Adão Negro ficou um filme visualmente muito bacana de se ver, o seu tom meio escuro de fato lembra algumas histórias em quadrinhos, não falando do personagem, pois nunca li, mas fazendo a comparação com outras que eu conheço.
A ação do filme também ficou muito bacana e o desenvolvimento do personagem igualmente, porém o roteiro tem uma confusão aqui e outra ali que não ajudaram muito. Destaque para o bom elenco de apoio.
O que me desagradou no filme, e já falei isso a respeito do ator em outras oportunidades, foi a forçada de barra do Dwayne Johnson em querer ser sempre o centro das atenções, pois mesmo ele sendo o protagonista tinha horas que a posição da câmera incomodava com um foco esquisito em cima do personagem, principalmente quando estava levitando.
E eu sei que o Dwayne é um cara carismático e etc. mas quando saíram as notícias de que ele queria controlar tudo nesse filme e nos próximos que poderiam acontecer eu nem estranhei, na verdade nem sei se essas notícias são reais ou não, mas já havia um tempo que eu imaginava que ele tivesse esse tipo de comportamento. Eu gosto demais da maioria dos filmes dele, principalmente dos primeiros, mas depois que ele passou a se achar o ator mais foda do mundo e fica forçando interpretações que não são para ele, alguns filmes ficaram esquisitos. Em Adão Negro não foi diferente, mesmo se tratando de um filme baseado em quadrinhos.
Foi legal ver a participação do Superman ao final, pois ainda havia alguma esperança do Henry Cavill reprisar o papel e quem sabe uma continuidade dos filmes do Snyder, mas não passou disso.
Apesar de já ter dado uma relaxada na qualidade em Glimmer Man e principalmente em Guerra Biológica, ainda mais se comparado ao que fez até em A Força em Alerta 2, Rede de Corrupção ficou marcado como a última produção decente do Seagal no seu pós anos 1990 e até mesmo dentro dos EUA. Antes mesmo disso já tivemos uns 2, 3 filmes medianos como citei acima e após aqui foi só ladeira abaixo, se salvando apenas uma ou outra produção direta pra DVD que ele fez ainda na década de 2000, mas claro, falando dele como protagonista.
Quem não curte o seu estilo de filmes, até mesmo os dos anos 1990, vai ver em Rede de Corrupção só mais um filme de ação, só que para quem curte tanto os seus filmes como o gênero ação em si, esse aqui tem vários pontos importantes a serem destacados.
Para quem entende do que estou falando, sabe que no começo dos anos 2000 apareceu um estilo de ação urbana que Rede de Corrupção foi um dos precursores, assim como outros dois excelentes trabalhos do subestimado diretor Andrzej Bartkowiak, que anda sumido por sinal. São filmes policiais que ficaram caracterizados por se passarem em grandes áreas metropolitanas e tiveram suas trilhas sonoras regadas do bom Rap americano da época. E no caso dos três filmes desse diretor, todos tiveram a participação do saudoso DMX, que, obviamente, puxou a fila com suas músicas na trilha sonora. E além dele, o divertido Tom Arnold em Contra o Tempo e aqui em Rede de Corrupção. Falo de Romeu Tem Que Morrer, Contra o Tempo e o próprio Rede de Corrupção.
Mas falando do filme em si, temos um elenco de apoio foda, coisa que não se vê mais em produções desse tipo, e Michael Jai White rouba a cena geral como vilão do filme. A trama é boa e bem fluida, além de termos ação na mediada certa. Excelente pedida para se ver tanto no fim de semana como também no comecinho dela.
Um dos filmes mais cascudos do Van Damme, muitas vezes negligenciado até mesmo por quem mais curte os seus trabalhos. Vencer ou Morrer era um dos filmes mais corriqueiros do saudoso Cinema em Casa, não conto as vezes que o vi na clássica sessão do SBT.
Pode até não parecer, mas esse filme, além de ser mais um dos moldadores de caráter para a minha geração, influenciou várias outras produções posteriores. Quem já viu os filmes solo do Wolverine, não lembro exatamente em qual, vai perceber que aquela cena onde o mutante se abriga na fazenda e depois conserta a moto é claramente uma referência a esse filme.
No mais, ele ainda serviu de influência para toda uma geração que viu aqui um cara fazer um churrasco na beira de um açude, gosta de ferramentas, tem o sonho de morar numa fazenda assim e tantas outras coisas.
A trama do filme é ótima, um dos precursores do que se chama hoje de faroeste moderno, e o elenco idem. Destaque para mais uma participação do gigante Sven-Ole Thorsen no ônibus da prisão e para o "Fuller" roubando a cena como o amigo mirim do Van Damme. Mais um clássico imortal dos bons tempos do mestre.
Mais um filme que eu vi por obrigação numa aula da faculdade e se quer sabia que existia ou iria saber algum dia não fosse isso.
O elenco aqui é bom, e a trama mostra, em partes, a ocupação do norte do pais como novo centro de imigração na tentativa de dar mais desenvolvimento a região e desinchar o sudeste com esse processo. Vale como curiosidade para ver como era o Brasil da época, mas o filme em si é deprimente, arrastado, confuso e irritante, principalmente no foco do personagem mangina Ciço, que faz de tudo para deixar a sua esposa com filho para seguir esses ciganos esquisitos, além de obrigar a inocente mulher a se prostituir.
Pode até chegar alguém para vir dizer que o filme mostra a realidade, é arte, é histórico e blá blá blá, mas eu não tô nem aí. Achei o filme horrível e essa "sessão" na faculdade foi uma tortura, ainda mais porque a professora parava essa porcaria a todo momento pra ficar criando situações em cima de cenas do filme com a sua opinião política patética e de gosto duvidoso a todo momento. Sem dúvidas uma das piores experiências que tive na vida.
Top Gun original é um clássico inegável do mestre Tony Scott, porém eu sempre faço uma ressalva de que a sua trilha sonora o ajudou mais a alcançar esse patamar do que o próprio filme em si, embora que as cenas de ação áreas dele envelheceram muito bem.
Eu de fato fiquei curioso quando essa sequência foi anunciada e ainda mais quando foi adiada por conta da pandemia. Agora a minha curiosidade era no sentido de não saber o que esperar do filme mesmo, pois pra se fazer uma sequência de um clássico dos anos 1980 com tantas baboseiras que foram impostas como receita de sucesso para os filmes atuais poderia ser um tiro no pé.
O fato é que o filme ficou simplesmente foda em todos os sentidos, principalmente como uma sequência que respeitou demais o seu filme original mesmo depois de tantos anos, aí se encaixa a emocionante participação do Val Kilmer, a ligação dos novos personagens com os do passado e por aí vai. E o velho Cruise em, esse cara não perde a mão. Capricharam demais também na sequência de vida do Maverick, o personagem foi a personificação perfeita de uma geração que hoje se sente meio deslocada para algumas coisas, assim como ele é retratado no filme como um cara que parou nos anos 1980, essa frase de efeito do filme deixa a atender melhor o que quero dizer:
"O fim é inevitável Maverick. Sua espécie está caminhando para a extinção.” “Talvez sim, senhor, mas não hoje."
E o acréscimo da Jennifer Connelly como par dele foi uma sacada de mestre, já que a diferença de idade deles é mínima e a volta da Kelly McGillis foi fora de cogitação por vários fatores.
O elenco de apoio foi muito bem escolhido, e apesar de ter caras que eu mal conheço ainda, todos os atores se saíram ótimos e cada personagem teve um nível de carisma dentro da média. Desse diretor eu só assisti Oblivion, e dizer que aqui ele se saiu melhor do que o Tony Scott no original é forçar a barra, mas é inegável que o conjunto da obra do filme em si aqui se sai melhor do que o original é um fato.
Fiz questão de ver no cinema e como não espera por uma trilha sonora nem um pouco próxima da original, foi inevitável o arrepio e a sensação nostálgica quando começou a tocar Danger Zone na abertura, só assim caiu a ficha de que Top Gun Maverick é um filmaço e tanto, na verdade uma raridade nesse mundo cada vez mais chato do entretenimento em dias atuais. E tenho certeza de que no caso de um terceiro filme seja produzido mesmo vai ser tão bom quanto esse.
A homenagem ao Tony Scott ao fim foi pra quebrar o peão também. Sensacional.
O cinema nacional tem um potencial incrível para contar a história do país, até mesmo transformando pessoas comuns em excelentes atores da noite pro dia como já vimos em diversos filmes. Eu acabo passando batido em várias produções, principalmente se eu suspeitar de alguma "globalizada" ao meio. Isso é até um certo preconceito meu, pois eu acabo desperdiçando a oportunidade de ver muita coisa boa que nem tem tanto dessa influência.
Xingu é um filme que eu normalmente não veria por vontade própria, mas acabei tendo de assisti-lo na sala de aula da faculdade para fazer um trabalho. A história do desbravamento da região norte do Brasil é muito interessante, há até quem defenda que ela não foi necessária, porém ela foi feita de forma que a região não ficasse esquecida e assim fosse ocupada por outros países, sendo assim, completamente válida.
Tinha tudo para ser um filmaço explorando essa parte grandiosa da nossa história, mas escolheram um elenco bem meia boca e a narrativa do filme foi bem acelerada, o que causou um certa confusão em alguns momentos. Mas, de toda forma, da pra entender um pouco de como se deu essa ocupação e os seus conflitos, assim como conhecer minimamente a história dos irmãos Vilas-Bôas.
Insônia tem todas as características de filme policial que eu nunca dispenso, posso até demorar pra ver mas uma hora a vez dele chega, e foi o que aconteceu aqui.
Al Pacino e Robin Willians entregaram atuações soberbas, é impossível você ver esse filme e não se sentir na pele do personagem Will Dormer, o cara sem dormir nem é gente, pqp, e Al Pacino soube passar isso ao telespectador de forma magistral. O roteiro desse filme não tem aquele plot de deixar o cara de queixo caído, mas o suspense e a sua ambientação fria são muito bem executados.
Agora um ponto a ser destacado é a excelente dublagem paulista, o grande Nelson Machado caprichou mais do que nunca aqui dublando o Robin Willians, da gosto de se ouvir. Aquela cena do Walter conversando com o Will pelo telefone oferecendo a sua cama e alguns remédios pra dormir é o fino dessa dublagem, me veio até na cabeça alguma noite que eu dormi e acordei com a TV ligada no Supercine e estava passando algum filme do tipo.
E por falar em Supercine, esse é mais um que tem todas as características dos bons tempos da sessão, o famoso suspense policial de clima soturno. Ótimo para se ver numa madrugada chuvosa de sábado.
Geralmente esse filmes que se passam na escola são um pé no saco mesmo, e esse Em Nome da Rosa sempre era falado por alguns amigos que assistiram em alguma aula, mas eu nunca cheguei a vê-lo na escola.
Vendo agora depois de tanto tempo eu achei o filme simplesmente foda. Tem uma trama bem amarrada, um elenco de peso e utiliza muito da semiótica, o que pela época em que se passa, torna o filme mais magnifico ainda. E o figurino dispensa comentários. Agora o melhor de tudo, sem dúvidas, é a sua ambientação e seu clima completamente soturno. Perfeito para se ver em um dia chuvoso e despretensioso.
Ainda não cheguei a ver a série, mas pretendo o fazer um dia. Não sei até que ponto esse filme tem de relação direta com ela, mas como filme isolado eu achei ele bem atrativo.
Na época do lançamento eu cheguei a tentar ver ele, mas tava numa fase péssima para filmes, e um mais parado como ele era certeza de dormir em meio a sessão, foi o que aconteceu. Fiquei naquela de rever e protelei isso por um bom tempo, mas depois de mais de 15 anos o fiz, finalmente.
O filme tem nas locações um atrativo a parte para mim, esse estilo de ação policial urbana de Miami misturado com esses países insulares do Caribe é sempre fascinante. Além disso ainda temos uma trama bem amarrada e boas cenas de ação, não tão clássicas como as que o Michael Mann pode entregar mas ainda assim acima da média. O filme só peca um pouco por ser muito longo, mas nada que atrapalhe de o ver em um dia inspirado.
Jamie Foxx, pra mim, é um ator sempre muito apático, sempre o vejo com a cara daquele personagem chato dele em Colateral, já Colin Farrell sempre entrega bons papeis e aqui não fez diferente. A trilha sonora do filme é muito bem colocada, o que rendeu cenas fantásticas em alguns pontos. Bom filme.
Vi muito esse filme no SBT, tanto na Tela de Sucessos como no Cinema em Casa, porém, ao ver - rever na verdade - o A Prova de Balas do Damon Wayans e Adam Sandler, eu fiquei meio confuso de qual era qual filme que eu tanto via na época, revendo o Tira Sem Vergonha foi que me toquei que na verdade eram os dois que sempre assistia nessas sessões.
Um Tira Sem Vergonha tem todas as características dos filmes do Keennen Ivory, aquele humor bem puxado para as periferias negras dos EUA e ele mesmo com mais um personagem altamente carismático. A trama do filme é simples, tem bastante ação e muitas situações engraçadas, foi muito bom rever depois de tanto tempo. Uma pena que esse tipo de filme com todas essas características tenha ficado lá pelos anos 1990 e que o Keenen Ivory não tenha mais dado as caras há um bom tempo já. Essa mistura sempre foi sinônimo de coisa boa desde que começou em Vou Te Pegar Otário.
Fazia muito tempo que eu tinha passado batido a uma assistida nesse filmaço do mestre Clint. Tanto tempo que criei uma expectativa enorme em cima dele, porém tudo foi muito bem correspondido.
Esse tipo de drama policial é um dos meus gêneros de cabeceira, e com o mestre Clint em ação tudo ficou melhor ainda. A direção do grande Wolfgang Petersen é excelente, e, por falar nisso, salvo engano, acho que esse foi o primeiro filme dele que não tem ares de fantasia, mas o cara acertou em cheio.
A mescla de ação, suspense, drama e clima soturno do filme casou muito bem, não à toa ele esta ali naquela primeira lista "Supercine", pois tem todos os elementos que eram de praxe para se passar na sessão. O elenco de apoio é sensacional, além de ter caras como a do saudoso John Heard e a Rene Russo, ainda temos o John Malkovich em grande atuação, o seu vilão aqui no filme da ódio em cada momento que aparece. Perfeito para se ver num sábado chuvoso a noite.
Devo ter assistido esse filme alguma vez nas saudosas sessões de cinema a tarde da década de 1990, porém não me lembrava de nada a não ser o nome do filme, que era facilmente associado ao pestinha.
O filme tem um humor altamente sujo e que se tornou datado há um bom tempo já, dificilmente arranca alguma risada ou tem uma situação engraçada de fato, na verdade, apesar de ser um filme curto, parece interminável de tão besta que é e de tantas situações forçadas. O único ponto positivo fica só pelo lado urbano de Miami. A parte do caçador de humanos é o ápice das coisas sem graça do filme.
Mais uma obra adaptada de um dos livros do grande Louis L'Amour, desta vez reunindo os dois maiores bigodes de respeito do cinema casca grossa, Sam Elliott e o Tom Selleck.
O filme é simples em todos os sentidos, mas ainda assim não fez feio em momento algum. Além de reunir a dupla de Bigodes fodas, ainda vale demais pela excelente direção do ótimo Andrew V. Mclaglen que dirigiu vários filmes do mestre John Wayne, e as participações de dois dos melhores coadjuvantes da história, os saudosos Geoffrey Lewis e Ben Johnson, que contracenaram diversas vezes com outros grandes nomes do cinema a exemplo de John Wayne e Charles Bronson.
Se tem um cara que gosta de um filme de ação do tipo de Morte Súbita sou eu. Trama simples de um cara foda que salva o dia, um filme de ação típico noventista. Não estou nem aí pra essa baboseira se era inicio da decadência do Van Damme ou não. Meu amigo, é simplesmente o mestre Peter Hyams e Jean Claude Van Damme anos 1990, o cara que gosta de filmes de ação dessa época e não gosta de Morte Súbita só pode ser doente, rs. É aquela sessão típica de um Supercine ou Domingo Maior da vida no final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, melhor impossível.
Não revia esse filme há pelo menos uns dez anos, e vendo agora, pelo menos para mim, ele se tornou um clássico dos anos 2000. Nem vou perder meu tempo falando de adaptação ou fazendo comparações com outras coisas do personagem.
Temos um elenco de primeira e o Thomas Jane ficou ótimo, a mudança de feição depois que ele vira o Justiceiro ficou perfeita. A cena do massacre na praia é foda, toda vez que assisto o filme me lembro da primeira vez que peguei ele passando na TV, num Supercine da vida, se não me engano, ele já ia na altura dessa cena.
De fato esse personagem do John Travolta é bem esquisito, mas ainda assim foi um vilão bem fdp que o cara torce pra se foder mesmo. A dublagem desse filme é um show a parte, muito bem executada. O saudoso mestre Julio Chaves dublando o Will Patton foi demais, como sempre o fazia. Por falar nisso, uma das frases mais memoráveis do filme é quando a Lina Rossana, que dublou a Laura Harring mete um "Quentin era Gay", racho demais nessa parte.
O ponto mais alto do filme para mim está no Frank Castle ferramenteiro. O cara que é fissurado por ferramentas e quem nunca sonhou ou tem por meta fazer uma sala "oficina" em casa não é ferramenteiro de verdade. Destaque também para a luta foda contra aquele maluco loiro ao som da ópera.
Esse filme não chega a se encaixar por completo nas questões que comentei a respeito das produções da Netflix em Alerta Vermelho, mas apesar da produção ser bacana, contar com um elenco estelar e abordar um tema interessante, meu Deus do céu, esses 145 minutos pareciam intermináveis.
O filme tem um roteiro interessante, mas todos os personagens ficaram sem carisma algum, mesmo para um drama e principalmente para um filme que se intitula comédia também. Poderiam ter cortado aí pelo menos uns 45 minutos que o filme ficaria mais assistível. Enfim, tem um roteiro bem crítico que mostrou muitas facetas do mundo atual, mas em termos de filme e entretenimento, mesmo com essa mostra de critica, pecou e muito. Em alguns momentos parecia que eu estava assistindo aquela outra porcaria chamada Southland Tales O Fim do Mundo. Chato demais!
Mais uma excelente adaptação de um livro do Louis L'Amour feita pelo grande Simon Wincer em parceria com o mestre Tom Selleck. A trama desse filme é simples e em alguns momentos lembra, em partes, uma gama mais especifica dos filmes do John Wayne.
Vale destacar como o Simon Wincer saber criar uma atmosfera diferenciada nas suas produções, é algo único, a sua aprimorada fotografia e escolha certeira das locações fazem toda diferença. Excelente Western moderno.
O gênero western pode até ter vivido o seu auge até o final dos anos 1970, mas dizer que a época desse tipo de filme já passou é balela. São incontáveis as obras posteriores a isso que fazem jus aos tempos áureos do gênero, e Monte Walsh é um perfeito exemplo.
O filme é de um fineza ímpar, altamente caprichado e com um trilha sonora espetacular, as locações nem se fala. Tom Selleck virou a personificação do western nos anos 1990 e começo dos anos 2000, caiu como um luva para os papeis. O personagem dele aqui é mais um daqueles que inspirou toda a minha geração.
Depois de ver Yellowstone foi que percebi que o Taylor Sheridan fez uma ampla pesquisa nos mais variados tipos de westerns para criar aquele universo sensacional que criou. A narrativa de Monte Walsh influenciou e muito o autor, principalmente na força de vontade da família Dutton em manter os seus costumes. Enfim, um filme atemporal que irei guardar para sempre. Entrou fácil na lista dos meus favoritos do gênero.
Documentário fenomenal, incrível como ele mostra a ascensão de um movimento que realmente foi criado por pessoas sofridas que só queriam os seus direitos mínimos, trabalhar, receber seu dinheiro e poder desfrutar disso.
A forma que se deu a desenvoltura desse documentário foi um coisa absurda, mesmo se passando tanto tempo depois do início das filmagens do que antes seria um filme.
Os personagens reais aqui são pessoas comuns que retratam muito bem uma das épocas mais sofridas aqui do nordeste, felizmente esse panorama mudou e muito aqui. O depoimento do senhor cego ao final é comovente e ao mesmo tempo muito engraçado pra quem conhece o sotaque nordestino.
Já falei isso em outros filmes da Netflix e aqui cabe uma repetição. É inegável a capacidade que a empresa tem em fazer uma produção arrojada e contratar qualquer tipo de ator, mas da mesma forma que isso acontece, eu acho que os roteiros em algumas produções deles são muito mixurucas e deixam a desejar até mesmo pra quem não é muito exigente. E olha que no caso desse Alerta Vermelho se trata apenas de uma aventura pipoca.
Normalmente eu passaria batido nesse filme, mas resolvo ver e é o que disse, produção muito bacana, atores carismáticos e etc., porém, não deu 5 minutos que terminei de assistir e já não me lembrava de mais nada.
Cidade dos Anjos me remete há uma época muito boa da minha infância. Inicialmente vendo o comercial de cinema, eu e alguns amigos ficamos imaginando de que se tratava o filme, se era algo relacionado com o suposto fim dos tempos que aconteceria no ano 2000. Essa era a nossa principal pauta nas conversas de escola e brincadeiras de final de semana. De início não soubemos, porque as informações eram limitas na época, só depois de muito tempo foi que descobri que se tratava de um drama/romance com ares de fantasia.
Depois veio o cartaz nas locadoras e a curiosidade só aumentava, mas, infelizmente, acabou que nunca o vi o filme na sua época. E por falar em locadoras, Cidade dos Anjos foi um dos filmes que mais me marcaram quando via o cartas ali, sempre achei esse poster dele muito foda assim como de outros filmes da época, a exemplo de Legionário, Soldado Universal O Retorno e Fim dos Dias.
Mas enfim, assisti ele lá no começo da era do DVD, quando ainda era comum achar cópias dubladas de filmes que eram convertidos de VHS para DVD. Gostei demais. Revi ele recentemente e continuei gostando da mesma forma. O filme tem um clima único e a parceria entre o Cage e a Meg Ryan funcionou bem demais. As locações e a trilha sonora são um show a parte, embora eu não curta U2, mas de resto todas músicas ficaram excelentes.
E quanto mais os anos 1990 se distanciam e eu vou revendo alguns filmes chega me da um aperto no coração, no caso de Cidade dos Anjos pelos rumos que tomou a carreira do Nicolas Cage depois de um certo tempo e a Meg Ryan que, pelo menos pra mim, não fez nada de relevante depois desse filme.
Sabe aquele filme paradão e que em alguns momentos é bem chatão, não tem quase nada de marcante que lhe prenda mas ainda assim arranca algumas risadas e você consegue assistir até o fim? Pois bem, Papai Noel as Avessas é um belo exemplar desse tipo de filme.
Pelo elenco e proposta do filme, mesmo que se trate de um humor mais negro, eu, particularmente, esperava um pouco mais, porém o filme é bem arrastado e o personagem do Billy Bob Silva é altamente sem sal. Nem mesmo Moreira Cox ou Bernie Silva ajudam muito, porém quando o gordinho entra em cena o filme da uma leve melhorada e você consegue rir um pouco.
Detalhe é que já pro fim você espera um bom plot pra dar um boom, e isso até acontece, mas não muda nada no conjunto da obra e também não é nada tão marcante. Até mesmo a magnífica trilha sonora com as mais clássicas músicas de natal parece perdida no meio do filme, é uma descontinuidade de ritmo atrás da outra. Ainda digo que vale uma conferida simplesmente pelo moleque e seu nariz com um tutano de catarro, no mais, é completamente esquecível.
Filmaço de ação típico dos anos 1990 com excelente dublagem Herbert Richers e o grande Marcio Seixas fazendo a sua clássica narração "Versão Brasileira, Herbert Richers".
Esse é mais um exemplar de tipo de filme de ação que, talvez possa até nem ter passado na sessão, mas tem o estilo Domingo Maior. Diria até que é um subgênero/rótulo brasileiro que a Globo "selecionou" nos anos 1990 e se sobressaiu em alguns filmes que, repito, podem até não ter passado na sessão mas tem todas as características dos que passavam lá, rs.
Simples e direito, sem muita enrolação. Produção arrojada como há muito tempo não vemos mais o Snipes e tantos outros bons atores que foram engolidos pelos anos 1990 ou até metade da década de 2000, como um outro bom exemplo que também está no filme, o Tom Sizemore.
Foram incontáveis as vezes que eu passava na frente de uma locadora em Campina Grande e ficava admirando o pôster desse filme pela janela do busão, pena que nunca cheguei a entrar naquela locadora e muito menos a locar esse filme. Pouco tempo depois da explosão do DVD eu ganhei um ano de assinatura grátis da revista da Videolar e sempre via o DVD desse filme na sessão de catálogos, mas também nunca comprei. Como o amigo abaixo citou aí, também vi alguma chamada dele pro Supercine, mas nunca cheguei a ver, kkk. Enfim, foi um filme que sempre esteve a minha margem e eu nunca consegui ver, pois mesmo nos camelôs eu nunca o encontrei.
Não pra menos, eu criei uma expectativa um pouco acima de média com ele e o mesmo não supriu isso tudo, embora seja um filme muito bom. O foda é que essas atuações mais exageradas do Chris Rock atrapalham em alguns momentos, mas nada a ponto de estragar o filme. É uma ação de espionagem bem pipoca com produção arrojada, e embora a parceria Rock/Hopkins destoe e seja meio inusitada, da pra assistir de boa.
Obs: Ainda tento até hoje conseguir o DVD original, aquele que tem o nome "Widescreen" na frente da capa, como era de costume nos primeiros filmes lançados pela Touchstone Pictures aqui.
Adão Negro
3.1 687 Assista AgoraAdão Negro ficou um filme visualmente muito bacana de se ver, o seu tom meio escuro de fato lembra algumas histórias em quadrinhos, não falando do personagem, pois nunca li, mas fazendo a comparação com outras que eu conheço.
A ação do filme também ficou muito bacana e o desenvolvimento do personagem igualmente, porém o roteiro tem uma confusão aqui e outra ali que não ajudaram muito. Destaque para o bom elenco de apoio.
O que me desagradou no filme, e já falei isso a respeito do ator em outras oportunidades, foi a forçada de barra do Dwayne Johnson em querer ser sempre o centro das atenções, pois mesmo ele sendo o protagonista tinha horas que a posição da câmera incomodava com um foco esquisito em cima do personagem, principalmente quando estava levitando.
E eu sei que o Dwayne é um cara carismático e etc. mas quando saíram as notícias de que ele queria controlar tudo nesse filme e nos próximos que poderiam acontecer eu nem estranhei, na verdade nem sei se essas notícias são reais ou não, mas já havia um tempo que eu imaginava que ele tivesse esse tipo de comportamento. Eu gosto demais da maioria dos filmes dele, principalmente dos primeiros, mas depois que ele passou a se achar o ator mais foda do mundo e fica forçando interpretações que não são para ele, alguns filmes ficaram esquisitos. Em Adão Negro não foi diferente, mesmo se tratando de um filme baseado em quadrinhos.
Foi legal ver a participação do Superman ao final, pois ainda havia alguma esperança do Henry Cavill reprisar o papel e quem sabe uma continuidade dos filmes do Snyder, mas não passou disso.
Rede de Corrupção
3.0 67 Assista AgoraApesar de já ter dado uma relaxada na qualidade em Glimmer Man e principalmente em Guerra Biológica, ainda mais se comparado ao que fez até em A Força em Alerta 2, Rede de Corrupção ficou marcado como a última produção decente do Seagal no seu pós anos 1990 e até mesmo dentro dos EUA. Antes mesmo disso já tivemos uns 2, 3 filmes medianos como citei acima e após aqui foi só ladeira abaixo, se salvando apenas uma ou outra produção direta pra DVD que ele fez ainda na década de 2000, mas claro, falando dele como protagonista.
Quem não curte o seu estilo de filmes, até mesmo os dos anos 1990, vai ver em Rede de Corrupção só mais um filme de ação, só que para quem curte tanto os seus filmes como o gênero ação em si, esse aqui tem vários pontos importantes a serem destacados.
Para quem entende do que estou falando, sabe que no começo dos anos 2000 apareceu um estilo de ação urbana que Rede de Corrupção foi um dos precursores, assim como outros dois excelentes trabalhos do subestimado diretor Andrzej Bartkowiak, que anda sumido por sinal. São filmes policiais que ficaram caracterizados por se passarem em grandes áreas metropolitanas e tiveram suas trilhas sonoras regadas do bom Rap americano da época. E no caso dos três filmes desse diretor, todos tiveram a participação do saudoso DMX, que, obviamente, puxou a fila com suas músicas na trilha sonora. E além dele, o divertido Tom Arnold em Contra o Tempo e aqui em Rede de Corrupção. Falo de Romeu Tem Que Morrer, Contra o Tempo e o próprio Rede de Corrupção.
Mas falando do filme em si, temos um elenco de apoio foda, coisa que não se vê mais em produções desse tipo, e Michael Jai White rouba a cena geral como vilão do filme. A trama é boa e bem fluida, além de termos ação na mediada certa. Excelente pedida para se ver tanto no fim de semana como também no comecinho dela.
Vencer ou Morrer
2.9 106 Assista AgoraUm dos filmes mais cascudos do Van Damme, muitas vezes negligenciado até mesmo por quem mais curte os seus trabalhos. Vencer ou Morrer era um dos filmes mais corriqueiros do saudoso Cinema em Casa, não conto as vezes que o vi na clássica sessão do SBT.
Pode até não parecer, mas esse filme, além de ser mais um dos moldadores de caráter para a minha geração, influenciou várias outras produções posteriores. Quem já viu os filmes solo do Wolverine, não lembro exatamente em qual, vai perceber que aquela cena onde o mutante se abriga na fazenda e depois conserta a moto é claramente uma referência a esse filme.
No mais, ele ainda serviu de influência para toda uma geração que viu aqui um cara fazer um churrasco na beira de um açude, gosta de ferramentas, tem o sonho de morar numa fazenda assim e tantas outras coisas.
A trama do filme é ótima, um dos precursores do que se chama hoje de faroeste moderno, e o elenco idem. Destaque para mais uma participação do gigante Sven-Ole Thorsen no ônibus da prisão e para o "Fuller" roubando a cena como o amigo mirim do Van Damme. Mais um clássico imortal dos bons tempos do mestre.
Bye Bye Brasil
3.9 145 Assista AgoraMais um filme que eu vi por obrigação numa aula da faculdade e se quer sabia que existia ou iria saber algum dia não fosse isso.
O elenco aqui é bom, e a trama mostra, em partes, a ocupação do norte do pais como novo centro de imigração na tentativa de dar mais desenvolvimento a região e desinchar o sudeste com esse processo. Vale como curiosidade para ver como era o Brasil da época, mas o filme em si é deprimente, arrastado, confuso e irritante, principalmente no foco do personagem mangina Ciço, que faz de tudo para deixar a sua esposa com filho para seguir esses ciganos esquisitos, além de obrigar a inocente mulher a se prostituir.
Pode até chegar alguém para vir dizer que o filme mostra a realidade, é arte, é histórico e blá blá blá, mas eu não tô nem aí. Achei o filme horrível e essa "sessão" na faculdade foi uma tortura, ainda mais porque a professora parava essa porcaria a todo momento pra ficar criando situações em cima de cenas do filme com a sua opinião política patética e de gosto duvidoso a todo momento. Sem dúvidas uma das piores experiências que tive na vida.
Top Gun: Maverick
4.2 1,1K Assista AgoraTop Gun original é um clássico inegável do mestre Tony Scott, porém eu sempre faço uma ressalva de que a sua trilha sonora o ajudou mais a alcançar esse patamar do que o próprio filme em si, embora que as cenas de ação áreas dele envelheceram muito bem.
Eu de fato fiquei curioso quando essa sequência foi anunciada e ainda mais quando foi adiada por conta da pandemia. Agora a minha curiosidade era no sentido de não saber o que esperar do filme mesmo, pois pra se fazer uma sequência de um clássico dos anos 1980 com tantas baboseiras que foram impostas como receita de sucesso para os filmes atuais poderia ser um tiro no pé.
O fato é que o filme ficou simplesmente foda em todos os sentidos, principalmente como uma sequência que respeitou demais o seu filme original mesmo depois de tantos anos, aí se encaixa a emocionante participação do Val Kilmer, a ligação dos novos personagens com os do passado e por aí vai. E o velho Cruise em, esse cara não perde a mão. Capricharam demais também na sequência de vida do Maverick, o personagem foi a personificação perfeita de uma geração que hoje se sente meio deslocada para algumas coisas, assim como ele é retratado no filme como um cara que parou nos anos 1980, essa frase de efeito do filme deixa a atender melhor o que quero dizer:
"O fim é inevitável Maverick. Sua espécie está caminhando para a extinção.”
“Talvez sim, senhor, mas não hoje."
E o acréscimo da Jennifer Connelly como par dele foi uma sacada de mestre, já que a diferença de idade deles é mínima e a volta da Kelly McGillis foi fora de cogitação por vários fatores.
O elenco de apoio foi muito bem escolhido, e apesar de ter caras que eu mal conheço ainda, todos os atores se saíram ótimos e cada personagem teve um nível de carisma dentro da média. Desse diretor eu só assisti Oblivion, e dizer que aqui ele se saiu melhor do que o Tony Scott no original é forçar a barra, mas é inegável que o conjunto da obra do filme em si aqui se sai melhor do que o original é um fato.
Fiz questão de ver no cinema e como não espera por uma trilha sonora nem um pouco próxima da original, foi inevitável o arrepio e a sensação nostálgica quando começou a tocar Danger Zone na abertura, só assim caiu a ficha de que Top Gun Maverick é um filmaço e tanto, na verdade uma raridade nesse mundo cada vez mais chato do entretenimento em dias atuais. E tenho certeza de que no caso de um terceiro filme seja produzido mesmo vai ser tão bom quanto esse.
A homenagem ao Tony Scott ao fim foi pra quebrar o peão também. Sensacional.
Xingu
3.6 426O cinema nacional tem um potencial incrível para contar a história do país, até mesmo transformando pessoas comuns em excelentes atores da noite pro dia como já vimos em diversos filmes. Eu acabo passando batido em várias produções, principalmente se eu suspeitar de alguma "globalizada" ao meio. Isso é até um certo preconceito meu, pois eu acabo desperdiçando a oportunidade de ver muita coisa boa que nem tem tanto dessa influência.
Xingu é um filme que eu normalmente não veria por vontade própria, mas acabei tendo de assisti-lo na sala de aula da faculdade para fazer um trabalho. A história do desbravamento da região norte do Brasil é muito interessante, há até quem defenda que ela não foi necessária, porém ela foi feita de forma que a região não ficasse esquecida e assim fosse ocupada por outros países, sendo assim, completamente válida.
Tinha tudo para ser um filmaço explorando essa parte grandiosa da nossa história, mas escolheram um elenco bem meia boca e a narrativa do filme foi bem acelerada, o que causou um certa confusão em alguns momentos. Mas, de toda forma, da pra entender um pouco de como se deu essa ocupação e os seus conflitos, assim como conhecer minimamente a história dos irmãos Vilas-Bôas.
Insônia
3.4 412 Assista AgoraInsônia tem todas as características de filme policial que eu nunca dispenso, posso até demorar pra ver mas uma hora a vez dele chega, e foi o que aconteceu aqui.
Al Pacino e Robin Willians entregaram atuações soberbas, é impossível você ver esse filme e não se sentir na pele do personagem Will Dormer, o cara sem dormir nem é gente, pqp, e Al Pacino soube passar isso ao telespectador de forma magistral. O roteiro desse filme não tem aquele plot de deixar o cara de queixo caído, mas o suspense e a sua ambientação fria são muito bem executados.
Agora um ponto a ser destacado é a excelente dublagem paulista, o grande Nelson Machado caprichou mais do que nunca aqui dublando o Robin Willians, da gosto de se ouvir. Aquela cena do Walter conversando com o Will pelo telefone oferecendo a sua cama e alguns remédios pra dormir é o fino dessa dublagem, me veio até na cabeça alguma noite que eu dormi e acordei com a TV ligada no Supercine e estava passando algum filme do tipo.
E por falar em Supercine, esse é mais um que tem todas as características dos bons tempos da sessão, o famoso suspense policial de clima soturno. Ótimo para se ver numa madrugada chuvosa de sábado.
O Nome da Rosa
3.9 775 Assista AgoraGeralmente esse filmes que se passam na escola são um pé no saco mesmo, e esse Em Nome da Rosa sempre era falado por alguns amigos que assistiram em alguma aula, mas eu nunca cheguei a vê-lo na escola.
Vendo agora depois de tanto tempo eu achei o filme simplesmente foda. Tem uma trama bem amarrada, um elenco de peso e utiliza muito da semiótica, o que pela época em que se passa, torna o filme mais magnifico ainda. E o figurino dispensa comentários. Agora o melhor de tudo, sem dúvidas, é a sua ambientação e seu clima completamente soturno. Perfeito para se ver em um dia chuvoso e despretensioso.
Miami Vice
3.1 207 Assista AgoraAinda não cheguei a ver a série, mas pretendo o fazer um dia. Não sei até que ponto esse filme tem de relação direta com ela, mas como filme isolado eu achei ele bem atrativo.
Na época do lançamento eu cheguei a tentar ver ele, mas tava numa fase péssima para filmes, e um mais parado como ele era certeza de dormir em meio a sessão, foi o que aconteceu. Fiquei naquela de rever e protelei isso por um bom tempo, mas depois de mais de 15 anos o fiz, finalmente.
O filme tem nas locações um atrativo a parte para mim, esse estilo de ação policial urbana de Miami misturado com esses países insulares do Caribe é sempre fascinante. Além disso ainda temos uma trama bem amarrada e boas cenas de ação, não tão clássicas como as que o Michael Mann pode entregar mas ainda assim acima da média. O filme só peca um pouco por ser muito longo, mas nada que atrapalhe de o ver em um dia inspirado.
Jamie Foxx, pra mim, é um ator sempre muito apático, sempre o vejo com a cara daquele personagem chato dele em Colateral, já Colin Farrell sempre entrega bons papeis e aqui não fez diferente. A trilha sonora do filme é muito bem colocada, o que rendeu cenas fantásticas em alguns pontos. Bom filme.
Um Tira Sem-Vergonha
2.8 16Vi muito esse filme no SBT, tanto na Tela de Sucessos como no Cinema em Casa, porém, ao ver - rever na verdade - o A Prova de Balas do Damon Wayans e Adam Sandler, eu fiquei meio confuso de qual era qual filme que eu tanto via na época, revendo o Tira Sem Vergonha foi que me toquei que na verdade eram os dois que sempre assistia nessas sessões.
Um Tira Sem Vergonha tem todas as características dos filmes do Keennen Ivory, aquele humor bem puxado para as periferias negras dos EUA e ele mesmo com mais um personagem altamente carismático. A trama do filme é simples, tem bastante ação e muitas situações engraçadas, foi muito bom rever depois de tanto tempo. Uma pena que esse tipo de filme com todas essas características tenha ficado lá pelos anos 1990 e que o Keenen Ivory não tenha mais dado as caras há um bom tempo já. Essa mistura sempre foi sinônimo de coisa boa desde que começou em Vou Te Pegar Otário.
Na Linha de Fogo
3.5 110 Assista AgoraFazia muito tempo que eu tinha passado batido a uma assistida nesse filmaço do mestre Clint. Tanto tempo que criei uma expectativa enorme em cima dele, porém tudo foi muito bem correspondido.
Esse tipo de drama policial é um dos meus gêneros de cabeceira, e com o mestre Clint em ação tudo ficou melhor ainda. A direção do grande Wolfgang Petersen é excelente, e, por falar nisso, salvo engano, acho que esse foi o primeiro filme dele que não tem ares de fantasia, mas o cara acertou em cheio.
A mescla de ação, suspense, drama e clima soturno do filme casou muito bem, não à toa ele esta ali naquela primeira lista "Supercine", pois tem todos os elementos que eram de praxe para se passar na sessão. O elenco de apoio é sensacional, além de ter caras como a do saudoso John Heard e a Rene Russo, ainda temos o John Malkovich em grande atuação, o seu vilão aqui no filme da ódio em cada momento que aparece. Perfeito para se ver num sábado chuvoso a noite.
O Peste
2.5 292 Assista AgoraDevo ter assistido esse filme alguma vez nas saudosas sessões de cinema a tarde da década de 1990, porém não me lembrava de nada a não ser o nome do filme, que era facilmente associado ao pestinha.
O filme tem um humor altamente sujo e que se tornou datado há um bom tempo já, dificilmente arranca alguma risada ou tem uma situação engraçada de fato, na verdade, apesar de ser um filme curto, parece interminável de tão besta que é e de tantas situações forçadas. O único ponto positivo fica só pelo lado urbano de Miami. A parte do caçador de humanos é o ápice das coisas sem graça do filme.
Os Cavaleiros da Sombra
3.5 8 Assista AgoraMais uma obra adaptada de um dos livros do grande Louis L'Amour, desta vez reunindo os dois maiores bigodes de respeito do cinema casca grossa, Sam Elliott e o Tom Selleck.
O filme é simples em todos os sentidos, mas ainda assim não fez feio em momento algum. Além de reunir a dupla de Bigodes fodas, ainda vale demais pela excelente direção do ótimo Andrew V. Mclaglen que dirigiu vários filmes do mestre John Wayne, e as participações de dois dos melhores coadjuvantes da história, os saudosos Geoffrey Lewis e Ben Johnson, que contracenaram diversas vezes com outros grandes nomes do cinema a exemplo de John Wayne e Charles Bronson.
Morte Súbita
2.9 127 Assista AgoraSe tem um cara que gosta de um filme de ação do tipo de Morte Súbita sou eu. Trama simples de um cara foda que salva o dia, um filme de ação típico noventista. Não estou nem aí pra essa baboseira se era inicio da decadência do Van Damme ou não. Meu amigo, é simplesmente o mestre Peter Hyams e Jean Claude Van Damme anos 1990, o cara que gosta de filmes de ação dessa época e não gosta de Morte Súbita só pode ser doente, rs. É aquela sessão típica de um Supercine ou Domingo Maior da vida no final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, melhor impossível.
O Justiceiro
3.3 536 Assista AgoraNão revia esse filme há pelo menos uns dez anos, e vendo agora, pelo menos para mim, ele se tornou um clássico dos anos 2000. Nem vou perder meu tempo falando de adaptação ou fazendo comparações com outras coisas do personagem.
Temos um elenco de primeira e o Thomas Jane ficou ótimo, a mudança de feição depois que ele vira o Justiceiro ficou perfeita. A cena do massacre na praia é foda, toda vez que assisto o filme me lembro da primeira vez que peguei ele passando na TV, num Supercine da vida, se não me engano, ele já ia na altura dessa cena.
De fato esse personagem do John Travolta é bem esquisito, mas ainda assim foi um vilão bem fdp que o cara torce pra se foder mesmo. A dublagem desse filme é um show a parte, muito bem executada. O saudoso mestre Julio Chaves dublando o Will Patton foi demais, como sempre o fazia. Por falar nisso, uma das frases mais memoráveis do filme é quando a Lina Rossana, que dublou a Laura Harring mete um "Quentin era Gay", racho demais nessa parte.
O ponto mais alto do filme para mim está no Frank Castle ferramenteiro. O cara que é fissurado por ferramentas e quem nunca sonhou ou tem por meta fazer uma sala "oficina" em casa não é ferramenteiro de verdade. Destaque também para a luta foda contra aquele maluco loiro ao som da ópera.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraEsse filme não chega a se encaixar por completo nas questões que comentei a respeito das produções da Netflix em Alerta Vermelho, mas apesar da produção ser bacana, contar com um elenco estelar e abordar um tema interessante, meu Deus do céu, esses 145 minutos pareciam intermináveis.
O filme tem um roteiro interessante, mas todos os personagens ficaram sem carisma algum, mesmo para um drama e principalmente para um filme que se intitula comédia também. Poderiam ter cortado aí pelo menos uns 45 minutos que o filme ficaria mais assistível. Enfim, tem um roteiro bem crítico que mostrou muitas facetas do mundo atual, mas em termos de filme e entretenimento, mesmo com essa mostra de critica, pecou e muito. Em alguns momentos parecia que eu estava assistindo aquela outra porcaria chamada Southland Tales O Fim do Mundo. Chato demais!
Rastros De Vingança
3.2 5Mais uma excelente adaptação de um livro do Louis L'Amour feita pelo grande Simon Wincer em parceria com o mestre Tom Selleck. A trama desse filme é simples e em alguns momentos lembra, em partes, uma gama mais especifica dos filmes do John Wayne.
Vale destacar como o Simon Wincer saber criar uma atmosfera diferenciada nas suas produções, é algo único, a sua aprimorada fotografia e escolha certeira das locações fazem toda diferença. Excelente Western moderno.
Monte Walsh: O Último Cowboy
3.6 7O gênero western pode até ter vivido o seu auge até o final dos anos 1970, mas dizer que a época desse tipo de filme já passou é balela. São incontáveis as obras posteriores a isso que fazem jus aos tempos áureos do gênero, e Monte Walsh é um perfeito exemplo.
O filme é de um fineza ímpar, altamente caprichado e com um trilha sonora espetacular, as locações nem se fala. Tom Selleck virou a personificação do western nos anos 1990 e começo dos anos 2000, caiu como um luva para os papeis. O personagem dele aqui é mais um daqueles que inspirou toda a minha geração.
Depois de ver Yellowstone foi que percebi que o Taylor Sheridan fez uma ampla pesquisa nos mais variados tipos de westerns para criar aquele universo sensacional que criou. A narrativa de Monte Walsh influenciou e muito o autor, principalmente na força de vontade da família Dutton em manter os seus costumes. Enfim, um filme atemporal que irei guardar para sempre. Entrou fácil na lista dos meus favoritos do gênero.
Cabra Marcado Para Morrer
4.5 253 Assista AgoraDocumentário fenomenal, incrível como ele mostra a ascensão de um movimento que realmente foi criado por pessoas sofridas que só queriam os seus direitos mínimos, trabalhar, receber seu dinheiro e poder desfrutar disso.
A forma que se deu a desenvoltura desse documentário foi um coisa absurda, mesmo se passando tanto tempo depois do início das filmagens do que antes seria um filme.
Os personagens reais aqui são pessoas comuns que retratam muito bem uma das épocas mais sofridas aqui do nordeste, felizmente esse panorama mudou e muito aqui. O depoimento do senhor cego ao final é comovente e ao mesmo tempo muito engraçado pra quem conhece o sotaque nordestino.
Alerta Vermelho
3.1 528Já falei isso em outros filmes da Netflix e aqui cabe uma repetição. É inegável a capacidade que a empresa tem em fazer uma produção arrojada e contratar qualquer tipo de ator, mas da mesma forma que isso acontece, eu acho que os roteiros em algumas produções deles são muito mixurucas e deixam a desejar até mesmo pra quem não é muito exigente. E olha que no caso desse Alerta Vermelho se trata apenas de uma aventura pipoca.
Normalmente eu passaria batido nesse filme, mas resolvo ver e é o que disse, produção muito bacana, atores carismáticos e etc., porém, não deu 5 minutos que terminei de assistir e já não me lembrava de mais nada.
Cidade dos Anjos
3.7 1,5K Assista AgoraCidade dos Anjos me remete há uma época muito boa da minha infância. Inicialmente vendo o comercial de cinema, eu e alguns amigos ficamos imaginando de que se tratava o filme, se era algo relacionado com o suposto fim dos tempos que aconteceria no ano 2000. Essa era a nossa principal pauta nas conversas de escola e brincadeiras de final de semana. De início não soubemos, porque as informações eram limitas na época, só depois de muito tempo foi que descobri que se tratava de um drama/romance com ares de fantasia.
Depois veio o cartaz nas locadoras e a curiosidade só aumentava, mas, infelizmente, acabou que nunca o vi o filme na sua época. E por falar em locadoras, Cidade dos Anjos foi um dos filmes que mais me marcaram quando via o cartas ali, sempre achei esse poster dele muito foda assim como de outros filmes da época, a exemplo de Legionário, Soldado Universal O Retorno e Fim dos Dias.
Mas enfim, assisti ele lá no começo da era do DVD, quando ainda era comum achar cópias dubladas de filmes que eram convertidos de VHS para DVD. Gostei demais. Revi ele recentemente e continuei gostando da mesma forma. O filme tem um clima único e a parceria entre o Cage e a Meg Ryan funcionou bem demais. As locações e a trilha sonora são um show a parte, embora eu não curta U2, mas de resto todas músicas ficaram excelentes.
E quanto mais os anos 1990 se distanciam e eu vou revendo alguns filmes chega me da um aperto no coração, no caso de Cidade dos Anjos pelos rumos que tomou a carreira do Nicolas Cage depois de um certo tempo e a Meg Ryan que, pelo menos pra mim, não fez nada de relevante depois desse filme.
Papai Noel às Avessas
3.1 108Sabe aquele filme paradão e que em alguns momentos é bem chatão, não tem quase nada de marcante que lhe prenda mas ainda assim arranca algumas risadas e você consegue assistir até o fim? Pois bem, Papai Noel as Avessas é um belo exemplar desse tipo de filme.
Pelo elenco e proposta do filme, mesmo que se trate de um humor mais negro, eu, particularmente, esperava um pouco mais, porém o filme é bem arrastado e o personagem do Billy Bob Silva é altamente sem sal. Nem mesmo Moreira Cox ou Bernie Silva ajudam muito, porém quando o gordinho entra em cena o filme da uma leve melhorada e você consegue rir um pouco.
Detalhe é que já pro fim você espera um bom plot pra dar um boom, e isso até acontece, mas não muda nada no conjunto da obra e também não é nada tão marcante. Até mesmo a magnífica trilha sonora com as mais clássicas músicas de natal parece perdida no meio do filme, é uma descontinuidade de ritmo atrás da outra. Ainda digo que vale uma conferida simplesmente pelo moleque e seu nariz com um tutano de catarro, no mais, é completamente esquecível.
Passageiro 57
3.1 97 Assista AgoraFilmaço de ação típico dos anos 1990 com excelente dublagem Herbert Richers e o grande Marcio Seixas fazendo a sua clássica narração "Versão Brasileira, Herbert Richers".
Esse é mais um exemplar de tipo de filme de ação que, talvez possa até nem ter passado na sessão, mas tem o estilo Domingo Maior. Diria até que é um subgênero/rótulo brasileiro que a Globo "selecionou" nos anos 1990 e se sobressaiu em alguns filmes que, repito, podem até não ter passado na sessão mas tem todas as características dos que passavam lá, rs.
Simples e direito, sem muita enrolação. Produção arrojada como há muito tempo não vemos mais o Snipes e tantos outros bons atores que foram engolidos pelos anos 1990 ou até metade da década de 2000, como um outro bom exemplo que também está no filme, o Tom Sizemore.
Em Má Companhia
2.9 95 Assista AgoraForam incontáveis as vezes que eu passava na frente de uma locadora em Campina Grande e ficava admirando o pôster desse filme pela janela do busão, pena que nunca cheguei a entrar naquela locadora e muito menos a locar esse filme. Pouco tempo depois da explosão do DVD eu ganhei um ano de assinatura grátis da revista da Videolar e sempre via o DVD desse filme na sessão de catálogos, mas também nunca comprei. Como o amigo abaixo citou aí, também vi alguma chamada dele pro Supercine, mas nunca cheguei a ver, kkk. Enfim, foi um filme que sempre esteve a minha margem e eu nunca consegui ver, pois mesmo nos camelôs eu nunca o encontrei.
Não pra menos, eu criei uma expectativa um pouco acima de média com ele e o mesmo não supriu isso tudo, embora seja um filme muito bom. O foda é que essas atuações mais exageradas do Chris Rock atrapalham em alguns momentos, mas nada a ponto de estragar o filme. É uma ação de espionagem bem pipoca com produção arrojada, e embora a parceria Rock/Hopkins destoe e seja meio inusitada, da pra assistir de boa.
Obs: Ainda tento até hoje conseguir o DVD original, aquele que tem o nome "Widescreen" na frente da capa, como era de costume nos primeiros filmes lançados pela Touchstone Pictures aqui.