onde o pessoal realmente parece só um bando de NPC dançando enquanto tudo está sendo destruído, tendo até certa dose cômica. Atinge seu objetivo, emociona e agonia. Deixou vontade de ver os outros longas. Excelente!
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 788 Assista AgoraFinalmente, um dos poucos acertos de adaptação de jogos para filmes! Super Mario Bros.: O Filme tem visual impecável, trilha sonora divertida, história clara e lotada de referências aos games, e muito mais!
Muito satisfatório ver um filme com gráficos riquíssimos de um jogo tão amado, vale a pena conferir no cinema pra curtir as imagens na telona. O filme também apresenta personagens do mesmo universo, e fica muito claro que sequências virão por aí.
Por outro lado, assim como outros filmes do mesmo estúdio (Illumination), o filme é extremamente bem feito, com 0 mensagem e profundidade. É uma jornada com início, meio e fim, pontos muito divertidos, e tecnicamente impecável, mas num embate com grandes estúdios de animação do mercado pelos prêmios, é geralmente esse "a mais" que faz outro filme ganhar.
O filme acerta no que ele foca: presentear os fãs, e claro, vender a proposta de algo mais longínquo. Com certeza vale a pena assistir, e já é um dos filmes mais legais do ano. Bom filme!
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraO Bebê de Rosemary é um grande clássico, e não sem motivo. É um trhiller psicológico bem construído onde até o momento final não se tem certeza sobre o que é delírio e o que é espiritual.
Mia Farrow com certeza é a estrela do longa, mas o elenco no geral colabora para a construção do suspense que se estende de forma natural, mesmo com uma duração razoavelmente longa.
O que realmente mais admiro no filme é como, principalmente na primeira vez em que assistimos, sabemos que algo de muito errado está acontecendo, mas nunca temos certeza do quê. O roteiro não faz questão de deixar tudo explícito de cara, faz com que você vá provando das teorias de Rosemary, e também do ambiente a sua volta, em seu momento delicado, e diferenciado, de gravidez.
Não me dá medo, mas é um filme pesadinho, sobretudo envolvendo a inocência da gravidez atrelada a fatores sobrenaturais e drama psicológico. Vale a pena assistir com certeza. Pra mim, o final é a melhor parte, onde as decisões lutam entre si para saber se o "amor materno" é realmente sem fronteiras. Ótimo filme!
Os Banshees de Inisherin
3.9 572 Assista AgoraMuitos falam de Os Banshees de Inisherin como um filme focado na amizade. Eu não encaro dessa forma. Pra mim, a amizade ali é só um pretexto pra receber os impactos de decisões por algo muito maior: o propósito.
Colin Farrell e Brendan Gleeson formam a dupla que percorre essa trama cheia de analogias que utiliza figuras mitológicas e a isolada ilha de Inisherin para passar uma mensagem sobre morte e como nossas escolhas podem ou não deixar uma marca no mundo, e o preço disso.
É um filme que provavelmente não agrada facilmente. As atuações são muito boas, no geral o elenco consegue desenvolver bem a história e focar nos simbolismos principais. A parte técnica de figurino, fotografia, etc é bem completa, mas o foco pra mim fica no elenco. O filme tem uma certa dose de humor interessante, assim como ocorre no drama anterior do diretor, Três Anúncios para um Crime.
Focando na mensagem, acredito que Inisherin pode ser qualquer lugar, é uma representação de palco para o mundo no geral, onde existe o velho questionamento "estamos vivendo ou somente existindo?". E claro que algumas relações podem agir com propulsão ou retenção desses verbos, e nisso depende das nossas escolhas e sacrifícios a que estamos dispostos. Ótimo filme!