Um filme interessante e bastante obscuro dirigido por Dorothy Arzner. Assim como em "Quando a Mulher se Opõe", a diretora decide abordar o que acontece após o "felizes para sempre" dos filmes, o casamento é claro. Ela conduz o filme de forma bastante lúcida e traz uma protagonista que não perde o brilho mesmo ao lado de um carismático Fredric March, ator que trabalhou diversas vezes com a diretora. Claudette Colbert dispensa comentários, ela está absolutamente segura e elegante no papel. O filme traz uma mulher que é secretária de um importante homem de negócios, eles possuem uma certa atração, mas por insegurança, a mulher decide se casar com um rapaz que sempre lhe demonstrou amor e segurança. Após o casamento, o caráter desse rapaz começa a desabar, quando ele investe em negócios que dão errado e deixam o casal à beira da falência. Ela num ato heroico, decide procurar o apaixonado homem que ela deixou para atrás, para poder amenizar o estrago que o marido causou, só que tal atitude, desperta a fúria do marido ciumento que acaba atirando no rival e colocando a culpa na esposa. Eu achei esse filme interessantíssimo pois aborda o fato de que toda vez que um homem comete algum erro, ele é tratado como uma "criança" e a responsabilidade de consertar esses erros caem sobre a mulher. Outro fator interessante é a hipocrisia masculina, onde um homem pode ter uma amante, mas sentir-se completamente ofendido com a possibilidade de sua mulher estar fazendo a mesma coisa com outro homem.
Produzido em 1983, poucos anos após a morte da cineasta Dorothy Arzner, este documentário mesmo sendo curto e apresentando a carreira dela de forma rápida, é uma excelente forma de conhecer mais sobre a vida da diretora. A diretora do documentário visita a casa que Dorothy morou nos últimos anos e tem acesso à diversas fotografias guardadas pela diretora durante sua carreira em Hollywood, com esse material em mãos ela costura a vida e carreira de Dorothy. Nesse documentário é possível ter uma noção do apagamento que Dorothy teve: a diretora menciona que enviou algumas cartas para Dorothy e não obteve resposta alguma e só descobriu o falecimento dela ao viajar até sua casa, provando que seu falecimento passou despercebido (algo que suspeitei quando fiz minhas pesquisas para curadoria). Eu gostei bastante desse documentário e ainda tem depoimentos da biógrafa oficial de Dorothy trazendo bastante informações. Não fiquei surpreso em saber que Dorothy era uma mulher solitária.
Pra mim é sempre um prazer ver um filme com Constance Bennett e quando tenho a oportunidade eu não deixo passar, pra mim ela foi uma das atrizes mais elegantes da década de 30 e fico muito triste em ver que ela não é tão celebrada como outras atrizes desse período. Ela era perfeita em comédias e essas comédias estreladas por ela eram sempre sofisticadas e é o caso desta aqui. No filme, Constance interpreta uma secretária apaixonada pelo patrão que para se livrar de uma amante possessiva, propõe um casamento de aparências com a secretária que aceita. Após o casamento, ela é despachada para Paris, enquanto o marido vive sua vida normalmente. Lá em Paris, ela se envolve com um dos amigos do marido e mesmo eles não tendo um caso, acabam sendo fonte de comentários. Como todo Pre-Code o filme tem ótimas sacadas de duplo sentido, mas o final como também na maioria dos Pre-Code me decepcionou.
Descobri esse filme por acaso e a sinopse me pegou de imediato. Conta a história de duas crianças que "se apaixonam" e são separadas. Anos depois se reencontram, porém a mulher é casada com um homem bastante possessivo. Após uma tragédia eles se separam novamente e descobrem que podem se encontrar através dos sonhos. O filme é bem mediano em sua primeira metade, mas após o meio torna-se irresistível e é um mediano agradável de se ver e ainda tem uma pequena participação de Ida Lupino em início de carreira. Gostei bastante e achei muito bem-feito.
Fiquei impressionado em como esse filme é bom. Vi diversos elogios, mas fiquei com receio de não curtir e foi um filme que me cativou logo no início. Mais de 40 anos de sua realização e ele continua tão atual e tão necessário. Os momentos finais são muito dolorosos e as atuações magistrais de Fernanda e Gianfrancesco atingem seu ápice. Um ator de verdade é aquele que consegue passar para o público o que o seu personagem está sentindo sem a necessidade de falar nada e aquela cena do feijão é tão silenciosa e ao mesmo tempo tão emocionalmente barulhenta. Um dos melhores finais de filme que vi até agora e tenho certeza que esse filme ficará martelando na minha cabeça nos próximos dias.
Sempre tive os dois pés atrás para assistir a esse filme, mas chegou hoje decidi conferi-lo e digo sem problemas que queimei muito minha língua. Eu ando fugindo de filmes com durações longas, mas decidi dar uma chance e ele me fisgou logo na introdução. Confesso que nunca achei Marlon Brando um ator excelente, mas aqui ele está ótimo. Don Corleone é um personagem errado, mas a gente acaba gostando dele por ele ser carismático. Eu não pensei que ficaria tão envolvido pelo filme, eu achei que teriam momentos de monotonia, mas não o filme é interessante do primeiro ao último minuto. Foi uma boa experiência e fiquei feliz por ter dado essa chance a esse filme.
Nunca vou esquecer de como esse documentário abriu minha mente sobre o cinema, ao trazer a criação de Hollywood pela ótica feminina, até então pra mim haviam sido os homens que criaram a indústria cinematográfica. Pra mim foi emocionante descobrir nomes como Alice Guy, Lois Weber, Dorothy Arzner e Mabel Normand e através delas descobrir outras mulheres que foram apagadas da história do cinema. Graças a esse documentário conheci histórias emocionantes, inspiradoras e tristes sobre mulheres fantásticas e conheci suas obras e muitas delas me tocaram profundamente. Sempre que posso revejo esse documentário que pode ser considerado como uma verdadeira aula sobre cinema, uma aula sobre a importância das mulheres na indústria do cinema.
Uma boa adaptação da obra de Shakespeare estrelada pelo gigante Emil Jannings como o personagem título, mas devo dizer que o ponto alto não está nele, mas sim em Werner Krauss como o dissimulado Iago que rouba a cena. Outro ponto interessante é a forte conotação homoerótica entre Othello e Cassio, evidente em diversas cenas do filme, mas muito explícita nas cenas finais, o que eu amo no cinema mudo alemão é essa ousadia que os filmes se permitiam às vezes.
Um musical bem estonteante, colorido e divertido. Não sou muito fã do Red Skelton, acho-o com um humor muito datado, mas aqui ele está bem equilibrado. Lucille Ball está divina e radiante e que cabelo perfeito. Gene Kelly competente como sempre. E ainda tem um cameo de Lana Turner. Como não amar?
Se pudesse definir este filme com um termo, o chamaria de "screwball oitentista". Alguns conhecidos meus viram este filme e não gostaram, pois o acharam superficial, digo que já vi filmes dos anos 80 piores e mais superficiais (Os Garotos do High Society, para citar um exemplo). Eu já esperando nada grandioso, confesso que gostei bastante e me diverti muito.
Uma deliciosa e ágil comédia que parece homenagear os filmes clássicos de terror. Cheia de pontos altos, mas me atrevo a dizer que o maior ponto é a composição de Dom DeLuise e sua Tia Kate que arrancou altas gargalhadas minhas. Foi ótimo ver um pouco de Gilda Radner, acho-a fascinante e uma pena ter partido tão cedo. Eu sempre pego no pé nas longas durações dos filmes, mas aqui não tenho o que reclamar, pois é um filme curtinho, mas se tivesse uns 20 minutos a mais eu não reclamaria, porque foi muito bem conduzido.
Esse é um dos meus filmes favoritos com Doris Day que está iluminada aqui interpretando ótimas canções, a minha favorita é "I Speak to The Stars" que inclusive é um dos pontos altos, uma pena que esse filme não seja tão conhecido.
Primeiro filme de Doris Day em Hollywood e ela cantando "It's Magic", prova a magia que o cinema possui. Filme bem leve e divertido e mesmo com uma história bobinha, faz a gente relaxar e se envolver com os personagens. Eu aprecio muito esses filmes bobos. Foi ótimo revê-lo.
A química de Rock Hudson e Doris Day é tão honesta e sincera, além de um dos pontos altos desse filme que para mim envelheceu super bem, mesmo tendo alguns valores ultrapassados. Esse foi o primeiro filme com Doris Day que vi e me lembro que fiquei encantado e super empolgado em ver mais filmes estrelados por ela. A cada revisão mostra-se um filme feliz e muito divertido. Esse filme salvou minha vida diversas vezes. Tenho um carinho imenso por ele, por Doris e por Rock.
Estava me preparando para uma história de amor piegas, mas me surpreendeu positivamente, além de ser um filme bem-feito e em um preto e branco belíssimo.
Já conhecia e era apaixonado pela trilha sonora. Vi o filme e tenho mais um favorito dos anos 80 no coração. O filme é os anos 80 em seu estado mais bruto: figurino, músicas, estética e eu simplesmente adorei. Um filme leve e despretensioso.
Sabia de sua importância para o cinema nacional, porém o vi sem saber da sinopse. Tive que pausar o filme para poder ler a sinopse e entendê-lo, pois a narrativa deste filme é bastante incomum. Achei um bom filme e com planos maravilhosos, eu fiquei apaixonado por determinadas tomadas que se por exemplo, fizéssemos uma captura poderíamos emoldurá-las como se fossem fotos distintas. Não vou bancar o inteligente que pega o filme logo de cara, mas tive problemas com a narrativa e isso fará com que eu o reveja uma outra vez, agora mais familiarizado com o ritmo e com a estética.
Cada revisão, prova-se mais ainda que a vitória de Judy Holliday no Oscar não foi nem um pouco injusta. Sua atuação é sublime e sem exageros e ela conduz a personagem com muita segurança, já que a interpretou no palco. Sua atuação natural me arranca (ainda) boas gargalhadas. Foi ótimo revê-lo mais uma vez. A personagem tinha tudo para ser caricata, mas graças ao talento e genuinidade de Judy, a personagem é uma das mais humanas que vi no cinema. E amanhã tem vídeo no meu canal do Youtube sobre o filme e seus bastidores.
Almodóvar nunca me decepciona (apenas não gostei de "Kika") e assisto a todos os seus novos projetos de peito aberto e gosto muito do que vejo. Aqui, ele poderia ter feito um baita novelão clichê, mas não, ele conseguiu fazer um filme sensível e sempre destacando as mulheres que são a força principal de sua filmografia. Embora o filme tome um rumo diferente do meio pro final, ele continua tocante. A personagem de Penélope Cruz é profunda e rasa em alguns aspectos, um pouco confusa, mas que ser humano não é assim né?
Filme leve e despretensioso do jeitinho que eu amo. Marlene e Gary mais uma vez reunidos e com uma cumplicidade maravilhosa em cena. Gary Cooper era um dos atores mais naturais que já estiveram em Hollywood e essa naturalidade é vista com mais intensidade nas comédias que ele estrelou. Uma coisa que me chamou a atenção foi o figurino espetacular usado por Marlene durante todo o filme, impecável e reforçava mais ainda o mito fashion que ela foi.
É o meu filme sentimental por diversos motivos. Foi meu primeiro contato com filmes clássicos e lembro que eu já me sentia fascinado por coisas antigas, mas não entendia o motivo. Me remete também a nostalgia e a infância, quando passava sempre no Natal na televisão. Tem uma temática problemática, mas muitos filmes clássicos são problemáticos, temos que enxergar os problemas e discuti-los, mas não apelar para o cancelamento. A cena do juramento de Scarlett continua sendo pra mim a melhor cena que o cinema já pôde proporcionar, uma cena forte e impactante. Continua sendo um filme maior que tudo, até mesmo maior que a vida.
Como bom noveleiro que sou, digo que esse especial me decepcionou bastante. Primeiro que o grande foco foram as novelas de 2000 pra cá. Segundo que as novelas clássicas ficaram resumidas a pequenos trechos perdidos entre tanta baboseira. Foi imperdoável não ter pelo menos um resumo de como as novelas nasceram e se popularizaram, além é claro de menções às novelas que revolucionaram a linguagem do gênero. Ver os veteranos como Betty Faria, Lima Duarte, Francisco Cuoco, Fernanda Montenegro, Nívea Maria (acho que a convidada mais injustiçada, pouco falou e quando falava era interrompida por outras atrizes), foi um dos poucos pontos positivos. Na minha opinião faltaram três coisas: informação, organização e paixão para produzir esse especial. A ocasião merecia algo mais forte, completo e especial. Infelizmente esse especial em nada acrescentou para a ocasião.
Vi a sinopse e achei interessante vê-lo. Ter Olympia Dukakis no elenco só reforçou a vontade de conferir. É um filme mediano, feito para a TV e bastante obscuro, mas mesmo assim Olympia entrega uma atuação de qualidade.
Filme onde Lois Weber questiona o famoso "final feliz" proporcionado com o casamento. Afinal quem é mais feliz? Os solteiros ou os casados? O que querem os Homens? Infelizmente não podemos saber pois o final do filme é considerado perdido, o que impossibilita um julgamento mais justo sobre a obra.
Honra de Amantes
3.5 1Um filme interessante e bastante obscuro dirigido por Dorothy Arzner. Assim como em "Quando a Mulher se Opõe", a diretora decide abordar o que acontece após o "felizes para sempre" dos filmes, o casamento é claro. Ela conduz o filme de forma bastante lúcida e traz uma protagonista que não perde o brilho mesmo ao lado de um carismático Fredric March, ator que trabalhou diversas vezes com a diretora. Claudette Colbert dispensa comentários, ela está absolutamente segura e elegante no papel. O filme traz uma mulher que é secretária de um importante homem de negócios, eles possuem uma certa atração, mas por insegurança, a mulher decide se casar com um rapaz que sempre lhe demonstrou amor e segurança. Após o casamento, o caráter desse rapaz começa a desabar, quando ele investe em negócios que dão errado e deixam o casal à beira da falência. Ela num ato heroico, decide procurar o apaixonado homem que ela deixou para atrás, para poder amenizar o estrago que o marido causou, só que tal atitude, desperta a fúria do marido ciumento que acaba atirando no rival e colocando a culpa na esposa. Eu achei esse filme interessantíssimo pois aborda o fato de que toda vez que um homem comete algum erro, ele é tratado como uma "criança" e a responsabilidade de consertar esses erros caem sobre a mulher. Outro fator interessante é a hipocrisia masculina, onde um homem pode ter uma amante, mas sentir-se completamente ofendido com a possibilidade de sua mulher estar fazendo a mesma coisa com outro homem.
Longing for Women: Dorothy Arzner
4.0 1Produzido em 1983, poucos anos após a morte da cineasta Dorothy Arzner, este documentário mesmo sendo curto e apresentando a carreira dela de forma rápida, é uma excelente forma de conhecer mais sobre a vida da diretora. A diretora do documentário visita a casa que Dorothy morou nos últimos anos e tem acesso à diversas fotografias guardadas pela diretora durante sua carreira em Hollywood, com esse material em mãos ela costura a vida e carreira de Dorothy. Nesse documentário é possível ter uma noção do apagamento que Dorothy teve: a diretora menciona que enviou algumas cartas para Dorothy e não obteve resposta alguma e só descobriu o falecimento dela ao viajar até sua casa, provando que seu falecimento passou despercebido (algo que suspeitei quando fiz minhas pesquisas para curadoria). Eu gostei bastante desse documentário e ainda tem depoimentos da biógrafa oficial de Dorothy trazendo bastante informações. Não fiquei surpreso em saber que Dorothy era uma mulher solitária.
Casada e Sem Marido
3.0 1Pra mim é sempre um prazer ver um filme com Constance Bennett e quando tenho a oportunidade eu não deixo passar, pra mim ela foi uma das atrizes mais elegantes da década de 30 e fico muito triste em ver que ela não é tão celebrada como outras atrizes desse período. Ela era perfeita em comédias e essas comédias estreladas por ela eram sempre sofisticadas e é o caso desta aqui. No filme, Constance interpreta uma secretária apaixonada pelo patrão que para se livrar de uma amante possessiva, propõe um casamento de aparências com a secretária que aceita. Após o casamento, ela é despachada para Paris, enquanto o marido vive sua vida normalmente. Lá em Paris, ela se envolve com um dos amigos do marido e mesmo eles não tendo um caso, acabam sendo fonte de comentários. Como todo Pre-Code o filme tem ótimas sacadas de duplo sentido, mas o final como também na maioria dos Pre-Code me decepcionou.
O Sonho Eterno
3.5 7Descobri esse filme por acaso e a sinopse me pegou de imediato. Conta a história de duas crianças que "se apaixonam" e são separadas. Anos depois se reencontram, porém a mulher é casada com um homem bastante possessivo. Após uma tragédia eles se separam novamente e descobrem que podem se encontrar através dos sonhos. O filme é bem mediano em sua primeira metade, mas após o meio torna-se irresistível e é um mediano agradável de se ver e ainda tem uma pequena participação de Ida Lupino em início de carreira. Gostei bastante e achei muito bem-feito.
Eles Não Usam Black-Tie
4.3 286Fiquei impressionado em como esse filme é bom. Vi diversos elogios, mas fiquei com receio de não curtir e foi um filme que me cativou logo no início. Mais de 40 anos de sua realização e ele continua tão atual e tão necessário. Os momentos finais são muito dolorosos e as atuações magistrais de Fernanda e Gianfrancesco atingem seu ápice. Um ator de verdade é aquele que consegue passar para o público o que o seu personagem está sentindo sem a necessidade de falar nada e aquela cena do feijão é tão silenciosa e ao mesmo tempo tão emocionalmente barulhenta. Um dos melhores finais de filme que vi até agora e tenho certeza que esse filme ficará martelando na minha cabeça nos próximos dias.
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraSempre tive os dois pés atrás para assistir a esse filme, mas chegou hoje decidi conferi-lo e digo sem problemas que queimei muito minha língua. Eu ando fugindo de filmes com durações longas, mas decidi dar uma chance e ele me fisgou logo na introdução. Confesso que nunca achei Marlon Brando um ator excelente, mas aqui ele está ótimo. Don Corleone é um personagem errado, mas a gente acaba gostando dele por ele ser carismático. Eu não pensei que ficaria tão envolvido pelo filme, eu achei que teriam momentos de monotonia, mas não o filme é interessante do primeiro ao último minuto. Foi uma boa experiência e fiquei feliz por ter dado essa chance a esse filme.
E a Mulher Criou Hollywood
4.4 12Nunca vou esquecer de como esse documentário abriu minha mente sobre o cinema, ao trazer a criação de Hollywood pela ótica feminina, até então pra mim haviam sido os homens que criaram a indústria cinematográfica. Pra mim foi emocionante descobrir nomes como Alice Guy, Lois Weber, Dorothy Arzner e Mabel Normand e através delas descobrir outras mulheres que foram apagadas da história do cinema. Graças a esse documentário conheci histórias emocionantes, inspiradoras e tristes sobre mulheres fantásticas e conheci suas obras e muitas delas me tocaram profundamente. Sempre que posso revejo esse documentário que pode ser considerado como uma verdadeira aula sobre cinema, uma aula sobre a importância das mulheres na indústria do cinema.
Othello
3.1 2Uma boa adaptação da obra de Shakespeare estrelada pelo gigante Emil Jannings como o personagem título, mas devo dizer que o ponto alto não está nele, mas sim em Werner Krauss como o dissimulado Iago que rouba a cena. Outro ponto interessante é a forte conotação homoerótica entre Othello e Cassio, evidente em diversas cenas do filme, mas muito explícita nas cenas finais, o que eu amo no cinema mudo alemão é essa ousadia que os filmes se permitiam às vezes.
Du Barry Era um Pedaço
3.9 2Um musical bem estonteante, colorido e divertido.
Não sou muito fã do Red Skelton, acho-o com um humor muito datado, mas aqui ele está bem equilibrado. Lucille Ball está divina e radiante e que cabelo perfeito. Gene Kelly competente como sempre. E ainda tem um cameo de Lana Turner. Como não amar?
Verão Muito Louco
3.0 21 Assista AgoraSe pudesse definir este filme com um termo, o chamaria de "screwball oitentista". Alguns conhecidos meus viram este filme e não gostaram, pois o acharam superficial, digo que já vi filmes dos anos 80 piores e mais superficiais (Os Garotos do High Society, para citar um exemplo). Eu já esperando nada grandioso, confesso que gostei bastante e me diverti muito.
Lua de Mel Assombrada
3.0 13Uma deliciosa e ágil comédia que parece homenagear os filmes clássicos de terror. Cheia de pontos altos, mas me atrevo a dizer que o maior ponto é a composição de Dom DeLuise e sua Tia Kate que arrancou altas gargalhadas minhas. Foi ótimo ver um pouco de Gilda Radner, acho-a fascinante e uma pena ter partido tão cedo. Eu sempre pego no pé nas longas durações dos filmes, mas aqui não tenho o que reclamar, pois é um filme curtinho, mas se tivesse uns 20 minutos a mais eu não reclamaria, porque foi muito bem conduzido.
Com o Céu no Coração
3.9 3Esse é um dos meus filmes favoritos com Doris Day que está iluminada aqui interpretando ótimas canções, a minha favorita é "I Speak to The Stars" que inclusive é um dos pontos altos, uma pena que esse filme não seja tão conhecido.
Romance em Alto Mar
4.0 5Primeiro filme de Doris Day em Hollywood e ela cantando "It's Magic", prova a magia que o cinema possui. Filme bem leve e divertido e mesmo com uma história bobinha, faz a gente relaxar e se envolver com os personagens. Eu aprecio muito esses filmes bobos. Foi ótimo revê-lo.
Confidências à Meia-Noite
3.9 116 Assista AgoraA química de Rock Hudson e Doris Day é tão honesta e sincera, além de um dos pontos altos desse filme que para mim envelheceu super bem, mesmo tendo alguns valores ultrapassados. Esse foi o primeiro filme com Doris Day que vi e me lembro que fiquei encantado e super empolgado em ver mais filmes estrelados por ela. A cada revisão mostra-se um filme feliz e muito divertido. Esse filme salvou minha vida diversas vezes. Tenho um carinho imenso por ele, por Doris e por Rock.
Hiroshima, Meu Amor
4.2 315 Assista AgoraEstava me preparando para uma história de amor piegas, mas me surpreendeu positivamente, além de ser um filme bem-feito e em um preto e branco belíssimo.
Dançando na TV
3.1 18Já conhecia e era apaixonado pela trilha sonora. Vi o filme e tenho mais um favorito dos anos 80 no coração. O filme é os anos 80 em seu estado mais bruto: figurino, músicas, estética e eu simplesmente adorei. Um filme leve e despretensioso.
Limite
4.0 168 Assista AgoraSabia de sua importância para o cinema nacional, porém o vi sem saber da sinopse. Tive que pausar o filme para poder ler a sinopse e entendê-lo, pois a narrativa deste filme é bastante incomum. Achei um bom filme e com planos maravilhosos, eu fiquei apaixonado por determinadas tomadas que se por exemplo, fizéssemos uma captura poderíamos emoldurá-las como se fossem fotos distintas.
Não vou bancar o inteligente que pega o filme logo de cara, mas tive problemas com a narrativa e isso fará com que eu o reveja uma outra vez, agora mais familiarizado com o ritmo e com a estética.
Nascida Ontem
3.7 39 Assista AgoraCada revisão, prova-se mais ainda que a vitória de Judy Holliday no Oscar não foi nem um pouco injusta. Sua atuação é sublime e sem exageros e ela conduz a personagem com muita segurança, já que a interpretou no palco. Sua atuação natural me arranca (ainda) boas gargalhadas. Foi ótimo revê-lo mais uma vez. A personagem tinha tudo para ser caricata, mas graças ao talento e genuinidade
de Judy, a personagem é uma das mais humanas que vi no cinema.
E amanhã tem vídeo no meu canal do Youtube sobre o filme e seus bastidores.
Mães Paralelas
3.7 411Almodóvar nunca me decepciona (apenas não gostei de "Kika") e assisto a todos os seus novos projetos de peito aberto e gosto muito do que vejo. Aqui, ele poderia ter feito um baita novelão clichê, mas não, ele conseguiu fazer um filme sensível e sempre destacando as mulheres que são a força principal de sua filmografia. Embora o filme tome um rumo diferente do meio pro final, ele continua tocante. A personagem de Penélope Cruz é profunda e rasa em alguns aspectos, um pouco confusa, mas que ser humano não é assim né?
Desejo
4.0 4Filme leve e despretensioso do jeitinho que eu amo. Marlene e Gary mais uma vez reunidos e com uma cumplicidade maravilhosa em cena. Gary Cooper era um dos atores mais naturais que já estiveram em Hollywood e essa naturalidade é vista com mais intensidade nas comédias que ele estrelou. Uma coisa que me chamou a atenção foi o figurino espetacular usado por Marlene durante todo o filme, impecável e reforçava mais ainda o mito fashion que ela foi.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraÉ o meu filme sentimental por diversos motivos. Foi meu primeiro contato com filmes clássicos e lembro que eu já me sentia fascinado por coisas antigas, mas não entendia o motivo. Me remete também a nostalgia e a infância, quando passava sempre no Natal na televisão. Tem uma temática problemática, mas muitos filmes clássicos são problemáticos, temos que enxergar os problemas e discuti-los, mas não apelar para o cancelamento.
A cena do juramento de Scarlett continua sendo pra mim a
melhor cena que o cinema já pôde proporcionar, uma cena forte e impactante. Continua sendo um filme maior que tudo, até mesmo maior que a vida.
70 Anos Esta Noite
3.5 7Como bom noveleiro que sou, digo que esse especial me decepcionou bastante. Primeiro que o grande foco foram as novelas de 2000 pra cá. Segundo que as novelas clássicas ficaram resumidas a pequenos trechos perdidos entre tanta baboseira. Foi imperdoável não ter pelo menos um resumo de como as novelas nasceram e se popularizaram, além é claro de menções às novelas que revolucionaram a linguagem do gênero. Ver os veteranos como Betty Faria, Lima Duarte, Francisco Cuoco, Fernanda Montenegro, Nívea Maria (acho que a convidada mais injustiçada, pouco falou e quando falava era interrompida por outras atrizes), foi um dos poucos pontos positivos. Na minha opinião faltaram três coisas: informação, organização e paixão para produzir esse especial. A ocasião merecia algo mais forte, completo e especial. Infelizmente esse especial em nada acrescentou para a ocasião.
Mamãe Quer Que Eu Case
2.7 6 Assista AgoraVi a sinopse e achei interessante vê-lo. Ter Olympia Dukakis no elenco só reforçou a vontade de conferir. É um filme mediano, feito para a TV e bastante obscuro, mas mesmo assim Olympia entrega uma atuação de qualidade.
O que Querem os Homens
3.8 2Filme onde Lois Weber questiona o famoso "final feliz" proporcionado com o casamento. Afinal quem é mais feliz? Os solteiros ou os casados? O que querem os Homens? Infelizmente não podemos saber pois o final do filme é considerado perdido, o que impossibilita um julgamento mais justo sobre a obra.