Um grande filme, e não só isso, um espetáculo irresistível de um diretor que sabia muito bem o filme que queria fazer. Eu fiquei maravilhado como tudo aqui é impecável e digno de nota, desde a técnica até o elenco... Tom Hanks está em seu melhor momento em anos, pra mim, o que me surpreendeu, já que é uma atuação sob quilos e quilos de maquiagem, e ainda assim, ele entrega uma interpretação nuançada, ambígua, e a grande força-motriz do filme, como esse narrador não-confiável - o que, aliás, eu acho um acerto e tanto do roteiro, principalmete por estruturar a história do Elvis de um ponto de vista externo, ao invés de recorrer ao básico que filmes biográficos costumam fazer. E Austin Butler, realmente, dispensa comentários. Ele encarna Elvis Presley. É embasbacante acompanhar como, principalmente nas cenas do cantor antes da velhice (que dura pouco no longa, ainda bem), o cara simplesmente se torna o Elvis. E o jogo de câmeras orquestrado pelo Luhrman também ajuda demais nisso: existe um fascínio, que está explicitado no roteiro, pela figura do Butler, pelos seus movimentos tanto no palco quanto fora dele, pela inocência que ele acrescenta ao personagem, pelo rosto que, sob a câmera da Mandy Walker, parece algo praticamente esculpido, a beleza inalcançável que beira o divinal. E o que ajuda mais nisso é, justamente, a escolha de não fazer do Elvis o principal protagonista desse filme: cria-se um distanciamento, de tal modo que se torna muito mais fácil mitificar sua imagem enquanto ícone pop. E, aqui, o objetivo é alcançado com sucesso.
Passei a meia hora final desse filme segurando uma vontade enorme de ir no banheiro, o que foi a pior decisão de todos os tempos, pois se eu tivesse abandonado esse filme sem ver os cinco minutos finais, teria saído da sessão achando ele completamente lindo. Mas que decisão bizarra de roteiro o que acontece no final. Invalida muito do que veio antes pra mim, infelizmente.
É curioso como nesse mundo onde o ser humano não sente mais dor, a proposta de Cronenberg ao relacionar cirurgias às elites intelectuais e à construção de uma nova forma de prazer soa como algo crível. Apesar disso, foi tão fácil entrar na proposta, como também foi fácil pra sair, quando o filme se encaminha para concluir sua trama de mistério com uma simples conspiração em torno da ideia apresentada pelo filme, relacionada aos órgãos tatuados, ao organismo do garoto morto, e uma evolução induzida da raça humana. Mas não me entenda mal, acho todo o conceito que rodeia a história fascinante. E, pra falar a verdade, o cineasta nunca antes apresentou um universo tão bizarro de uma forma tão elegante, o que contribui para o filme funcionar, no final das contas. E até a ser um pouco sensual - nisso, se relaciona bastante com o Crash, filme que ele lançou em 1996, embora, diferentemente desse, em Crimes of the Future o foco seja muito menos na parte sexual dessa anomalia toda.
Os quatro principais personagens são defendidos brilhantemente por seus respectivos atores, e Kristen Stewart, especialmente, está completamente imersa em uma persona muito diferente de tudo o que ela já fez. Mas é Viggo Mortensen que rouba o filme de assalto toda vez que aparece em cena, e o mais impressionante: em uma performance muito sutil, que poderia facilmente ser atropelada pela grandiosidade narrativa do filme em si. Acredito que só grandes atores têm essa capacidade.
Nem tudo funciona, mas a segunda metade do filme é de uma força muito impressionante, que fica, e fica mesmo. Ficou comigo, e olha que eu vi o filme há dias, simplesmente não consigo esquecer. E o Rodrigo de Oliveira nunca filmou tão lindamente. Além disso, que Deus o abençoe por ter visto em Renata Carvalho sua co-protagonista, porque o que ela faz aqui é digno de aplausos em todos os sentidos. É uma performance completamente inesquecível, que rouba o filme pra si sempre que aparece, como deveria mesmo ser o papel dessa personagem no que essa narrativa representa para os personagens e para nós, que somos convidados a acompanha-los através da lente deles mesmos, de uma forma íntima, quase como um espectador indesejável de tudo aquilo. Brilhante.
A história de quase amor entre um carentão descolado e uma vaca sem nenhuma responsabilidade emocional e mesmo assim consegue ser incrível. Ainda mais por fazer todos esses personagens problemáticos muito apaixonantes. Eu amei.
Podia sobreviver bem sem os letreiros no final né? Aquilo ficou beeem estranho depois de tudo que veio antes. Ainda assim, um bom filme, muito bem montado por sinal.
Marcelo Galvão só podia estar com dívida de jogo porque só com alguém ameaçando quebrar as suas pernas se você não pagar que você topa um trabalho desses.
Bobo de tudo, mas eu dei boas gargalhadas com algumas piadas bem espertas e que dialogam bem com a nossa comunidade. Dessas comédias românticas gays que vêm saindo em maior número recentemente, essa se destaca (mas as outras, em sua maioria, são horríveis, então nem sei até que ponto é um mérito kkkk).
A interação entre os protagonistas é boa e segura boa parte do filme (principalmente a Thalita Carauta, que está sensacional) mas a resolução do mistério é a coisa mais brochante ever.
Morri que no fim o vilão de tudo era realmente o capitalista. Humor nos tempos de fome, talvez o alento seja mesmo um grande circo (porque o pão não tá tendo).
É quase um anti-Breillat, o que acho bem ousado da parte dela. Talvez tenha sido um experimento dela, necessário, pra que ela pudesse saber que definitivamente esse não é o cinema que queria fazer. De qualquer forma, é filmaço, a cena do sexo (e a história por trás dela) é, no mínimo, pitoresca. Grande revelação que foi Guilles Guillain.
Vou demorar um tempo para processar o que vi. Por ora, foi um cultural reset pra mim, e um impacto gigante ao perceber as possibilidades que o cinema pode proporcionar ao contar uma história. E é tão RARO se deparar com esse tipo de revelação, e o pior é que eu já vi vários filmes de Catherine Breillat e NADA me preparou para essa, que é sua magnum opus sem a menor dúvida. O rosto de Anaïs no final jamais sairá de minha mente.
O clímax tem suas qualidades, mas refletindo sobre o filme eu acredito que o problema principal aqui é de montagem. A primeira hora do filme é muito sofrida em questão de ritmo, e tem uma porção enorme de cenas que poderiam ter tido edição melhor para que essa sensação entendiante não predominasse no filme. É claro que o elenco é um problema e tal, mas isso já é algo tão recorrente no cinema que o Hsu Chien faz que eu já fui pro filme esperando exatamente isso que ele entregou. Mas diferente de vários anteriores do diretor, o roteiro de Me Tira da Mira é até bem criativo, e interessante.
Bacana, mas o final arruina o filme demais, é tudo muito tosco e sem noção. É algo que acontece bastante no gênero horror né, não é surpresa, mas enfim...
É bom, a cena do acontecimento em si é realmente boa, mas a personagem é mais rasa que um pires, e, sendo assim, fica bem difícil de gostar do filme - ainda mais quando filmes como 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias existem no mundo, e antes desse.
Não amei cada pequeno detalhe, mas os 15 minutos finais desse filme são absolutamente fenomenais. A construção da tensão através da dualidade entre o feminino e o masculino, o amor e o ódio, o muito e a falta... é tudo tão delicado que soa natural que ele acabe da forma que acaba, mesmo que seja um forma brutal de encerrar a história, existe uma ternura imensa na maneira com que a protagonista termina por executar o que planejou. E o que dizer da cena final? De certo, uma das mais bonitas que o nosso cinema já produziu.
Houve um momento, por volta de trinta, quarenta minutos, em que eu realmente achei que o filme ia desandar e ir para um caminho absolutamente didático e desagradável. Não acontece, e, pelo contrário, foi escalando absurdamente até o final de uma forma que me deixou cada vez mais tenso e imerso na história e, principalmente, no trabalho do elenco inteiro. Apesar de ser uma obra muito investida na direção, montagem e como essas duas maneiras de enxergar uma história podem convergir, nada disso funcionaria sem um elenco completamente formidável, e a galera aqui manda muito bem. Infelizmente, ele comete o erro de errar o momento de encerrar a trama, e achei a cena final muito decepcionante, principalmente porque ela surge logo após o corte de uma sequência muito mais interessante. E me soou um tanto como uma reiteraçao irritante do próprio discurso, o que é sempre muito ruim. Fora isso, é um filmaço.
Elvis
3.8 757Um grande filme, e não só isso, um espetáculo irresistível de um diretor que sabia muito bem o filme que queria fazer. Eu fiquei maravilhado como tudo aqui é impecável e digno de nota, desde a técnica até o elenco... Tom Hanks está em seu melhor momento em anos, pra mim, o que me surpreendeu, já que é uma atuação sob quilos e quilos de maquiagem, e ainda assim, ele entrega uma interpretação nuançada, ambígua, e a grande força-motriz do filme, como esse narrador não-confiável - o que, aliás, eu acho um acerto e tanto do roteiro, principalmete por estruturar a história do Elvis de um ponto de vista externo, ao invés de recorrer ao básico que filmes biográficos costumam fazer. E Austin Butler, realmente, dispensa comentários. Ele encarna Elvis Presley. É embasbacante acompanhar como, principalmente nas cenas do cantor antes da velhice (que dura pouco no longa, ainda bem), o cara simplesmente se torna o Elvis. E o jogo de câmeras orquestrado pelo Luhrman também ajuda demais nisso: existe um fascínio, que está explicitado no roteiro, pela figura do Butler, pelos seus movimentos tanto no palco quanto fora dele, pela inocência que ele acrescenta ao personagem, pelo rosto que, sob a câmera da Mandy Walker, parece algo praticamente esculpido, a beleza inalcançável que beira o divinal. E o que ajuda mais nisso é, justamente, a escolha de não fazer do Elvis o principal protagonista desse filme: cria-se um distanciamento, de tal modo que se torna muito mais fácil mitificar sua imagem enquanto ícone pop. E, aqui, o objetivo é alcançado com sucesso.
Ela e Eu
3.6 17Passei a meia hora final desse filme segurando uma vontade enorme de ir no banheiro, o que foi a pior decisão de todos os tempos, pois se eu tivesse abandonado esse filme sem ver os cinco minutos finais, teria saído da sessão achando ele completamente lindo. Mas que decisão bizarra de roteiro o que acontece no final. Invalida muito do que veio antes pra mim, infelizmente.
Andrea Beltrão é genial, mesmo assim.
Influencer de Mentira
3.2 90 Assista AgoraO final quase arruina tudo o que veio antes, mas eu achei um filme bem interessante enquanto o thriller soft que ele é. E tô do lado da Danni.
Men: Faces do Medo
3.2 395 Assista AgoraO filme é uma besteira, mas o Rory Kinnear se provou demais aqui. Atorzaço.
Crimes do Futuro
3.2 263 Assista Agora"Sugery is the new sex"
É curioso como nesse mundo onde o ser humano não sente mais dor, a proposta de Cronenberg ao relacionar cirurgias às elites intelectuais e à construção de uma nova forma de prazer soa como algo crível. Apesar disso, foi tão fácil entrar na proposta, como também foi fácil pra sair, quando o filme se encaminha para concluir sua trama de mistério com uma simples conspiração em torno da ideia apresentada pelo filme, relacionada aos órgãos tatuados, ao organismo do garoto morto, e uma evolução induzida da raça humana. Mas não me entenda mal, acho todo o conceito que rodeia a história fascinante. E, pra falar a verdade, o cineasta nunca antes apresentou um universo tão bizarro de uma forma tão elegante, o que contribui para o filme funcionar, no final das contas. E até a ser um pouco sensual - nisso, se relaciona bastante com o Crash, filme que ele lançou em 1996, embora, diferentemente desse, em Crimes of the Future o foco seja muito menos na parte sexual dessa anomalia toda.
Os quatro principais personagens são defendidos brilhantemente por seus respectivos atores, e Kristen Stewart, especialmente, está completamente imersa em uma persona muito diferente de tudo o que ela já fez. Mas é Viggo Mortensen que rouba o filme de assalto toda vez que aparece em cena, e o mais impressionante: em uma performance muito sutil, que poderia facilmente ser atropelada pela grandiosidade narrativa do filme em si. Acredito que só grandes atores têm essa capacidade.
Persuasão
2.7 182 Assista AgoraDesde que eu li um tweet dizendo que a Dakota Johnson tem muito a cara de quem sabe o que é um iPhone, eu simplesmente não consigo mais desver.
Os Primeiros Soldados
3.8 24Nem tudo funciona, mas a segunda metade do filme é de uma força muito impressionante, que fica, e fica mesmo. Ficou comigo, e olha que eu vi o filme há dias, simplesmente não consigo esquecer. E o Rodrigo de Oliveira nunca filmou tão lindamente. Além disso, que Deus o abençoe por ter visto em Renata Carvalho sua co-protagonista, porque o que ela faz aqui é digno de aplausos em todos os sentidos. É uma performance completamente inesquecível, que rouba o filme pra si sempre que aparece, como deveria mesmo ser o papel dessa personagem no que essa narrativa representa para os personagens e para nós, que somos convidados a acompanha-los através da lente deles mesmos, de uma forma íntima, quase como um espectador indesejável de tudo aquilo. Brilhante.
Cha Cha Real Smooth - O Próximo Passo
3.8 75 Assista AgoraA história de quase amor entre um carentão descolado e uma vaca sem nenhuma responsabilidade emocional e mesmo assim consegue ser incrível. Ainda mais por fazer todos esses personagens problemáticos muito apaixonantes. Eu amei.
Deus Tem AIDS
3.5 9Podia sobreviver bem sem os letreiros no final né? Aquilo ficou beeem estranho depois de tudo que veio antes. Ainda assim, um bom filme, muito bem montado por sinal.
Fourth Grade
2.6 5 Assista AgoraMarcelo Galvão só podia estar com dívida de jogo porque só com alguém ameaçando quebrar as suas pernas se você não pagar que você topa um trabalho desses.
Kimi: Alguém Está Escutando
2.9 117O Soderbergh resolveu fazer um filme de pandemia, e assim como todos os outros exemplares desse subgênero moderno, não chega nem perto de ser bom.
Spiderhead
2.5 197 Assista AgoraProvavelmente, o novo filme favorito da Xuxa.
Fire Island: Orgulho & Sedução
3.4 86 Assista AgoraBobo de tudo, mas eu dei boas gargalhadas com algumas piadas bem espertas e que dialogam bem com a nossa comunidade. Dessas comédias românticas gays que vêm saindo em maior número recentemente, essa se destaca (mas as outras, em sua maioria, são horríveis, então nem sei até que ponto é um mérito kkkk).
Carro Rei
2.9 26we live in a society
O Silêncio da Chuva
3.0 33 Assista AgoraA interação entre os protagonistas é boa e segura boa parte do filme (principalmente a Thalita Carauta, que está sensacional) mas a resolução do mistério é a coisa mais brochante ever.
Não Vamos Pagar Nada
2.6 88 Assista AgoraMorri que no fim o vilão de tudo era realmente o capitalista. Humor nos tempos de fome, talvez o alento seja mesmo um grande circo (porque o pão não tá tendo).
Breve Travessia
3.8 7É quase um anti-Breillat, o que acho bem ousado da parte dela. Talvez tenha sido um experimento dela, necessário, pra que ela pudesse saber que definitivamente esse não é o cinema que queria fazer. De qualquer forma, é filmaço, a cena do sexo (e a história por trás dela) é, no mínimo, pitoresca. Grande revelação que foi Guilles Guillain.
Para Minha Irmã
3.3 111Vou demorar um tempo para processar o que vi. Por ora, foi um cultural reset pra mim, e um impacto gigante ao perceber as possibilidades que o cinema pode proporcionar ao contar uma história. E é tão RARO se deparar com esse tipo de revelação, e o pior é que eu já vi vários filmes de Catherine Breillat e NADA me preparou para essa, que é sua magnum opus sem a menor dúvida. O rosto de Anaïs no final jamais sairá de minha mente.
Paris, 13° Distrito
3.8 32 Assista AgoraAudiard mal das pernas.
Me Tira da Mira
2.0 30O clímax tem suas qualidades, mas refletindo sobre o filme eu acredito que o problema principal aqui é de montagem. A primeira hora do filme é muito sofrida em questão de ritmo, e tem uma porção enorme de cenas que poderiam ter tido edição melhor para que essa sensação entendiante não predominasse no filme. É claro que o elenco é um problema e tal, mas isso já é algo tão recorrente no cinema que o Hsu Chien faz que eu já fui pro filme esperando exatamente isso que ele entregou. Mas diferente de vários anteriores do diretor, o roteiro de Me Tira da Mira é até bem criativo, e interessante.
Fresh
3.5 520 Assista AgoraBacana, mas o final arruina o filme demais, é tudo muito tosco e sem noção. É algo que acontece bastante no gênero horror né, não é surpresa, mas enfim...
O Acontecimento
4.0 79 Assista AgoraÉ bom, a cena do acontecimento em si é realmente boa, mas a personagem é mais rasa que um pires, e, sendo assim, fica bem difícil de gostar do filme - ainda mais quando filmes como 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias existem no mundo, e antes desse.
Porto das Caixas
4.0 20Não amei cada pequeno detalhe, mas os 15 minutos finais desse filme são absolutamente fenomenais. A construção da tensão através da dualidade entre o feminino e o masculino, o amor e o ódio, o muito e a falta... é tudo tão delicado que soa natural que ele acabe da forma que acaba, mesmo que seja um forma brutal de encerrar a história, existe uma ternura imensa na maneira com que a protagonista termina por executar o que planejou. E o que dizer da cena final? De certo, uma das mais bonitas que o nosso cinema já produziu.
A Fratura
3.4 6 Assista AgoraHouve um momento, por volta de trinta, quarenta minutos, em que eu realmente achei que o filme ia desandar e ir para um caminho absolutamente didático e desagradável. Não acontece, e, pelo contrário, foi escalando absurdamente até o final de uma forma que me deixou cada vez mais tenso e imerso na história e, principalmente, no trabalho do elenco inteiro. Apesar de ser uma obra muito investida na direção, montagem e como essas duas maneiras de enxergar uma história podem convergir, nada disso funcionaria sem um elenco completamente formidável, e a galera aqui manda muito bem. Infelizmente, ele comete o erro de errar o momento de encerrar a trama, e achei a cena final muito decepcionante, principalmente porque ela surge logo após o corte de uma sequência muito mais interessante. E me soou um tanto como uma reiteraçao irritante do próprio discurso, o que é sempre muito ruim. Fora isso, é um filmaço.