Um dos clássicos Disney, reassistindo depois de muitos anos, a magia ainda continua viva! Esse filme tem traços lindos, e aquela beleza de "clássico Disney" mesmo. As músicas em tom lírico, o humor realmente engraçado das fadas (que pra mim, são as melhores personagens) e uma vilã fria e má, como faziam antigamente.
Assisti no Disney+ e uma coisa que achei curioso foi que não renovaram as dublagens, o que é brilhante. As vozes são muito características e contribuem na obra.
O filme é lotado daqueles clichês Disney, né? Principalmente o fato da princesa precisar ser "acordada com o beijo de amor", entre outras bobagens. Mas é a Disney sendo Disney em uma animação bacana. Tem várias partes engraçadas e o final "épico" de príncipe x dragão. Pra quem não assistiu, é filme obrigatório. Bom filme!
Não sou um grande conhecedor de David Byrne, assim como de Talking Heads, mas uma coisa é certa: o cara é genial. Li seu livro "Como funciona a música" e fiquei surpreso em como funciona seu processo de criação.
Demorei muito para conseguir assistir esse show, acompanhei na época onde ainda não havia a filmagem oficial, e enrolei pra conseguir assistir quando o filme foi lançado. Recentemente aluguei, e nossa, que showzaço!
Num tempo onde os "shows da vida" são raves lotadas de luminosidade, telões gigantescos e playbacks, David Byrne faz um show, nas palavras dele, "focando no que realmente importa: a banda, a música e o público". Um espetáculo teatral e ambicioso, com o objetivo de fazer com que a banda, backing vocals e público interajam durante todo o show. Inclusive, a banda troca os instrumentos constantemente, e não estão presos em posições.
Todas as músicas possuem muito significado e a estranheza e originalidade que fazia presença desde os Talking Heads. Vale muito a pena conferir. Inclusive, na banda temos dois brasileiros.
David Byrne consegue mostrar que ainda tem seu lugar especial na música, e que podemos sentir tudo isso junto com os músicos da sua banda mega especial e competente. Aqui temos originalidade, em um espetáculo teatral e super envolvente. Sem dúvida, um dos melhores shows que assisti recentemente. Perfeito!
Aronofsky e Fraser se juntam para trazer drama profundo sobre a culpa e a luta pela sinceridade. Confesso que não via nenhum trabalho de Brander Fraser desde Viagem Ao Centro da Terra, de 2008, e nem sei se o ator lançou algo depois disso. Com depressão intensa e episódios posteriormente declarados de assédio, o ator marca seu retorno triunfal no novo longa do polêmico e controverso diretor Aronofsky.
Por outro lado, minha última memória de Aronofsky está bem fresca e é incrível: Mãe! de 2017, um filme divisor de opiniões, pra mim um filmaço e um dos meus prediletos. O diretor tem seu nome em grandes outros títulos, como Cisne Negro (2010) e Réquiem para um Sonho (2000), mas aqui faz seu retorno com um filme mais pé no chão, mas nem por isso deixou seu prazer por dramas psicológicos. A Baleia é um filme tão pesado quanto o animal que caracteriza o título, e nada imerso no arrependimento de seus personagens.
Diferente dos longas atuais, não espere aqui uma grandiosidade visual. Não é um filme que vai te prender por cenários e figurinos impecáveis, mas sim pela sua história perturbadora de tão possível. O filme foi baseado na peça homônima de Samuel D. Hunter, e conta com um roteiro muito bem construído, realmente parecendo uma peça em tela. Há praticamente somente 1 cenário onde o filme ocorre, e isso ajuda a aumentar ainda mais a tensão que se constrói.
É difícil falar de A Baleia sem acabar vazando alguma informação. O que se pode dizer é que nosso personagem principal, Charlie, está em busca de reconexão com sua filha, e com isso encarando fantasmas do passado, mas também os demônios do presente. A atuação de Branden Fraser, junto a uma caracterização fenomenal, tem o máximo de seu potencial. Conheci o ator em A Múmia, de 1999, um filmaço de ação e aventura, mas aqui sim é onde Fraser se revela como um mega ator. A interpretação é incrível, e muito emocionante. O restante do elenco não fica pra trás, sua filha interpretada por Sadie Sink é odiosa em todos os sentidos (menos para o protagonista), um dos personagens que mais me incomodou no cinema nos últimos tempos, e isso é resultado de uma atuação brilhante.
O trabalho sonoro do longa é incrível, fornece vários sons que incrementam o peso das cenas, seja somente com passos pesados, ou som muito forte da chuva, assim como sons de ondas do mar. Sabemos que a sonoplastia mandou muito bem quando ela ultrapassa o limite de ser ignorada, aqui ficou nota 10. A trilha contida também é utilizada nos momentos certos.
O real brilho está na história, e não vou contar nada que comprometa a experiência. O que se pode dizer é que A Baleia é um filme que, tanto pelo título quanto pelas imagens, pode vender que o filme seja um tipo de interpretação dramática de "quilos mortais", e é muito mais do que isso. A obesidade é somente um detalhe da montanha de fatores que fizeram a vida de Charlie ser o que é nesse momento. O filme explora diversos temas como vícios, relacionamento amoroso, paternidade, sexualidade, arrependimentos, perseguição, religião, e claro, propósito. Se formos julgar obesidade como a doença principal do filme, eu diria que todos ali estão muito doentes. A comida é a última coisa que você vai prestar atenção aqui. Os personagens desse filme possuem vários ângulos e muitas dores não tratadas, cada um atirando no outro em busca de saídas, mas com uma grande dificuldade em serem verdadeiros.
A maior ferida explorada pelo protagonista é justamente que os outros consigam admitir suas verdades, que consigam ser honestos com o mundo e consigo mesmos, e que isso não necessariamente é algo bonito de se ver. A repulsa das pessoas muitas vezes existirá em torno de coisas reais, pois não conseguem entender como aquilo se forma, e o filme retrata isso em diversos exemplos. Portanto, o longa tem muitas mensagens, mas acredito que a principal delas seja como conseguimos sentir repulsa ou ódio pelo próximo se estamos tão ou mais sujos por dentro. E o pior, ninguém consegue expor essa sujeira.
Charlie luta até o final pelo que acredita, mesmo que isso o consuma e leve tudo que ele tem, e será o mártir dessa devoção. Enquanto todos olham para Charlie e enxergam um problema, ele enxerga somente um resultado e como pode lidar com os últimos capítulos dessa história. Algumas escolhas podem ser muito dolorosas, mas isso é amenizado quando são honestas.
O longa possui um tocar muito individual, exige muita empatia ou uma relação própria com os temas. Na minha sessão, vi pessoas rindo em algumas partes ou até bocejando. Já eu, nos últimos 20 minutos só conseguia chorar e pensar que sabia um pouco sobre como aquele personagem se sentia. A Baleia não é mais uma obra processada e embalada para algo previsível, e por isso o gosto pode ser bem ruim pro paladar desconhecido. Aronofsky novamente consegue se colocar numa direção cheia de visão que constrói a tensão ao longo do filme e a deixa explodir no final. O filme não entrega tudo de bandeja, desde seu início os personagens vão aparecendo de forma solta, e depois vão se ligando pelo desenrolar da história.
A Baleia é o reerguer perfeito para Fraser, e acredito que isso tenha acontecido por ter conseguido levar suas dores para a telona. A empatia do ator pelo que ele enxerga de si mesmo no personagem é uma das expressões mais puras. Em um mundo visual, quanto mais puro e honesto você for, mais sujeira e feridas demonstrará, em outras linhas, mais humano parecerá. E o ponto é.. você enxerga a beleza disso?
Zootopia é uma animação completa: belíssimos visuais, investigação, tom cômico, e o mais importante, uma mensagem sincera.
Subestimado e pouco comentado ao nível que deveria, Zootopia é um filmão com roteiro interessante e um contexto inesperado que vai sendo explorado até o seu final. Primeiro pode somente soar como uma história mais investigativa, mas depois toma todo o seu contexto social e com peso emocional.
As atuações são muito boas, e o filme tem várias partes engraçadas. É emocionante, e vale a pena assistir em família, pois traz mensagens universais. Uma sacada excelente!
Tão maluco (senão mais) que Uma Aventura Lego e Uma Aventura Lego 2, Lego Batman: O filme traz a ousada missão de parodiar um dos heróis mais amados e respeitados justamente por sua.. falta de humor. E consegue!
LEGO Batman: O Filme é super divertido, e também acessível para fãs e não fãs do herói. Como no universo Lego tudo é permitido, não espere seriedade. Aqui quem reina é o non sense.
As produções de filme da Lego possuem um elevado capricho visual, e aqui não poderia ser diferente. Tudo é muito bem composto, e sim, é engraçado. As misturas de personagens de outros universos trazem um quê ainda mais especial e cômico pra história. E o melhor, por mais simples que seja, o filme traz uma mensagem ao final.
É uma homenagem que utiliza toda a criatividade para zoar esse personagem tão amado. Tem partes imperfeitas, próximo ao final o roteiro fica mais arrastado, mas nem por isso perde sua graça. Vale muito a pena conferir essa baita animação. Ótimo filme!
Adão Negro tem uma história bacana, até fugindo um pouco dos padrões e com uma mensagem interessante para o que o mundo julga ser um super-herói ou não, mas.. o problema é a execução.
Quanto a parte visual, só temos elogios: excelentes efeitos especiais, figurinos lindíssimos, ambientação muito boa. O Sr. Destino é um personagem riquíssimo, e aqui foi retratado bem, talvez o meu favorito do filme. As cenas com o Gavião Negro também são muito boas. Como filme de ação, o filme não deixa nada a desejar, tem pancadaria sem fim, destruição toda hora e vários efeitos correndo na tela.
Nem só de efeito vive um filme, não é mesmo? As atuações são péssimas. Dwayne parece um robô, até me lembrou o Exterminador do Futuro (que é melhor do que ele, porque é um robô). Isso é culpa dos atores, mas também do desenvolvimento do roteiro, já que o Gavião Negro parece uma criança, querendo brigar toda hora sem motivo. Esmaga-Átomo e Ciclone estão ali só pra preencher os lugares na nave, interferem em nada na história. Vilão 0% cativante e mal explorado. É aquilo, filme apelativo no visual pra vender ingressos, funciona, mas não vai ser lembrado.
É ruim? Não, mas também não é bom. Dá pra assistir sim, mas não assistiria novamente.
Utilizei minha memória quase apagada sobre esse filme, que vi várias vezes na infância, para reassisti-lo quase como se fosse a primeira vez. Mal imaginava quão impressionado ficaria.
O Corcunda de Notre Dame é um espetáculo, tanto de dublagem, trilha sonora fenomenal, imagens lindas em tela, quanto pelo roteiro com história (super) pesada. Inimaginável que a Disney tenha arriscado a esse nível, com uma história sobre repressão, preconceito, debates, conflitos e perseguições religiosas, entre outros temas cabeludos em que geralmente o estúdio gosta de fugir, sobretudo em suas animações 2D do passado.
De fato, um filme muito subestimado, com qualidades gigantescas. Tem personagens cativantes, incluindo seu perverso vilão, várias partes emocionantes, discussões sobre fé e liberdade, e muito mais! Porém, na minha visão, a história não é boa para crianças. Não tanto por ser pesada, mas por ter um ritmo mais lento e ser complexa em vários pontos.
Nunca li o clássico livro, mas nossa, essa animação é formidável e a história é emocionante. Em alguns momentos, vai exigir uma concentração maior, devido a lentidão de algumas passagens, mas vale muito a pena conferir. São várias as reflexões retiradas desse filme, e o conjunto foi construído com muito capricho. Uma grande obra em que a Disney arriscou o pescoço, e acertou (mesmo que não haja uma concordância geral). Excelente!
Um filme tão maluco (ou mais) que o primeiro, mas não consegue manter a mesma qualidade de roteiro.
Apesar das inúmeras qualidades visuais, canções divertidíssimas, e vilões indecifráveis, Uma Aventura Lego 2 quebra várias bases que foram construídas no primeiro filme, e aqui jaz seus defeitos. A mensagem final é bacana e bem contextualizada, mas muitos personagens antes queridos aqui se tornam mais vazios.
O filme tem um tom um pouco mais apelativo que o antecessor, mas não deixa de ser uma boa animação, com certeza vale a pena conferir! A qualidade visual e de efeitos continua impecável, e tem alguns elementos tão ridículos que é impossível não gostar. Bom filme!
Assim como muitos aqui, estou reassistindo esse filme depois de muuuuitos anos. Na minha cabeça era um filme terrorzão com um suspense super bem construído (opinião da minha criança que assistia esse filme no SBT). Só que não. Lembrava só da primeira cena, que inclusive é super legal, mas o resto.. não vale nem a pena eu ficar descrevendo. Roteiro fraco, atuação fraca, tudo fraco. Fraquíssimo. Não perca seu tempo.
Uma Aventura LEGO talvez seja a animação mais aleatória que já assisti, e por isso, consegue a façanha de ser despretensiosamente fabuloso! Aqui temos ação, muita comédia, uma trilha sonora toda especial, e o mais importante, uma mensagem!
Quando você espera que uma animação utilizando lego como base vá falar de temas como alienação e o poder da imaginação? É um filme delicioso de assistir, onde em várias partes você se pergunta se aquilo é stop motion ou computação gráfica (quando na verdade é um híbrido), com uma história maluca mas muito clara, e um final maravilhoso!
O aspecto visual e a arte do filme são excelentes, assim como as atuações/dublagens. Tudo muito bem amarrado e construído, com um roteiro inteligente que só parece bobinho, quando na verdade traz um conteúdo muito importante. Vale super a pena conferir, pode te surpreender! Excelente!
Creed não surpreende pelo roteiro, nem pelas atuações, nem pela história.. mas cativa pela emoção e pelas cenas maravilhosas de luta!
Tem todos os choques motivacionais que filmes do mesmo gênero entregam, com um personagem que está pendendo mais para o mimado do que para o necessitado, mas mesmo assim a produção é bem feita e as cenas de ação são de tirar o fôlego! O final é glorioso.
Muito bom ver o Sylvester Stallone, que traz uma performance honesta. Poderiam ter arriscado inovar um pouco do roteiro, arriscado mais, mas vale sim a pena assistir, o filme cumpre o que promete. (E pra quem gosta, o Michael B. Jordan é de tirar o fôlego, mdssss).
Não sou muito chegado a filmes de esporte, mas esse filme me cativou desde que foi lançado. Mesmo não sendo perfeito, acabou sendo um filme que se tornou uma referência dentro da minha "geração" de filmes do tipo. Vale a pena conferir, bom filme!
Deadpool 2 tem o mesmo tom divertido e maluco do primeiro filme, porém com um pouco menos de estrutura, com foco maior em algumas passagens. O resultado disso é que a história parece "menor" que a do primeiro, mas nada que estrague a experiência.
Os vilões que participam são cativantes e interessantes, com um destaque gigantesco para um que foi herdado dos x-men (não vou nem citar, pra quem ainda não viu).
O filme possui um tom mais dramático que seu anterior, tendo em vista a forte perda que o personagem sofre logo de início, mas acho que isso só o aproxima ainda mais da sua maldição (ou superpoder) da eternidade, e de como ele irá lidar com isso. Uma das suas saídas aqui é tentar o "caminho bonzinho", e ver que isso dá meio certo, do jeito Deadpool de ser.
A qualidade de efeitos e o tom humorístico continuam impecáveis, assim como no anterior. É muito maluco ver a abertura ao estilo 007 com música cantada pela Celine Dion (!!), acertaram em cheio!
Deadpool 2 é muito agradável de assistir, quem curtiu o primeiro com certeza vai curtir esse. E claro, o final já deixou uma brecha do que pode vir no terceiro, com certeza vou acompanhar. Ótimo filme!
O Gato de Botas 2 é uma surpresa rica em qualidades técnicas, bem mais do que eu esperava.
Não assisti ao primeiro longa (e confesso que em nenhum momento me fez conta), e que tenho medo dessa onda de spin offs, sempre temendo estragarem personagens tão queridos com roteiros caça-níqueis. Isso, felizmente, não acontece aqui. Gato de Botas 2 traz uma proposta visual diferente, unindo detalhes do 3D ao 2D, com história de base simples, mas com muita profundidade emocional.
A direção de arte desse filme é impecável, e parece ter bebido um pouco da fonte do incrível Homem-Aranha no Aranhaverso, já que também traz essa junção gráfica entre 2D e 3D. Toda a parte visual é lindíssima.
O roteiro é fácil de entender, e ao mesmo tempo lida com um tema inesperado para um spin off como esses: a morte. Incrível como souberam trabalhar e atrelar grande significado, e ainda assim mesclar com as histórias famosas de contos de fadas. A gangue da cachinhos dourados, por exemplo, consegue roubar a cena diversas vezes.
O vilão tem vários elementos cativantes: totalmente caricato, e de uma maldade vazia e profunda, sem justificativas bajuladoras. E claro, meu personagem favorito do filme, o lobo é sensacional. Fica o elogio gigante também ao trabalho de dublagem nacional! Impecável! As músicas do filme são vazias, e bem descartáveis, mas nada que atrapalhe a experiência.
Por fim, se estiver em dúvida, vale muito a pena assistir. É uma animação extremamente bem produzida e rica em detalhes, e carrega a carga emocional inesperada que acaba mexendo até com os adultos. Ótimo filme!
Deadpool poderia ser facilmente confundido como um filme de James Gunn: engraçado, divertido, com ação bem feita e lotado de indecência.
Com um mercado da MCU em grande ascensão, Deadpool é o melhor que poderia ser para quebrar esse ciclo vicioso: totalmente cagador de regras. Aqui temos um elenco mediano, mas com um roteiro que insiste em caçoar a todo momento dos filmes de super heróis tão enlatados da indústria.
E de quebra, ainda é um excelente filme de ação! Tudo cheio de muitos efeitos especiais e CGI, mas sim, Deadpool é um filme divertido e satisfatório de assistir, com cenas engraçadas e outras de tortura pesada. É o filme de super herói para maiores.
Por outro lado, por mais que o filme sabote as ideias tão batidas, ainda é um filme de origem, e no final acaba sendo só isso mesmo. Os outros personagens não são nada explorados, o vilão não é cativante, e a estrela da história é o próprio Deadpool.
Vale muito a pena conferir e está na minha lista de filmes favoritos de heróis. Deadpool é o melhor caminho que poderia ter sido tomado para trabalhar um anti herói que satiriza tudo que representa: um ser superior que, no final, quer salvar apenas a si mesmo (e não a babaquice de salvar humanidade nenhuma). Ótimo filme!
O Grande Gatsby é mais uma obra ambiciosa de Baz Luhrmann. Assim como sua filmografia costumeira, se apresenta como um presente pomposo. Por outro lado, as inconsistências internas fazem o filme pecar muito em não oferecer credibilidade aos próprios personagens.
Visualmente incrível, o filme também conta com uma trilha sonora de pesos pesados (Fergie, Florence and The Machine, Lana Del Rey, Beyoncé, Jack White e outros), na boa maneira forçada de Baz que tem seu mérito e estilo próprio. Porém, as extravagâncias do filme são logo insustentáveis.
Os ótimos Leonardo Di Caprio e Tobbey Maguire não conseguem salvar os rombos de construção de seus personagens. Tobbey, um protagonista autor, quase não tem sentido na história a não ser por estar intrometido numa trama na qual não tem impacto algum. A incrível Elizabeth Debicki aqui é super mal utilizada, com uma personagem que pode ser confundida com uma decoração de cenário. Sendo assim, o elenco é bem requisitado, mas mal utilizado por seus personagens mal acabados.
O filme tem passagens bacanas, principalmente aquelas com concentração de tensão entre os personagens. O problema é que essas passagens não se mesclam direito com outras. O início é tão exagerado e visualmente cativante que no meio nem parece estarmos assistindo ao mesmo filme. O ritmo perde-se completamente.
Por outro lado, as atuações ganham seus méritos, vale a pena conferir pelo elenco envolvido. O final traz uma mensagem interessante, clara e reflexiva, mas pra mim faltou profundidade no conhecimento de Gatsby para um impacto que poderia ter sido muito maior. Beleza visual impressiona, mas não salva falhas na dinâmica. Um filme razoável, com potencial de ser muito grande, assim como o próprio Gatsby.
Sabe quando você gosta muito do estilo visual de um diretor e queria gostar muito mais de um novo filme dele? É o que eu senti quando terminei "A Crônica Francesa".
Com elenco pesado excelente e visual impecável do estilo Anderson, o filme traz 3 histórias que trazem um decaimento de ritmo, o que prejudica a finalização. A primeira história é maravilhosa por sua estranheza e curiosidade, a segunda é interessante e mais curta, e a terceira parece só um restinho muito mal explicado.
Apesar da fidelidade ao estilo Anderson, visual não é tudo pra conseguir sustentar um filme. A trilha sonora é bacana, as cores são lindas de se ver, os ângulos são perfeitos, mas o roteiro falha sim. É razoável, mas a expectativa foi maior que a entrega.
(500) Dias com Ela, um dos filmes que mais vi causar polêmicas em grupos de cinéfilos no Instagram entre os "injustiçados" e os defensores da liberdade de amar.
Com uma história leve e simples, o filme tem seu peso filosófico! Joseph Gordon-Levitt interpreta brilhantemente o apaixonado e Zooey Deschanel interpreta brilhantemente a liquidez da vida, e mesmo que haja um aviso prévio para essas ações, não é suficiente para poupar as dores das expectativas.
O filme tem uma graça muito particular em demonstrar a sequência de ações e épocas que levam a sua conclusão, que desde o início já está quase esmiuçada. Unindo cenas rotineiras, engraçadas, raivosas e dramáticas, consegue trazer as várias tonalidades que fizeram parte da vida desse casal de amigos-quase-algo-mais.
É um filme muito gostoso e divertido de assistir, e que ao mesmo tempo vai causando muita reflexão lembrando de atitudes que já tivemos ou tiveram conosco em relacionamentos. É muito sobre amadurecimento e o embate entre ceticismo e fé no amor. Ótimo filme!
Divertido, bizarro, estranho e envolvente. O Menu é um filme de várias facetas. Começa de fininho, sem entregar muita coisa, passa por um período meio.. sem graça? Até que tudo começa a ficar mais claro aos poucos.
O suspense do filme é a melhor parte, porque no fundo você sabe que vai acontecer alguma coisa terrível ali. É um filme bem figurativo também, apesar de ter uma história compreensível. Assista de mente aberta e sem esperar nada de nenhum personagem. Aos poucos, você vai assimilando cada um deles e entendendo que possuem propósitos diferentes, até mesmo aqueles que trabalham para o "chef".
O filme tem um ritmo volátil, onde no início não prende muito a atenção e acaba dependendo bastante do desenvolver. Chega um momento em que já esperamos pelo pior (que nesse caso, é o melhor hahaha).
As atuações também são voláteis, com algumas boas e outras meia boca. Não é um elenco de milhões, mas acredito que os papeis principais cumpram bem suas funções.
Em seu conceito, é uma paródia da elite e de como são alimentados da pobreza de nutrientes (egoísmo, corrupção, traição, entre outros). O melhor é ver cada um desses pagando por seus pecados de formas específicas, me lembrou muito A Fantástica Fábrica de Chocolates, onde cada criança acaba castigada de forma personalizada por seus maiores vícios. Aqui a fuga desse sistema é ser autêntico, a esperança jaz na inconformidade e genuinidade. Bom filme!
Filme bacana, com outro teor e com uma justificativa mais fraca pra trazer a Whoopi Goldberg de volta pra história.
Apesar de não estar no mesmo nível do primeiro filme, acredito que tenha a canção mais famosa, Oh Happy Day. A história é bem diferente do primeiro, o que é interessante, mas pra mim não tem o mesmo peso. Por outro lado, é uma história bonita, muito mais voltada para a ação social.
O elenco é bem grande, mas não tem muito momento para focar em atuação. É entretenimento leve, como o anterior, mas sim, um pouco mais apelativo devido a fama. Lauryn Hill is in the house! Lauryn brilha muito!
Não sei porque demorei tanto pra assistir esse filme divertidíssimo!
A história é simples, não tem mistério nenhum, mas é cheio de energia e de comicidade. Mudança de Hábito é um musical pra divertir e entreter, sem prometer sem grandioso.
Whoopi Goldberg é o super destaque do longa, mas o restante do elenco consegue carregar muito bem o filme. As músicas são sensacionais, é muito bom ver o antes e depois de algumas que são transformadas ao longo do filme. Se você curte um filme com boas músicas e uma comédia leve, assista que não vai se arrepender. Bom filme!
Evita é a reascensão de Madonna para o final dos anos 90, mas não engata.
Sou um grande fã de musicais e um grande fã de Madonna, enrolei demais pra assistir esse filme e, relendo sua biografia pela segunda vez, o procurei inspirado. A química não rolou.
Evita é um filme arrastado, onde as cenas com Madonna parecem extremamente medidas, quase como videoclipes pontuais com sua presença. Sabemos que Madonna não é a pessoa com melhor técnica vocal, mas aqui se sai bem na maior parte do tempo. Ainda assim, ao misturar as técnicas vocais com a emoção necessária para cada momento, acaba deixando a desejar.
Antonio Banderas cumpre bem seu papel, apesar de também não impressionar. O filme tem uma boa e grande produção, mas o roteiro como foi desenhado não consegue prender por muito tempo, tornando-o excessivamente longo e cansativo.
Se você não curte musical, passe longe, pois o filme é 100% cantado. Se você curte musicais, acredito que a versão em teatro dessa história seja muito melhor. Dá pra assistir, mas não dá vontade de reassistir.
A Órfã, assim como para a família adotiva, é o que você não espera, de forma muito divertida.
A história mistura as alucinações de origem traumática da personagem de Vera Farmiga ao fracasso de uma solução encontrada pela família para reacender a chama da esperança: adotar uma criança. O filme é cheio de suspense, mas logo engata pra sabermos quem é o vilão da história.
Vera Farmiga é sensacional e traz a melhor performance, mas Isabelle Fuhrman também cumpre muito bem com seu papel. No geral, o elenco é convincente e consegue trazer as sensações agoniantes que o filme pede.
É um dos preferidos do suspense aqui em casa, e considero um filme super bacana pois, apesar de ser pretensioso, honra a história com um bom desenvolvimento. Por várias vezes parece que a raiva de Vera Farmiga está dentro de nós. Ótimo filme!
Beirando um filme trash, A Órfã 2 é piada com terror que no final.. não funciona.
Pra quem curte A Órfã, de 2009, esse filme passa bem longe do seu teor de suspense, apesar de ter surpresas interessante. O plot dele talvez seja a melhor coisa, onde o telespectador fica quase com um sentimento de vingança.
Dá pra assistir? Da, mas é bem fraquinho. Uma continuação (que não é continuação) totalmente desnecessária, mas que parece saber que não fala a mesma língua do primeiro longa.
Quanto a parte técnica, nem espere nada. Quanto ao roteiro, lotado de furos desde o início. As atitudes dos personagens chegam a ser ridículas.
A Bela Adormecida
3.6 454 Assista AgoraUm dos clássicos Disney, reassistindo depois de muitos anos, a magia ainda continua viva! Esse filme tem traços lindos, e aquela beleza de "clássico Disney" mesmo. As músicas em tom lírico, o humor realmente engraçado das fadas (que pra mim, são as melhores personagens) e uma vilã fria e má, como faziam antigamente.
Assisti no Disney+ e uma coisa que achei curioso foi que não renovaram as dublagens, o que é brilhante. As vozes são muito características e contribuem na obra.
O filme é lotado daqueles clichês Disney, né? Principalmente o fato da princesa precisar ser "acordada com o beijo de amor", entre outras bobagens. Mas é a Disney sendo Disney em uma animação bacana. Tem várias partes engraçadas e o final "épico" de príncipe x dragão. Pra quem não assistiu, é filme obrigatório. Bom filme!
Quando as Luzes se Apagam
3.1 1,1K Assista AgoraFraquinho, fraquinho. Sem muito a comentar.
American Utopia
4.5 7 Assista AgoraNão sou um grande conhecedor de David Byrne, assim como de Talking Heads, mas uma coisa é certa: o cara é genial. Li seu livro "Como funciona a música" e fiquei surpreso em como funciona seu processo de criação.
Demorei muito para conseguir assistir esse show, acompanhei na época onde ainda não havia a filmagem oficial, e enrolei pra conseguir assistir quando o filme foi lançado. Recentemente aluguei, e nossa, que showzaço!
Num tempo onde os "shows da vida" são raves lotadas de luminosidade, telões gigantescos e playbacks, David Byrne faz um show, nas palavras dele, "focando no que realmente importa: a banda, a música e o público". Um espetáculo teatral e ambicioso, com o objetivo de fazer com que a banda, backing vocals e público interajam durante todo o show. Inclusive, a banda troca os instrumentos constantemente, e não estão presos em posições.
Todas as músicas possuem muito significado e a estranheza e originalidade que fazia presença desde os Talking Heads. Vale muito a pena conferir. Inclusive, na banda temos dois brasileiros.
David Byrne consegue mostrar que ainda tem seu lugar especial na música, e que podemos sentir tudo isso junto com os músicos da sua banda mega especial e competente. Aqui temos originalidade, em um espetáculo teatral e super envolvente. Sem dúvida, um dos melhores shows que assisti recentemente. Perfeito!
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraAronofsky e Fraser se juntam para trazer drama profundo sobre a culpa e a luta pela sinceridade. Confesso que não via nenhum trabalho de Brander Fraser desde Viagem Ao Centro da Terra, de 2008, e nem sei se o ator lançou algo depois disso. Com depressão intensa e episódios posteriormente declarados de assédio, o ator marca seu retorno triunfal no novo longa do polêmico e controverso diretor Aronofsky.
Por outro lado, minha última memória de Aronofsky está bem fresca e é incrível: Mãe! de 2017, um filme divisor de opiniões, pra mim um filmaço e um dos meus prediletos. O diretor tem seu nome em grandes outros títulos, como Cisne Negro (2010) e Réquiem para um Sonho (2000), mas aqui faz seu retorno com um filme mais pé no chão, mas nem por isso deixou seu prazer por dramas psicológicos. A Baleia é um filme tão pesado quanto o animal que caracteriza o título, e nada imerso no arrependimento de seus personagens.
Diferente dos longas atuais, não espere aqui uma grandiosidade visual. Não é um filme que vai te prender por cenários e figurinos impecáveis, mas sim pela sua história perturbadora de tão possível. O filme foi baseado na peça homônima de Samuel D. Hunter, e conta com um roteiro muito bem construído, realmente parecendo uma peça em tela. Há praticamente somente 1 cenário onde o filme ocorre, e isso ajuda a aumentar ainda mais a tensão que se constrói.
É difícil falar de A Baleia sem acabar vazando alguma informação. O que se pode dizer é que nosso personagem principal, Charlie, está em busca de reconexão com sua filha, e com isso encarando fantasmas do passado, mas também os demônios do presente. A atuação de Branden Fraser, junto a uma caracterização fenomenal, tem o máximo de seu potencial. Conheci o ator em A Múmia, de 1999, um filmaço de ação e aventura, mas aqui sim é onde Fraser se revela como um mega ator. A interpretação é incrível, e muito emocionante. O restante do elenco não fica pra trás, sua filha interpretada por Sadie Sink é odiosa em todos os sentidos (menos para o protagonista), um dos personagens que mais me incomodou no cinema nos últimos tempos, e isso é resultado de uma atuação brilhante.
O trabalho sonoro do longa é incrível, fornece vários sons que incrementam o peso das cenas, seja somente com passos pesados, ou som muito forte da chuva, assim como sons de ondas do mar. Sabemos que a sonoplastia mandou muito bem quando ela ultrapassa o limite de ser ignorada, aqui ficou nota 10. A trilha contida também é utilizada nos momentos certos.
O real brilho está na história, e não vou contar nada que comprometa a experiência. O que se pode dizer é que A Baleia é um filme que, tanto pelo título quanto pelas imagens, pode vender que o filme seja um tipo de interpretação dramática de "quilos mortais", e é muito mais do que isso. A obesidade é somente um detalhe da montanha de fatores que fizeram a vida de Charlie ser o que é nesse momento. O filme explora diversos temas como vícios, relacionamento amoroso, paternidade, sexualidade, arrependimentos, perseguição, religião, e claro, propósito. Se formos julgar obesidade como a doença principal do filme, eu diria que todos ali estão muito doentes. A comida é a última coisa que você vai prestar atenção aqui. Os personagens desse filme possuem vários ângulos e muitas dores não tratadas, cada um atirando no outro em busca de saídas, mas com uma grande dificuldade em serem verdadeiros.
A maior ferida explorada pelo protagonista é justamente que os outros consigam admitir suas verdades, que consigam ser honestos com o mundo e consigo mesmos, e que isso não necessariamente é algo bonito de se ver. A repulsa das pessoas muitas vezes existirá em torno de coisas reais, pois não conseguem entender como aquilo se forma, e o filme retrata isso em diversos exemplos. Portanto, o longa tem muitas mensagens, mas acredito que a principal delas seja como conseguimos sentir repulsa ou ódio pelo próximo se estamos tão ou mais sujos por dentro. E o pior, ninguém consegue expor essa sujeira.
Charlie luta até o final pelo que acredita, mesmo que isso o consuma e leve tudo que ele tem, e será o mártir dessa devoção. Enquanto todos olham para Charlie e enxergam um problema, ele enxerga somente um resultado e como pode lidar com os últimos capítulos dessa história. Algumas escolhas podem ser muito dolorosas, mas isso é amenizado quando são honestas.
O longa possui um tocar muito individual, exige muita empatia ou uma relação própria com os temas. Na minha sessão, vi pessoas rindo em algumas partes ou até bocejando. Já eu, nos últimos 20 minutos só conseguia chorar e pensar que sabia um pouco sobre como aquele personagem se sentia. A Baleia não é mais uma obra processada e embalada para algo previsível, e por isso o gosto pode ser bem ruim pro paladar desconhecido. Aronofsky novamente consegue se colocar numa direção cheia de visão que constrói a tensão ao longo do filme e a deixa explodir no final. O filme não entrega tudo de bandeja, desde seu início os personagens vão aparecendo de forma solta, e depois vão se ligando pelo desenrolar da história.
A Baleia é o reerguer perfeito para Fraser, e acredito que isso tenha acontecido por ter conseguido levar suas dores para a telona. A empatia do ator pelo que ele enxerga de si mesmo no personagem é uma das expressões mais puras. Em um mundo visual, quanto mais puro e honesto você for, mais sujeira e feridas demonstrará, em outras linhas, mais humano parecerá. E o ponto é.. você enxerga a beleza disso?
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraZootopia é uma animação completa: belíssimos visuais, investigação, tom cômico, e o mais importante, uma mensagem sincera.
Subestimado e pouco comentado ao nível que deveria, Zootopia é um filmão com roteiro interessante e um contexto inesperado que vai sendo explorado até o seu final. Primeiro pode somente soar como uma história mais investigativa, mas depois toma todo o seu contexto social e com peso emocional.
As atuações são muito boas, e o filme tem várias partes engraçadas. É emocionante, e vale a pena assistir em família, pois traz mensagens universais. Uma sacada excelente!
LEGO Batman: O Filme
3.9 383 Assista AgoraTão maluco (senão mais) que Uma Aventura Lego e Uma Aventura Lego 2, Lego Batman: O filme traz a ousada missão de parodiar um dos heróis mais amados e respeitados justamente por sua.. falta de humor. E consegue!
LEGO Batman: O Filme é super divertido, e também acessível para fãs e não fãs do herói. Como no universo Lego tudo é permitido, não espere seriedade. Aqui quem reina é o non sense.
As produções de filme da Lego possuem um elevado capricho visual, e aqui não poderia ser diferente. Tudo é muito bem composto, e sim, é engraçado. As misturas de personagens de outros universos trazem um quê ainda mais especial e cômico pra história. E o melhor, por mais simples que seja, o filme traz uma mensagem ao final.
É uma homenagem que utiliza toda a criatividade para zoar esse personagem tão amado. Tem partes imperfeitas, próximo ao final o roteiro fica mais arrastado, mas nem por isso perde sua graça. Vale muito a pena conferir essa baita animação. Ótimo filme!
Adão Negro
3.1 687 Assista AgoraAdão Negro tem uma história bacana, até fugindo um pouco dos padrões e com uma mensagem interessante para o que o mundo julga ser um super-herói ou não, mas.. o problema é a execução.
Quanto a parte visual, só temos elogios: excelentes efeitos especiais, figurinos lindíssimos, ambientação muito boa. O Sr. Destino é um personagem riquíssimo, e aqui foi retratado bem, talvez o meu favorito do filme. As cenas com o Gavião Negro também são muito boas. Como filme de ação, o filme não deixa nada a desejar, tem pancadaria sem fim, destruição toda hora e vários efeitos correndo na tela.
Nem só de efeito vive um filme, não é mesmo? As atuações são péssimas. Dwayne parece um robô, até me lembrou o Exterminador do Futuro (que é melhor do que ele, porque é um robô). Isso é culpa dos atores, mas também do desenvolvimento do roteiro, já que o Gavião Negro parece uma criança, querendo brigar toda hora sem motivo. Esmaga-Átomo e Ciclone estão ali só pra preencher os lugares na nave, interferem em nada na história. Vilão 0% cativante e mal explorado. É aquilo, filme apelativo no visual pra vender ingressos, funciona, mas não vai ser lembrado.
É ruim? Não, mas também não é bom. Dá pra assistir sim, mas não assistiria novamente.
O Corcunda de Notre Dame
3.7 538 Assista AgoraUtilizei minha memória quase apagada sobre esse filme, que vi várias vezes na infância, para reassisti-lo quase como se fosse a primeira vez. Mal imaginava quão impressionado ficaria.
O Corcunda de Notre Dame é um espetáculo, tanto de dublagem, trilha sonora fenomenal, imagens lindas em tela, quanto pelo roteiro com história (super) pesada. Inimaginável que a Disney tenha arriscado a esse nível, com uma história sobre repressão, preconceito, debates, conflitos e perseguições religiosas, entre outros temas cabeludos em que geralmente o estúdio gosta de fugir, sobretudo em suas animações 2D do passado.
De fato, um filme muito subestimado, com qualidades gigantescas. Tem personagens cativantes, incluindo seu perverso vilão, várias partes emocionantes, discussões sobre fé e liberdade, e muito mais! Porém, na minha visão, a história não é boa para crianças. Não tanto por ser pesada, mas por ter um ritmo mais lento e ser complexa em vários pontos.
Nunca li o clássico livro, mas nossa, essa animação é formidável e a história é emocionante. Em alguns momentos, vai exigir uma concentração maior, devido a lentidão de algumas passagens, mas vale muito a pena conferir. São várias as reflexões retiradas desse filme, e o conjunto foi construído com muito capricho. Uma grande obra em que a Disney arriscou o pescoço, e acertou (mesmo que não haja uma concordância geral). Excelente!
Uma Aventura LEGO 2
3.4 96 Assista AgoraUm filme tão maluco (ou mais) que o primeiro, mas não consegue manter a mesma qualidade de roteiro.
Apesar das inúmeras qualidades visuais, canções divertidíssimas, e vilões indecifráveis, Uma Aventura Lego 2 quebra várias bases que foram construídas no primeiro filme, e aqui jaz seus defeitos. A mensagem final é bacana e bem contextualizada, mas muitos personagens antes queridos aqui se tornam mais vazios.
O filme tem um tom um pouco mais apelativo que o antecessor, mas não deixa de ser uma boa animação, com certeza vale a pena conferir! A qualidade visual e de efeitos continua impecável, e tem alguns elementos tão ridículos que é impossível não gostar. Bom filme!
Navio Fantasma
2.8 824 Assista AgoraAssim como muitos aqui, estou reassistindo esse filme depois de muuuuitos anos. Na minha cabeça era um filme terrorzão com um suspense super bem construído (opinião da minha criança que assistia esse filme no SBT). Só que não. Lembrava só da primeira cena, que inclusive é super legal, mas o resto.. não vale nem a pena eu ficar descrevendo. Roteiro fraco, atuação fraca, tudo fraco. Fraquíssimo. Não perca seu tempo.
Uma Aventura LEGO
3.8 907 Assista AgoraUma Aventura LEGO talvez seja a animação mais aleatória que já assisti, e por isso, consegue a façanha de ser despretensiosamente fabuloso! Aqui temos ação, muita comédia, uma trilha sonora toda especial, e o mais importante, uma mensagem!
Quando você espera que uma animação utilizando lego como base vá falar de temas como alienação e o poder da imaginação? É um filme delicioso de assistir, onde em várias partes você se pergunta se aquilo é stop motion ou computação gráfica (quando na verdade é um híbrido), com uma história maluca mas muito clara, e um final maravilhoso!
O aspecto visual e a arte do filme são excelentes, assim como as atuações/dublagens. Tudo muito bem amarrado e construído, com um roteiro inteligente que só parece bobinho, quando na verdade traz um conteúdo muito importante. Vale super a pena conferir, pode te surpreender! Excelente!
Creed: Nascido para Lutar
4.0 1,1K Assista AgoraCreed não surpreende pelo roteiro, nem pelas atuações, nem pela história.. mas cativa pela emoção e pelas cenas maravilhosas de luta!
Tem todos os choques motivacionais que filmes do mesmo gênero entregam, com um personagem que está pendendo mais para o mimado do que para o necessitado, mas mesmo assim a produção é bem feita e as cenas de ação são de tirar o fôlego! O final é glorioso.
Muito bom ver o Sylvester Stallone, que traz uma performance honesta. Poderiam ter arriscado inovar um pouco do roteiro, arriscado mais, mas vale sim a pena assistir, o filme cumpre o que promete. (E pra quem gosta, o Michael B. Jordan é de tirar o fôlego, mdssss).
Não sou muito chegado a filmes de esporte, mas esse filme me cativou desde que foi lançado. Mesmo não sendo perfeito, acabou sendo um filme que se tornou uma referência dentro da minha "geração" de filmes do tipo. Vale a pena conferir, bom filme!
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraDeadpool 2 tem o mesmo tom divertido e maluco do primeiro filme, porém com um pouco menos de estrutura, com foco maior em algumas passagens. O resultado disso é que a história parece "menor" que a do primeiro, mas nada que estrague a experiência.
Os vilões que participam são cativantes e interessantes, com um destaque gigantesco para um que foi herdado dos x-men (não vou nem citar, pra quem ainda não viu).
O filme possui um tom mais dramático que seu anterior, tendo em vista a forte perda que o personagem sofre logo de início, mas acho que isso só o aproxima ainda mais da sua maldição (ou superpoder) da eternidade, e de como ele irá lidar com isso. Uma das suas saídas aqui é tentar o "caminho bonzinho", e ver que isso dá meio certo, do jeito Deadpool de ser.
A qualidade de efeitos e o tom humorístico continuam impecáveis, assim como no anterior. É muito maluco ver a abertura ao estilo 007 com música cantada pela Celine Dion (!!), acertaram em cheio!
Deadpool 2 é muito agradável de assistir, quem curtiu o primeiro com certeza vai curtir esse. E claro, o final já deixou uma brecha do que pode vir no terceiro, com certeza vou acompanhar. Ótimo filme!
Gato de Botas 2: O Último Pedido
4.1 452 Assista AgoraO Gato de Botas 2 é uma surpresa rica em qualidades técnicas, bem mais do que eu esperava.
Não assisti ao primeiro longa (e confesso que em nenhum momento me fez conta), e que tenho medo dessa onda de spin offs, sempre temendo estragarem personagens tão queridos com roteiros caça-níqueis. Isso, felizmente, não acontece aqui. Gato de Botas 2 traz uma proposta visual diferente, unindo detalhes do 3D ao 2D, com história de base simples, mas com muita profundidade emocional.
A direção de arte desse filme é impecável, e parece ter bebido um pouco da fonte do incrível Homem-Aranha no Aranhaverso, já que também traz essa junção gráfica entre 2D e 3D. Toda a parte visual é lindíssima.
O roteiro é fácil de entender, e ao mesmo tempo lida com um tema inesperado para um spin off como esses: a morte. Incrível como souberam trabalhar e atrelar grande significado, e ainda assim mesclar com as histórias famosas de contos de fadas. A gangue da cachinhos dourados, por exemplo, consegue roubar a cena diversas vezes.
O vilão tem vários elementos cativantes: totalmente caricato, e de uma maldade vazia e profunda, sem justificativas bajuladoras. E claro, meu personagem favorito do filme, o lobo é sensacional. Fica o elogio gigante também ao trabalho de dublagem nacional! Impecável! As músicas do filme são vazias, e bem descartáveis, mas nada que atrapalhe a experiência.
Por fim, se estiver em dúvida, vale muito a pena assistir. É uma animação extremamente bem produzida e rica em detalhes, e carrega a carga emocional inesperada que acaba mexendo até com os adultos. Ótimo filme!
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraDeadpool poderia ser facilmente confundido como um filme de James Gunn: engraçado, divertido, com ação bem feita e lotado de indecência.
Com um mercado da MCU em grande ascensão, Deadpool é o melhor que poderia ser para quebrar esse ciclo vicioso: totalmente cagador de regras. Aqui temos um elenco mediano, mas com um roteiro que insiste em caçoar a todo momento dos filmes de super heróis tão enlatados da indústria.
E de quebra, ainda é um excelente filme de ação! Tudo cheio de muitos efeitos especiais e CGI, mas sim, Deadpool é um filme divertido e satisfatório de assistir, com cenas engraçadas e outras de tortura pesada. É o filme de super herói para maiores.
Por outro lado, por mais que o filme sabote as ideias tão batidas, ainda é um filme de origem, e no final acaba sendo só isso mesmo. Os outros personagens não são nada explorados, o vilão não é cativante, e a estrela da história é o próprio Deadpool.
Vale muito a pena conferir e está na minha lista de filmes favoritos de heróis. Deadpool é o melhor caminho que poderia ter sido tomado para trabalhar um anti herói que satiriza tudo que representa: um ser superior que, no final, quer salvar apenas a si mesmo (e não a babaquice de salvar humanidade nenhuma). Ótimo filme!
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraO Grande Gatsby é mais uma obra ambiciosa de Baz Luhrmann. Assim como sua filmografia costumeira, se apresenta como um presente pomposo. Por outro lado, as inconsistências internas fazem o filme pecar muito em não oferecer credibilidade aos próprios personagens.
Visualmente incrível, o filme também conta com uma trilha sonora de pesos pesados (Fergie, Florence and The Machine, Lana Del Rey, Beyoncé, Jack White e outros), na boa maneira forçada de Baz que tem seu mérito e estilo próprio. Porém, as extravagâncias do filme são logo insustentáveis.
Os ótimos Leonardo Di Caprio e Tobbey Maguire não conseguem salvar os rombos de construção de seus personagens. Tobbey, um protagonista autor, quase não tem sentido na história a não ser por estar intrometido numa trama na qual não tem impacto algum. A incrível Elizabeth Debicki aqui é super mal utilizada, com uma personagem que pode ser confundida com uma decoração de cenário. Sendo assim, o elenco é bem requisitado, mas mal utilizado por seus personagens mal acabados.
O filme tem passagens bacanas, principalmente aquelas com concentração de tensão entre os personagens. O problema é que essas passagens não se mesclam direito com outras. O início é tão exagerado e visualmente cativante que no meio nem parece estarmos assistindo ao mesmo filme. O ritmo perde-se completamente.
Por outro lado, as atuações ganham seus méritos, vale a pena conferir pelo elenco envolvido. O final traz uma mensagem interessante, clara e reflexiva, mas pra mim faltou profundidade no conhecimento de Gatsby para um impacto que poderia ter sido muito maior. Beleza visual impressiona, mas não salva falhas na dinâmica. Um filme razoável, com potencial de ser muito grande, assim como o próprio Gatsby.
A Crônica Francesa
3.5 287 Assista AgoraSabe quando você gosta muito do estilo visual de um diretor e queria gostar muito mais de um novo filme dele? É o que eu senti quando terminei "A Crônica Francesa".
Com elenco pesado excelente e visual impecável do estilo Anderson, o filme traz 3 histórias que trazem um decaimento de ritmo, o que prejudica a finalização. A primeira história é maravilhosa por sua estranheza e curiosidade, a segunda é interessante e mais curta, e a terceira parece só um restinho muito mal explicado.
Apesar da fidelidade ao estilo Anderson, visual não é tudo pra conseguir sustentar um filme. A trilha sonora é bacana, as cores são lindas de se ver, os ângulos são perfeitos, mas o roteiro falha sim. É razoável, mas a expectativa foi maior que a entrega.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista Agora(500) Dias com Ela, um dos filmes que mais vi causar polêmicas em grupos de cinéfilos no Instagram entre os "injustiçados" e os defensores da liberdade de amar.
Com uma história leve e simples, o filme tem seu peso filosófico! Joseph Gordon-Levitt interpreta brilhantemente o apaixonado e Zooey Deschanel interpreta brilhantemente a liquidez da vida, e mesmo que haja um aviso prévio para essas ações, não é suficiente para poupar as dores das expectativas.
O filme tem uma graça muito particular em demonstrar a sequência de ações e épocas que levam a sua conclusão, que desde o início já está quase esmiuçada. Unindo cenas rotineiras, engraçadas, raivosas e dramáticas, consegue trazer as várias tonalidades que fizeram parte da vida desse casal de amigos-quase-algo-mais.
É um filme muito gostoso e divertido de assistir, e que ao mesmo tempo vai causando muita reflexão lembrando de atitudes que já tivemos ou tiveram conosco em relacionamentos. É muito sobre amadurecimento e o embate entre ceticismo e fé no amor. Ótimo filme!
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraDivertido, bizarro, estranho e envolvente. O Menu é um filme de várias facetas. Começa de fininho, sem entregar muita coisa, passa por um período meio.. sem graça? Até que tudo começa a ficar mais claro aos poucos.
O suspense do filme é a melhor parte, porque no fundo você sabe que vai acontecer alguma coisa terrível ali. É um filme bem figurativo também, apesar de ter uma história compreensível. Assista de mente aberta e sem esperar nada de nenhum personagem. Aos poucos, você vai assimilando cada um deles e entendendo que possuem propósitos diferentes, até mesmo aqueles que trabalham para o "chef".
O filme tem um ritmo volátil, onde no início não prende muito a atenção e acaba dependendo bastante do desenvolver. Chega um momento em que já esperamos pelo pior (que nesse caso, é o melhor hahaha).
As atuações também são voláteis, com algumas boas e outras meia boca. Não é um elenco de milhões, mas acredito que os papeis principais cumpram bem suas funções.
Em seu conceito, é uma paródia da elite e de como são alimentados da pobreza de nutrientes (egoísmo, corrupção, traição, entre outros). O melhor é ver cada um desses pagando por seus pecados de formas específicas, me lembrou muito A Fantástica Fábrica de Chocolates, onde cada criança acaba castigada de forma personalizada por seus maiores vícios. Aqui a fuga desse sistema é ser autêntico, a esperança jaz na inconformidade e genuinidade. Bom filme!
Mudança de Hábito 2: Mais Confusões no Convento
3.2 276 Assista AgoraFilme bacana, com outro teor e com uma justificativa mais fraca pra trazer a Whoopi Goldberg de volta pra história.
Apesar de não estar no mesmo nível do primeiro filme, acredito que tenha a canção mais famosa, Oh Happy Day. A história é bem diferente do primeiro, o que é interessante, mas pra mim não tem o mesmo peso. Por outro lado, é uma história bonita, muito mais voltada para a ação social.
O elenco é bem grande, mas não tem muito momento para focar em atuação. É entretenimento leve, como o anterior, mas sim, um pouco mais apelativo devido a fama. Lauryn Hill is in the house! Lauryn brilha muito!
Filme razoável, vale a pena conferir.
Mudança de Hábito
3.5 649 Assista AgoraNão sei porque demorei tanto pra assistir esse filme divertidíssimo!
A história é simples, não tem mistério nenhum, mas é cheio de energia e de comicidade. Mudança de Hábito é um musical pra divertir e entreter, sem prometer sem grandioso.
Whoopi Goldberg é o super destaque do longa, mas o restante do elenco consegue carregar muito bem o filme. As músicas são sensacionais, é muito bom ver o antes e depois de algumas que são transformadas ao longo do filme. Se você curte um filme com boas músicas e uma comédia leve, assista que não vai se arrepender. Bom filme!
Evita
3.2 250 Assista AgoraEvita é a reascensão de Madonna para o final dos anos 90, mas não engata.
Sou um grande fã de musicais e um grande fã de Madonna, enrolei demais pra assistir esse filme e, relendo sua biografia pela segunda vez, o procurei inspirado. A química não rolou.
Evita é um filme arrastado, onde as cenas com Madonna parecem extremamente medidas, quase como videoclipes pontuais com sua presença. Sabemos que Madonna não é a pessoa com melhor técnica vocal, mas aqui se sai bem na maior parte do tempo. Ainda assim, ao misturar as técnicas vocais com a emoção necessária para cada momento, acaba deixando a desejar.
Antonio Banderas cumpre bem seu papel, apesar de também não impressionar. O filme tem uma boa e grande produção, mas o roteiro como foi desenhado não consegue prender por muito tempo, tornando-o excessivamente longo e cansativo.
Se você não curte musical, passe longe, pois o filme é 100% cantado. Se você curte musicais, acredito que a versão em teatro dessa história seja muito melhor. Dá pra assistir, mas não dá vontade de reassistir.
A Órfã
3.6 3,4K Assista AgoraA Órfã, assim como para a família adotiva, é o que você não espera, de forma muito divertida.
A história mistura as alucinações de origem traumática da personagem de Vera Farmiga ao fracasso de uma solução encontrada pela família para reacender a chama da esperança: adotar uma criança. O filme é cheio de suspense, mas logo engata pra sabermos quem é o vilão da história.
Vera Farmiga é sensacional e traz a melhor performance, mas Isabelle Fuhrman também cumpre muito bem com seu papel. No geral, o elenco é convincente e consegue trazer as sensações agoniantes que o filme pede.
É um dos preferidos do suspense aqui em casa, e considero um filme super bacana pois, apesar de ser pretensioso, honra a história com um bom desenvolvimento. Por várias vezes parece que a raiva de Vera Farmiga está dentro de nós. Ótimo filme!
Órfã 2: A Origem
2.7 773 Assista AgoraBeirando um filme trash, A Órfã 2 é piada com terror que no final.. não funciona.
Pra quem curte A Órfã, de 2009, esse filme passa bem longe do seu teor de suspense, apesar de ter surpresas interessante. O plot dele talvez seja a melhor coisa, onde o telespectador fica quase com um sentimento de vingança.
Dá pra assistir? Da, mas é bem fraquinho. Uma continuação (que não é continuação) totalmente desnecessária, mas que parece saber que não fala a mesma língua do primeiro longa.
Quanto a parte técnica, nem espere nada. Quanto ao roteiro, lotado de furos desde o início. As atitudes dos personagens chegam a ser ridículas.
Quer ver filme sobre a órfã? Veja o primeiro.